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Aula 3 Primeira semana do desenvolvimento (2)

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Embriologia Médica, Selm7a Kuckelhaus
Universidade de Brasília
Aula 3 - Primeira semana no desenvolvimento
O processo de fertilização se inicia-se com o reconhecimento da membrana 
ZP 1, ZP 2 e ZP3. Quando ZP3 encosta na membrana. Há liberação de cálcio dentro do espermatozoide e há então a reação acrossômica do espermatozoide permitindo a permeabilização da zona pelúcida.
Posteriormente há o fusionamento da membrana e o desencadeamento do mecanismo rápido de bloqueio da poliespermia. (aula 2)
O mecanismo de despolarização é um fenômeno rápido que logo desaparece
Caso haja falha em um desses mecanismos de bloqueio, é possível que dois espermatozoides entrem no ovócito, fazendo com que a estrutura seja degradada.
Quando as duas membranas se encontram acontece um mecanismo rápido do bloqueio da poliespermia.
Na sequencia acontecem eventos dentro do ovócito
Liberação de cálcio, fazendo com que as vesículas dos grânulos maiores fusionem com a membrana, liberando as enzimas no espaço extracelular enrijecendo a zona pelúcida a partir de uma mudança na estrutura quaternária, Essa modificação impede a entrada de outros espermatozoides.
Como o mecanismo de bloqueio rápido da poliespermia acaba rápido, esse enrijecimento é fundamental para garantir a continuidade do bloqueio da poliespermia.
Com a liberação das vesículas de cálcio por parte do ovócito, há liberação das ciclinas. O ciclo parado em metáfase 2 é retomado.
Formação do segundo corpúsculo polar
Todas as estruturas dos espermatozoides entram no ovócito, exceto a membrana que se fusiona.
As estruturas dos espermatozoide serão degradadas e serão integrados para serem reaproveitados.
Segundo corpúsculo polar: quase um óvulo ou uma ovótide.
No material genético do espermatozoide, as protaminas são substituídas por histonas.
Formação de um pronúcleo, de modo que o óvulo tenha dois, um masculino e outro feminino.
A simples entrada do espermatozoide no ovócito propiciará essa troca.
A fertilização dura cerca de 24 horas.
Temos uma molécula de DNA por cromossomo nessa fase (apenas uma cromátide)
A duplicação da molécula de DNA requer a aberturada molécula. Com isso, se juntar primeiro, pode haver “contaminação”. Portanto, primeiro o material é duplicado para depois juntar os pronúcleos.
Temos em média mil mutações por dia em células somáticas. A grande parte é corrigida pelos mecanismos de reparação de DNA. Caso não haja correção, a célula pode entrar pode entrar em apoptose ou começar a gerar célula tumoral.
A aproximação dos pronúcleos acontece ao mesmo tempo em que há a duplicação do material genético.
A fusão dos dois núcleos não é integral
Há aproximação e fragmentação nuclear
Tipos de expressão gênica: herança simples, co-dominância, herança quatitativa, etc.
Desde o processo de nidação, a influência do meio já pode mudar características fenotípicas do indivíduo. O meio, inicialmente, é a tuba, depois o útero e, até o nascimendo o endométrio. Lá, o embrião já tem interação com o meio devido à troca de nutrientes com a mãe e a interação de proteínas maternas.
Mães que fumam, por exemplo, criam crianças já com tendência ao vício em nicotina.
Em 24 horas se finaliza o processo de fertilização.
É possível detectar gravidez a partir da segunda semana mediante a presença de BetaHCG, produzido pelo sincíciotrofoblasto (tecido embrionário).
Após 48 horas de fertilização, contudo, é possível detectar gravidez no sangue.
Os blastômeros produzem uma proteína chamada fator específico da gravidez ou fator intrínseco da gravidez. Essas proteínas entram em contato com a tuba, é reabsorvido pelas células da tuba e cai na circulação sanguínea. Ao detectar essa proteína no sangue, é possível garantir que houve um processo de fertilização. Contudo, a gravidez não está garantida porque não é possível ter certeza se houve nidação corretamente. 
Se a tuba uterina não tiver o peristaltismo correto, por exemplo, pode inviabilizar o deslocamento do concepto para o útero e a nidação normal.
A cada divisão mitótica no processo de segmentação, os blastômeros perdem volume porque o tamanho é regulado pela rigidez da zona pelúcida. Isso é fundamental para o processo de expressão gênica que ocorrerá nessas células.
A parir de 8 células, algumas células ficam “de fora” e outras ficam “dentro” – como se fossem formados várias camadas de blastômero, algumas mais próximas à zona pelúcida e outras mais internas. 
A partir de 32 blastômeros, forma-se a mórula.
As células mais “de fora” tem um alongamento de estrutura, pois estas células já apresentam características de tecido epitelial, como junções de oclusão e placas metafásicas direcionadas, além de microvilosidades, que vão existir até a formação da membrana placentária. Isso garante um comprometimento dessas células com a formação do sinciciotrofoblasto. 
Essas células da periferia não são mais totipotentes, mas sim multipotentes. As células centrais continuam sendo totipotentes
Entre as células de dentro, há presença de junções de comunicação.
Encontra-se E-caderina nas junções celulares.
Em algum momento, essa e-caderina deixa de ser expressa em alguns pontos e vai se formando uma cavidade, a cavidade blastocística.
A formação da cavidade blastocística se deve ao influxo de sódio e captação de água, resultando em desagregação dessas células.
O acúmulo de células que não corresponde à cavidade blastocística chama-se massa celular interna ou embrioblasto.
As células da periferia são chamadas de trofoblasto.
Essa formação inicial, ainda com a zona pelúcida, é chamada de blastocisto inicial
Há um momento em que o volume da zona pelúcida passa a ser limitante para a mitose dos blastômeros. Nesse ponto, esses blastômeros passarão a produzir stripsina.
Stripsina – produzida pelos blastômeros. Desgasta a zona pelúcida.
Acontece uma fragilização da zona pelúcida, porém ela não é degradada completamente.
Essa fragilização se intensifica à medida que o blastocisto chega à cavidade uterina, até que chega um ponto em que há a eclosão do blastocisto.
Análogo ao ovo cozido
Não há uma fragilização inteira da zona pelúcida, há pontos de fragilização.
A pressão que ocasiona a eclosão deriva da necessidade de divisão por parte dos blastocistos.
Esse processo deve ocorrer já na cavidade uterina, tendo em vista que os trofoblastos são muito aderentes. Uma eclosão prematura possivelmente resultaria em ectopia.
O endométrio altamente vascularizado, “fofinho”, com glândulas uterinas enormes produzindo muito muco, deixando o espaço repleto de secreção nutritiva para o blastocisto.
A estrutura, agora sem zona pelúcida, é chamada de blastocisto tardio. 
Ele é um pouco mais volumoso
Os trofoblastos, massa celular interna (ou embrioblasto) e a cavidade blastocística permanecem.
A estrutura tem cerca de 200 µm de diâmetro.
A cavidade uterina é um espaço virtual.
A parte que encosta na parede do útero é a do embrioblasto. Normalmente ele se adere à parede posterior superior do endométrio.
Inicia-se, a partir daí, um processo de invasão do útero.
O feto não fica dentro da cavidade, ele se desenvolve dentro do endométrio.
Hipoblasto: Entre a massa celular interna e a cavidade blastocística, surgirá a formação de junções de oclusão e formará um tecido epitelial voltado para essa cavidade blastocística, esse tecido é chamado de hipoblasto.
Acima do hipoblasto, vai ocorrer a diferenciação celular de células com epitélio cilíndrico. Essas células vão se desagregar, formando uma cavidade em cima.
Vai surgir o primórdio da formação do embrião entre a cavidade blastocística e a cavidade recém formada pela desagregação das células cilíndricas acima do hipoblasto.
Esse primórdio é chamado de disco embrionário.
Epitélio do útero é cilíndrico simples e há presença de glândulas uterinas
Essas glândulas tem forma serrilhada
A vagina não tem glândulas, a secreção é produzida pelas glândulas serrilhadas do útero 
Na região da cérvice uterina há uma secreção densa que forma um tampão no colo uterino,importante para a proteção do concepto que chegará naquela região
A presença dessa secreção, que é esbranquiçada e densa, é indício de gestação.
 A decídua basal é preparada por dois hormônios: estrógeno e progesterona, produzidos pelo corpo lúteo.
Em volta das glândulas há um tecido conjuntivo denominado decídua. 
O termo decídua é relativo à descamação
Na decídua há duas alturas
Decídua basal – na parte mais profunda do endométrio
Decídua funcional – no endométrio superficial. Tem esse nome porque é uma região que descama com a queda do nível de estrógeno e progesterona, caracterizando a menstruação.
Nessa região de decídua há muita vascularização
Trofoblasto, quando se adere ao endométrio, inicia um processo de diferenciação celular.
Sinciciotrofoblasto: Os trofoblastos que se aderem ao endométrio começam a se diferenciar e a invadir o epitélio, a essas células diferenciadas dá-se o nome de sinciciotrofoblasto. O sinciciotrofoblasto é digitante, invasivo.
Elas não sofrem citocinese no processo de divisão celular, daí vem seu comportamento sincicial.
Ao analisar, vão surgindo núcleos no tecido, mas não é possível diferenciar as células por não haver citocinese.
Essas células invasivas destroem o endométrio. Contudo, é uma destruição controlada, já que não gera necrose celular, ou seja, não há ativação da resposta imune. Há, portanto, um estímulo à apoptose das células da decídua basal.
Quando o sinciciotrofoblasto invade ele induz a apoptose de:
Células deciduais: fibroblastos modificados que crescem e acumulam nutrientes.
Células das glândulas uterina: nesse estágio, estão muito grandes e produzindo muito nutrientes
Células da vascularização intensa da região
O sincíciotrofoblasto induz a apoptose de células da periferia a partir da expressão de FAS.
À medida que há erosão do endométrio, há captação de nutrientes das outras células e também captação de oxigênio que vem da vascularização daquela região. 
À medida que isso acontece, há difusão dos nutrientes para os blastômeros
Fim da primeira semana de desenvolvimento.

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