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Artigo científico 3° semestre

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SAÚDE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO
Autores: ANA CLÁUDIA ALVES dos SANTOS
FÁBIO JÚNIOR DA SILVA
FLÁVIO DA SILVA MELO
IARA CORINA CONCEIÇÃO COUTINHO
LAIS HELENA SILVA
MARCELO DE OLIVEIRA SANTOS
VANESSA SILVA DAMACENO FERREIRA
RESUMO 
Este estudo objetivou descrever inúmeras maneiras de se alcançar a qualidade de vida no ambiente de trabalho, que consequentemente é fator primordial para a manutenção da saúde dos empregados de uma empresa. A Segurança do Trabalho, parte essencial de Recursos Humanos, influencia em aspectos como motivação, produtividade, e saúde dos empregados. A definição correta do termo saúde ainda gera controvérsias, entretanto nesta pesquisa destacou-se a definição dada pela Organização Mundial da Saúde. Faz necessário destacar as empresas públicas e privados são os responsáveis pelas condições existentes no trabalho, e devem desenvolver nos funcionários a consciência da importância de uma alteração no seu estilo de vida, buscando dessa forma um equilíbrio físico e mental, alcançando, dessa maneira, a qualidade de vida no trabalho.
Palavras-chave: segurança do trabalho; saúde; qualidade de vida.
INTRODUÇÃO 
O Homem através da sua capacidade de raciocínio percebeu, gradativamente, a necessidade de constituir grupos de pessoas e de viver em sociedade. Assim, conseguiu desenvolver ao longo de sua existência um modo de vida e uma tecnologia de produção capaz de garantir a sua sobrevivência no planeta. Desta forma, percebe-se através da história que as atividades do processo de produção evoluíram com o homem de acordo com as suas demandas e necessidades. 
A evolução dos processos de trabalho e dos meios de produção modificou, gradativamente, a forma de adoecer dos trabalhadores. Muitas doenças “clássicas” inerentes ao ambiente de trabalho foram e estão sendo controladas. Toda pessoa tem direito ao trabalho digno, para que assim possa alcançar e garantir sua subsistência, realizando-se pessoalmente e profissionalmente. Entretanto, são frequentes as queixas de trabalhadores e sindicatos com o descaso nas condições do ambiente de trabalho, como por exemplo, a exposição do trabalhador a produtos que afetam sua saúde, jornadas de trabalho muito extensas, atitudes que atingem sua saúde psicológica, como assédio moral e assédio sexual, entre outras. É dever do empregador garantir aos seus funcionários e colaboradores um ambiente de trabalho que proporcione uma qualidade de vida, obedecendo às disposições legais que regem a matéria. Na primeira parte do trabalho, é de fundamental importância destacar o conceito de saúde, que ainda gera controvérsias, e passou por diversas modificações ao longo dos anos. Num segundo momento destacaram-se os conceitos de alguns autores a respeito da Segurança do Trabalho saúde e segurança no trabalho.
Saúde e segurança do trabalhador é uma constante preocupação, pois se registram diariamente acidentes de toda ordem que afetam essas duas situações, cuja importância no momento passa despercebida, vindo causar problema no futuro, seja quanto ao trabalho desenvolvido pelo empregado na empresa, seja quanto aos custos deles resultantes, diretos e indiretos. 
SAÚDE
 Para se conceituar saúde é necessário destacar que há toda uma tradição e um desenrolar histórico, do que sejam saúde e doença, através do senso comum. Destaca-se ainda que ambas tenham suas raízes biológicas, e não são simplesmente fenômenos sociais. Entretanto os dados biológicos são interpretados de forma distinta, de acordo com mudanças religiosas, culturais, imaginação e padrão de vida das pessoas e da coletividade. Alguns autores procuram estabelecer o estado de saúde do homem em vários estágios. Souto (2007, p. 15) relata esses quatro estágios:
Um estado de saúde ótima, é um estado teórico no qual a vida de uma pessoa se aproxima de suas completas potencialidades;
2- Um estado de saúde sub ótimo, ou de doença incipiente ou subclínica (considera-se que esse não é um estado de doença, entretanto é um anti estado de doença);
3- Um estado de doença manifesta ou incapacidade;
4- Um estado de muitas doenças sérias ou de morte aparente.
Esses estágios vão da saúde perfeita até a completa ausência de saúde, ou à morte. O diagnóstico depende da definição de saúde pela pessoa que faz o julgamento. “A OMS afirma que: O gozo do melhor estado de saúde que seja possível atingir constitui um dos interesses fundamentais de todo o ser humano, sem distinção de raça, religião, opinião política, condição econômica e social. A saúde de todos os povos é condição fundamental para a consecução da paz e da segurança e depende da mais estreita cooperação de indivíduos e de Estados. Daphinis Ferreira Souto (2007, p. 19) afirma que a melhor definição de saúde é de que ela é resultado um estado de equilíbrio, no qual diversos fatores que tem influência sobre ela são igualados. 
 "É uma relação equilibrada, dinâmica e harmônica entre as condições biológicas e o meio físico e social, isto é, com o meio ambiente. (“...) “Quando o sistema está em estado de equilíbrio, a saúde prevalece. ” (Daphinis Ferreira Souto, 2007, p.19)
Gestores de Recursos Humanos e Administradores de Empresas devem estar atentos para que situações dessa natureza sejam evitadas, porque somente através deles, métodos avançados de segurança e saúde poderão ser implementados e com excelentes resultados.
HIGIENE DO TRABALHO
Conforme Idalberto Chiavenato: "A higiene do trabalho está relacionada com as condições ambientais de trabalho que assegurem a saúde física e mental e com as condições de saúde e bem-estar das pessoas." Quanto à saúde física, o local de trabalho constitui a área de ação da higiene do trabalho, envolvendo aspectos ligados com a exposição do indivíduo a agentes externos como ruído, ar, temperatura, umidade, luminosidade e equipamentos de trabalho. Dessa forma, um ambiente de trabalho, para ser considerado saudável deve envolver condições ambientais físicas que atuem positivamente sobre todos os órgãos dos sentidos humanos (visão, audição, tato, olfato e paladar). Quanto à saúde mental, o ambiente de trabalho deve envolver condições psicológicas e sociológicas saudáveis e que também atuem positivamente sobre o comportamento das pessoas, evitando assim impactos emocionais.
Segundo Chiavenato (2004, p. 430), os principais itens do programa de higiene do trabalho devem estar relacionados com:
1) Ambiente físico de trabalho, envolvendo: luminosidade adequada para cada tipo de atividade; remoção de gases, odores desagradáveis e fumaça, bem como o afastamento de possíveis fumantes ou utilização de máscaras; manutenção de níveis adequados de temperatura; remoção de ruídos ou a utilização de protetores auriculares; 
2) Ambiente psicológico de trabalho, envolvendo: relacionamentos humanos agradáveis; atividades agradáveis e motivadoras; gerência democrática e participativa; eliminação de possíveis fontes de estresse; 
 3) Aplicação de princípios de ergonomia, envolvendo: máquinas e equipamentos adequados às características humanas; mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas; ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano;
Nessas situações de trabalho é fundamental que o funcionário tenha alguns benefícios adquiridos por lei como: Insalubridade; periculosidade, para que o funcionário seja compensado de tais agentes expostos.
Chiavenato também descreve sugestões para tornar o ambiente de trabalho mais saudável:
Assegure que as pessoas respirem ar fresco;
Evite materiais suspeitos que emitam odores ou toxinas; 
Proporcione um ambiente livre de fumaça;
4- Adote dutos limpos e secos;
5- Preste atenção às queixas das pessoas. É necessário registrar as reclamações e tomar providências quanto à higiene do trabalho. 
6- Proporcione equipamentos adequados, pois cadapessoa é diferente e requer o uso de equipamentos que se ajustem às características individuais.
A SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL
Falar de segurança é falar também de higiene. Cada dia mais as empresas estão se descuidando de aspectos tão importantes como estes. O que seria esta higiene do trabalho? Refere-se ao conjunto de normas e procedimentos. São duas atividades intimamente relacionadas, no sentido de garantir condições pessoais e materiais capazes de manter certo nível de saúde dos empregados.
 É uma mistura de medicina e engenharia, onde se deve ter cálculos e cuidados com os funcionários. Uma empresa para ter boa produtividade não basta apenas ter bons funcionários e grandes idéias, para sua produção é necessário a segurança dos mesmos e higiene.
“Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças, levando-se em conta que o homem é um ser que se distingue não somente por suas atividades físicas, mas também por seus atributos mentais, espirituais e morais e por sua adaptação ao meio em que vive”. (Organização Mundial da Saúde).
A Segurança do Trabalho como: Conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas utilizadas para prevenir acidentes, querem eliminadas as condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas da implantação de práticas preventivas. (Idalberto Chiavenato 2004, p. 438).
Nesse sentido, a Segurança do Trabalho pode ser entendida como medidas que são adotadas, objetivando minimizar os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais, visam também proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. É necessário que uma empresa seja composta também por um quadro de Segurança do Trabalho, composta uma equipe multidisciplinar. Esta equipe é composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Que formam o SESMT – (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho). As empresas também devem contar com a Comissão Interna de Prevenção a Acidentes, a chamada CIPA. Essa comissão, segundo a NR 5 (Norma Regulamentadora), deve ser formada exclusivamente por funcionários com a finalidade de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
 
Essa comissão também deve apresentar sugestões, além de recomendações ao empregador para melhoria do ambiente de trabalho, eliminando possíveis causas para doenças, tornando o trabalho compatível com a promoção de saúde e preservação da vida do empregado.
PREVENIR SEMPRE, REMEDIAR JAMAIS
A prevalência da prevenção é atitude antecipatória, isso porque o risco sempre está presente antes do evento danoso, por isso a principal etapa do processo de prevenção é a de reconhecimento dos riscos ambientais. Nesse caso, pelo risco já estar presente, será preciso intervir no ambiente de trabalho. Reconhecer o risco é uma tarefa que exige observação cuidadosa das condições ambientais, caracterização das atividades, entrevistas e pesquisas. Infelizmente, há ocasiões em que o risco é identificado após o comprometimento da saúde ou da vida do trabalhador. Quando existem Programas: de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO (NR-7) e de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (NR-9), ambas do Ministério do Trabalho e Emprego, é possível obter um diagnóstico precoce dos agravos à saúde e à vida do laborista. Nesses casos, enquanto a Medicina do Trabalho cumpre o seu papel preventivo, ao rastrear e detectar o dano à saúde, caberá à Engenharia de Segurança intervir com rapidez no ambiente para impedir que outros trabalhadores sejam ou continuem sendo expostos a quaisquer riscos.
A Constituição Federal e a CLT preveem as seguintes situações:
A) Constituição Federal: Art. 7º XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas na forma da lei. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e às coletividades o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
B) Consolidação das Leis do Trabalho: Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Art. 193. Serão consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.
A adoção das medidas de controle, que representam uma etapa da prevenção, será antecedida pela avaliação dos riscos, quando eles serão quantificados para subsidiar seu controle. A referida intervenção se fará, na maioria das vezes, nas fontes geradoras dos riscos, nas possíveis trajetórias e nos meios de propagação dos agentes. Sendo assim, o Engenheiro de Segurança deverá especificar e propor equipamentos, alterações no arranjo físico, obras e serviços nas instalações, procedimentos adequados, enfim, uma série de recomendações técnicas pertinentes a projetos e serviços de engenharia, enquanto o Médico do Trabalho, através dos exames necessários – clínicos e laboratoriais, se acaso detectar quaisquer alterações no organismo/comportamento do trabalhador, deve adotar medidas efetivas que resolvam a questão de pronto. Com isso todos, na empresa, ganham. Sabe-se que uma das mais discutidas e maiores falhas humanas em todos os acidentes ocorridos e nos que ainda vão ocorrer, acontece da dificuldade própria que todos têm em aprender algo novo, em especial quando isso parece não lhe interessar. A conscientização do perigo e da necessidade de adaptação ao ambiente de trabalho é sem dúvida o ponto de partida para melhorar a confiabilidade de todos os sistemas de segurança e controle. Diante disso, há necessidade de um bom gerenciamento dos riscos, o que poderá ser feito observando determinadas etapas que são necessárias à prevenção, porque gerenciar significa ter bem presente o que deve ser feito por antecipação do acontecimento do acidente. Depois de acontecido, embora sejam tomadas todas as providências para reequilibrar uma situação posta, sempre haverá resultado danoso, seja de bens materiais ou imateriais.
O risco é sempre potencial em qualquer atividade, movimento, gesticulação, quanto às pessoas, e em qualquer empreendimento, tanto físico/material, quanto de comunicação, por isso prevenir adequadamente através de um planejamento que exigirá certas etapas, como a organização de ideias, a adequação à realidade, o controle permanente no desenvolvimento e acima de tudo uma boa distribuição de funções sob uma orientação ou coordenação segura daquilo que está sendo realizado. O perigo, por sua vez, é algo que se antecipa ao acontecimento danoso, e na maioria das vezes plenamente previsível, mas que, por circunstâncias tem que ser enfrentado, arcando com as consequências se houver o acontecimento – acidente. Diz-se que a prevenção deve começar pelo trabalhador, através de orientação, palestra, curso, enfim de todos os meios de comunicação a ele para conscientizá-lo do perigo que corre permanentemente, tanto no trabalho, como fora dele, o que poderá custar-lhe muito. Não menos preocupante é a situação do empregador, que deve programar todas as políticas necessárias à proteção do trabalhador, além de proteger também o patrimônio posto no segmento explorado. Para isso há no recinto de trabalho, os próprios trabalhadores que, através da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, regida pela Lei nº 6.514/77 e regulamentada pela NR-5 do Ministériodo Trabalho e Emprego – Portaria nº 3.214, com redação da Portaria nº 8/99, prevista nos artigos 163/164 CLT, e no artigo 37 da Constituição Federal de 1988, constituída paritariamente por representantes do empregador e dos empregados, cujo dimensionamento fica cingido em função do grau de risco e do número de empregados no estabelecimento, e que tem como missão a preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores e de todos aqueles que interagem com a empresa. Mais um elemento de prevenção. Ainda é bom que seja salientado, a necessidade do Equipamento de Proteção Individual – EPI, e do Equipamento de Proteção Coletiva – EPC, obrigação de a empresa fornecer e do empregado usar, embora se saiba que, na maioria das vezes, a empresa não fornece e quando fornece não exige seu uso pelos empregados. Estes últimos resistem ao uso desses equipamentos, sob a alegação de que não estão acostumados e por vezes atrapalham no desempenho das suas atividades.
 Disso decorre que ambos estão na iminência de grandes perdas. Quanto ao empregado, fica ele sujeito à acidente que pode mutilá-lo e até mesmo custar-lhe a vida. Quanto ao empregador, fica sujeito à multa, a par de perder o empregado por algum tempo, às vezes por muito tempo, quando não para sempre. De outro lado, o empregador irá, por certo, responder por culpa acidentária ou mesmo pela caracterização da insalubridade/periculosidade em Ação Judicial.
A Organização Internacional do Trabalho – OIT, hoje sediada em Genebra – Suíça, desde sua criação, em 1919, pelo Tratado de Versailles/França, passou a se ocupar, em grande parte, com a saúde e integridade físico-psíquica do trabalhador, em especial com a escassez das normas, a nível mundial, que tratassem sobre esses aspectos, contribuindo assim na sua prevenção, emitindo várias Convenções que foram ratificadas pelo Brasil, como país aderente àquela Organização, incorporadas na sua legislação interna, tais como as Convenções: nº 103 – Amparo à maternidade; nº 115 – Proteção contra as radiações ionizantes; nº 127 – Peso máximo das cargas; nº 134 – Prevenção de acidentes de trabalho dos marítimos; nº 136 – Proteção contra os riscos de intoxicação provocados pelo benzeno; nº 139 - Prevenção e controle de riscos profissionais causados pelas substâncias ou agentes cancerígenos; nº 148 – Proteção dos trabalhadores contra os riscos devido à contaminação do ar, ao ruído e às vibrações no local de trabalho.
O Brasil, por sua vez, incorporou a higiene e segurança do trabalho na Constituição Federal de 1946, no seu art. 154 - inciso VIII, reafirmado na última Constituição Federal de 1988, no art. 7º - incisos XXII, XXIII, XXVIII, enquanto a Lei nº 6.524/77, regulamentada pela Portaria nº 3.214/78, deu nova redação ao Capítulo V – art. 154 a 201, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT de 1943, todos com vistas à proteção no trabalho e, em especial, do trabalhador. O Ministério do Trabalho e Emprego, ancorado nas normas jurídicas antes mencionadas, editou várias Normas Regulamentadoras – NRs, hoje são 33 urbanas e 05 rurais, estas últimas com referências na NR 31. As NRs referidas tratam da matéria de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional aplicadas na relação empregado/empregador, ensejando de qualquer modo sanções pela não observação dos seus conteúdos, muitos deles relativamente extensos e complexos que exigem a participação de técnicos para sua interpretação e aplicação no ambiente laboral, com custos ao empregador, eis que a implementação dessas normas é sua. Em caso de descumprimento da legislação referida, está o Ministério do Trabalho e Emprego – MTBE, atento para, através de sua fiscalização, visitar empresas e multá-las, se for o caso, agindo em consonância com a Procuradoria Federal do Trabalho, a qual instada a esse respeito irá intimar os responsáveis e, em audiência, previamente designada, pedir esclarecimentos sobre o descumprimento das normas laborais, lavrando muitas vezes, nesse momento, o TAC – Termo de Ajuste de Conduta, no qual ficará assentado que, no caso de continuação ao descumprimento das normas ou reincidência das infrações, sofrerá a empresa a devida penalidade sancionatória.
 QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHO
Conforme definição da Organização Mundial da Saúde, Qualidade de Vida é "um conjunto de percepções individuais de vida no contexto dos sistemas de cultura e de valores em que vivem, e em relação a suas metas, expectativas, padrões e preocupações." Qualidade de vida no trabalho pode ser entendida da seguinte maneira: QVT é o conjunto de ações de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho.
A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial para a realização de diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento para a preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa. Igualmente, é importante salientar que a qualidade de vida no trabalho depende de uma boa organização gerencial, bem como de recursos tecnológicos, que permitam a relação entre trabalho e bem-estar das pessoas. Rodrigues afirma: "a expressão Qualidade de Vida tem sido usada com crescente frequência para descrever certos valores ambientais e humanos, negligenciados pelas sociedades industriais em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do crescimento econômico." Um Programa de Qualidade de Vida ou Promoção de Saúde nas empresas e organizações tem o objetivo de encorajar e apoiar hábitos e estilos de vida que promovam saúde e bem-estar entre todos os funcionários e famílias durante toda a sua vida profissional. É dever da empresa conscientizar o funcionário sobre como sua saúde está diretamente relacionada à sua qualidade e produtividade. Os benefícios de um Programa de Qualidade de Vida são inúmeros: melhoria da produtividade; empregados mais motivados; melhoria da imagem corporativa; Menos absenteísmo; Melhoria das relações humanas e industriais; baixas taxas de enfermidade; melhoria da moral da força de trabalho; redução em letargia e fadiga, entre outros inúmeros benefícios.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O homem, que dedica boa parte de sua vida ao trabalho, deve ter seus direitos fundamentais garantidos, no que dizer respeito ao ambiente de trabalho. É necessário que administradores, empresas e organizações em geral se preocupem com bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores. Como visto, o aparecimento de reações como o estresse, ocorrências de acidentes prejudica não apenas o trabalhador, mas também a empresa, uma vez que causa custos diretos e indiretos para ambos. Desta maneira é imprescindível que esta busque soluções para garantir a saúde e a produtividade de todos, e consequentemente aumentarem sua lucratividade. É muito comum encontrar pessoas que antes de aceitarem uma vaga de emprego analisam o ambiente da organização e o modelo de gestão utilizado. Com rotinas cada vez mais tediosas, o salário já não é mais colocado em primeiro lugar e sim, a qualidade de vida.
Oferecer um ambiente descontraído, como por exemplo auxílio para pagar academias, bônus para funcionários atletas, planos de saúde, incentivo próprios da empresa como: PPR (programa de participação nos resultados) através de metas, horários flexíveis, promover o diálogo entre líderes e colaboradores e estimular a inovação, podem parecer bobagem para alguns gestores, mas possuem um poder incrível para despertar a motivação no colaborador. 
 Sendo assim, com funcionários mais satisfeitos, a empresa consegue reduzir a rotatividade de pessoal, e o colaborador é motivado a aumentar a produtividade dos seus serviços. Ótimo para os colaboradores e para a empresa, que alcançará melhores resultados e com uma qualidade superior de seus produtos ou serviços.
Além dissoé importante destacar que colaboradores motivados adoecem menos, pois, seu psicológico está em harmonia, entusiasmo para fazer algo mais, assim reduzem o absenteísmo e atestados médicos, que para a empresa é horrível. 
Mas para que tudo isso seja uma realidade dentro das empresas, é necessário conscientizar os empresários que a prevenção a acidentes e a doenças ligadas ao trabalho não é um custo a mais para seu empreendimento, e sim um investimento.
Qualquer empresa que queira realmente melhorar a qualidade de vida dos seus colaboradores deve estar disposta a ouvir e a investir em sua equipe, fortalecendo desta forma uma relação de trabalho confiável e saudável. 
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REFERÊNCIAS 
REFERÊNCIAS BASILE, César R. Offa. Direito do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2010. BRASIL.
CLT Saraiva e Constituição Federal 2010: 36. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
TAVARES, Curso Básico de Segurança e Higiene Ocupacional. SP: LTr 2009. 
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
 GALAFASSI, Maria Cristina. Medicina do Trabalho: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
 Bertrand Brasil, 2006. Introdução À Segurança do Trabalho: Perguntas e Respostas. Disponível em: http://www.areaseg.com/seg/. Acesso em: 21 de outubro de 2016.
 LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina; ARELLANO, Eliete Bernal. Qualidade de Vida no Trabalho. São Paulo: Gente, 2002, 
MACEDO. Rui Bocchino. Segurança, Saúde, Higiene e Medicina do Trabalho. Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2008, 
RODRIGUES, Marcus V. C. Qualidade de vida no trabalho: evolução e análise gerencial. Petrópolis: Vozes, 1999.
 SOUTO, Daphnis Ferreira. Saúde no Trabalho: uma revolução em andamento. 2. ed. Rio de Janeiro: Senac, 2007. 
Sistema de Ensino Presencial Conectado
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
ANA CLÁUDIA ALVES dos SANTOS
FÁBIO JÚNIOR DA SILVA
FLÁVIO DA SILVA MELO
IARA CORINA CONCEIÇÃO COUTINHO
LAIS HELENA SILVA
MARCELO DE OLIVEIRA SANTOS
VANESSA SILVA DAMACENO FERREIRA
saúde ocupacional E SEGURANÇA NO TRABALHO
DIVINÓPOLIS MG
2016
ANA CLÁUDIA ALVES dos SANTOS
FÁBIO JÚNIOR DA SILVA
FLÁVIO DA SILVA MELO
IARA CORINA CONCEIÇÃO COUTINHO
LAIS HELENA SILVA
MARCELO DE OLIVEIRA SANTOS
VANESSA SILVA DAMACENO FERREIRA
SAÚDE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO
Trabalho apresentado à disciplina de Direito Empresarial e Trabalhista do curso de Bacharelado em Administração da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR
 
 
DIVINÓPOLIS MG
2016

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