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Microbiologia Trabalho Sífilis

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Sífilis
Sífilis é a doença infecciosa crônica, causada pela bactéria Treponema pallidum, e é sexualmente transmissível. Apresenta alguns sinônimos como doença venérea, doença britânica, lues, peste sexual e outras. 
A contaminação se dá através do contato com mucosas, isso inclui, não só relações sexuais como beijo na boca, contato acidental por lesão ativa (que contém a bactéria), transfusão de sangue, etc.
Depois da contaminação, algumas bactérias ficam no local e outras vão para a corrente sangüínea, provocando uma infecção sistêmica em poucas horas. O período de incubação é de aproximadamente 21 dias em média, mas pode ser de 3 a 90 dias.
Os estágios da doença são divididos em três considerando os sintomas. Sífilis primária: a mais inicial e muitas vezes assintomática, mas esta e a secundária são as fases em que mais se transmite a bactéria. Costuma apresentar uma ferida na região genital, que, em geral é a porta de entrada da bactéria, chamada de cancro duro ou protossifiloma e tarda 3 a 6 semanas para curar e pode não ficar nenhuma marca. O cancro tem uma borda endurecida e por dentro é macio e pouco dolorido. Em pacientes com a imunidade comprometida, por exemplo, indivíduos com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), pode ter mais de uma ferida. Além disso, em mulheres, é oculto em mais casos que em homens. É também nessa fase que podem aparecer as linfoadenomegalias, popularmente conhecidas como ínguas.
Sífilis secundária: erupção cutânea, que vai de imperceptível a intensa. Ocorre um a dois meses depois do aparecimento do cancro. O individuo apresenta características típicas como perda de apetite e peso, dor de cabeça, de garganta, náuseas, febre. É o período do maior número de baterias circulantes. Há manchas pequenas, típicas, róseas, planas, por todo o corpo, que não coçam nem doem, mas que estão, principalmente, nessa fase nas plantas dos pés e nas mãos. Depois dessa fase, há um tempo de latência até a próxima fase. A bactéria pode comprometer cérebro, rins, fígado, olhos, tendões, cartilagens, articulações, ossos, tubo digestivo. Os sintomas dessa fase podem ser confundidos com sintomas de muitas outras doenças, mas o teste é positivo em 99% dos casos, e quando é diagnosticada, a doença não tem cura, mas o tratamento leva a doença para a fase de latência, em que não evolui para a fase terciária, no entanto, pode haver recaídas com sintomas da fase secundária e volta a ser contaminante. 
Sífilis terciária: é a fase mais tardia e de menor risco de transmissão, é a fase de inflamação progressiva e lenta, que apresenta neurossífilis (apresenta sintomas de meningite e paralisados nervos), que pode evoluir para tabes dorsalis ou sífilis cardiovascular (aortite e pode apresentar complicações como aneurismas)
Diagnóstico
O diagnóstico deve ser primeiro clínico de acordo com os sintomas, como manchas na pele e os fatores de risco como relações sexuais desprotegidas. Existem geralmente dois tipos de testes: exame de raspado da lesão por microscopia ou detecção, no sangue, de anticorpos anti-Treponema. O primeiro deles é mais apropriado nas fases primária e secundária e é considerado como prova direta já que é a presença da bactéria que é detectada e não tem risco de resultado falso-positivo. A sorologia é mais indicada na fase tardia.
	 Há três tipos principais do exame por microscopia. Campo escuro que consiste no exame direto na linfa da lesão com condensador de campo escuro que mostra a bactéria viva e móvel. O segundo tipo é a pesquisa direta com material corado, que se trata de um método não tão eficiente quanto o de campo escuro, já que é feito com cortes histológicos em colorações que não são muito eficientes em corar o Treponema, por exemplo, Giemsa ou tinta nanquim. O último método mais comum é por imunofluorescência direta, que é altamente específico, especialmente para treponemas saprófitas, é chamado de DFA-TP.
	Há também os testes sorológicos baseados nos anticorpos: reagina (inespecífico com IgG ou IgM) gerando os testes não-treponêmicos e anticorpos específicos, gerando os testes treponêmicos que são usados em confirmações de diagnóstico. 
	Os não-treponêmicos no inicio eram feitos com reações de fixação de complemento, hoje em dia, são utilizados antígenos constituídos de lecitina, colesterol e cardiolipina purificada que é um componente da membrana plasmática dos mamíferos e da parede celular do T. pallidum. O teste não é especifico podendo apresentar muitos falsos-positivos. Mas por esses exames não serem titulados, são importantes no controle da cura.
	Nos testes treponêmicos, utiliza-se como antígeno treponemas virulentos vivos obtidos de sifilomas testiculares do coelho e confirma reatividade de testes não-treponêmicos e quando estes têm pouca reatividade. Pode-se utilizar também anticorpo treponêmico fluorescente (FTA). Testes como EIA (imunoensaio enzimático treponêmico) e Western-blot são, em geral, confirmatórios.
Tratamento
	O tratamento é feito com penicilina que age interferindo na síntese de peptideoglicano para a parede da bactéria o que provoca uma entrada muito grande de água na bactéria que sua membrana não consegue impedir sua morte por rompimento. A penicilina age em todos os estágios da doença. A bactéria é muito sensível a droga que age bem rapidamente principalmente nas primeiras fases. 
	Há também os testes rápidos treponêmicos, o teste imunocromatográfico que determinam a detecção visual e qualitativa de anticorpos (IgG, IgM e IgA) contra um antígeno recombinado de 47-kDa do T. pallidum. 
Sífilis congênita
A sífilis pode ser transmitida verticalmente também, ou seja, de mãe para filho através da placenta, durante a vida intra-uterina ou durante o parto por contato direto da criança com mucosas contaminadas da mãe.
A contaminação pode causar aborto espontâneo, morte neo-natal ou crianças com sífilis. Para o diagnostico podem ser feitos exames no cordão umbilical por provas diretas.
Bibliografia:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?390
Wikipedia
http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/ObsSaude/Paginas/TreponemapallidumAmostrasClinicas.aspx
http://www.soropositivo.org/arquivo-de-noticias/1720-a-sifilis-congenita-e-resultado-da-infeccao-do-feto-pelo-treponema-pallidum-bacteria-causadora-da-s.html
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365-05962006000200002&script=sci_arttext&tlng=es

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