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Relatorio estabilidade de emulsoes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Amanda Soares dos Santos
Carlito Henrique
Goiânia
Resultados e Discussões
	 MISTURA
	 V H2O/ml
	 Vtensaoativo/ml
	 V óleo/ml
	 1
	 -
	 0,6
	 4
	 2 
	 0,6
	 -
	 4
	 3
	 -
	 4
	 0,6
	 4
	 4
	 -
	 0,6
	 5
	 -
	 4
	 0,3
 
Denomina-se emulsão uma dispersão coloidal de um líquido em outro, onde estes apresentam certo grau de imiscibilidade entre si. Tal sistema é composto por uma fase apolar, geralmente composta por hidrocarbonetos, também chamada de “óleo” ou fase oleosa e uma fase polar, geralmente composta por água, chamada de fase aquosa. Existem dois principais tipos de emulsões: as chamadas óleo-em-água (o/w), onde a fase apolar encontra-se dispersa na fase aquosa; e as chamadas água-em-óleo (w/o), onde a fase aquosa encontra-se dispersa na fase apolar.
A existência das chamadas emulsões duplas, em que estas contém dois tipos diferentes de fase dispersa, podendo ser elas de mesma natureza (mas formando gotas de tamanhos diferentes) ou de natureza diferentes (independente do tamanho de suas gotas).
Ao promover as misturas entre estes três elementos, pode-se observar que a mistura entre o sulfato lauril de sódio e o óleo dava aparência de uma homogeneidade entre as duas substâncias, o que não acontece a nível microscópio, pois a verdadeira função do sulfato na mistura como óleo foi diminuir a tensão superficial das moléculas do óleo, agrupando-as em micelas (pequenos agregados do elemento dispersos). Essas micelas, juntamente com a tensão superficial do óleo diminuem conforme aumentam a concentração de lauril sulfato de sódio, no caso da mistura 03 e 05. A mistura 01 também apresenta quebra da resistência entre moléculas de óleo, porém a nível microscópio apresentam micelas (agrupamentos de lipídeos em forma de gotículas) maiores em virtude de uma menor concentração de lauril em detrimento de uma maior concentração de óleo. 
	Já na mistura 02 e 04 podemos observar uma emulsão instável cujo tempo para separação de fases é muito pequeno. As duas misturas comportam-se de maneira semelhante, com diferença que na mistura 02, tem-se a água como agente dispersado no meio dispersante que é o óleo. Em nível microscópio temos gotículas de água imersas em gotas maiores de água. 
TEMPERATURA
A temperatura pode afetar significamente a estabilização de emulsões, podendo afetar as propriedades físicas do óleo, da água, do filme interfacial e também a solubilidade de ambas as fases (CUNHA, 2007). Neste contexto, o aumento da temperatura da emulsão é acompanhada pela diminuição da viscosidade do meio que é fundamental, conforme a equação da lei de Stokes, para aumentar a velocidade de sedimentação das gotas (facilitando a aproximação das gotas de água e consequentemente acelerando o processos de sedimentação), o aumento da temperatura leva também ao aumento da taxa de colisão das gotas (pelo aumento do movimento browniano) e ao aumento da diferença de densidade entre ambas as fases, possibilitando uma dissolução dos emulsificantes, facilitando a drenagem, a ruptura e a diminuição da rigidez do filme interfacial. Aumenta também a mobilidade da gotas, e consequentemente, a sua coalescência (ARNOLD e SMITH, 1992; CUNHA, 2007; FRISING et al., 2008).
OLIVEIRA (2010) mostrou que a temperatura tem uma correlação com a viscosidade através de expressões que consideram um decréscimo exponencial da viscosidade com a temperatura, podendo ser aplicada para petróleo cru, através da na norma ASTM D431. GHANNAM (2005) estudou o efeito da temperatura na estabilidade de uma emulsão A/O num intervalo de 13 à 40 °C. O estudo mostrou que em temperaturas elevadas ocorreu uma redução da viscosidade do óleo e consequentemente uma redução na estabilidade da emulsão, devido ao aumento da colisão de gotículas de água, facilitando a separação do óleo e da água. FRISING et al. (2006) salientam que a temperatura é amplamente conhecida e pode ser benéfica na desemulsificação de uma emulsão água em óleo. Esta desemulsificação é uma alteração da tensão interfacial, resultado das modificações de adsorção de emulsificantes na interface e uma redução na viscosidade da fase contínua.
Um aumento da temperatura diminui a tensão superficial bem como a viscosidade, logo pode-se a´ prever, o que é normalmente verdade que a emulsificação é favorecida por um aumento de temperatura. Ao mesmo tempo, no entanto, um aumento da temperatura aumenta a energia cinética das partículas e assim facilita a sua coalescência. Alterações da temperatura alteram a distribuição dos coeficientes de partículas dos emulgentes entre as duas fases, provocando migração do emulgente em função da temperatura. Isto não pode ser correlacionado diretamente com a formação ou com a estabilidade de uma emulsão, uma vez que ocorrem simultaneamente alterações na tensão superficial e na viscosidade(Lachman, 2001).
A influencia mais importante que a temperatura tem sobre uma emulsão é provavelmente sobre a sua inversão. A temperatura a que a inversão ocorre depende da concentração do emulgente e é conhecida como temperatura de inversão de fases (TIF). Este fenômeno pode ocorrer durante a formação de emulsões , uma vez que estas são normalmente preparadas a temperaturas relativamente elevadas e, em seguida arrefecidas á temperatura ambiente. As emulsões formadas por uma técnica de inversão de fases são consideradas bastante estáveis e as gotículas da fase interna encontram-se finamente dispersas. A temperatura de inversão de fases é considerada, normalmente , como a temperatura á qual as propriedades hidrofílicas e lipofílicas do emulgente se equilibram , sendo também conhecidas como a temperatura de EHL (Lachman,2001).
Referências Bibliográficas
[1] PILLA, Luiz. Físico-Química. Vol. 1. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos. Editora S.A, 1980.
[2] Walter J. Moore, Físico-Química, Vol. 1 , Editora Edgard Blücher, 1976.
[3] FERRARI, M.; Ribeirão Preto, 1998. 147p. Dissertação (Mestrado)- Faculdade de Ciência Farmacêutica de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. ROLAND, I.; et al. Internacional Journal of Pharmaceutics, v. 263, p. 85-94, 2003.
[4] Estudo da estabilidade de emulsões água-óleo: efeito do teor da fase dispersa na velocidade de sedimentação da emulsão / Walisson de Jesus Souza; Orientadores: Alexandre Ferreira Santos, Cesar Costapinto Santana. – Aracaju: 2014.

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