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Operações Unitárias na Indústria Farmacêutica

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Operações Unitárias na Indústria
Farmacêutica
Nesse assunto serão abordados os princípios físico-químicos envolvidos em alguns dos métodos e processos
mais utilizados na indústria farmacêutica, os quais são denominados “operações unitárias”.
Para o farmacêutico, é importante conhecer os processos, como estes ocorrem e quando devem ser
utilizados, pois assim ele poderá decidir corretamente.
Inicialmente, veremos processos de separação de materiais.
O primeiro processo que veremos será a filtração.
No passado, a filtração era um processo utilizado na separação de misturas entre líquidos e sólidos
insolúveis nesse meio, por exemplo, água e areia. Mais tarde, passou a ser utilizada também na separação
entre líquidos parcialmente miscíveis de diferentes viscosidades, como a separação da nata e leite, ou seja,
separação de separação de misturas heterogêneas. Atualmente, já é possível a separação de misturas
homogêneas, como retirar os sais minerais, ou melhor, retirar íons da água, toxinas solúveis em água, etc.
Enfim, desde que exista um filtro adequado e que seja tecnicamente e economicamente viável adequar as
condições do processo, é possível a separação de qualquer tipo de mistura por meio de filtração. Apesar de
possível, nem sempre é o método utilizado, pois em muitos casos outros métodos podem ser mais rápidos
e/ou econômicos que a filtração.
O primeiro passo para entender a filtração é conhecer os elementos filtrantes.
Os elementos filtrantes podem ser de superfície (filtro de papel, tecidos...) ou de profundidade (caixa com
areia...). Podem ser constituídos de qualquer tipo de material sólido.
A seguir, listaremos alguns dos materiais utilizados como elementos filtrantes e suas principais aplicações.
01 / 03
Materiais cerâmicos - Caixa de areia para retirada de sólidos insolúveis da água, corpos cerâmicos porosos,
fibras de vidro para filtração de soluções ácidas ou corrosivas...
Materiais metálicos - Filtração de líquidos e gases aquecidos acima de 100 ºC feitos com placas perfuradas,
tecidos metálicos...
Materiais poliméricos - São os materiais mais utilizados para a filtração (mais conhecidos como plásticos,
embora nem todos os polímeros sejam plásticos, por exemplo borrachas, fibras celulósicas...) podendo ser
preparados na forma de:
Particulados em caixas como filtros de profundidade;
Fibras desorientadas ou semi-orientadas em falso tecido (também conhecido como “tecido não
tecido” e “feltro”) compondo os usuais “saches” para chá, ou o material que entra em contato com a
pele em absorventes femininos e fradas descartáveis, geotêxteis para a construção de estradas...
Filtros de papel;
Tecidos filtrantes;
Placas porosas, como a usada nas popularmente denominadas “velas para filtro doméstico”;
Membranas semipermeáveis;
Filtros catalisadores;
Outros.
É comum o uso de combinação de elementos filtrantes, onde cada um realiza parte da filtração de acordo
com suas propriedades físicas.
Um bom exemplo é o filtro doméstico, onde existe um cartucho poroso de material cerâmico ou polimérico
e dentro deste está confinado carvão ativado. A parte externa impede a passagem de partículas insolúveis,
enquanto que o carvão ativado retém as toxinas presentes na água.
O material que mais recebe processos de filtração no mundo é a água, seja para consumo pessoal ou para
uso industrial. A pureza da água é que define seu uso final. Por exemplo, a água usada para beber. Embora
seja adequada para esse uso, sendo considerada com “água potável, não pode ser utilizada para
medicamentos injetáveis, pois nesta existem contaminantes que não são prejudiciais quando ingeridos,
porém, em contato direto em nossa corrente sanguínea, poderão causar graves doenças e até resultar em
morte. Por sua vez, o uso da água adequada para a produção de medicamentos não é adequado para a
ingestão, para “matar a sede”, pois nesta estão ausentes íons necessários à nossa sobrevivência. A água é a
mesma, porém a quantidade de contaminantes, ou seja, a pureza desta é o que define a indicação para cada
aplicação.
REFERÊNCIA
ATKINS, Peter William. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2006.
BARUFFALDI, Renato; OLIVEIRA, Maricê Nogueira de. Fundamentos de tecnologia de alimentos. São Paulo:
Atheneu. 1998. 02 / 03
CASTELLAN, Gilbert. Fundamentos de físico-química. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
FLORENCE, Alexander Taylor; ATTWOD, David. Princípios físico-químicos em farmácia.  São Paulo: EDUSP,
2003.
GONCALVES, Estela Vidal; LANNES, Suzana Caetano da Silva. Reologia de chocolate. Ciência e Tecnologia
de Alimentos. Campinas, v. 30, n. 4, 2010. Disponível em:   www.scielo.br
(http://www.scielo.br/pdf/cta/v30n4/v30n4a02.pdf) . Acesso em: 23 mar. 2011.  
LACHMAN, Leon. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.
2 v.
RUSSELL, John Blair. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2005. 2 v. 
PARIKH, Ashish; PATEL, Kamlesh; PATEL, Chetan. Flow injection: a new approach in analysis.  Journal of
Chemical and Pharmaceutical Research, Índia, v. 2, n. 2, 2010. Disponível em: www.jocpr.com
(http://jocpr.com/vol2-iss2-2010/JOCPR-2-2-118-125.pdf) . Acesso em: 23 mar. 2011. 
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