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Direitos Humanos
Aula 4 - A comunidade internacional e os DH
INTRODUÇÃO
Nesta aula, examinaremos a importância da ONU para a proteção dos DH junto à comunidade internacional.
Estabeleceremos que este tema faz parte do chamado Direito Internacional Público e que o desenho de proteção a ser dado na esfera internacional aos DH está
condicionado ao tipo de agressão que sofrem os DH.
Observaremos o papel que os DH desempenham na comunidade internacional, chamando atenção para a proteção atribuída aos DH em contextos históricos distintos.
No particular, relacionaremos a importância da ONU e da Carta das Nações Unidas como marcos fundantes da proteção global ou universal aos DH.
Examinaremos, também, o Tribunal Penal Internacional que foi criado pelo Estatuto de Roma, destacando sua competência e os tipos de crime que se sujeitam sua
jurisdição.
Por �m, explicaremos as chamadas intervenções humanitárias, problematizando seu potencial de proteção aos DH.
OBJETIVOS
Examinar a posição que os DH ocupam na comunidade internacional;
Analisar a proteção de DH em contextos históricos distintos;
Avaliar o Tribunal Penal Internacional;
Esclarecer as intervenções humanitárias.
DH E A COMUNIDADE INTERNACIONAL
Um dos grandes desa�os das sociedades contemporâneas, que se desdobra em suas ordens jurídicas, é a proteção dos direitos humanos, o que ganha especial relevo
na esfera internacional e na forma como os Estados nela se articulam e se posicionam.
Tal relevância, por sua vez, pode ter seu marco temporal moderno na Segunda Guerra Mundial, que lançou as bases para a consolidação de um discurso de proteção ao
ser humano para além das fronteiras geográ�cas do Estado Nação.
Por outro lado, esses desa�os, na atualidade, podem ser sistematizados em quatro tipos que podem se combinar:
• As questões de violações em razão de con�itos bélicos internos ou mesmo externos;
• O baixo grau de institucionalidade de certos estados que colocam em risco a própria noção do rule of law (glossário).
Problemas vinculados à pobreza extrema que colocam sob ameaça a própria existência humana;
• Problemas vinculados à pobreza extrema que colocam sob ameaça a própria existência humana;
• Os riscos aos regimes democráticos que compõe o sistema internacional.
, Esses desa�os impõem aos estados e à chamada comunidade internacional uma agenda, muitas vezes sujeita a severas críticas, que demanda legitimação discursiva, quer no plano
jurídico ou no plano político.
Nesse panorama chama atenção a forma com que os países lidam com tais cenários e de que maneira se engajam em processos motivados para a proteção dos direitos.
A PROTEÇÃO DE DH EM CONTEXTOS HISTÓRICOS DISTINTOS
A proteção de DH tem contornos distintos se levarmos em conta os contextos históricos em que essa discussão se coloca.
Nesse sentido, o desenho da proteção de DH tem se in�uenciado também pelos tipos de violações aos direitos humanos – o que se traduzirá em redes de política
externa e compromissos jurídico-políticos assumidos frente a comunidade internacional e seus organismos. Esses arranjos integram o que chamamos de Direito
Internacional Público.
Podemos ainda dizer que o Direito Internacional Público passou por um desenvolvimento histórico agrupado, segundo Jorge Miranda (2000), em oito momentos
distintos e como consequência segue atualmente algumas tendências:
Universalização
O Direito internacional é um Direito universal e não é mais um Direito euroamericano a partir da desintegração dos impérios marítimos
europeus e do império continental soviético.
Regionalização
Solidariedade e cooperação entre Estados dentro de determinado espaço regional. Como exemplo, cita-se a criação da União
Europeia.
Institucionalização
O Direito Internacional deixa de ser um direito das relações entre Estados para se tornar mais presente nos organismos internacionais,
como a ONU.
Funcionalização
O Direito Internacional extravasa a esfera das relações externas e penetra nas matérias pertencentes tanto ao direito interno como ao
próprio contexto das relações internacionais.
Humanização
Aspecto humanizador do Direito Internacional que se apresenta com o surgimento do Direito Internacional dos Direitos Humanos,
desde a Carta das Nações Unidas em 1945, o desenvolvimento da Declaração Universal dos Direitos do Homem em 1948, e os vários
tratados internacionais surgidos no pós-guerra, que se voltaram para a proteção dos direitos humanos.
Objetivação
Criação de regras e normas internacionais, presentes no moderno Direito Internacional, que são independentes e livres da vontade dos
Estados.
Codi�cação
A Carta das Nações Unidas prescreveu em seu artigo 13 o incentivo ao desenvolvimento do Direito Internacional e sua codi�cação o
que é realizado pelas comissões de Direito Internacional e de Direitos Humanos da própria ONU.
Jurisdicionalização
Com o desenvolvimento das regras de proteção internacional dos direitos humanos aumenta-se a necessidade de criação de tribunais
internacionais, como por exemplo o Tribunal Penal Internacional.
, Leia aqui (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/d19841.htm) o Decreto 19.841, em que o Brasil rati�ca a Carta das Nações Unidas.
A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
Hoje, a grande rede de proteção de DH e que um valor simbólico no cenário internacional é a Organização das Nações Unidas (ONU).
A ONU, abreviação de Organização das Nações Unidas (UN, United Nations, em inglês) é uma instituição supranacional, isto é, além dos Estados nação (glossário), tem
por objetivo principal garantir a paz no mundo mediante o relacionamento amistoso entre os países. Está situada em Nova York, nos Estados Unidos.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/d19841.htm
A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
Fonte da Imagem:
Essa organização tem com objetivos:
• Salvar as gerações futuras do �agelo da guerra;
• Rea�rmar a fé nos direitos humanos fundamentais;
• Criar as condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações emanadas de tratados e outras fontes do direito internacional possam ser mantidos;
• Promover o progresso social e melhores padrões de vida num cenário de maior liberdade.
Infelizmente, embora em muitos casos ela não tenha atingido seus objetivos paci�stas, a ONU desempenha, também, um importante papel humanitário, buscando
amenizar as desigualdades sociais no mundo, fomentando ações que buscam, por exemplo, combater a fome e a desnutrição.
, Para ler mais sobre a ONU, clique aqui (https://nacoesunidas.org/conheca/).
Para saber como surgiu a ideia de criação da ONU e como ela se tornou realidade, clique aqui (https://nacoesunidas.org/conheca/historia/).
Apesar de sua importância no mundo contemporâneo, como grande defensora de DH, cabe ressaltar que a ONU não dispõe de poder de coerção (salvo para os casos
relacionados às ameaças contra a paz e à segurança internacionais e que estão previstos no capítulo VII da Carta).
Ainda assim, suas decisões tem importância pelo signi�cado ético-humanitário.
https://nacoesunidas.org/conheca/
https://nacoesunidas.org/conheca/historia/
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS
Fonte da Imagem: UN/DPI - Foto de M. Bolomey - Carta das Nações Unidas, com assinaturas da União Soviética e dos Estados Unidos.
A Carta das Nações Unidas (glossário) de 1948, ou também chamada de Carta de São Francisco, é o documento que concebeu a ONU e procurou estabelecer, como
uma de suas prioridades, a criação de um sistema internacional que protegesse os Direitos Humanos de forma ampla.
Adotada e assinada em 26 de junho de 1945, passou a ter vigência no dia 24 de outubro de 1945. A Carta estimula os direitos às liberdades fundamentais sem distinção
por motivos de sexo, raça, religião ou idioma.
No entanto, tal propósito se tornou, e ainda se torna, di�cultoso pela necessidade de não ingerência dessas determinações dentro dos assuntos internos dos Estados
signatários da Carta.
O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL – TPI
O Tribunal Penal Internacional/TPI, conhecido como Internacional CriminalCourt (ICC) em inglês ou Court Pénale Internacionale (CPI) em francês, é uma organização
independente, não pertencendo a ONU e que foi criada pelo Estatuto de Roma em 2002.  Disponível em:
Tem por �nalidade processar e julgar, subsidiariamente ao Poder Judicial dos Estados (isto é, se não houver julgamento interno pelo Estado) acusados de crimes de
genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crimes de agressão.
Genocídio
Nos termos do art 6º do Estatuto de Roma, entende-se por genocídio qualquer um dos atos praticado com intenção de destruir, no
todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal:
• Homicídio de membros do grupo;
• Ofensas graves à integridade física ou mental de membros do grupo;
• Sujeição intencional do grupo a condições de vida com vista a provocar a sua destruição física, total ou parcial;
• Imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo;
• Transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo.
Crimes contra a humanidade
Estão previstos no art. 7º e são entendidos quando cometidos no quadro de um ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer
população civil, havendo conhecimento desse ataque. Caracterizam-se por:
• Homicídio;
• Extermínio;
• Escravidão;
• Deportação ou transferência forçada de uma população;
• Prisão ou outra forma de privação da liberdade física grave, em violação das normas fundamentais de direito internacional;
• Tortura;
• Agressão sexual, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização forçada ou qualquer outra forma de
violência no campo sexual de gravidade comparável;
• Perseguição de um grupo ou coletividade que possa ser identi�cado, por motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais,
religiosos ou de gênero, tal como de�nido no parágrafo 3o, ou em função de outros critérios universalmente reconhecidos como
inaceitáveis no direito internacional, relacionados com qualquer ato referido neste parágrafo ou com qualquer crime da competência
do Tribunal;
• Desaparecimento forçado de pessoas;
• Crime de apartheid;
• Outros atos desumanos de caráter semelhante, que causem intencionalmente grande sofrimento, ou afetem gravemente a
integridade física ou a saúde física ou mental.
Crimes de guerra
São de�nidos pelo Estatuto tendo como base as violações graves do direito internacional humanitário contidas principalmente nas
Convenções de Genebra e seus Protocolos adicionais de 1977. Pressupõe-se que sejam cometidos dentro de um contexto de guerra e
que o crime tenha relação com esta. O que diferencia os crimes de guerra dos crimes contra a humanidade é a necessidade de
existência de um con�ito, tenha ele caráter internacional ou não.
Crimes de agressão
Tendo em vista a controvérsia que existe a seu respeito, o Estatuto de Roma deixou a questão por ainda ser de�nida.
, Veja aqui como funciona o TPI (https://www.icc-cpi.int/about?ln=en).
Continuando nosso estudo sobre o TPI, vamos nos apropriar das explicações (glossário) que o Itamaraty (glossário) nos oferece:
“O Brasil apoiou a criação do Tribunal Penal Internacional, por entender que uma corte penal e�ciente, imparcial e independente representaria um grande avanço na luta
contra a impunidade pelos mais graves crimes internacionais. O Governo brasileiro participou ativamente dos trabalhos preparatórios e da Conferência de Roma de
1998, na qual foi adotado o Estatuto do TPI.
Com sede em Haia (Países Baixos), o TPI iniciou suas atividades em julho de 2002, quando da 60ª rati�cação ao Estatuto [...]. O TPI julga apenas indivíduos –
diferentemente da Corte Internacional de Justiça (glossário), que examina litígios entre Estados. A existência do Tribunal contribui para prevenir a ocorrência de
violações dos direitos humanos, do direito internacional humanitário e de ameaças contra a paz e a segurança internacionais. O Brasil depositou seu instrumento de
rati�cação ao Estatuto de Roma em 20 de julho de 2002, sendo incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro por meio do Decreto nº 4.377, de 25 de setembro de
2002.”
O Itamaraty adverte “como qualquer instrumento jurídico internacional, o Estatuto de Roma é produto de seu tempo e é passível de ajustes para seu aprimoramento.”
E ainda para o Itamaraty, “O Brasil tem exercido papel de liderança nas reuniões em que os Estados partes tratam de ajustes com vistas a promover maior aceitação e a
consolidação do TPI – a exemplo das discussões que levaram à adoção, em 2010, na Conferência de Revisão de Campala (Uganda), das emendas relativas ao crime de
agressão, que estabelecem as condições para que o TPI possa exercer sua jurisdição sobre esse crime”.
Para alguns autores o TPI marca uma nova era na História do Direito internacional e das Relações Internacionais (glossário).
INTERVENÇÕES HUMANITÁRIAS
Con�itos geram impactos sobre os direitos humanos – considerados, no mundo contemporâneo, como eixo de proteção da pessoa humana, tanto na esfera interna dos
Estados quanto na esfera internacional.
Fonte:
https://www.icc-cpi.int/about?ln=en
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/dp0268/docs/REV_MV_Aula_4_corte_internacional_justica.pdf
Quando esses con�itos, dentro de um Estado soberano, geram consequências devastadoras para a população que nele se encontra?
Seria lícito e aceitável que outros países interviessem em Estados soberanos, com a justi�cativa de ajudar e salvar a população atingida?
Há uma responsabilidade de proteger que autorizaria as intervenções em nome dos direitos humanos?
Essas são as perguntas que se colocam quando estudamos as intervenções humanitárias e como tais ações repercutem na esfera de soberania nacional dos estados.
E as respostas não são simples, pois não existe uma norma que autorize expressamente a intervenção humanitária.
Muito pelo contrário: a Carta da ONU estabelece o princípio da não intervenção como norteador da conduta dos Estados no âmbito internacional.
A Carta, em seu artigo segundo, itens 3 e 4, estabelece que “todos os Membros deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pací�cos, de modo que
não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais” e que “todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da
força contra a integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado, ou qualquer outra ação incompatível com os Propósitos das Nações Unidas”.
No entanto, no mesmo documento, o artigo 42 do capítulo VII preconiza o uso da força (aérea, naval ou terrestre) para manter ou reestabelecer a paz e a segurança.
Tais dispositivos nos permitem concluir que se não se cita explicitamente na Carta a intervenção armada com justi�cativa humanitária, também não se cita nenhuma
proibição à guerra, seja ela justa ou injusta. Dessa forma, a resposta para as intervenções humanitárias não está estampada na norma de Direito Internacional.
Há, porém, que sustente que é possível estabelecer duas exceções a esse princípio:
I. legítima defesa individual ou coletiva;
II. quando o Conselho de Segurança da ONU (CS) determinar que uma situação constitui uma ameaça à paz ou segurança internacional.
A questão �ca ainda mais complexa quando as intervenções, ditas humanitárias, e geral com o uso de força bélica, ocorrem sem que o estado que sofre a intervenção
tenha solicitado a presença de ajuda externa, como no caso do Kosovo em 1999, ou na Líbia em 2011, ou mesmo quando não houver a autorização do CS da ONU.
Para aqueles que admitem as intervenções, quando há o intuito protetivo e ações respaldadas no discurso da necessidade de defesa de DH, sustenta-se que mais
importante do que a soberania de um estado que agride seus próprios habitantes é a proteção aos direitos.
Nesse cenário, a intervenção humanitária não deve ser vista somente como um instrumento justi�cador para que potências econômicas e militares aproveitem de sua
superioridade para adentrar o território de outro estado que possua, por exemplo, riquezas de interesse do Estadointerventor. Há, nessas ações, a responsabilidade de
proteger, baseado nos DH, que impõe uma obrigação de agir em prol dessa proteção.
ATIVIDADE
Assista à reportagem Tribunal Penal Internacional, em Haia, acusa líder islâmico do mali de crime de guerra:
Resposta Correta
VÍDEO
Qual é a importância simbólica da responsabilização perante o TPI de Ahmad al-Faqi al-Mahdi (também conhecido como Abu Turab), acusado de “crimes de guerra” por
ter dirigido e participado na destruição, em Julho de 2012, de vários bens classi�cados pela Unesco como Património da Humanidade na cidade de Tombuctu, no Norte
do Mali?
Glossário
CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS
https://nacoesunidas.org/carta/ (https://nacoesunidas.org/carta/)
https://nacoesunidas.org/carta/
ESTATUTO DE ROMA
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4388.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4388.htm)
CONVENÇÕES DE GENEBRA E SEUS PROTOCOLOS ADICIONAIS DE 1977
Conheça aqui (docs/REV_MV_Aula_4_convencoes_genebra.pdf) as Convenções de Genebra e seus Protocolos adicionais de 1977.
EXPLICAÇÕES
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/152-tribunal-penal-internacional (http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-
seguranca-internacionais/152-tribunal-penal-internacional)
RULE OF LAW
A ideia do rule of law “remonta à primeira manifestação concreta do constitucionalismo: a Magna Carta Libertatum. Na Inglaterra, ano de 1215, o Rei João Sem Terra foi coagido pelos
barões ingleses a prometer obediência à Magna Carta Libertatum, por eles idealizada. Esse precioso documento pode ser considerado o principal precursor de todas as futuras
Declarações de Direitos, eis que representa a autoridade do governo exercida em concordância com as leis existentes. José Joaquim Gomes Canotilho entende que mesmo com as
variações do princípio rule of law no tempo, o instituto contém quatro dimensões bem nítidas: The rule of law signi�ca, em primeiro lugar, na sequência da Magna Charta de 1215, a
obrigatoriedade da observância de um processo justo e legalmente regulado, quando se tiver de julgar e punir os cidadãos, privando-os de sua liberdade e propriedade. Em segundo
lugar, importa na proeminência das leis e costumes do país perante a discricionariedade do poder real. Por conseguinte, aponta para a sujeição de todos os atos do Executivo à
soberania do parlamento. Por �m, rule of law terá o sentido de igualdade de acesso aos tribunais por parte dos cidadãos, a �m destes defenderem os seus direitos segundo os
princípios de direito comum dos ingleses (Common Law) e perante qualquer entidade (indivíduos ou poderes públicos). Analisando a questão mais a fundo, veri�ca-se que o rule of law
tem como verdadeiro substrato o princípio da legalidade. Nessa esteira de pensamento, tem-se que um Estado que não respeita os direitos humanos ou, até mesmo, não se pauta na
democracia pode muito bem existir sem o princípio rule of law. Todavia, trata-se de preceito considerado pressuposto lógico da Democracia, que se revela como verdadeira garantia
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4388.htm
http://estaciodocente.webaula.com.br/cursos/dp0268/docs/REV_MV_Aula_4_convencoes_genebra.pdf
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/152-tribunal-penal-internacional
contra o despotismo ao se �rmar como suporte legal ao Estado Democrático de Direito”.
Fonte: Excerto de Você sabe o que signi�ca o princípio rule of law? - Lilia Loffredo. JusBrasil
ITAMARATY
“O Itamaraty é um órgão governamental dentro do poder executivo, que é o�cialmente conhecido como o Ministério das Relações Exteriores. É interessante não confundi-lo com o
palácio do Itamaraty situado no Rio de Janeiro (que também já foi sede do ministério das relações exteriores no passado). O nome do ministério é bastante sugestivo, indicando sua
importância nas relações diplomáticas com demais países. Dessa forma, esse ministério também é um dos focos principais dos jovens pro�ssionais de relações internacionais, não
somente pela oportunidade em trabalhar em um órgão governamental renomado, mas também na grande oportunidade de contato com diversas culturas e os desa�os desta jornada.
Como citado, o Ministério das Relações Exteriores já teve sua sede no palácio do Itamaraty no Rio de Janeiro, porém, sua sede atual é no Palácio dos Arcos no Distrito Federal.
Entretanto, o apelido continuou mesmo assim, sendo Itamaraty um sinônimo para o Ministério das Relações Exteriores (MRE).” 
Fonte: Extraído de Guia da Carreira.
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
“As Relações Internacionais (abreviadas como RI ou REL) visam o estudo sistemático das relações políticas, econômicas e sociais entre diferentes países cujos re�exos transcendam
as fronteiras de um Estado, as empresas, tenham como locus o sistema internacional. Entre os atores internacionais, destacam-se os Estados, as empresas transnacionais,
as organizações internacionais e as organizações não governamentais. Pode se focar tanto na política externa de determinado Estado, quanto no conjunto estrutural das interações
entre os atores internacionais. Além da ciência política, as Relações Internacionais mergulham em diversos campos como a Economia, a História, o Direito internacional, a Filoso�a,
a Geogra�a, a Sociologia, a Antropologia, a Psicologia e estudosculturais. Envolve uma cadeia de diversos assuntos incluindo mas não limitados a: globalização, soberania,
sustentabilidade, proliferação nuclear, nacionalismo, desenvolvimento econômico, sistema �nanceiro, terrorismo/antiterrorismo, crime organizado, segurança
humana, intervencionismo e direitos humanos”.
Fonte: Wikipedia
ESTADOS NAÇÃO
“O conceito de Estado nação refere-se à forma de organização dos governos dos Estados Modernos e às organizações sociais que se estabeleceram em torno deles. Quando falamos
do conceito de Estado, referimo-nos aos mecanismos de controle político de um governo que rege determinado território. Organizações como um Parlamento ou um Congresso,
instituições legais e um exército permanente são ferramentas utilizadas por um governo para controlar as várias esferas que compõem a sociedade de um Estado nação. Um Estado
nação é constituído por uma massa de cidadãos que se considera parte de uma mesma nação. Sob essa perspectiva, podemos a�rmar que todas as sociedades modernas são
Estados-nações, isto é, todas as sociedades modernas estão organizadas sob o comando de um governo instituído que controla e impõe suas políticas.”

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