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2.1 – MODALIDADES DE JORNADA Direito do Trabalho – Individual e Coletivo Profª Bárbara Torres S. Sousa 6 B – Direito Caso Concreto: ◦ Carlos Renato da Silva – Vendedor ◦ Contratado em 02/01/2014 ◦ Horário de Trabalho: 9h às 18h – Segunda à Sexta ◦ 01 hora de intervalo ◦ 02/01/2015 – Promovido a Gerente, responsável por 15 trabalhadores. ENTRETANTO, não tinha autonomia plena, coordenava, sem poderes para contratar e dispensar. Não representava a empresa Tecbitz. ◦ Horário de Trabalho: 8h às 19h – Segunda à Sábado ◦ 01 hora de intervalo Indagações ◦Carlos Renato ULTRAPASSAVA a jornada máxima permitida? ◦Enquanto gerente, havia necessidade de controle de jornada? Jornada de Trabalho X Horário de Trabalho Duração de trabalho é gênero (regra geral), da qual são espécies: Jornada e Horário de trabalho ◦ Jornada: ◦ Tempo diário em que o empregado tem que se colocar em disponibilidade perante o empregador. ◦ O tempo em que o empregador pode dispor da força de trabalho de seu empregado em um dia delimitado. ◦ HORAS EFETIVAMENTE TRABALHADA ◦ Horário de Trabalho: ◦ Hora em que se inicia a atividade laboral e a hora em que ela acaba ◦ HORA DE ENTRADA E HORA DE SAÍDA (pactuada) Ratio Legis (a razão de ser da lei) CF/88 - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: [...] XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; Até novembro... Art. 7° XII – CF/88 CLT art. 58 8h - Diárias 44h – Semanais Dias: 6 (máximo) Art. 58-A CLT 8h – Diárias (regra g) 25h – Semanais Dias: 6 (máximo) Art. 59 da CLT – 8h diária, prorrogada no máximo 2h = 10h Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal. (lê-se 50%) § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) § 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. (Incluído pela Lei nº 9.601, de 21.1.1998) § 4° Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. VAI MUDAR... Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. § 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. ...................................................................................... § 3o Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. § 4o (Revogado). § 5o O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. § 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.” (NR) Seguiu os ditames constitucionais (2HE) e Add +50%Hora normal. Liberou horas extras para o empregado contratado em tempo parcial. Liberou BANCO DE HORAS por meio de acordo individual (escrito e tácito) Problemas: empresas deixam de lado os critérios de abono como ausências e atrasos (5 a 10min). O banco de horas não pode abolir o descanso semanal remunerado (Lei n. 605/1949), logo o máximo permitido é de 10h diárias e 60 semanais. VAI MUDAR... 8h – Diário (regra g) Até 26h – Semanais POSSIBILIDADE de horas complementares de ATÉ 6h semanais (pode ocorrer até 32h semanais) Dias: 6 (máximo) Caput segunda parte 8h – Diário (regra g) Até 30h - semanais VEDADO horas complementares Dias: 6 (máximo) Caput primeira parte § 5o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas. Real objetivo da norma: pagamento de salário proporcional a jornada trabalhada H.E – Paga sob a globalidade salarial (Súmula 246 TST) §6 – pode vender 1/3 férias §7 – férias iguais... Art. 130 da CLT Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação Segue parâmetros da Súmula 444 do TST e tem assento na legislação especial do doméstico (LC 150/2015) e dos bombeiros (Lei 11.901/2009), com o padrão máximo de 3 dias por semana. Possível inconstitucionalidade: oficializar módulo semanal superior a 44h e embutir as horas destinada a redução noturna, Supressão (ou indenizados) permitida supressão do intervalo para refeição para que as 12h sejam mantidas intactas. PERIGO! Art. 60 – aplicabilidade de tal jornada até mesmo para atividades insalubres sem necessidade de licença de autoridades competentes. Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim. Art. 60. ................................................................ Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso. Opinam pela Inconstitucionalidade – Há estudos sobre insalubridade (saúde do trabalhador), a guisa de exemplo: exposição a ruído de 85db deve ser de até8h sob pena de gerar surdez ocupacional – Acrescido da incoerência: Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho; Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. Caput do art. 59 – CLT – Convenção ou Acordo Coletivo, ou por acordo individual POR ESCRITO para realização de HE e possível compensação Na nova legislação: COLETIVO – §2° - um ano (Banco de H) INDIV Escrito – Seis meses (B.H) INDIV Tácito – Mesmo mês (B.H) Ocorre entre uma jornada e outra de trabalho – art. 66 da CLT. Descanso mínimo de 11 horas. Intervalos que ocorrem durante a jornada Concessão OBRIGATÓRIA – mas não integra a jornada Relaciona-se com o tempo da jornada, Aplicação independe da função. Art. 71 CLT Jus Variand Art. 71 – [...] § 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. § 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. (Incluído pela Lei nº 8.923, de 27.7.1994) § 5o O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1o poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) Súmula nº 437 do TST INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva. III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais. IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT. “Art. 71. ................................................................. ....................................................................................... § 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. NO CASO CONCRETO: Renato da Silva – Vendedor – Horário de Trabalho: 9h às 18h – Segunda à Sexta com 01 hora de intervalo Corresponde a uma JORNADA DIÁRIA DE: 8 horas diárias - SEMANAL de 40h Promovido a Gerente – horário de Trabalho: 8h às 19h – Segunda à Sábado com 01 hora de intervalo Corresponde a uma JORANADA DE: 10 horas diárias – SEMANAL de 60h A regra geral, no direito brasileiro, aponta no sentido de que as jornadas de trabalho empregatícias são sempre do tipo controladas. É que se sabe incidir em benefício do empregador um amplo conjunto de prerrogativas autorizadoras de sua estrita direção, fiscalização e controle sobre a prestação de serviços contratada (art. 2º, caput, CLT). Nesse quadro, presume-se que tal poder de direção, fiscalização e controle manifestar-se-á, cotidianamente, ao longo da prestação laboral, quer no tocante à sua qualidade, quer no tocante à sua intensidade, quer no tocante à sua frequência. Tratando-se, porém, de trabalho interno em estabelecimento com mais de dez empregados, estabelece a CLT alguns procedimentos formais de controle de jornada, com o objetivo de facilitar a evidência de respeito à jornada legal padrão ou a evidência do trabalho extraordinário efetivamente realizado. De fato, dispõe o art. 74, §2º, CLT, ser "obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico", conforme instruções administrativas do Ministério do Trabalho, prevista, ainda, pelo mesmo dispositivo, a "pré- assinalação do período de repouso". Súmula nº 338 do TST JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003) CLT - Art. 58 [...] § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limitemáximo de dez minutos diários. Súmula nº 366 do TST CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova redação) - Res. 197/2015 - DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015 Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc). Reforçando o Conhecimento... Rafael possui os seguintes horários: 7:00h de entrada e 18:00h de saída. DIA 01: Entra no trabalho às: 7:04h Saída às: 18:01 DIA 02: Entra no trabalho às: 6:55h Saída às: 18:06 Nem na entrada nem na saída excedeu a tolerância de 5 minutos Na entrada respeitou o limite de 5 min Na saída excedeu o limite de 5 min em 1 min ESTE 01 min trará á soma dos 10 min de tolerância... Desta forma, o empregado fará jus a 11 min de horas extras. DIA 03: Entra no trabalho às: 6:57h Saída às: 18:06h Na entrada respeitou o limite de 5 (3 min) Na saída excedeu 5 (6 min) mas a soma de ambos não chegou a 10 – Fará jus a 6 minutos Súmula nº 429 do TST TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. ART. 4º DA CLT. PERÍODO DE DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez) minutos diários. Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. Parágrafo único - Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar ... (VETADO) ... e por motivo de acidente do trabalho. (Incluído pela Lei nº 4.072, de 16.6.1962) Art. 4o ................................................................ § 1o Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho. § 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: I - práticas religiosas; II - descanso; III - lazer; IV - estudo; V - alimentação; VI - atividades de relacionamento social; VII - higiene pessoal; VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.” (NR) O critério é estritamente prático: trabalho não fiscalizado nem minimamente controlado é insuscetível de propiciar a aferição da real jornada laborada pelo obreiro - por essa razão é insuscetível de propiciar a aferição da prestação (ou não) de horas extraordinárias pelo trabalhador. Nesse quadro, as jornadas não controladas não ensejam o cálculo de horas extraordinárias, dado que não se pode aferir sequer a efetiva prestação da jornada padrão incidente sobre o caso concreto. Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). Para que seja considerado como exercente de cargo de confiança, é necessário que tenha autonomia, poderes amplos de gestão, não somente aqueles limitados à organização da prestação de serviço. Súmula nº 60 do TST ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974) II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996) 58 § 2o da CLT - O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) Súmula nº 90 do TST HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO (incorporadas as Súmulas nºs 324 e 325 e as Orientações Jurisprudenciais nºs 50 e 236 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. (ex-Súmula nº 90 - RA 80/1978, DJ 10.11.1978) II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere". (ex-OJ nº 50 da SBDI-1 - inserida em 01.02.1995) III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere". (ex- Súmula nº 324 – Res. 16/1993, DJ 21.12.1993) IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. (ex- Súmula nº 325 – Res. 17/1993, DJ 21.12.1993) V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. (ex-OJ nº 236 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) “Art. 58. ................................................................ ...................................................................................... § 2o O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. Agora, aluno, vamos a um novo caso concreto para que você possa aprofundar seus conhecimentos obtidos nesta disciplina. Fernando Rodrigues trabalhavapara a Mineração Monte Santo S/A, em Parauapebas/PA, onde residia em alojamento custeado pela empresa, localizado no centro da cidade. Todos os dias o ônibus especial contratado pela empregadora o buscava às 6h30 da manhã. Deslocava-se até a Mina de Monte Santo durante uma hora, chegando no local às 7h30 horas, horário em que registrava o início da sua jornada de trabalho no cartão de ponto. A referida mina fica afastada da cidade, em ambiente não servido por transporte público regular. Assim, indaga-se: o deslocamento de Fernando Rodrigues deve ser computado como tempo à disposição do empregador e, portanto, 1. A jornada de trabalho é tema bastante estudado pelos doutrinadores e fonte de discussões judiciais, sobretudo quando envolve o controle de jornada. Marque V (verdadeiro) ou F (falso) nas assertivas a seguir: I - No Direito do Trabalho a regra geral é de que não deve haver o controle de jornada. II - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores, será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico. III - Os cartões de ponto com registro de horário uniforme, também chamado “britânico”, não são válidos. a)V-V-V. b)F-V-V c)V-F-V d)F-F-V e)F-V-F 2. A jornada de trabalho é tema bastante estudado pelos doutrinadores e fonte de discussões judiciais, sobretudo quando envolve o controle e o registro da jornada. Francisco firmou contrato de trabalho com a empresa Pague Bem S/A, prevendo a seguinte jornada de trabalho: 9h às 18h. Em determinado dia, Joaquim registra o ponto às 8h54 e às 18h02. Assinale a alternativa correta: a)Francisco terá direito a 1 minutos extra, pois na entrada foi ultrapassado o limite legal de tolerância. b)Francisco não terá direito a qualquer hora extra, uma vez que foi respeitada a tolerância legal para o registro do ponto. c)Francisco terá direito a 2 minutos extras, pois na saída foi ultrapassado o horário contratual. d)Francisco terá direito a 6 minutos extras na entrada e 2 minutos extras na saída, pois em ambos foi ultrapassado o horário contratual. e) Francisco terá direito a 6 minutos extras, pois na entrada foi ultrapassado o limite legal de tolerância. 3. A jornada de trabalho é tema bastante estudado pelos doutrinadores e fonte de discussões judiciais, sobretudo quando envolve o controle de jornada. Marque V (verdadeiro) ou F (falso) nas assertivas a seguir: I. Pelo art. 4, da CLT, o lapso temporal em que empregado estiver aguardando ordens não deve ser considerado como tempo de trabalho. II. Pelo entendimento do TST, o tempo de deslocamento do empregado no interior da empresa, entre a portaria e local de trabalho, será considerado como tempo à disposição, caso seja superior a 10 minutos. III. Pelo entendimento do TST, o tempo destinado para a uniformização do trabalhador no interior do estabelecimento comercial não é considerado como tempo de trabalho ou à disposição do empregador. a) V-V-V b) F-V-F c) F-V-V d) V-V-F e) F-F-F