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Condições Históricas do Serviço Social

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1
PROFESSORA
ROSANE APARECIDA BELIEIRO MALVEZZI
ASSISTENTE SOCIAL
PROFESSORA
ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS 
E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL I
Aula 2
O Conhecimento Histórico e suas Condições 
para o Surgimento das Primeiras Práticas Sociais
RELEMBRANDO A AULA ANTERIOR
Serviço Social ‐ profissão interventiva.
Diferenças entre: Serviço Social, Assistência Social, 
Clientelismo e Assistencialismo.
Campos de trabalho do AS.
Legislações importantes.
REFLEXÃO  ATIVIDADE EM SALA
O que podemos extrair da citação 
de Paulo Freire em relação às questões:
da caridade e ajuda;
da justiça social;
do homem;
da sociedade.
2
PRÁTICA ASSISTENCIAL
Historicamente, a realização da prática assistencial 
esteve bastante distanciada das relações sociais, 
associando‐se à noção de caridade. 
O que se buscava era perpetuar a servidão 
e ratificar a submissão.
ATIVIDADE EM SALA
Fonte: Disponível em: 
<http://clikaki.com.br/o‐que‐
foi‐feudalismo‐resumo/>.
Fonte: Disponível em:
<http://www.opalheiro.com.br/
decima‐carta‐as‐esquerdas‐
democracia‐ou‐capitalismo/>.
No decorrer da história, todas as políticas 
implantadas serviram para minimizar 
ou desarticular movimentos de revolta 
ou rebeliões das camadas populares.
SOCIEDADE CAPITALISTA 
ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Revolução Francesa – ocorrida na França 
de 1789 a 1799.
É considerado o mais importante acontecimento 
da história contemporânea. Inspirada pelas ideias 
iluministas, e sob o lema “Liberdade, Igualdade 
e Fraternidade”, acabou com regimes absolutistas 
e ascendendo aos valores burgueses.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Teve início na Inglaterra em meados do séc. XVIII.
Constituiu‐se numa série de avanços tecnológicos 
que teve impacto em vários processos, 
como o produtivo, o econômico e o social. 
Houve uma mudança de sociedade rural (agrícola) 
para sociedade urbana.
Fonte: Disponível em: 
<http://www.explicatorium.
com/James‐Watt.php>.
Fonte: Disponível em: 
<http://www.tocadacotia.com/
cultura/historia/o‐surgimento‐
da‐revolucao‐industrial‐suas‐
causas‐e‐seus‐efeitos>.
3
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
Nesse momento, os burgueses já detêm 
os meios de produção: as fábricas e
o comércio, e o trabalhador 
precisa vender a sua força de trabalho. 
Martinelli (2007) pontua que: a máquina a vapor 
e o tear mecânico tornaram‐se verdadeiros deuses 
dos capitalistas e a fábrica o seu templo.
SEGUNDO MARTINELLI (2007): 
As transformações trazidas pela Revolução 
Industrial não ficavam, portanto, circunscritas 
aos limites da produção industrial. Era a sociedade 
como um todo que ganhava uma nova ordem 
social, polarizando radicalmente em duas grandes 
classes ‐ a burguesia e o proletariado ‐, 
cujas vidas se desenrolavam sob o signo 
da contradição e do antagonismo.
MAS O QUE É CAPITALISMO?
Alguns economistas conceituaram 
a expressão no decorrer dos anos.
Werner Sombart (1863‐1941) considerava 
como uma forma econômica baseada 
na criação de um espírito capitalista –
empreendedor e racional.
Escola Clássica Alemã – situa como uma forma 
de organização da produção que se move 
entre o mercado e o lucro.
MARX AMPLIA O CONCEITO
Capitalismo: um modo de produção 
marcado não apenas pela troca monetária, 
mas essencialmente pela dominação 
do processo de produção pelo capital.
MODO DE PRODUÇÃO
Uma forma específica e peculiar de relações 
sociais entre os homens e entre eles e as forças 
produtivas, relações midiatizadas pela posse 
privada dos meios de produção. 
AS CLASSES SOCIAIS
Há a ruptura entre o capital e o trabalho.
Há ruptura entre os homens.
Passam a se diferenciar a partir da posse 
privada dos meios de produção.
São divididos entre burguesia e proletariado.
4
AO LONGO DA PRIMEIRA METADE DO 
SÉCULO XIX
O capitalismo avançou em sua marcha 
expansionista, instaurando concomitantemente 
um processo de contínua desvalorização 
do ser humano.
Fonte: Disponível em: <http://www.istravail.com/IMG/
jpg/Greve_des_mineurs.jpg>. Acesso em: 18 ago. 2009.
Surgem os primeiros movimentos 
de revolta dos trabalhadores. 
Revoltavam‐se contra a submissão da vida 
humana, contra a humilhação cotidiana 
a qual eles eram impostos.
Mostravam‐se contrários à prática comum 
de trazer para as fábricas crianças, 
jovens e mulheres.
Há uma crescente onda de manifestações 
ao longo do século XIX. 
Surge a “QUESTÃO SOCIAL”.
QUESTÃO SOCIAL – IAMAMOTO 
E CARVALHO (2007) 
A questão social é apreendida como o conjunto 
das expressões das desigualdades da sociedade 
capitalista madura, que tem uma raiz comum: 
a produção social é cada vez mais coletiva, 
o trabalho torna‐se mais amplamente social, 
enquanto a apropriação de seus frutos 
se mantém privada, monopolizada 
por uma parte da sociedade.
ATIVIDADE EM SALA
Quais são os exemplos concretos da expressão 
ou refrações da “QUESTÃO SOCIAL” 
na sociedade atual? 
O ESTADO E A BURGUESIA
Adotaram medidas que mascaravam 
e proporcionavam ao trabalhador 
a “ilusão de liberdade”. 
A primeira delas foi a revogação 
da “Lei dos Pobres”, revelando claramente 
o caráter de instrumento de dominação de classe.
5
LEI DOS POBRES
Protegia a burguesia e oprimia os trabalhadores.
Legislação de 1597 declarava indigentes 
e retirava o direito de cidadania econômica 
daqueles que fossem atendidos pelo sistema 
de assistência pública.
LUTAVAM POR:
Direito à liberdade individual e à vida digna.
Direito à igualdade.
Direito à fraternidade.
VÍDEO
O GERMINAL
BURGUESIA, IGREJA E ESTADO
Unificam‐se em um compacto bloco político 
com características reacionárias, com o objetivo 
de coibir as manifestações dos trabalhadores, 
de impedirem suas práticas de classe 
e abafar sua expressão política e social. 
Na Inglaterra, foi o surgimento da Sociedade 
de Organização da Caridade, em 1869, 
em Londres. 
Iniciou‐se a sistematização da prática social. 
SERVIÇO SOCIAL E SUA ORIGEM –
“ILUSÃO DE SERVIR”
“A origem do Serviço Social como profissão 
tem a marca profunda do capitalismo 
e do conjunto de variáveis que a ele estão 
subjacentes – alienação, contradição, 
antagonismo – pois foi nesse vasto caudal 
que ele foi desenvolvido” 
(MARTINELLI, 2007, p. 66).
Racionalizar a assistência e reorganizá‐la 
em bases científicas acabou se constituindo numa 
estratégia política, através da qual 
a burguesia procurava desenvolver 
seu projeto de hegemonia de classe.
Surgiram os primeiros assistentes sociais, 
executores da prática da assistência.
6
SERVIÇO SOCIAL NA EUROPA
Características:
Mantinha‐se sob forte vínculo com a religião, 
identificando‐se com a Igreja Católica.
Fragilidade teórica.
Apoiavam‐se nas Encíclicas Papais: 
Rerum Novarum e Quadragésimo Anno.
SERVIÇO SOCIAL NA EUROPA 
Teve a prática social desenvolvida 
com a preocupação na pobreza.
Procurava ajustar o pobre à ordem social vigente.
Vínculo com a sociologia.
Segue a moral católica: ver, julgar e agir.
SERVIÇO SOCIAL 
NOS ESTADOS UNIDOS
Mantinha‐se sob vínculo com outras áreas 
da ciência, tendo contorno terapêutico.
A abordagem era individual, mas da mesma forma 
redirecionando para a reforma de caráter.
Escola diagnóstica: a partir de Mary Richmond.
MARY RICHMOND 
No início do século XX, começou a pensar 
e a escrever a respeito do que é Serviço Social 
e de como ele deveria ser exercido.
Os cursos ministrados 
pela Sociedade de Organização 
da Caridade, tanto na Europa 
como nos Estados Unidos, 
foram influenciados 
pelas ideias de Mary Richmond.
Mary Ellen Richmond (1861 – 1928)
MARY RICHMOND
Visualizando o inquérito como um instrumento 
de fundamental importância para a realização 
do diagnóstico social e, posteriormente, 
do tratamento, acreditava Richmond 
que só através do ensino especializado 
poder‐se‐ia obter necessária qualificaçãopara realizá‐lo (MARTINELLI, 2007). 
MARY RICHMOND
Caso o meio social não pudesse mudar, o cliente 
mudaria de meio. A isso ela chamou de ações. 
Esta proposta profissional foi denominada 
“Serviço Social de casos individuais”.
7
ATIVIDADE EM SALA
Para Mary Richmond:
Caso o meio social não pudesse mudar, 
o cliente mudaria de meio.
Reflita sobre essa afirmativa e contribua 
com comentários pertinentes 
ao conteúdo que estamos estudando.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: 
saberes necessários à prática educativa. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
IAMAMOTO, Marilda Vilela; CARVALHO, Raul. 
Relações sociais e serviço social no Brasil. 
São Paulo: Cortez Editora, 2006.  
MARTINELLI, Maria  Lúcia. Serviço social – Identidade 
e alienação. São Paulo: Cortez Editora, 2007.
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