Buscar

Embrio Med Face e Pescoço 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Diogo Araujo – Med 92 
Embriologia da Cabeça e da Região Cervical 
 
Na quarta semana, há grande crescimento encefálico. 
 
Há o estomodeu, uma depressão ectodérmica. Também é chamado de boca primitiva. Seu 
limite posterior é o ectoderma da membrana bucofaríngea. 
 
 
 
A membrana bucofaríngea separa o estomodeu do intestino primitivo anterior. A porção mais 
cefálica do intestino primitivo anterior é a faringe primitiva. Essa região se encontra 
comprimida dorsoventralmente. Ela é achatada, graças ao desenvolvimento do encéfalo 
posteriormente e do coração anteriormente. 
 
Nesse momento, não há um pescoço, uma região cervical. 
Diogo Araujo – Med 92 
 
Na quinta semana, na futura região do pescoço, onde está a faringe primitiva, há uma série de 
estruturas mesenquimais que rodeiam a faringe primitiva. Esses são os arcos branquiais (ou 
arcos faríngeos). Eles rodeiam lateroventralmente a faringe primitiva. 
 
 
 
 
 
 
Externamente, há depressões ectodérmicas na região do futuro pescoço. Elas separam os 
arcos. São as fendas faríngeas (ou branquiais). 
 
Os arcos faríngeos são estruturas mesenquimais cobertas externamente por ectoderma e 
internamente por endoderma. Circundam a faringe primitiva. 
Diogo Araujo – Med 92 
 
Quando se olha a parede da faringe primitiva, do lado interno para o externo, existem 
saliências de endoderma que são denominadas de bolsas faríngeas. 
 
Juntas, as bolsas faríngeas e as fendas faríngeas formam as membranas faríngeas. O 
ectoderma está unido com o endoderma no ponto em que se formam as membranas 
faríngeas. 
 
Bolsas - endoderma! 
Fendas - ectoderma! 
 
O mesênquima que forma os arcos faríngeos advém, principalmente, da crista neural. Podem 
advir também do mesoderma da região cefálica. 
 
À medida que o desenvolvimento ocorre, os arcos branquiais são formados 
cefalocaudalmente. Assim, são nomeados com números, de acordo com o surgimento. 
 
Há os arcos I, II, III, IV e VI. O quinto arco não se desenvolve no ser humano. O VI arco é 
rudimentar. 
 
O primeiro e o segundo arco evoluem para a formação da face. Enquanto isso, os arcos III e IV 
vão se desenvolvendo. 
 
O crescimento dos arcos se dá lateroventralmente, de modo que as proliferações 
mesenquimais se encontram na linha media anterior. 
 
 
Diogo Araujo – Med 92 
Revisando, os arcos branquiais são compostos por um eixo de mesênquima, cobertos 
internamente por endoderma e externamente por ectoderma. 
 
No sentido cefalocaudal: proeminência frontal (cefálica ou encefálica), estomodeu, primeiro 
arco faríngeo, primeira membrana faríngea, segundo arco faríngeo, segunda membrana 
faríngea, terceiro arco faríngeo, terceira membrana faríngea... E por aí vai. 
 
Cada arco faríngeo contém: 
- um modelo (um barra) cartilaginoso (derivado da crista neural). Ele pode evoluir e se 
tornar osso, pode regredir ou pode continuar como cartilagem; 
- um nervo, com parte sensitiva e motora; 
- um vaso sangüíneo, denominado arco aórtico; 
- uma massa de tecido muscular. 
 
 
Cada arco contém seus próprios elementos. 
 
Vasos e nervos podem ir migrando e formando estruturas nervosas e vasculares de uma 
região. 
 
 
Mandíbula, maxila, boca e nariz 
 
Na região da cabeça, durante a quinta semana, há a formação de uma proeminência 
encefálica. 
 
Se observarmos o embrião de frente, veremos a proeminência encefálica superiormente e o 
estomodeu abaixo. Em seguida, vem a região de formação do coração, que também faz uma 
saliência, chamada de proeminência cardíaca. 
 
O estomodeu se apresenta limitado lateroventralmente por proliferações que advém do 
primeiro arco faríngeo. 
 
Cedo, esse primeiro arco faríngeo se divide em dois, formando os processos maxilar e 
mandibular. 
Diogo Araujo – Med 92 
 
 
 
 
A projeção mais anterior da proeminência cefálica é o processo frontonasal. 
 
 
Prosencéfalo (que faz parte do sistema nervoso central) induz à formação de espessamento 
ectodérmico na proeminência frontonasal, que se denomina placóide olfatório. 
 
Ao redor do placóide olfatório, existem centros de proliferação que formam estruturas em 
forma de meia lua. São os processos nasais laterais e mediais. 
Em seguida, o placóide olfatório se torna deprimido, formando a fosseta olfatória, circundado 
pelos processos lateral e medial. 
 
Os processos nasais começam, então, a crescer ventralmente, em direção ao estomodeu. 
 
No entanto, os processos nasais laterais batem com os processos maxilares que estão se 
desenvolvendo abaixo. Desse modo, os processos nasais laterais param de se desenvolver e 
descer, já que encontrou resistência. Já os processos nasais mediais continuam descendo em 
direção ao estomodeu. 
 
Diogo Araujo – Med 92 
 
As fossetas nasais continuam existindo e se aprofundando. 
 
Devido à aproximação dos processos maxilares na linha média, os processos nasais mediais 
também se aproximam cada vez mais, unindo-se na linha média. 
 
Os processos mandibulares se fusionam. 
 
O estomodeu se torna apenas uma depressão. Está limitado inferiormente pela união dos 
processos mandibulares e superiormente pelos processos maxilares fusionados com os 
processos nasais mediais. 
 
Os processos nasais laterais (superiormente) se fusionam com os processos maxilares 
(inferiormente). 
 
Toda a região de linha média superior, relacionada com a parte superior da boca, é originada 
pelos processos nasais mediais. Corresponde à região do filtro do lábio, do lábio superior, do 
septo nasal, do dorso do nariz, incisivos superiores e parte do palato duro. 
Os processos nasais laterais formam as asas do nariz. 
 
O processo mandibular dá origem à parte inferior da bochecha e à mandíbula. Já o processo 
maxilar forma a parte mais superior da bochecha e a maxila. 
 
Entre os processos nasais laterais e os processos maxilares formam-se depressões, os sulcos 
lacrimais. No fundo desse sulco, forma se um cordão maciço, que logo se internaliza, se 
canaliza e forma o ducto lacrimal. Conecta o saco lacrimal à cavidade nasal. 
 
 
Diogo Araujo – Med 92 
 
 
A porção inferior dos processos nasais inferiores fusionados se denomina segmento 
intermaxilar. A porção mais anterior corresponde ao filtro do lábio. A intermédia, a pré-maxila, 
onde se desenvolvem os quatros dentes incisivos. A mais posterior, o palato primário. 
 
O palato primário se desenvolve e separa a boca inferiormente das fossas nasais 
superiormente. 
 
 
No piso da faringe primitiva, surge a língua, como veremos posteriormente. 
 
A partir dos processos maxilares, internamente na cavidade oral, surgem proliferações 
mesenquimais, as prateleiras palatinas, bilateralmente. 
 
Nesse momento, a língua possui um grande volume, ocupando quase toda a cavidade oral. Por 
isso, inicialmente, as prateleiras palatinas crescem para baixo da língua. 
 
Posteriormente, quando há maior crescimento da porção inferior da cabeça, a língua é puxada 
inferiormente, e as prateleiras palatinas passam a crescer uma em direção a outra. 
 
As prateleiras palatinas crescem e se unem com o palato primário, alem de se unirem na linha 
média. 
 
Assim, a cavidade bucal se separa das cavidades nasais. 
Diogo Araujo – Med 92 
 
 
O palato resultante da união das prateleiras palatinas é o palato secundário. 
 
Assim, o palato do adulto tem duas origens embriológicas: 
- Palato primário  advém da porção posterior do segmento intermaxilar [que é a 
região mais inferior dos processos nasais mediais fusionados]. 
- Palato secundário advém das prateleiraspalatinas, que se formam a partir de 
proliferações da região interna dos processos maxilares. 
 
 
Na cavidade nasal, enquanto formava os palatos primário e secundário, havia o crescimento 
do septo nasal. Ele cresce do teto da cavidade nasal e se une no ponto em que as prateleiras 
palatinas se fusionam [ou seja, na linha média]. 
 
Na cavidade nasal, há formação de um epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado e um 
neuroepitélio olfatório. Na cavidade oral, surge um epitélio estratificado pavimentoso. É uma 
diferenciação histológica entre as duas cavidades. 
 
 
Hipófise 
 
A partir do ectoderma do estomodeu, há formação das glândulas parótidas e da adeno-
hipófise. 
 
Diogo Araujo – Med 92 
Na região do teto do estomodeu, no limite com a membrana bucofaríngea, na região dorsal, 
surge uma bolsa, uma invaginação. 
Ela se separa da cavidade oral como uma bolsa. É a bolsa de Rathke. Vai em direção ao sistema 
nervoso central. 
Enquanto isso, surge uma evaginação no piso do diencéfalo. Ela formará a neuro-hipófise. 
 
A bolsa de Rathke migra da cavidade oral em direção a essa evaginação do diencéfalo. 
 
Chega um momento em que elas se encontram. Assim, a bolsa e Rathke tenta rodear essa 
evaginação do piso do diencéfalo e acaba se posicionando anterolateralmente a ela. 
A bolsa de Rathke forma a adeno-hipófise. A evaginação do piso do diencéfalo, a neuro-
hipófise. 
 
O mesênquima da crista neural forma placas cartilaginosas. Logo que a adeno-hipófise em 
formação passa em direção à neuro-hipófise, essas placas se juntam para formar o osso 
esfenóide, onde se apóia a hipófise [sela túrcica]. 
 
Diogo Araujo – Med 92 
 
 
 
Glândulas salivares 
As glândulas exócrinas se formam a partir da proliferação de tecido epitelial. Essas 
proliferações adentram no tecido conjuntivo subjacente. 
É o tecido conjuntivo circundante o responsável por orientar o seu crescimento. 
Isso porque há regiões do tecido conjuntivo que são mais densas ou mais frouxas. Nos locais 
mais densos (com fibras colágenas do tipo I), o tecido epitelial não consegue crescer. No 
entanto, nos locais mais frouxos, há crescimento e desenvolvimento das glândulas. 
 
A parótidas são as únicas glândulas que se originam a partir do ectoderma que formava a 
membrana bucofaríngea. 
 
As glândulas salivares mandibulares e sublinguais advém do endoderma que forma a faringe 
primitiva. 
 
 
Destino das fendas, bolsas, membranas e arcos faríngeos 
Diogo Araujo – Med 92 
 
A língua e a tireóide surgem do piso da faringe primitiva. 
 
Nos humanos, não há formação de guelras ou brânquias. Já nos peixes, há ruptura das 
membranas faríngeas com passagem de água para a faringe e formação de guelras para 
respiração. 
 
 
Os arcos, fendas e bolsas faríngeas recebem números de acordo com o seu surgimento. No 
homem, não se forma o quinto arco faríngeo. 
 
As fendas vão de I a IV. 
 
As bolsas vão de I a IV, com mais a VI bolsa (denominada de 'corpo último branquial'). 
 
Fendas faríngeas 
 
A primeira fenda branquial permanece no adulto, transformando-se em meato acústico 
externo. Se analisarmos, o meato acústico externo fica justamente entre os locais de 
desenvolvimento dos dois primeiros arcos no adulto. 
 
Proliferações do I arco faríngeo e do mesênquima do II arco faríngeo dão origem à orelha 
externa. 
 
O segundo arco faríngeo cria um opérculo [um tampão] de proliferação mesenquimal que 
cresce em sentido caudal, de modo que as demais fendas branquiais desaparecem. Ele cresce 
até se fusionar com o quarto arco branquial. 
 
Nesse momento, as fendas branquiais desaparecem e é assim que a superfície [contorno] liso 
do pescoço se forma. Os demais arcos ficam pra dentro. 
 
Segunda, terceira e quarta fendas faríngeas desaparecem. 
 
Quando se fusiona com o quarto arco, há a formação de um seio cervical [como uma bolha]. 
 
Quando ha fusão, forma-se um seio cervical fechado, que pode persistir e se apresentar em 
neonatos. O conteúdo da bolha pode sair por fistulização [ou seja, abertura da bolha para o 
Diogo Araujo – Med 92 
meio externo]. Pode infeccionar, inflamar. É uma malformação, se não desaparecer. 
 
 
Bolsas faríngeas 
 
A primeira bolsa faríngea sofre uma dilatação distal e um estreitamento proximal. Assim, ela 
forma um espaço, o recesso tubo timpânico. 
 
A primeira bolsa forma o epitélio de revestimento do ouvido médio e interno. 
 
A primeira membrana faríngea origina a membrana timpânica. 
 
A porção delgada do recesso tubo timpânico forma a trompa de Eustáquio e a dilatada, a 
cavidade timpânica. 
 
 
 
A segunda bolsa faríngea forma uma série de criptas no seu endoderma, as quais formarão as 
amígdalas ou tonsilas palatinas. Mas as bolsas formam somente o epitélio de revestimento 
desses órgãos. O tecido que fica abaixo do epitélio é ocupado por tecido linfóide e tecido 
conjuntivo que têm outra origem. Os linfócitos povoam posteriormente, formando nódulos, 
com posição subepitelial. 
 
 
A terceira bolsa vai formar duas estruturas diferentes, uma dorsal e outra ventral. 
Diogo Araujo – Med 92 
 
Na região dorsal da terceira bolsa, surge o tecido glandular da paratireóide III (ou paratireóides 
inferiores). Esse tecido glandular se prolifera em forma de cordões, penetra no tecido 
subjacente, se solta da superfície e segue um sentido caudal. 
 
Na região ventral da III bolsa faríngea origina o sistema celular de sustentação do timo 
(somente células reticulares). Após se formar, o timo se desprende. Consigo, ele leva as 
paratireóides III. Eles descem juntos! Seguem sentido caudal e medial, passando pela região 
anterior. 
 
O linfócitos que povoam o timo vêm do mesoderma. 
 
Obs.: o tecido endodérmico é incapaz de formar fibras reticulares. Já o mesoderma é capaz. É 
por isso que o timo, que vem do endoderma, não tem fibras reticulares e os linfonodos, que 
vem do mesoderma, têm. 
 
Na quarta bolsa faríngea, forma-se o epitélio glandular das paratireóides quatro (paratireóides 
superiores). 
 
Como as paratireóides III se formam antes das IV e estão descendo com o timo, elas acabam 
descendo mais do que as IV, ficando inferiores. 
 
As paratireóides IV descem, posteriormente, juntamente com a tireóide. Elas se incrustam no 
tecido da tireóide. 
 
Quando as paratireóides III se unem à tireóide, as IV já estão unidas mais superiormente. 
 
O corpo último branquial [VI bolsa] está formado, principalmente, por células da crista neural 
provenientes da cabeça. A tireóide se origina do piso da faringe e migra para região próxima 
do corpo último branquial. Esse corpo origina células que migram para a tireóide e originam as 
células parafoliculares. 
 
É possível estabelecer uma divisão funcional das bolsas faríngeas: 
 I bolsa: auditiva; 
II bolsa: defesa; 
 III, IV e VI bolsas: equilíbrio hormonal, sistema endócrino. 
 
Resumindo: 
- A primeira bolsa faríngea forma a cavidade timpânica e a trompa de Eustáquio. 
- A segunda, a amígdala. 
- A terceira, o timo e as paratireóides inferiores. 
- A quarta, as paratireóides superiores. 
- O sexto [corpo último branquial], as células parafoliculares da tireóide. 
 
 
Diogo Araujo – Med 92 
 
 
 
Arcos faríngeos 
 
Cada arco faríngeo contém um vaso que se denomina de arco aórtico. Cada um desses arcos se 
une dorsalmente à aorta dorsal e, ventralmente, à aorta ventral. São cinco arcos aórticos. 
 
Diogo Araujo – Med 92 
 
 
 
O primeiro arco aórtico desaparece quase que completamente, formando, no adulto, a artéria 
maxilar.O segundo forma a artéria estapédica (relacionada com o ouvido). 
O terceiro forma uma porção da carótida interna. 
O quarto arco esquerdo forma o arco da aorta. Já o direito forma parte da subclávia direita. 
O sexto arco forma uma porção das artérias pulmonares bilateralmente (já que o sexto arco 
esta próximo do local de formação do sistema respiratório). 
 
Cada arco faríngeo possui um nervo misto. Inervam os músculos que se originam do mesmo 
arco. 
 
O primeiro arco é inervado pelo nervo trigêmeo. Esse nervo conta com os ramos oftálmico, 
maxilar e mandibular. Os três ficam no primeiro arco. 
O segundo arco é inervado pelo facial. 
O terceiro arco é inervado pelo glossofaríngeo. 
O quarto e o sexto são inervados pelo nervo vago. Mas o quarto esta inervado pelo ramo 
laríngeo superior e o sexto, pelo laríngeo recorrente. 
Diogo Araujo – Med 92 
 
 
Os arcos são inervados pelos nervos [e não são origem a eles]. Esses nervos são formados a 
partir de prolongamentos axônicos dos neurônios motores do SNC e sensitivos dos gânglios. 
 
 
Cartilagens presentes nos arcos podem se ossificar ou permanecer como cartilagem. 
 
Na parte do processo maxilar do primeiro arco faríngeo, desenvolve-se osso diretamente, sem 
cartilagem. 
Já no processo mandibular, a cartilagem da região dorsal forma dois ossículos do ouvido, a 
bigorna e o martelo. Na região ventral, a cartilagem serve de modelo para a formação da 
mandíbula (a cartilagem é como um molde para a formação da mandíbula; o osso cresce ao 
seu redor; ela não forma osso, mas auxilia na sua formação). 
O ectoderma que recobre a região de molde cartilaginoso produz substâncias que moldam 
esse molde de cartilagem, não permitindo que a cartilagem se aproxime do ectoderma. A 
porção media dessa cartilagem do processo maxilar desaparece, permanecendo apenas o seu 
pericôndrio, que forma o ligamento esfenomandibular. 
 
O segundo arco também se divide em três partes: a dorsal, a média e a ventral. A dorsal forma 
o estribo e o processo estilóide do osso temporal. A porção ventral forma a parte superior do 
corpo do osso hióide e o pequeno corno do osso hióide. 
 
 
Tireóide 
 
A glândula tireóide se origina de um espessamento do endoderma do assoalho da faringe 
primitiva. Esse espessamento forma uma massa de células que adentram no mesoderma e 
migram caudalmente. Pode ser chamado de divertículo da tireóide. 
Diogo Araujo – Med 92 
 
 
Com o alongamento do embrião e o crescimento da língua, o divertículo migra anteriormente 
ao osso hióide e às cartilagens laríngeas para se posicionar na região anteroinferior do 
pescoço. 
 
 
O tecido tireoidiano consiste inicialmente em uma massa de células endodérmicas que 
preenchem o divertículo. 
Posteriormente, há invasão da glândula pelo mesênquima, que forma vasos e divide a massa 
endodérmica em cordões celulares. 
Esses cordões de células formam, em seguida, agrupamentos de células organizadas em torno 
de uma luz central. Para essa luz, secretam colóide. São, assim, denominados de folículos 
tireoidianos. 
As células parafoliculares da tireóide advêm do corpo último branquial, como dito 
anteriormente. Lembrando que o mesênquima que forma esse corpo último branquial 
Diogo Araujo – Med 92 
formou-se a partir de células da crista neural da cabeça. Assim, em última análise, as células 
parafoliculares da tireóide são derivadas da crista neural. 
 
Resumindo: as células foliculares vêm do endoderma do piso da faringe primitiva. As células 
parafoliculares são formadas pelo ectoderma da crista neural do corpo último branquial. 
 
Língua 
 
A mucosa da superfície da língua se origina do endoderma da faringe primitiva. Já os músculos 
da língua se originam de miótomos dos somitos occipitais. 
 
A língua se origina de proliferações mesenquimais que fazem saliência no piso da faringe, que 
se unem a miótomos vindos dos somitos occipitais. 
 
 
 
As saliências linguais laterais, provenientes do I arco branquial, surgem entre o I e o II arco 
faríngeo. Entre elas, surge outra saliência, chamada de tubérculo impar. 
 
Do II arco branquial, surge a cópula. 
 
Do III e IV arcos, surge a eminência hipobranquial (relacionada com o local de formação do 
sistema respiratório). 
 
São proliferações mesenquimais encobertas por endoderma. 
Diogo Araujo – Med 92 
 
 
As saliências linguais laterais crescem muito e se sobrepõem ao tubérculo impar, que regride. 
 
No adulto, não se observa nenhuma estrutura que tenha se originado do tubérculo impar. 
 
Essas saliências linguais laterais se fusionam e formam os dois terços anteriores da língua. 
 
 
A cópula desaparece por ser englobada pela eminência hipobranquial. 
 
A eminência hipobranquial se divide em duas partes: uma mais posterior e uma mais anterior. 
A mais anterior forma o terço posterior da língua. A posterior forma a epiglote. 
 
Os miótomos se inserem no interior dessas proliferações para originar os músculos. 
 
 
 
O nervo hipoglosso inerva os miótomos occipitais. É por isso que a inervação motora da língua 
se dá pelo hipoglosso. 
 
 
Os dois terços anteriores da língua se originam das saliências linguais laterais [que vem do I 
arco faríngeo]. Nesse arco, há inervação do trigêmeo. É por isso que essa região da língua tem 
inervação sensitiva pelo trigêmeo. 
 
O terço posterior é inervado pelo glossofaríngeo, já que essa parte da língua se origina da 
porção anterior das eminências hipobranquiais [que se formam a partir do III e do IV arcos 
faríngeos]. 
 
A epiglote, como vem da porção posterior das eminências hipobranquiais, que se originam do 
IV arco, é inervada pelo vago. 
 
 
Resumindo: 
 - 2/3 anteriores  saliências linguais laterais, do I arco faríngeo; inervação pelo 
trigêmio. 
 - 1/3 posterior  parte anterior das eminências hipobranquiais, do III arco faríngeo; 
invervação pelo glossofaríngeo. 
Diogo Araujo – Med 92 
 - Epiglote  parte posterior das eminências hipobranquiais, do IV arco faríngeo; 
inervação pelo vago.

Outros materiais