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04/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2177115&classId=898603&topicId=2504326&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Direitos Humanos Aula 4 - A comunidade internacional e os DH INTRODUÇÃO Nesta aula, examinaremos a importância da ONU para a proteção dos DH junto à comunidade internacional. Estabeleceremos que este tema faz parte do chamado Direito Internacional Público e que o desenho de proteção a ser dado na esfera internacional aos DH está condicionado ao tipo de agressão que sofrem os DH. Observaremos o papel que os DH desempenham na comunidade internacional, chamando atenção para a proteção atribuída aos DH em contextos históricos distintos. No particular, relacionaremos a importância da ONU e da Carta das Nações Unidas como marcos fundantes da proteção global ou universal aos DH. Examinaremos, também, o Tribunal Penal Internacional que foi criado pelo Estatuto de Roma, destacando sua competência e os tipos de crime que se sujeitam sua jurisdição. 04/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2177115&classId=898603&topicId=2504326&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Por fim, explicaremos as chamadas intervenções humanitárias, problematizando seu potencial de proteção aos DH. OBJETIVOS Examinar a posição que os DH ocupam na comunidade internacional; Analisar a proteção de DH em contextos históricos distintos; Avaliar o Tribunal Penal Internacional; Esclarecer as intervenções humanitárias. 04/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2177115&classId=898603&topicId=2504326&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= DH E A COMUNIDADE INTERNACIONAL Um dos grandes desafios das sociedades contemporâneas, que se desdobra em suas ordens jurídicas, é a proteção dos direitos humanos, o que ganha especial relevo na esfera internacional e na forma como os Estados nela se articulam e se posicionam. Tal relevância, por sua vez, pode ter seu marco temporal moderno na Segunda Guerra Mundial, que lançou as bases para a consolidação de um discurso de proteção ao ser humano para além das fronteiras geográficas do Estado Nação. Por outro lado, esses desafios, na atualidade, podem ser sistematizados em quatro tipos que podem se combinar: • As questões de violações em razão de conflitos bélicos internos ou mesmo externos; • O baixo grau de institucionalidade de certos estados que colocam em risco a própria noção do rule of law (glossário). Problemas vinculados à pobreza extrema que colocam sob ameaça a própria existência humana; • Problemas vinculados à pobreza extrema que colocam sob ameaça a própria existência humana; • Os riscos aos regimes democráticos que compõe o sistema internacional. A PROTEÇÃO DE DH EM CONTEXTOS HISTÓRICOS DISTINTOS A proteção de DH tem contornos distintos se levarmos em conta os contextos históricos em que essa discussão se coloca. Nesse sentido, o desenho da proteção de DH tem se influenciado também pelos tipos de violações aos direitos humanos – o que se traduzirá em redes de política externa e compromissos jurídico-políticos assumidos frente a comunidade internacional e seus organismos. Esses arranjos integram o que chamamos de Direito Internacional Público. Podemos ainda dizer que o Direito Internacional Público passou por um desenvolvimento histórico agrupado, segundo Jorge Miranda (2000), em oito momentos distintos e como consequência segue atualmente algumas tendências: A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS Hoje, a grande rede de proteção de DH e que um valor simbólico no cenário internacional é a Organização das Nações Unidas (ONU). A ONU, abreviação de Organização das Nações Unidas (UN, United Nations, em inglês) é uma instituição supranacional, isto é, além dos Estados nação (glossário), tem por objetivo principal garantir a paz no mundo mediante o relacionamento amistoso entre os países. Está situada em Nova York, nos Estados Unidos. A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS 04/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2177115&classId=898603&topicId=2504326&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fonte da Imagem: Essa organização tem com objetivos: • Salvar as gerações futuras do flagelo da guerra; • Reafirmar a fé nos direitos humanos fundamentais; • Criar as condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações emanadas de tratados e outras fontes do direito internacional possam ser mantidos; • Promover o progresso social e melhores padrões de vida num cenário de maior liberdade. Infelizmente, embora em muitos casos ela não tenha atingido seus objetivos pacifistas, a ONU desempenha, também, um importante papel humanitário, buscando amenizar as desigualdades sociais no mundo, fomentando ações que buscam, por exemplo, combater a fome e a desnutrição. Apesar de sua importância no mundo contemporâneo, como grande defensora de DH, cabe ressaltar que a ONU não dispõe de poder de coerção (salvo para os casos relacionados às ameaças contra a paz e à segurança internacionais e que estão previstos no capítulo VII da Carta). Ainda assim, suas decisões tem importância pelo significado ético-humanitário. A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS Fonte da Imagem: UN/DPI - Foto de M. Bolomey - Carta das Nações Unidas, com assinaturas da União Soviética e dos Estados Unidos. A Carta das Nações Unidas (glossário) de 1948, ou também chamada de Carta de São Francisco, é o documento que concebeu a ONU e procurou estabelecer, como uma de suas prioridades, a criação de um sistema internacional que protegesse os Direitos Humanos de forma ampla. Adotada e assinada em 26 de junho de 1945, passou a ter vigência no dia 24 de outubro de 1945. A Carta estimula os direitos às liberdades fundamentais sem distinção por motivos de sexo, raça, religião ou idioma. 04/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2177115&classId=898603&topicId=2504326&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= No entanto, tal propósito se tornou, e ainda se torna, dificultoso pela necessidade de não ingerência dessas determinações dentro dos assuntos internos dos Estados signatários da Carta. O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL – TPI O Tribunal Penal Internacional/TPI, conhecido como Internacional Criminal Court (ICC) em inglês ou Court Pénale Internacionale (CPI) em francês, é uma organização independente, não pertencendo a ONU e que foi criada pelo Estatuto de Roma em 2002. Disponível em: Tem por finalidade processar e julgar, subsidiariamente ao Poder Judicial dos Estados (isto é, se não houver julgamento interno pelo Estado) acusados de crimes de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crimes de agressão. Continuando nosso estudo sobre o TPI, vamos nos apropriar das explicações (glossário) que o Itamaraty (glossário) nos oferece: “O Brasil apoiou a criação do Tribunal Penal Internacional, por entender que uma corte penal eficiente, imparcial e independente representaria um grande avanço na luta contra a impunidade pelos mais graves crimes internacionais. O Governo brasileiro participou ativamente dos trabalhos preparatórios e da Conferência de Roma de 1998, na qual foi adotado o Estatuto do TPI. Com sede em Haia (Países Baixos), o TPI iniciou suas atividades em julho de 2002, quando da 60ª ratificação ao Estatuto [...]. O TPI julga apenas indivíduos – diferentemente da Corte Internacional de Justiça (glossário), que examina litígios entre Estados. A existência do Tribunal contribui para prevenir a ocorrência de violações dos direitos humanos, do direito internacional humanitário e de ameaças contra a paz e a segurança internacionais. O Brasil depositou seu instrumento de ratificação ao Estatuto de Roma em 20 de julho de 2002, sendo incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro por meiodo Decreto nº 4.377, de 25 de setembro de 2002.” O Itamaraty adverte “como qualquer instrumento jurídico internacional, o Estatuto de Roma é produto de seu tempo e é passível de ajustes para seu aprimoramento.” E ainda para o Itamaraty, “O Brasil tem exercido papel de liderança nas reuniões em que os Estados partes tratam de ajustes com vistas a promover maior aceitação e a consolidação do TPI – a exemplo das discussões que levaram à adoção, em 2010, na Conferência de Revisão de Campala (Uganda), das emendas relativas ao crime de agressão, que estabelecem as condições para que o TPI possa exercer sua jurisdição sobre esse crime”. Para alguns autores o TPI marca uma nova era na História do Direito internacional e das Relações Internacionais (glossário). INTERVENÇÕES HUMANITÁRIAS Conflitos geram impactos sobre os direitos humanos – considerados, no mundo contemporâneo, como eixo de proteção da pessoa humana, tanto na esfera interna dos Estados quanto na esfera internacional. 04/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2177115&classId=898603&topicId=2504326&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fonte: Quando esses conflitos, dentro de um Estado soberano, geram consequências devastadoras para a população que nele se encontra? Seria lícito e aceitável que outros países interviessem em Estados soberanos, com a justificativa de ajudar e salvar a população atingida? Há uma responsabilidade de proteger que autorizaria as intervenções em nome dos direitos humanos? Essas são as perguntas que se colocam quando estudamos as intervenções humanitárias e como tais ações repercutem na esfera de soberania nacional dos estados. E as respostas não são simples, pois não existe uma norma que autorize expressamente a intervenção humanitária. Muito pelo contrário: a Carta da ONU estabelece o princípio da não intervenção como norteador da conduta dos Estados no âmbito internacional. A Carta, em seu artigo segundo, itens 3 e 4, estabelece que “todos os Membros deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais” e que “todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado, ou qualquer outra ação incompatível com os Propósitos das Nações Unidas”. No entanto, no mesmo documento, o artigo 42 do capítulo VII preconiza o uso da força (aérea, naval ou terrestre) para manter ou reestabelecer a paz e a segurança. Tais dispositivos nos permitem concluir que se não se cita explicitamente na Carta a intervenção armada com justificativa humanitária, também não se cita nenhuma proibição à guerra, seja ela justa ou injusta. Dessa forma, a resposta para as intervenções humanitárias não está estampada na norma de Direito Internacional. Há, porém, que sustente que é possível estabelecer duas exceções a esse princípio: I. legítima defesa individual ou coletiva; II. quando o Conselho de Segurança da ONU (CS) determinar que uma situação constitui uma ameaça à paz ou segurança internacional. A questão fica ainda mais complexa quando as intervenções, ditas humanitárias, e geral com o uso de força bélica, ocorrem sem que o estado que sofre a intervenção tenha solicitado a presença de ajuda externa, como no caso do Kosovo em 1999, ou na Líbia em 2011, ou mesmo quando não houver a autorização do CS da ONU. Para aqueles que admitem as intervenções, quando há o intuito protetivo e ações respaldadas no discurso da necessidade de defesa de DH, sustenta-se que mais importante do que a soberania de um estado que agride seus próprios habitantes é a proteção aos direitos. Nesse cenário, a intervenção humanitária não deve ser vista somente como um instrumento justificador para que potências econômicas e militares aproveitem de sua superioridade para adentrar o território de outro estado que possua, por exemplo, riquezas de interesse do Estado interventor. Há, nessas ações, a responsabilidade de proteger, baseado nos DH, que impõe uma obrigação de agir em prol dessa proteção. ATIVIDADE Assista à reportagem Tribunal Penal Internacional, em Haia, acusa líder islâmico do mali de crime de guerra: Resposta Correta VÍDEO 04/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2177115&classId=898603&topicId=2504326&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Qual é a importância simbólica da responsabilização perante o TPI de Ahmad al-Faqi al-Mahdi (também conhecido como Abu Turab), acusado de “crimes de guerra” por ter dirigido e participado na destruição, em Julho de 2012, de vários bens classificados pela Unesco como Património da Humanidade na cidade de Tombuctu, no Norte do Mali? Glossário CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS https://nacoesunidas.org/carta/ (https://nacoesunidas.org/carta/) ESTATUTO DE ROMA http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4388.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4388.htm) CONVENÇÕES DE GENEBRA E SEUS PROTOCOLOS ADICIONAIS DE 1977 Conheça aqui (docs/REV_MV_Aula_4_convencoes_genebra.pdf) as Convenções de Genebra e seus Protocolos adicionais de 1977. EXPLICAÇÕES 04/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2177115&classId=898603&topicId=2504326&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/152-tribunal-penal-internacional (http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/152-tribunal-penal-internacional) RULE OF LAW A ideia do rule of law “remonta à primeira manifestação concreta do constitucionalismo: a Magna Carta Libertatum. Na Inglaterra, ano de 1215, o Rei João Sem Terra foi coagido pelos barões ingleses a prometer obediência à Magna Carta Libertatum, por eles idealizada. Esse precioso documento pode ser considerado o principal precursor de todas as futuras Declarações de Direitos, eis que representa a autoridade do governo exercida em concordância com as leis existentes. José Joaquim Gomes Canotilho entende que mesmo com as variações do princípio rule of law no tempo, o instituto contém quatro dimensões bem nítidas: The rule of law significa, em primeiro lugar, na sequência da Magna Charta de 1215, a obrigatoriedade da observância de um processo justo e legalmente regulado, quando se tiver de julgar e punir os cidadãos, privando-os de sua liberdade e propriedade. Em segundo lugar, importa na proeminência das leis e costumes do país perante a discricionariedade do poder real. Por conseguinte, aponta para a sujeição de todos os atos do Executivo à soberania do parlamento. Por fim, rule of law terá o sentido de igualdade de acesso aos tribunais por parte dos cidadãos, a fim destes defenderem os seus direitos segundo os princípios de direito comum dos ingleses (Common Law) e perante qualquer entidade (indivíduos ou poderes públicos). Analisando a questão mais a fundo, verifica-se que o rule of law tem como verdadeiro substrato o princípio da legalidade. Nessa esteira de pensamento, tem-se que um Estado que não respeita os direitos humanos ou, até mesmo, não se pauta na democracia pode muito bem existir sem o princípio rule of law. Todavia, trata-se de preceito considerado pressuposto lógico da Democracia, que se revela como verdadeira garantia contra o despotismo ao se firmar como suporte legal ao Estado Democrático de Direito”. Fonte: Excerto de Você sabe o que significa o princípio rule of law? - Lilia Loffredo. JusBrasil ITAMARATY “O Itamaraty é um órgão governamental dentro do poder executivo, que é oficialmente conhecido como o Ministério das Relações Exteriores. É interessante não confundi-lo com o palácio do Itamaraty situado no Rio de Janeiro (que também já foi sede do ministériodas relações exteriores no passado). O nome do ministério é bastante sugestivo, indicando sua importância nas relações diplomáticas com demais países. Dessa forma, esse ministério também é um dos focos principais dos jovens profissionais de relações internacionais, não somente pela oportunidade em trabalhar em um órgão governamental renomado, mas também na grande oportunidade de contato com diversas culturas e os desafios desta jornada. Como citado, o Ministério das Relações Exteriores já teve sua sede no palácio do Itamaraty no Rio de Janeiro, porém, sua sede atual é no Palácio dos Arcos no Distrito Federal. Entretanto, o apelido continuou mesmo assim, sendo Itamaraty um sinônimo para o Ministério das Relações Exteriores (MRE).” Fonte: Extraído de Guia da Carreira. RELAÇÕES INTERNACIONAIS “As Relações Internacionais (abreviadas como RI ou REL) visam o estudo sistemático das relações políticas, econômicas e sociais entre diferentes países cujos reflexos transcendam as fronteiras de um Estado, as empresas, tenham como locus o sistema internacional. Entre os atores internacionais, destacam-se os Estados, as empresas transnacionais, as organizações internacionais e as organizações não governamentais. Pode se focar tanto na política externa de determinado Estado, quanto no conjunto estrutural das interações entre os atores internacionais. Além da ciência política, as Relações Internacionais mergulham em diversos campos como a Economia, a História, o Direito internacional, a Filosofia, a Geografia, a Sociologia, a Antropologia, a Psicologia e estudosculturais. Envolve uma cadeia de diversos assuntos incluindo mas não limitados a: globalização, soberania, sustentabilidade, proliferação nuclear, nacionalismo, desenvolvimento econômico, sistema financeiro, terrorismo/antiterrorismo, crime organizado, segurança humana, intervencionismo e direitos humanos”. Fonte: Wikipedia ESTADOS NAÇÃO 04/04/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2177115&classId=898603&topicId=2504326&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= “O conceito de Estado nação refere-se à forma de organização dos governos dos Estados Modernos e às organizações sociais que se estabeleceram em torno deles. Quando falamos do conceito de Estado, referimo-nos aos mecanismos de controle político de um governo que rege determinado território. Organizações como um Parlamento ou um Congresso, instituições legais e um exército permanente são ferramentas utilizadas por um governo para controlar as várias esferas que compõem a sociedade de um Estado nação. Um Estado nação é constituído por uma massa de cidadãos que se considera parte de uma mesma nação. Sob essa perspectiva, podemos afirmar que todas as sociedades modernas são Estados-nações, isto é, todas as sociedades modernas estão organizadas sob o comando de um governo instituído que controla e impõe suas políticas.”
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