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Concepção/embriologia 11/08/20 Bruna Larissa 4ª a 8ª semana: organogênese Formação de todos os tecidos e sistemas Somente o sistema cardiovascular que tem início antes do período de organogênese Início da 4ª semana é marcado pelos dobramentos: Acompanham o desenvolvimento dos sistemas Evento significativo parra o estabelecimento da forma Dobramento do disco trilaminar plano em um embrião “mais ou menos” cilíndrico Nesse processo há a formação das pregas cefálica, caudal e ventral (dobramento ventral) Desenvolvimento da face e pescoço Na 8ª semana: Embrião totalmente formado Internamente: órgãos já surgiram Externamente: aspecto humano já estabelecido O período fetal é importante para que haja a maturação dos órgãos e ajustar as proporções externas Características: Estabelecimento de todas as principais estruturas internas e externas Mudanças na forma do embrião A maior parte do desenvolvimento embrionário ocorre da quarta à oitava semana de gestação Introdução -Característica típica do desenvolvimento da face e do pescoço é a formação dos ARCOS FARÍNGEOS (4ª e 5ª semana) ou branquiais -Uso antigo do adjetivo branquial: regiões da cabeça e pescoço de embrião humano de 4 semanas se assemelham as brânquias de um peixe Projeções que, diferente das brânquias, não permitem uma comunicação total entre o meio externo e interno. As depressões observadas entre um arco e outro são os SULCOS Componentes do Sistema Faríngeo 1. Arcos Faríngeos: mesoderma 2. Bolsas Faríngeas: endoderma 3. Sulcos Faríngeos: ectoderma 4. Membranas Faríngeas: ectoderma do sulco com o endoderma da bolsa Arcos Faríngeos: São projeções de mesênquima: células da crista neural e mesoderma Começam a se desenvolver no início da quarta semana, quando as células da crista neural migram para as futuras regiões da cabeça e pescoço No assoalho da faringe, começam a surgir algumas projeções (6 de um lado e 6 do outro), no entanto, o 5º e 6º arco são rudimentares e podem não ser visíveis na superfície do embrião 1º par de arcos, MANDÍBULAS PRIMORDIAIS, aparece como elevações superficiais laterais Surgem na parte lateral da faringe em desenvolvimento (porção longocefálica da cabeça) Sinalização SONIC HEDGEHOG: desempenha papel importante na formação dos primeiros arcos faríngeos Os arcos faríngeos são separados pelos SULCOS FARÍNGEOS Primeiro arco faríngeo separa-se nas: PROEMINÊNCIAS MAXILAR e MANDIBULAR Proeminência maxilar forma a maxila, o osso zigomático e uma porção do osso vômer Proeminência mandibular forma a mandíbula e o osso temporal escamoso Terceiro e segundo arco (arco hioide) contribui para a formação do osso hioide Os arcos sustentam as paredes laterais da laringe primitiva, que se derivam da parte cranial do intestino anterior Estomodeu (boca primitiva) inicialmente aparece como uma depressão do ectoderma superficial É separado da cavidade da faringe primitiva por uma membrana bilaminar (MEMBRANA BUCOFARÍNGEA): composta externamente por ectoderma e internamente por endoderma A membrana bucofaríngea rompe-se com aproximadamente 26 dias, fazendo com que a faringe e o intestino anterior se comuniquem com a cavidade amniótica O revestimento ectodérmico do primeiro arco forma o epitélio oral Artéria: originada do tronco arterioso do coração primitivo Formada pela migração das células do mesoderma Sangue dos arcos oferece nutrição Haste cartilaginosa: formada pela migração e diferenciação das células da crista neural Formam o esqueleto do arco Componente muscular: formado pela migração das células do mesoderma Formam músculos estriados da cabeça e do pescoço Nervo: nervos motores e sensoriais São denominados de neuroectoderma do encéfalo Derivados dos nervos: 1º arco: nervo trigêmeo (V) 2º arco: nervo facial (VII) 3º arco: nervo glossofaríngeo (IX) 4º ao 6º arco: nervo vago (X) Contribuem extensivamente com a formação da face, cavidades nasais, boca, laringe, faringe e pescoço Durante a 5ª semana: segundo arco aumenta, recobrindo o terceiro e quarto arcos, formando uma depressão ectodérmica (SEIO CERVICAL) Final da 7ª semana: do segundo ao quarto sulco faríngeo desaparecem, juntamente com o seio cervical (isso dá um contorno liso ao pescoço) -As porções ventrais das cartilagens do primeiro arco (CARTILAGEM DE MECKEL) formam o PRIMÓRDIO DA MANDÍBULA, em forma de ferradura Acompanham o seu crescimento Guiam a morfogênese inicial -Cada metade da mandíbula forma-se lateralmente com sua cartilagem Essa cartilagem desaparece à medida que a mandíbula se desenvolve em torno dela por ossificação intramembranosa -A cartilagem primitiva independente, que fica próxima à extremidade dorsal da cartilagem do segundo arco (CARTILAGEM DE REICHERT) participa do desenvolvimento da orelha Contribui para a formação do estribo da orelha média e do processo estiloide do osso temporal A extremidade ventral dessa cartilagem ossifica-se para formar o corno menor -A cartilagem do terceiro arco, localiza-se na porção ventral do arco, ossifica-se para formar o corno maior do osso hioide -As cartilagens do quarto e do sexto arco fundem-se para formar as cartilagens laríngeas Não formam a epiglote: desenvolve-se a partir do mesênquima na eminência hipofaríngea -O quinto arco, quando está presente, é rudimentar e não tem derivados -Os componentes musculares dos arcos derivam do mesoderma paraxial não segmentado -A placa pré-cordal forma vários músculos da cabeça e do pescoço -Formação: Primeiro arco: músculos da mastigação Segundo arco: estapédio, estilo-hióideo, ventre ventre posterior digástrio, auricular e músculos da expressão facial Terceiro arco: estilofaríngeo Quarto arco: cricotireóideo, elevador do véu palatino e constritores da faringe Sexto arco: músculos intrínsecos da laringe -Cada arco é suprido por seu próprio nervo craniano A pele é suprida pelo nervo trigêmeo (NC V): principal nervo sensorial da cabeça e do pescoço, além de ser o nervo motor para os músculos da mastigação Nervo facial (NC VII), nervo glossofaríngeo (NC IX) e nervo vago suprem o segundo, terceiro e do quarto ao sexo arcos -Envolvem malformações dos olhos, ouvidos, palato e mandíbula Treacher Collins: é uma disostose mandibulofacial (malformação dos ossos) Pierre Robin: sequência de micrognatia (mandíbula diminuída) Bolsas Faríngeas: Desenvolvem-se em uma sequência craniocaudal entre os arcos O primeiro par de bolsas encontra-se entre o primeiro e o segundo arcos Quatro pares de bolsas são bem definidos Quinto par, quando está presente, é rudimentar O endoderma das bolsas entra em contato com o ectoderma dos sulcos faríngeos, formando uma dupla camada de membranas faríngeas Primeira bolsa: expande-se em um alongado recesso tubotimpânico A cavidade do recesso tubotimpânico torna-se a cavidade timpânica e o antro mastoide Segunda bolsa: boa parte é obliterada conforme a tonsila palatina se desenvolve, a outra parte permanece como seio tonsilar (fossa), que é a depressão entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo Terceira bolsa: expande-se formando uma parte dorsal bulbar sólida e uma parte ventral oca alongada Por volta da sexta semana, o epitélio de cada parte bulbar dorsal da bolsa começa a se diferenciar em uma glândula paratireoide inferior. O epitélio das partes ventrais da bolsa alongada se prolifera, obliterando suas cavidades Quarta bolsa: expande-se em uma parte bulbar dorsal e uma ventral alongada Por volta da sexta semana, cada porção dorsal se desenvolve em uma glândula paratireoide superior, que se localiza na superfície dorsal da glândula tireoide Síndromede DiGeorge Ectopia Sulcos Faríngeos As regiões da cabeça e do pescoço exibem 4 sulcos (fendas branquiais), em cada lado, durante a quarta e quinta semanas Esses sulcos separam os arcos externamente Apenas um par de sulcos contribui para estruturas pós- natais Primeiro par persiste como o meato acústico externo (canais auditivos) Os outros sulcos situam-se em uma depressão do tipo fenda (SEIOS CERVICAIS) e são normalmente obliterados com o seio conforme o pescoço se desenvolve Seios cervicais Segundo sulco Fístula cervical e do seio Cistos cervicais (branquiais) Membranas Faríngeas -Aparecem nos assoalhos dos sulcos faríngeo -Essas membranas se formam onde os epitélios dos sulcos e das bolsas se aproximam -Apenas um par de membranas contribui para a formação de estruturas adultas -A primeira membrana e a camada interposta de mesênquima torna-se a MEMBRANA TIMPÂNICA Desenvolvimento da glândula tireoide -A glândula tireoide é a primeira glândula endócrina a se desenvolver no embrião -Começa a se formar aproximadamente com 24 dias após a fecundação a partir de um espessamento endodérmico mediano no assoalho da faringe primitiva Esse espessamento forma uma pequena evaginação: PRIMÓRDIO DA TIREÓIDE -A medida que o embrião cresce, desce para o pescoço Geralmente, em 7 semanas, a glândula assume sua forma definitiva e está localizada em seu local final no pescoço -Por um curto período de tempo, a glândula está ligada à língua por um tubo estreito: o DUCTO TIREOGLOSSO (degenera e desaparece com o passar do tempo) -O primórdio da tireoide se divide em lobos, direito e esquerdo, que são ligados pelo istmo da glândula tireoide Cistos do Ducto Tireoglosso: origina-se da permanência do ducto tireoglosso, após a descida da tireóide até sua posição normal Tireóide Ectópica: tireóide não desce completamente do seu local de origem na língua Agenesia da Tireóide: ausência de tireóide Desenvolvimento da língua -Começa a se desenvolver no final da quarta semana, com uma elevação triangular no assoalho da faringe primitiva: a TUMEFAÇÃO LINGUAL MEDIANA (broto da língua) Primeira indicação do desenvolvimento da língua -Ao todo surgem três tumefações linguais, que resultam da proliferação do mesênquima nas porções ventromediais do primeiro par de arcos faríngeos -Parte oral é formado pela fusão de duas tumefações laterais -Terço posterior da língua (parte faríngea) é indicada por duas elevações que se desenvolvem caudalmente ao forame cego -Cópula forma-se pela fusão das partes ventromediais do segundo par de arcos faríngeos É gradativamente coberta pela eminência hipofaríngea e desaparece -Sulco terminal: linha de fusão das partes anterior e posterior da língua É um sulco em forma de V -As células da crista neural craniais migram para a língua em desenvolvimento e dão origem ao seu tecido conjuntivo, juntamente com a origem da vasculatura -A maior parte dos músculos da língua é derivada dos MIOBLASTOS (células musculares primordiais) que migram do segundo ao quinto miótomos occipitais -O nervo hipoglosso (NC XII) acompanha os mioblastos (precursores miogênicos) durante sua migração e inerva os músculos da língua à medida que estes se desenvolvem As partes anterior e posterior da língua estão localizadas dentro da cavidade oral no nascimento; o terço posterior da língua desce para a orofaringe (parte oral da faringe) por volta dos 4 anos de idade -As papilas linguais aparecem no final da oitava semana -As papilas circunvaladas e foliáceas aparecem primeiro e se situam próximas aos ramos terminais do nervo glossofaríngeo (NC IX) -As papilas fungiformes aparecem posteriormente próximas às terminações do ramo da corda do tímpano do nervo facial (NC VII). - As papilas longas e numerosas são chamadas papilas filiformes, devido à sua forma semelhante a um fio Elas se desenvolvem durante o período fetal inicial (10 a 11 semanas) Contêm terminações nervosas aferentes que são sensíveis ao toque -Os corpúsculos gustativos (conjunto celular na papila) desenvolvem-se durante a 11ª e 13ª semanas por interação indutiva entre as células epiteliais da língua e a invasão de células nervosas gustativas (relacionadas ao paladar) Desenvolvem-se a partir dos nervos da corda do tímpano, glossofaríngeo e vago A maioria dos corpúsculos gustativos forma-se na superfície dorsal da língua Alguns se desenvolvem nos arcos palatoglossos (palato e língua), no palato, na superfície posterior da epiglote e na parede posterior da orofaringe Cistos e fístulas linguais congênitas Anquiloglossia (língua-presa) Macroglossia e microglossia Língua bífida ou fendida Desenvolvimento das glândulas salivares -Durante a sexta e sétima semanas, as glândulas salivares, sob a influência da via de sinalização Notch, desenvolvem- se como uma estrutura altamente ramificada pela morfogênese de ramificação A morfogênese de ramificação se inicia a partir de brotos epiteliais maciços a partir da cavidade oral primitiva As extremidades arredondadas desses brotos crescem no mesênquima subjacente O tecido conjuntivo das glândulas é derivado de células da crista neural Todo tecido do parênquima (secretor) surge pela proliferação do epitélio oral -GLÂNDULAS PARÓTIDAS: São as primeiras a se desenvolverem e aparecem no início da sexta semana Elas se desenvolvem a partir de brotos que surgem do revestimento ectodérmico oral próximo aos ângulos do estomodeu As extremidades arredondadas dos cordões diferenciam- se em ácinos (estruturas em forma de uva) A atividade secretora começa com 18 semanas Cápsula e o tecido conjuntivo desenvolvem-se a partir do mesênquima circundante -GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES: Aparecem no final da sexta semana Elas se desenvolvem de brotos endodérmicos no assoalho do estomodeu Os ácinos começam a se formar com 12 semanas e a atividade secretora inicia-se com 16 semanas O crescimento das glândulas continua após o nascimento com a formação de ácinos mucosos Lateralmente, à língua em desenvolvimento, forma-se um sulco linear que logo se fecha para formar o DUCTO SUBMANDIBULAR -GLÂNDULAS SUBLINGUAIS: Aparecem durante a oitava semana, aproximadamente 2 semanas mais tarde do que outras glândulas Elas se desenvolvem a partir de múltiplos brotos epiteliais endodérmicos que se ramificam e se canalizam para formar entre 10 e 12 ductos, que se abrem independentemente no assoalho da boca Desenvolvimento da face -Os primórdios da face aparecem no início da quarta semana em torno do estomodeu -Depende da influência indutiva do prosencéfalo (através de gradientes morfogênicos sonic hedgehog), da zona ectodérmica frontonasal e do desenvolvimento dos olhos -Os cinco primórdios faciais aparecem como proeminências em torno do estomodeu -O ducto nasolacrimal desenvolve-se a partir de um revestimento em forma de bastão do ectoderma no assoalho do sulco nasolacrimal -A extremidade superior do ducto expande-se para formar o saco lacrimal No final do período fetal, o ducto nasolacrimal drena para o meato inferior na parede lateral da cavidade nasal O ducto torna-se completamente evidente após o nascimento -Entre a sétima e a décima semanas, as proeminências nasais mediais fundem-se com as proeminências maxilares e nasais laterais -Quando as proeminências nasais mediais se fundem, elas formam um SEGMENTO INTERMAXILAR Esse segmento forma a parte média (filtro) do lábio superior, a parte pré-maxilar da maxila e suas gengivas associadas e o palato primário. -O desenvolvimento facial necessita de todos os seguintes componentes: Proeminência nasal frontal: forma a testa, dorso e o ápice do nariz Proeminência nasais laterais: formam as asas do nariz Proeminências nasais mediais:formam o septo nasal, osso etmoide e a placa cribriforme (aberturas para a passagem dos nervos olfatórios) Proeminências maxilares: regiões das bochechas superiores e o lábio superior Proeminências mandibulares: queixo, lábio inferior e as regiões das bochechas Atresia do ducto nasolacrimal Seios e cistos auriculares congênitos Desenvolvimentos das cavidades nasais -Conforme ocorre o desenvolvimento da face, os placoides nasais tornam-se deprimidos, formando as FOSSETAS NASAIS -A proliferação do mesênquima circundante forma as PROEMINÊNCIAS NASAIS mediais e laterais, que resultam no aprofundamento das fossetas nasais e a formação dos SACOS NASAIS PRIMITIVOS -No início, os sacos estão separados da cavidade oral pela membrana oronasal Essa membrana rompe-se no final da sexta semana, fazendo com que a cavidades nasal e oral se comuniquem -Tampões epiteliais temporários são formados nas cavidades nasais a partir da proliferação de células que as revestem Em meados da 16ª semana, os tampões nasais desaparecem Desenvolvimento do palato -Desenvolve-se a partir de dois primórdios: PALATOS PRIMÁRIO e SECUNDÁRIO -A patogênese (processo morfogenético regulado) começa na sexta semana, mas não é completada até a 12ª semana Começa a se desenvolver no início da sexta semana Conhecido também como PROCESSO MEDIANO Forma a face anterior e da linha média da maxila (parte pré-maxilar da maxila) Representa apenas uma pequena parte do PALATO DURO no adulto (anterior à fossa incisiva) É primórdio das partes duras e moles do palato Começa a se desenvolver no início da sexta semana, a partir de duas projeções mesenquimais que se estendem das faces internas das proeminências maxilares Esses processos palatinos laterais (PRATELEIRAS PALATINAS) inicialmente projetam-se inferolateralmente em cada lado da língua Com o alongamento da mandíbula, a língua é puxada de sua raiz, sendo trazida em uma posição inferir na boca Durante a sétima e oitava semanas, os processos palatinos laterais assumem uma posição horizontal sobre a língua Fenda Palatina Fenda Uvular Microstomia congênita (boca pequena)
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