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Diogo Araujo – Med 92 Toxoplasmose Parasito Reino: Protozoa Filo: Apicomplexa (porque possui complexo apical) Ordem: Eucoccidiida Família: Sarcocystidae Gênero: Toxoplasma Espécie: Toxoplasma gondii - É uma doença cosmopolita. Alta porcentagem mundial é soropositiva para Toxoplasma gondii. - Exibe predileção pelos tecidos nervoso, ocular e muscular. - Toxoplasma exibe tropismo, mas é capaz de infectar qualquer célula nucleada. - Os felinos são os hospedeiros definitivos, porque é neles que ocorre a reprodução sexuada do parasito. - É um coccídeo com complexo apical. - É parasita celular obrigatório. - As três principais formas evolutivas são: - Oocistos: possui forma oval, com 2 esporocistos, cada qual com 4 esporozoítos (8 esporozoítos no total). São produzidos no intestino do felino. Milhões de oocistos por dia são liberados pelo felino durante a fase aguda de infecção. Possui parede dupla. Diogo Araujo – Med 92 - Taquizoítos: são como “trofozoítos”, mas apresentam esse nome porque se dividem muito rapidamente dentro das células (taqui = rápido). Podem ser intra ou extracelulares. Possuem forma grosseira de banana ou meia lua. Uma das extremidades é mais afilada e a outra, mais arredondada. O núcleo é quase central. Estão presentes na fase de infecção aguda. Transformam-se em bradizoítos sob pressão da resposta imune. Diogo Araujo – Med 92 - Bradizoítos: estão contidos dentro de um cisto tissular, que era uma célula. Essa célula foi esvaziada e somente contém bradizoítos. Somente o seu envoltório permanece (vacúolo parasitóforo). Presentes mais em tecidos musculares esqueléticos, cardíacos, retina e tecido nervoso. Ficam quiescentes (bradi = lento), com multiplicação lenta. Presente na fase crônica. Podem se calcificar. Ciclo de vida Diogo Araujo – Med 92 - As formas que emergem dos oocistos são os taquizoítos. - Quando os taquizoítos penetram nas células, não há fusão dos lisossomos com o vacúolos parasitóforos. Então, ele dá início ao processo de multiplicação assexuada. - A multiplicação dos taquizoítos é por endogenia (endodiogenia): brotamento de duas células filhas da célula mãe, que morre em seguida. Isso acontece no vacúolo parasitóforo. - Animais de sangue quente são os hospedeiros intermediários do parasito. - A fase sexuada ocorre no epitélio intestinal de felinos jovens e não imunes. Liberam milhares de oocisotos por dia nas fezes. - O homem não libera oocisto nas fezes! Diogo Araujo – Med 92 Transmissão - São vias de infecção humana: - Contato com o oocisto (ingestão, inalação, aderência em mucosa); - Ingestão de carne crua com bradizoíto; - Passagem de taquizoítos via transplacentária. - Os gatos se infectam da mesma forma que os humanos. - Há casos de contaminação em massa por presença de oocistos em reservatório de água da cidade. Evolução - Indivíduos imunocompetentes não apresentam sintomas (com algumas exceções). - As lesões são causadas pela reação dos sistema imune à presença do parasito, além da ação mecânica do parasito sobre o tecido. - Os casos clínicos de toxoplasmose são vistos quando o paciente é imunossuprimido. Se ele já tiver sido contaminado pelo Toxoplasma e possuir bradizoítos encistados, esses bradizoítos podem reagudizar o quadro. - Sintomas: aumento de gânglios, febre aguda; lesões de retina, córnea e nervo óptico; comprometimento de pele em casos graves (raro e fatal); manifestações cerebroespinhais e meningocefálicas. - Toxoplasmose congênita: severidade variável, de acordo com o período de infecção materna: - 1º trimestre: aborto. - 2º trimestre: aborto ou parto prematuro; criança normal ou com anomalias. - 3º trimestre: 10-23% das crianças apresentam anomalias congênitas (cegueira, coriorretinite, calcificações cerebrais, perturbações neurológicas, retardamento psicomotor, micro e macro encefalia). Diogo Araujo – Med 92 Diagnóstico - Clínico (identificação de sintomas e fatores de risco); - Laboratorial: - Fase aguda: níveis elevados de IgM. Além disso, pode ser feito esfregaço sanguíneo para identificação de taquizoítos. - Fase crônica: níveis elevados de IgG. Pode ser realizada biópsia de tecido para encontrar cistos de bradizoítos. Tratamento - Medicamentoso, com sulfametoxazol-trimetoprim, somente para a fase aguda. - Não há tratamento para fase crônica. - Estão sendo feitas pesquisas para desenvolver vacinas. Profilaxia Diogo Araujo – Med 92 - Higiene das mãos; - Evitar ingestão de carnes cruas; - Fazer o pré-natal.
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