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NEWCASTLE E INFLUENZA AVIÁRIA

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Newcastle
Etiologia
Ordem: Mononegavirales
Família: Paramyxoviridae
Subfamília: Paramyxovirinae 
Gênero: Rubulavírus 
Agente etiológico: Paramyxovírus aviário tipo 1.
Morfologicamente são vírus esféricos, com projeções no envelope viral. RNA fita simples, não segmentado.
Obs.: O fato de ele ser RNA lhe confere maior capacidade de variação (de ter subtipos [todas elas são APMV-1 mas com subtipos que caracterizam a patogenicidade da doença]).
Possui três tipos de glicoproteínas em seu envelope:
Hemaglutinina
Neuroaminidase
Proteína de difusão
Animais acometidos: aves domésticas, perus, patos, gansos, pardais, corvos.
É um vírus preferencialmente respiratório.
Transmissão: Ocorre apenas de forma horizontal, por meio de aerossóis e contato direto com as secreções trato respiratório e fezes das aves infectadas.
É uma enfermidade que está na lista da PNSA e OIE, causada pelo paramyxovírus aviário tipo 1 (APMV-1).
É uma zoonose (porém de não muito impacto, causando apenas conjuntivite)
Altamente transmissível
Altamente patogênica
Rápida difusão
Importância econômica: Interfere na produtividade e há perda econômica por mortalidade e impedimento de exportações.
Patótipos (subtipos):
Amostra Velogênica: É o patótipo que apresenta maior impacto, apresentando características mais agudas e virulentas. Apresenta sinais respiratórios, porém apresentam tropismo por outros tecidos
Velogênica Viscerotrópica: Apresenta infecção aguda e letal, com lesões hemorrágicas, principalmente no trato digestório.
Velogênica neurotrópica: Produz alta mortalidade e apresenta sinais respiratórios e neurológicos, sem lesões no sistema digestório.
Amostra Mesogênica: Mais suave caracterizada por lesões suaves agudas no sistema respiratório. Algumas podem apresentar pequenas sintomatologias nervosas (como asas caídas), põem não é patognomônico.
Amostra Lentogênica*: Bastante suave, as aves podem apresentar pequenas sintomatologias respiratórias (em pintinhos muito jovens com o sist. imune ainda não bem desenvolvido), ou permanecerem subclínicos, sem mortalidade.
Amostra entérica assintomática*: Amostra avirulenta, com replicação primária no TGI (o vírus sendo liberado nas fezes).
*essas formas menos virulentas são utilizadas como vacinas vivas para a doença.
Obs.: Se o animal for infectado por outros MOS, tais como Micoplasma, vírus e até problemas nutricionais e ambientais causam o agravamento dos sinais clínicos, mesmo se for as amostras pouco patogênicas*.
Sinais clínicos: dificuldade respiratória (angústia respiratória, traqueítes), edema infraorbitário, enterites, diarréia, hemorragias em diversos órgãos (sepse, hemorragia em proventrículo e folículos ovarianos), sinais neurológicos (torcicolo, opistótomo), morte súbita (principalmente em aves jovens: perda de centenas de aves em uma noite).
Aves com forma mais grave da doença: necrose hemorrágica do trato respiratório, intestinal e nos órgãos viscerais.
Aves com sintomas neurológicos: necrose das células gliais, hipertrofia das células endoteliais e degeneração neuronal.
Períodos de incubação: 4-11 dias. Liberação do vírus: a partir do 2° ou 3° dia.
Anticorpos: 6° ao 10° dia 
Em humanos: Causa conjuntivite, principalmente em trabalhadores de granjas, pessoas que trabalham com aves doentes e vacinas vivas (manipulação ou aplicação). A conjuntivite pode ser bi ou unilateral, o período de incubação é de cerca de 24hs, a doença dura cerca de 5-7 dias e é autolimitante, apresentando apenas hiperemia conjuntival e da esclera, edema e com pouca morbidade e nenhuma mortalidade.
Diagnóstico: Identificação viral usando hemaglutinação (HA) e inibição da hemaglutinação (HI), ELISA indireto, PCR e RT-PCR.
Para determinar o índice de patogênicidade (usado em ovos férteis, pintos de 1 dia, aves com 6 semanas):
TMME (tempo médio de morte embrionária)
IPIC (índice de patogenicidade intracerebral)
IPIV (índice de patogenicidade intravenosa)
Tratamento: preventivo: manejo sanitário adequado, evitar contato de aves suscetíveis com o vírus e vacinar as aves.
O Brasil já apresentou casos da DN, porém não foram as cepas velogênicas.
Influenza
Influenza aviária altamente patogênica
Ainda não há casos no Brasil (notificados), por isso é considerada exótica, mas faz parte do programa de prevenção.
2003: Relatos de surtos em diversos países pela H5N1.
Houve casos de H7N9 na China.
Etiologia:
Família: Orthomyxoviridae
Gênero: Influenzavírus A (pode acometer diversas espécies)
B e C (acometem apenas humanos).
RNA, segmentado, FS, envelopado.
É uma zoonose, com potencial de pandemia (sem barreiras, disseminação em massa, não há contenção de disseminação, passando de humano-humano).
Hemaglutinina: 15 variantes
Neuroaminidase: 9 variantes
Por serem RNA, há recombinação entre as hemaglutininas e neuroaminidases, criando uma gama de probabilidades.
Notificação obrigatória à OIE. 
Hospedeiros: Aves domésticas (galinhas, perus, patos, codornas, faisões, gansos, avestruz, emas) e silvestres (principalmente aves migratórias aquáticas), suínos, se humano, mamíferos aquáticos (baleias e focas), eqüídeos.
Em suínos, o vírus se recombina melhor, podendo dar origem a diversas mutações de subtipos.
Obs.: As aves migratórias aquáticas apresentam grande importância, pois elas são portadores assintomáticos e viajam por todo o mundo em rotas migratórias, ocorrendo o risco de disseminação mundial. 
Atualmente já se faz a vigilância e monitoramento por meio de anilhamento das aves para verificar a área em que o animal passou e faz-se a avaliação referente à DN, influenza aviária e febre do Nilo.
Obs.: O vírus é muito sensível ao calor. 
Transmissão: Horizontal por meio de secreções e fezes de aves infectadas.
Não se vacina para que não perca o controle e com as vacinas vivas atenuadas pode ocorrer a infecção.
Drifts antigênicos: Há uma modificação pontual do RNA, ocorre anualmente com o subtipo B (gripe em humanos). Não é recombinação, é uma mutação. Continua sendo o mesmo número, por exemplo H5N3, porém com pequenas alterações no RNA que no sistema imune não reconhece, por isso a vacinação é anual.
Shifts antigênicos: Há uma recombinação. Por exempolo: H7N7 e H3N5, podendo se formar uma porção de combinações: H7N1, H7N5, H3N7, H3N1, essas novas combinações podem ser mais patogênicas do que as originais.
Nos shifts há potencial para pandemia, pois começa a se disseminar homem-homem.
Sinais clínicos: Sintomas respiratórios, com comprometimento de crista e barbela (cianose, edemaciação, hemorragia, pontos de necrose), hemorragia na região subcutânea na região das coxas e pés, hemorragias generalizadas (coração, pulmões, proventrículo, traquéia e demais vísceras).
Caracterizada por alta morbidade e mortalidade e letalidade.
Diagnóstico: isolamento e identificação viral (inoculação em ovos embrionários, inoculação em aves), sorologia* (HI e HA, ELISA, IDGA [imunodifusão dupla em gel de agar]), PCR.
*Usar sangue, soro, swab de traquéia, swab entérico. Durante a necropsia pode-se usar todos os tipos de tecidos, visto que a infecção é generalizada. 
Tratamento: Não há (nem influenza nem DN) para as aves (faz-se o descarte). Em humanos usa-se Tamiflu.
OIE e PNSA:
Newcastle E Influenza: NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA
Em casos de surto: Contenção de foco, e as aves que fossem instaladas depois deveriam ser vacinadas. Para Newcastle há a vacina (como prevenção), para influenza, já que não teve surto não vacina. 
Há sacrifício das aves e as camas e tudo que tiver contato deve ser incinerado.
Bahia: Livre de DN por vacinação. Influenza: livre sem vacinação.
Surto: Os veterinário oficiais do ministério vão e notificam o foco, depois ocorre a interdição do foco (impedir o tráfego de animais)
Sacrifício sanitário do foco (todas as aves sacrificadas e tudo incinerado, bebedouros e comedouros desinfetados);
Zona de proteção: 3 km a depender pode ser sacrificadas. As criações vizinhas são testadas e se confirmada, sacrifício.
Zona de vigilância: 7 km não necessitamde sacrifício, porém não podem ir para a zona de 3km nem sair da zona de 7km 
O vírus pode correr cerca de 10 km ou mais por via aérea.
Vazio sanitário: 21 dias de desinfecção e descanso, depois usa-se aves sentinelas (de biotérios, sem contato com nenhum antígeno) para verificar se ainda há o vírus por mais 14 dias (7 dias é feito a coleta de sangue e sorologia, novos testes 7 dias depois). Se as aves estiverem infectadas (com produção de Ac), reinicia o ciclo de desinfecção. Se der negativo: as novas aves devem ser obrigatoriamente vacinadas.
Total de 
10km
Após 21 dias: Zona de vigilância desfeita
Após +14 dias: Se asa aves sentinelas derem negativas: Desfeita a zona de proteção
Os próximos lotes devem ser obrigatoriamente vacinados.
Focos:
Interdição da propriedade
Controle do trânsito
Colheita de material
Sacrifício sanitário
Limpeza e desinfecção
Vazio sanitário (21 dias)
Aves sentinelas
Vacinação (nos próximos lotes)

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