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Insuficiência coronariana Desequilíbrio entre o suprimento e a demanda (exigência). Configura uma das pp causas de IC. Suprimento: Fluxo coronariano (↓ >90%) Tempo diastólico (↓, por ↑FC) Auto-regulação – liberação de subst. vasodilatadoras compensatórias rapidamente atinge o máximo. Demanda: FC (↑) – principal variável – precisa reduzir!! Contratilidade (↑) Tensão sistólica da parede (ex. HA) - Consumo: duplo produto: FC x PAS CLINICA Isquemia miocárdica silenciosa (identificada pelo Holter / cintilografia +, mas raramente é pedida por ↓sintomas) – não é menos grave por ser assintomática Angina estável (de esforço) - ↑consumo|demanda Angina instável - ↓suprimento, dor – NÃO há morte celular EVENTOS AGUDOS Infarto agudo do miocárdio - ↓suprimento – HÁ morte celular (Sd. coron. agudas) A. estável e instável são focos de tto para evitar a ocorrência do IAM. Angina estável: aumento progressivo e lento da placa ateroesclerótica As menores placas são as mais friáveis por apresentarem capa (fibrosa) mais fina TEM que ceder com: repouso ou nitrato sublingual HDL: não permite que a placa cresça por carrear o colesterol sérico para o fígado Estatinas: ↓adesão do colesterol na placa e sua instabilidade (usada na doença aguda, ↓colesterol sérico e o tamanho da placa) Angina instável: ruptura da placa vulnerável As placas são mais friáveis, susceptíveis à ruptura e com ↑conteúdo lipídico, além de não apresentarem capa fibrosa espessa. Vasoespasmo ou pico hipertensivo: rompimento trombo Suboclusão Dor (forte, aguda, acordado pela dor) e passagem de fluxo (não há morte celular) IAM: trombo de oclusão total do suprimento aos tecidos SEM supra ST: Infarto Subendocárdico (parte mais susceptível do músculo) - ↓tempo de oclusão por trombo ter sido rapidamente dissolvido, havendo ↓morte de miócitos. A longo prazo são mais graves porque são multiarteriais (isquêmico crônico). Infartos mais longos (>30min), comprometendo toda a espessura do músculo. Dor por 6h ou mais – NÃO usa trombolítico Infarto sem supra X Angina instável: diferencia por ENZIMAS CARDÍACAS (necrose) Circulação colateral: a isquemia crônica ↑ pressão no leito vascular CC não permite a morte completa do miocárdio ANAMNESE: Dor precordial: em aperto, retroesternal, queimação, regional (sem local definido), acima da cicatriz umbilical. (não em pontada) Duração – Angina estável (20-30min) Precipitantes - ↑Consumo, ↑FC, ↑PA Aliviantes – Angina estável alivia com nitrato e repouso. Se não cede: infarto ou dor não cardiológica Irradiação – face ulnar do braço esquerdo (10% para o braço direito – como um todo); queixo (critério de gravidade – infarto de toda a parede anterior); interescapular Mais intensa – nos jovens (idosos tem ↑circulação colateral) Fatores de risco para DAC HAS (!) DM (!) – tem o mesmo risco de quem já teve um infarto (cardiopata em potencial) Histórico Fumo Dislipidemia História familiar EXAME FÍSICO Aspecto geral PA (choque cardiogênico: >40% miocárdio comprometido) Agudo ou crônico – estado do paciente Xantelasmas (depósitos de colesterol na pálpebra) Fissuras do lóbulo da orelha (Sulco de Frank) – 90%: ateroesclerose precoce Avaliação do ACV B4 Regurgitação mitral Avaliação dos campos pulmonares e abdome (se há ↑morte muscular pode alterar) EXAMES COMPLEMENTARES ECG - Em casos de emergência: ECG seriado (hr/hr) AGUDO Supra ST Isquemia Necrose CRÔNICO Retificação ST Inversão de onda Teste ergométrico Ambulatorial/Consultório: ECG inespecífico Emergência: difícil realização. Realizado pelo protocolo de dç. coronariana Cintilografia miocárdica Protocolo sem teste ergométrico Discernir entre: tecido viável / isquemia / necrose ECO com estresse farmacológico (↑sensibilidade no doente crônico ↑FC ↑consumo: acentua-se áreas hipocinéticas) Localizar alterações segmentares (áreas hipocinéticas) Coronariografia Emergência: decidir se realiza-se a angioplastia/revascularização e o local Crônico: visualiza e quantifica as estenoses Curva enzimática Marcador de morte celular (enzimas liberadas com o rompimento da m. plasmática) (Horas) MIOGLOBINA CKMB CK TnL TnT Elevação 3,3 4 5 4,5 5 Pico 6,0 14 16 19 18 Normal 20 87 105 108 172 Enzimas AGUDAS: Mioglobina, CKMB, CK (Pede-se troponinas também, para detectar se houve infarto anterior) Re-Infarto: Não se pede apenas as troponinas pois elas permanecem altas por eventos recentes. Assim, deve-se pedir enzimas agudas em casos de dor pós-infarto (pode reinfartar no ou pós estado agudo) * 1 troponina negativa não afasta doente agudo porque ela pode não ter se elevado ainda. É necessário no mínimo 2 registros para formar uma curva. TRATAMENTO ANGINA ESTÁVEL: ↓FC e a dor Tratamento farmacológico: Nitratos Β-bloqueadores: ↓FC Bloqueadores de Ca++: substitui-se os beta-bloqueadores por eles nos asmáticos Antiagregantes plaquetários: sempre! (pp AAS) Estatinas: estabilizar e ↓agregação da placa IECA: ↓remodelamento cardíaco Tratamento intervencionista: Revascularização – Quando? Manutenção dos sintomas mesmo com tto medicamentoso Exames não-invasivos de alto risco (ex. teste ergométrico com isquemia no 3º min) Disfunção do VE moderada a grave (melhora função cardíaca como um todo) Atividade profissional de alto risco (ex. piloto de avião, maquinista) Revascularização – Qual tipo? Cirúrgica: quando não é possível a angioplastia Placas longas de contornos irregulares: tem pressões diferentes em cada ponto, facilitando o rompimento Placas no tronco da art. descendente anterior Diabéticos: ↑chance de re-estenose por angio Triarteriais com disfunção de VE: redução de sintomas (melhora a dor) Opção de PTCA (Angioplastia) Lesões proximais, curtas: quando é abordada, todo o leito é revascularizado Não calcificadas: calcificação impede dilatação do balão, precisando de ↑pressão Concêntricas: pressão pode ser constante Lesões sem trombo e sem comprometimento do fluxo distal: o comprometimento é indicativo de tto cirúrgico, porque se está prejudicado embaixo não adianta revascularizar em cima. - Mulher: coronária mais fina. Tabagismo afina ainda mais - Stent pode causar inflamação e re-estenose. Devem ser farmacológicos. SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS (SCA) Tratamento farmacológico: Sinais vitais: hipertensos, taquicárdicos, bradicárdicos devem ser corrigidos Monitorização + Saturação do O2: para observar arritmias (primeiras 24h são as que mais matam). O2 só nos hipoxêmicos (participa da oxidação da placa) Acesso venoso: periférico Laboratório: enzimas Aspirina (AAS): 300mg VO, mastigados para ↑absorção Nitrato: SL (bem eficiente) ou IV, até 2/2hs Morfina: retirada da dor, relaxamento, ↓ansiedade e ↓RV (Cuidado com hipovolemia). Nos idosos deve-se ↓dose para ↓efeitos colaterais Anti-agregantes: AAS, ticlopidina, clopidogrel – todos usados na angina instável (associados). Deve-se ↓ao máximo a agregação pós angioplastia primária Inibidores IIb-IIIa: atenua coagulação, ↓chances de re-estenose (IAM com supra) Anti-trombóticos: heparina (para angina instável e IAM sem supra). Na AI o problema é o trombo recente, precisando anti-coagular, como o IAM sem supra. IAM com supra trombólise e revascularização de urgência: Nitrato: IV Β-bloqueador e/ou bloqueador do canal de Ca++: cuidado com angina de vasoespasmo porque o beta-bloqueador pode ser deletério se for em cima de uma placa Estatinas: para todos para estabilizar a placa IECA: inibir o remodelamento cardíaco Reperfusão no IAM: Trombolíticos: estreptoquinase, rTPA : até 6h para trombolítico. Se passar disso, deve-se analisar o custo-benefício. Se já houver infarto anterior e ainda sentir dor: até 12h - angina instável e IAM sem supra não dá trombolítico porque o trombo é recente e rico em plaquetas. Administra-se anti-trombótico (heparina) Angioplastia: redução mais rápida e eficiente. Não pode passar de 90min entre a salade ER e sala de hemodinâmica - IAM com supra: angioplastia é mais indicada, mas se não for viável em até 90min, administra-se trombolítico.
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