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TRAUMATOLOGIA DA COLUNA VERTEBRAL “Todo paciente com suspeita de fratura de coluna deve ser encarado como um paciente politraumatizado e ser avaliado segundo as normas do ATLS”. 1º - Avaliação ATLS: A (airways) – vias aéreas com controle da coluna cervical; B (breathing) – respiração e ventilação; C (circulation) – circulação com controle da hemorragia; D (disability) – estado neurológico; E (exposure) – exposição e controle da temperatura. Avaliação neurológica (ASIA): - Realizado por meio da avaliação da sensibilidade, motricidade e dos reflexos e tem por objetivos a detecção de lesões das estruturas nervosas, a diferenciação entre as totais e parciais da medula espinhal, e a determinação do nível da lesão. - exames motor, sensitivo e reflexos profundos e superficiais. Diagnóstico por imagem: - Perfil cervical: C0-T1 - Tórax AP - Bacia AP - Lesão vertebral Rx de toda coluna FRATURAS DA COLUNA CERVICAL Coluna cervical alta (C0-C2) Mecanismo: Acidente automobilístico Mergulho em água rasa Diagnostico: Rx Perfil + AP + trans-oral. TC Fratura do côndilo occipital Associada a traumatismo cranioencefalico 3 tipos: I - Impactada II - Base do cranio III - Avulsão Tratamento: Tipo I e II: ortese cervical Tipo III: halo vest ou artrodese occipitocervical Fratura de C1: 2% das fraturas da coluna Raramento apresenta déficit neurológico associado. Classificação: Fratura do atlas tipo I: arco posterior Fratura do atlas tipo II: cominutiva Fratura do atlas tipo III: arco anterior Fratura do atlas tipo IV: em explosão - fraturas unilaterais ou bilaterais isoladas do arco posterior são as formas mais frequentes de fraturas do atlas. - A segunda forma mais frequente de fraturas do atlas é a por explosão ou a de Jefferson, que consiste em um ou dois traços de fratura no arco anterior e no posterior. Oriunda da aplicação de compressão axial, que é transmitida pelos côndilos occipitais para o atlas. Tratamento: As fraturas estáveis do atlas podem ser tratadas conservadoramente, com colares cervicais com apoio mentoniano. As lesões instáveis de C1 são aquelas associadas a rupturas do ligamento transverso. O melhor exame para diagnóstico da lesão do ligamento transverso é a RM. Recomendado em caso de lesão do lig transverso tração com halo, seguida de halogesso. Fratura de C2: - Lesão no processo Odontoide do atlas - Corresponde de 10-15% das fraturas cervicais - Presença de déficit neurológico é raro - “Fratura do enforcado” – Espondilolistese traumatica escorregamento de C2 sobre C3. ocorre por mecanismo de hiper-extensão Tratamento: Imob com gesso de minerva Mecanismos: Trauma de alta energia: jovens Trauma de baixa energia: idoso - Fratura cervical + comum >70 anos - Ocorre geralmente em associação com TCE decorrente de queda de altura, trauma leve ou acidente de automóvel. Classificação: Fratura odontoide tipo I: fraturas-avulsões do ápice do processo odontóide Fratura odontoide tipo II: fraturas do colo do odontóide Fratura odontoide tipo III: fraturas da base do odontóide que se estendem para o corpo Tratamento: - Geralmente conservador com órtese ou gesso cervical. - Em casos de falha de redução, o uso de tração com halo está indicado seguido de halo gesso. Raramente o tratamento cirúrgico é necessário. - Tipo I e III tratamento conservador (IMOBILIZAÇÃO) - Tipo II tratamento cirúrgico (FIXAÇÃO) Coluna cervical baixa (C3 a C7) 85% das fraturas cervicais Local mais frequente de lesão neurológica Classificação AO: Tipo A: compressão acometendo somente as estruturas anteriores (corpo), podendo ser tratada com colete gessado em extensão na maioria dos casos. Tipo B: distração levando a uma lesão anterior associada a lesões posteriores, sendo cirúrgica na maioria dos casos. Tipo C: rotação necessita de estabilização anterior e posterior. Indicações cirúrgicas: Déficit neurológico Instabilidade Tipo de fratura Lesão ligamentar posterior Compressão do canal FRATURAS DA COLUNA TORACOLOMBAR RX simples: AP e perfil e eventualmente obliquo. TC: indicado nas fraturas-luxaçao Acomete mais os homens. Pico da incidência entre 20 e 40 anos de vida Mecanismos: Queda de lugar elevado Acidente automobilistico - 2/3 das fraturas entre T11-L2. Classificação: Tipo A (A0 a A4): compressão (lig + óssea) - Sem lesão ligamentar A0: - estável - fratura isolada: Processo transverso Processo espinhoso A1: - 1 platô vertebral - Parede post do corpo vertebral integra A2: - ambos platôs (Split) - parede post integra A3: - 1 platô - lesão na parede post A4: - 2 platôs - lesão parede post Tipo B (B1 a B3): distração (lesao lig) lesão por flexão distração está associada ao uso de cinto de segurança em dois pontos. Instaveis Mais grave Anterior: LLA Posterior: banda de tensão posterior/complexo ligamentar posterior Pode estar associada a uma fratura do tipo A (Sempre classificar pela lesão mais grave). B1: Lesao puramente ossea (fratura de chance) Unica tipo B que ser tratada conservadoramente osso consolida. B2: Lesao ligamento post Associada a fratura tipo A B3: Hiperextensao Lesao lig ant (rompe disco) + grave Tipo C Translação Lesao irreversivel paraplegico Tratamento cirurgico (fixação) Tratamento conservador: Órteses Gesso Colete de Jewett (+ freq) OTLS (Órtese ToracoLombo-Sacral) - Colete de Milwaukee - OTLS + componente femoral Tratamento cirúrgico: - Redução e fixaçao - Descompressão - lesão tipo B (exceto Chance) ou C - lesão tipo A Cifose >25-30º Perda de altura do corpo vertebral >40-50º Compressao do canal >40-50º Deficit neurologico
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