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Aulas Contabilidade de Custos

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AULA 01
CONCEITO
A contabilidade de custos surgiu durante a Revolução Industrial pela necessidade de se ter um controle maior sobre os valores a serem atribuídos aos estoques de produtos na indústria e, também, pela necessidade de tomar decisões quanto ao que, como e quando produzir.  A contabilidade de custos objetiva a mensuração dos gastos necessários à produção de um bem ou de serviços.  Já a contabilidade financeira tem por finalidade básica promover o registro dos fenômenos econômicos e financeiros que afetam o patrimônio de uma entidade.
APLICAÇÃO; Inicialmente a contabilidade de custos foi concebida para o setor industrial, sendo que, posteriormente, passou a ser utilizada também nos setores de comércio e serviços
ENTIDADES QUE UTILIZAM as entidades que utilizam a Contabilidade de Custos são as instituições financeiras, as lojas comerciais, a construção civil, as indústrias e quaisquer atividades econômicas que necessitem de identificar o valor de custo do objeto do seu negócio.
O sistema contábil é o principal – e o mais confiável – sistema de informação quantitativo em quase todas as organizações.  Conheça os principais objetivos deste sistema.
Contabilidade Financeira, Gerencial e de Custos
A Contabilidade Financeira se condiciona às imposições legais e requisitos fiscais.
Usuário Externo:
* Informa a terceiros sobre o desempenho geral da empresa, através dos demonstrativos contábeis.
*Segue os princípios fundamentais de contabilidade, fisco e órgãos reguladores.
A Contabilidade Gerencial é voltada à administração da empresa, não se condiciona às imposições legais, tem objetivo de gerar informações úteis para tomada de decisões.
Usuário interno
*Mensura e relata informações financeiras bem como outros tipos de informações que ajudam os gerentes a atingir as metas da organização.
Contabilidade de Custos: voltada à análise dos gastos realizados pela entidade no decorrer de suas operações. Mensura e relata informações financeiras e não-financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização. Fornece informação tanto para a contabilidade gerencial quanto para a contabilidade financeira.
O Gerenciamento de Custos e Sistemas Contábeis é aplicado com o objetivo de satisfazer os clientes enquanto reduz e controla os custos beneficiando a empresa na plenitude de sua gestão.  Um importante componente do gerenciamento de custo é o reconhecimento de que decisões sobre aquisições tomadas hoje muitas das vezes comprometerão a organização na inocorrência de custos subsequentes.
Elementos de Controle Gerencial
Planejamento
Controle
Os custos são essencialmente medidas monetárias dos sacrifícios com os quais uma organização tem de arcar a fim de atingir seus objetivos.
*Gastos: Os gastos são  o sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer.
*Investimento: O investimento é o gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos. Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que são estocados. Exemplos: a matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como investimento no circulante.  A máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente.
*Custos: Os custos são os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços.  Custos da produção de bens ou custo industrial - Compreendem todos os gastos relativos aos bens e serviços (recursos) consumidos na produção de outros bens. Na maioria das indústrias, tais gastos são classificados em três grandes grupos: materiais, mão de obra e custos gerais de fabricação. Custo da prestação de serviços ou custos dos serviços prestados - Compreendem todos os gastos relativos aos bens e serviços (recursos) consumidos na prestação de serviços. Na maioria das empresas prestadoras de serviços tais gastos são classificados em três grandes grupos: materiais, mão de  obra e outros custos da prestação de serviços.
*Despesas: As despesas se referem a bens e serviços consumidos no processo de geração de receitas e manutenção dos negócios da empresa. Todas as despesas estão direta ou indiretamente associadas à realização de receitas:
• as empresas comerciais têm despesas para gerar receitas;
• as empresas industriais têm despesas para gerar as receitas e custos para produção de seus bens / produtos acabados;
• as empresas prestadoras de serviços, por sua vez, têm despesas para gerar as receitas e os custos para a prestação de serviços.
OBS.: estes gastos não estão relacionados com a atividade produtiva.
*Desembolsos: Os desembolsos são o pagamento do bem ou serviço;
*Perdas: As perdas correspondem a bem ou serviço consumido de forma anormal.
Anormais: Os gastos anormais ou involuntários são aqueles que não geram um novo bem ou serviço e tampouco geram receitas e são apropriados diretamente no resultado do período em que ocorrem. Esses gastos não mantêm nenhuma relação com a operação da empresa e geralmente ocorrem de fatos não previstos. Tais perdas são alocadas às despesas.
Ex.: perdas com incêndio, obsoletismo de estoque etc. A mão de obra durante o período de greve é uma perda. O material com defeito anormal gera perda.
Normais: Os gastos normais decorrem da própria atividade produtiva, sendo consideradas normais, já esperadas. Por exemplo, as sobras de madeira, ferro, couro etc., que não possam ser aproveitadas ou vendidas.
ONDE TERMINAM OS CUSTOS DE PRODUÇÃO? 
Os custos de produção terminam no momento em que o produto está pronto para a venda.  A partir desse momento, todos os gastos efetuados são despesas.  Veja alguns exemplos.
Embalagem durante o processo de produção
Custo
Embalagem de expedição
Despesa
MÃO DE OBRA
O custo de pessoal ligados à produção podem ser divididos em mão de obra direta e mão de obra indireta.  A mão de obra direta compreende os funcionários que atuam diretamente no produto, e cujo tempo gasto possa ser identificado, isto é apontado ao produto.  Esse apontamento é realizado através da quantidade de horas que foi efetivamente utilizada.
A mão de obra adquirida fica à disposição da empresa e é requisitada, como se fosse um material, para aplicação na produção. Aquela que foi adquirida, mas não requisitada para aplicação na produção é denominada mão de obra ociosa e deve ser classificada como custo indireto. O salário do operário que ficou em treinamento e afastado da produção também é classificado como custo indireto.
Se um operário opera uma máquina, na qual é produzido um tipo de produto de cada vez, esse operário será considerado MOD.   Um operário opera uma máquina, na qual são fabricados vários produtos. Se conseguirmos medir o tempo de produção de cada produto por meio de controles, então a mão de obra é direta, se não conseguirmos e tivermos que nos utilizar de qualquer critério de rateio para apropriar a mão de obra aos produtos, então ela será mão de obra indireta.
Custos Indiretos de Fabricação – CIF :São materiais, mão de obra e todos os demais custos de produção que não podem ser alocados diretamente às unidades de custeamento (produtos, serviços, departamentos, centros de custo, áreas de responsabilidade ou qualquer unidade referencial polarizadora de valores considerados custos).
Critérios de Rateio: O estabelecimento de critérios não apresenta maiores dificuldades do que aquelas encontradas em outros sistemas de custos.   A natureza dos custos e da "unidade de custeamento" indica a prioridade dos critérios a serem adotados. Com efeito, a coerência tem compatibilizado o estabelecimento dos métodos de repartição de valores com objetos desejados.
Os custos rateados são oriundos do Sistema de Contabilidade Patrimonial, como: suprimento de material (almoxarifado e armazenagem etc.); custos de transporte, quando a organização possuir um sistema centralizado ou mesmo no caso de determinado veículo atender a demandas específicas; e, finalmente, os custos administrativos, que devem sofrer rateio.
É clara a importânciade uma ótima eleição de critérios coerentes, uma vez que a alocação dos custos tem por objetivo proporcionar a determinação de um "justo valor" dos custos indiretos e das despesas rateados. Deve-se ter em conta que tudo aquilo susceptível de aumento e diminuição pode ser adotado como critério para a alocação de custo.
Freqüentemente utilizam-se como base de rateio algumas "variáveis / critérios" mais ou menos conhecidas. No entanto, na estruturação e operacionalização de qualquer sistema de custeamento, outras opções de critérios são requeridas. Compete, portanto, ao técnico eleger ou optar a mais adequada.  
Classificação
O custeamento da produção industrial se sustenta sobre fundamentos contábeis essenciais, aplicáveis em qualquer situação, tanto na atividade industrial, na prestação de serviços ou no comércio de mercadorias.
O custo é sempre direto ou indireto em relação a determinado produto. Por outro lado, só há custo indireto quando a empresa fabrica mais de um produto. Se a empresa fabricar apenas um produto, todos os custos de produção estarão, evidentemente, associados àquele produto. Existem casos em que a empresa, mesmo produzindo um só produto, classifica seus custos em “diretos” (mão de obra e matéria-prima) e em “outros custos de produção” (demais custos de fabricação), com objetivo de enfatizar os primeiros, face à sua relevância. Somente os custos podem ser classificados em diretos ou indiretos, já que se relacionam com os produtos. As despesas não admitem, portanto, essa classificação.
Os custos Indiretos de Fabricação são todos os custos de produção não facilmente e/ou não “economicamente” associáveis a determinado(s) produto(s). Em virtude disso, normalmente, eles são considerados no total e rateados aos diversos produtos ou unidades de custeamento. Os custos indiretos são alocados mediante “rateio”. A apropriação às unidades de custeamento, portanto, somente é possível mediante utilização de algum artifício ou método de cálculo, geralmente uma divisão proporcional fundamentada em critérios de rateio com bases previamente definidas.
Os custos indiretos costumam envolver itens empregados em grande número, mas de pequeno custo unitário, pelo que o tratamento total acima é justificado. Em alguns casos, a associação de determinado custo com certo produto é até possível (devendo ser feita sempre que o custo for relevante no valor total do produto custeado). Porém, por vezes esse, um controle muito especial, pode ser oneroso para a empresa (superior ao benefício a ser gerado), nesse caso é preferível não se fazer tal controle, considerando o custo como indireto.
Especificamente, quando se trata de delimitar procedimentos tecnicamente compatíveis com a atividade industrial, há de se considerar que são demandadas considerações próprias a tal condicionamento. É imprescindível, porém, sempre considerar a utilização e direcionamento desse acervo procedimental para extrair informações e dados analíticos provenientes, em especial, do custo de aquisição das matérias primas, próprios da atividade industrial. São exemplos de custos indiretos: O aluguel da fábrica, os materiais indiretos, a mão de obra indireta etc.
Aula 3
Formação dos custos: indústria, comércio e serviços
Empresas do Setor de Serviço fornecem serviços ou produtos intangíveis a seus clientes.  Essas empresas não possuem estoque tangível no fim de um período contábil.
Exemplos de empresas dos setores comercial e produtivo
Comerciais: Fornecem produtos tangíveis nas mesmas condições físicas em que foram adquiridos
Industriais: Fornecem produtos tangíveis que foram transformados em outros produtos diferentes daqueles adquiridos dos fornecedores,
As empresas do setor comercial e produtivo se diferenciam das empresas do setor de serviços no que se refere ao estoque.  
Os gastos ativados das empresas comerciais e industriais podem ser classificados em:
Custos: são aqueles gastos ativados associados á compra de mercadorias para revenda (comercio)ou associados á aquisição e á conversão de matéria prima em mercadorias para venda(indústria)
Investimentos: são aqueles gastos ativados associados a qualquer aspecto do negocio que não seja estoque.
Os custos tornam-se CMV no período em que os estoques forem vendidos. As despesas operacionais são todos os outros gastos que contribuem para geração de receita que não seja o CMV.
O balanço patrimonial na indústria
O Balanço Patrimonial é a representação gráfica do patrimônio ou uma “fotografia”, em dado momento, do conjunto de bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido de uma empresa.
Uma forma de se ter essa “fotografia” se faz por meio dos estoques.
Material Direto / Matéria-Prima: São os materiais disponíveis, mas ainda não enviados para a linha de produção.
Exemplos: matéria-prima, material de embalagem e outros materiais para utilização na produção dos diversos produtos.
Produtos em Processo / Produtos em Elaboração: É o custo dos produtos ainda não acabados na linha de produção, formado nas proporções apropriadas dos três principais custos de fabricação (material direto, mão de obra direta e gastos gerais de fabricação). 
Exemplo: produtos cuja fabricação foi iniciada no período, não tendo sido ainda concluída.
Produtos Acabados: São os produtos inteiramente acabados e que ainda não foram vendidos.
Produtos semiacabados: São produtos que já passaram por uma fase de processo produtivo e encontram-se em estoque intermediário aguardando para entrar em nova fase do processo.
Materiais auxiliares: Exemplo: graxas e lubrificantes, ferramentas de pequeno valor, peças de pequeno valor para reposição e manutenção das máquinas.
Demonstração de Resultado da Industria
A finalidade da DRE é mostrar, em detalhes, o resultado (lucro ou prejuízo) obtido por determinada empresa em determinado período.
Outros termos:
Custo de Produção do Período: São custos incorridos no período.
Custo da Produção Acabada: São os custo da produção acabada no período. Pode conter custos da produção de períodos anteriores que foram acabadas neste período.
Custo dos Produtos Vendidos: São custos incorridos na fabricação de bens que só agora estão sendo vendidos.
Apuração de Resultados em Empresas Comerciais e Industriais
Empresas Comerciais: Suas principais atividades são a compra e venda de mercadorias prontas para revendas. Por exemplo, uma loja de móveis adquire camas, mesas, sofás e cadeiras de uma indústria para revenda de seus clientes.
Fluxo das atividades das empresas comerciais
Fornecedores de mercadorias – compras – Estoque de Mercadorias – Vendas – Clientes
O valor atribuído ao estoque é composto dos valores pagos ou a pagar aos fornecedores, mais eventuais gastos de transporte, menos impostos recuperáveis.
Empresas Industriais
Além das atividades comerciais, que são a venda de seus produtos, essas empresas exercem também atividades de industrialização – ou fabricação – dos produtos que são posteriormente vendidos.Uma indústria de móveis compra diversas matérias-primas, utiliza mão de obra especializada e outros custos necessários à produção, e fabrica os diversos móveis, que serão posteriormente vendidos.
Fluxo das atividades das empresas comerciais
Estoque de Materiais – Requisição - Produção em processo Materiais Mão de obra Custos gerais – Produto Acabado – Estoque Produtos Acabados – Vendas – Clientes.
Processo Industrial Básico: A matéria-prima é adquirida e estocada, para requisição futura da linha de montagem.Na fábrica, desenvolvem-se os trabalhos dos operários e máquinas, a fim de transformar a matéria-prima (MP) em produtos disponíveis para venda. Neste momento, agregam-se à MP a mão de obra direta (MOD) e os custos indiretos de fabricação (CIF), surgindo, assim, os produtos em processo (PP). Após a fabricação concluída, os produtos saem da linha de montagem e vão para o estoque de produtos acabados (PA). Quando da venda do produto acabado, apura-se o lucro bruto pela diferença entre a receita líquida e o custo dos produtos vendidos (CPV).
Separaçãodos gastos entre custos e despesas de uma empresa industrial
A separação dos gastos em custos e despesas é fundamental para a apuração do custo da produção, das despesas e do resultado de um período, observando-se os custos de produção e as despesas.
Custos de produção : Os custos de produção devem ser incorporados ao custo do produto fabricado na empresa. Enquanto o produto não for vendido, seu respectivo custo não é transferido para o resultado do período. Em outras palavras, o custo do produto não vendido permanece no Balanço Patrimonial compondo os bens da empresa, no grupo de contas Estoques de Produtos Acabados.
Despesas: As despesas, por sua vez, são registradas diretamente nos resultados, como contas redutoras das receitas.
Portanto, uma incorreta classificação de um custo ou uma despesa afeta diretamente os resultados contábeis da empresa, prejudicando a correta apuração do lucro ou prejuízo do período.
De maneira resumida, pode-se afirmar que: Todos os recursos consumidos na fábrica, com o objetivo de obter novos produtos, devem ser classificados como custo da produção.Todos os recursos consumidos pelos demais setores ou departamentos da empresa devem ser classificados como despesas do período.
Apropriação de custos diretos
Apuração do Custo de Aquisição do Material Direto
O custo de aquisição deve incluir todos os gastos necessários para que a mercadoria ou material chegue ao estabelecimento da empresa compradora. O material direto é diretamente identificável com o produto se tornando parte integrante dele.  Exemplo: matéria-prima, material secundário e embalagens.
Tipos de Material Direto
Matéria Prima - Material secundário – Embalagem
Custo do Material Direto Adquirido
Todos os gastos incorridos para tornar o material direto disponível para o uso na produção fazem parte de seu custo. Por exemplo: se o comprador tem que retirar o material no fornecedor e arcar com os gastos com transporte e seguro, esses gastos devem ser incorporados ao custo do material, assim como os impostos (IPI e ICMS) quando não forem recuperáveis passarão a fazer parte do custo do material.
       COMPRAS BRUTAS
(-)     IMPOSTOS RECUPERÁVEIS
+      IMPOSTOS NÃO RECUPERÁVEIS
+      FRETES E SEGUROS
(-)     DEVOLUÇÕES/CANCELAMENTOS
(-)     DESCONTOS / ABATIMENTOS
=      CUSTO DE AQUISIÇÃO
AULA 04
Métodos de avaliação de estoques
Existem três tipos de critérios de avaliação de estoques:
PEPS: Primeiro que Entra, Primeiro que Sai (do inglês, FIFO - First In, First Out) - as compras para reposição de estoque são feitas em diversas datas e estas compras são registradas no estoque pelo custo de aquisição. As primeiras compras são as primeiras a sair no momento da venda. Para cada venda haverá a respectiva baixa do estoque pelo preço de custo e com isso o valor do estoque fica atualizado pelo valor das últimas entradas.
UEPS: Último que Entra, Primeiro que Sai (do inglês, LIFO - Last In, First Out) - as últimas compras que entram são as primeiras que saem. Por consequência, o valor do estoque final do período é valorizado pelas primeiras compras, tendendo a aumentar o valor do estoque comparando com método PEPS.
CMP: (Custo Médio Ponderado) - é o método mais utilizado no Brasil. Consiste em analisar o estoque pelo custo médio de compra, verificado em cada entrada de mercadorias, ponderando-se as quantidades acrescentadas pelas anteriormente existentes.
PEPS e UEPS são dois critérios para determinar o valor do estoque final de uma empresa. Para determinar o valor do estoque em uma determinada data, foram criados diversos métodos de avaliação de estoques como o PEPS, UEPS, CMP.
Dependendo do método escolhido, um valor de estoque final diferente será atingido. Avaliando-se o fato de que existe inflação e que os preços sempre tendem a aumentar, pelo PEPS será obtido o menor valor de estoque; o CMP, um valor intermediário; e, pelo UEPS, o valor maior dos três métodos. Em épocas de deflação, isso se inverte.
Tipos de Inventários
Existem dois tipos de inventário: o periódico e o permanente.
Periódico: Os lançamentos de entrada e saída são efetuados ao fim do período. Ocorre quando os estoques existentes são avaliados na data de encerramento do balanço, através da contagem física. Optando pelo inventário periódico, a contabilização das operações que envolvem mercadorias pode ser efetuada utilizando a Conta Mercadorias Mista ou a Conta Mercadoria Desdobrada.
Permanente: Cada evento de entrada ou saída gera um lançamento. É aquele em que há um controle de forma contínua do estoque, pois se dá a baixa do custo das mercadorias vendidas a cada operação de venda. A conta Mercadorias, a qualquer momento, reflete o valor das mercadorias que se encontram em estoque. No Inventário Permanente, é indispensável a utilização de um instrumento extracontábil, a Ficha de Controle e Avaliação de Estoque, também chamada de Ficha de Estoque. Por meio da Ficha de Estoque, acompanha-se a movimentação física e contábil das mercadorias.
Inventario Periodico 
 Conta Mista de Mercadoria: Existe apenas uma única conta, a de Mercadorias, que registra todos os fatos pertinentes ao RCM:  vendas, compras, estoque e CMV. É denominada conta mista, pois mescla em seu interior contas patrimoniais (estoque) e de resultado (RCM).
Conta Mercadoria Desdobrada: Nesta forma de registrar os fatos que envolvem mercadorias, cinco contas são utilizadas para se registrarem as operações que envolvem mercadorias, são elas:  mercadorias, compras, vendas, CMV e RCM.
Inventário Permanente
Registro das operações de Compras: Na Ficha de Controle de Estoque, o valor das compras deve ser efetuado na coluna Entradas. Na escrituração contábil, debita-se uma conta representativa de Mercadorias, e creditam-se Caixa, Banco Conta Movimento ou Fornecedores.
Registro das operações de Vendas: O preço pelo qual as mercadorias foram vendidas é levado a registro na escrituração contábil, mediante débito da conta Caixa, Bancos Conta Movimento ou Duplicatas a Receber, creditando-se a conta Receita de Vendas.O preço pago pelas mercadorias vendidas (preço de custo) deverá ser registrado na coluna de saídas da Ficha de Controle de Estoque, ensejando, na escrituração contábil, o seguinte lançamento: débito da conta Custo das Mercadorias Vendidas, creditando-se a conta representativa dos estoques (Mercadorias em Estoque).
Sistema ABC dos estoques
Alguns itens do estoque podem representar elevado um valor em relação aos demais. O controle ABC dos estoques consiste na divisão dos estoques em grupos.
* Os estoques de maior valor terão um controle mais rigoroso que os demais. A empresa pode inventariar esses estoques toda semana, todo mês ou até diariamente.
* Os estoques que, em termos de valor, não são tão relevantes quanto os do grupo anterior, mas representam, também, elevada aplicação de recursos, poderão ser inventariados mensalmente, trimestralmente ou semestralmente.
* Os estoques numerosos, mas, que têm valor imaterial, podendo ser inventariados por ocasião do balanço.
Apuração do Custo da Mão de Obra Direta (MOD)
É o custo de qualquer trabalho humano diretamente identificável e mensurável com o produto.  Exemplo: salários, inclusive os encargos sociais (13º, férias, FGTS, INSS) dos empregados que trabalham diretamente na produção.
Diferença entre mão de obra direta e indireta
Se um operário opera uma máquina, na qual é produzido um tipo de produto de cada vez, esse operário será considerado mão de obra direta – MOD.Suponha a seguinte situação: um operário opera uma máquina, na qual são fabricados vários produtos.  Se conseguir medir o tempo de produção de cada produto por meio de controles, então a mão de obra é direta.  Se, por outro lado, não conseguir e tiver que utilizar qualquer critério de rateio para apropriar a mão de obra aos produtos, então ela será mão-de-obra indireta – MOI.
Encargos Sociais
São os gastos da empresa incidentes sobre a folha de pagamento que não correspondem a um trabalho efetivo do funcionário. Os encargos sociais sedividem em: gastos sem contraprestação de serviço e contribuições sociais.
Gastos sem contraprestação de serviço:São as obrigações das empresas relativas a seus empregados sem que eles tenham ficado à disposição da empresa.Exemplos:  férias, 13º salário, descanso semanal remunerado, feriados.
Contribuições sociais: São os encargos dos empregados para formação de fundos para o desenvolvimento de atividades sociais.
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO (CIF)
Os CIF compreendem todos os gastos decorrentes do processo de fabricação que não correspondem à mão de obra e gastos com materiais. Os mais comuns são: aluguel da fábrica, energia elétrica, depreciação, combustível e lubrificante, seguro etc. Todos os custos indiretos só podem ser apropriados mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento de custos etc.
O Custo Indireto de Fabricação, também conhecido como Gastos Gerais de Fabricação, será apropriado ao produto por meio de um critério de rateio, que consiste em uma divisão proporcional dos valores consumidos junto aos produtos.
Critérios de Rateios
Existem vários critérios que podem ser usados para que seja efetuado o rateio dos Custos Indiretos, em função do consumo:
• do custo direto;
• da matéria-prima;
• da mão de obra direta;
• da hora máquina usada na produção.
Departamentalização e custeio ABC
DEPARTAMENTALIZAÇÃO - O método da departamentalização consiste em distribuir os custos de produção proporcionalmente a participação de cada departamento envolvido no processo de fabricação. Assim, uma empresa pode subdividir um departamento em setores, cada um sendo um centro de custos.  Por exemplo: o departamento de costura pode ser subdividido em setor de calças, setor de camisas e assim por diante.
Custos Indiretos – Departamentalização – Produtos
A departamentalização é um aprimoramento do rateio dos custos indiretos. Os departamentos serão utilizados para a acumulação dos custos. 
Logica da Departamentalização:
*Separação entre Custos e Despesas 
 *Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos 
*Apropriação dos Custos Indiretos que pertencem, visivelmente, aos departamentos, agrupando, à parte, os comuns.
* Rateio dos Custos Indiretos comuns aos diversos Departamentos quer de serviços, quer de produção.
* Escolha da sequência de rateio dos Custos acumulados nos Departamentos de Serviços e sua distribuição aos demais departamentos.
* Atribuição dos Custos Indiretos que agora só estão nos Departamentos de Produção aos produtos, segundo critérios fixados.
Custeio ABC (Esse processo envolve os seguintes procedimentos:1 - identificação das atividades exercidas por cada departamento da empresa;2 - mensuração da quantidade de recursos que são consumidos por uma atividade – essa etapa é feita através da atribuição direta do custo ou, quando impossível esta, por meio da utilização dos direcionadores de recursos;3 - atribuição dos custos das atividades aos produtos pela a utilização dos direcionadores de atividades.)
O chamado custeio ABC (Activity Based Costing) é um método de custeio que está baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos. A origem do método de Custeio ABC proveio do significativo aumento dos chamados Custos Indiretos de Fabricação na produção industrial nas últimas décadas. 
O pressuposto do ABC é que os recursos (fatores produtivos) da empresa são consumidos pelas suas atividades e não pelos produtos que ela fabrica. Os produtos são conseqüência das atividades efetuadas pela empresa para fabricá-los e comercializá-los.
O custeamento por atividades (ABC) é um processo bastante complexo, pois envolve os procedimentos a seguir.
* Identificação das atividades exercidas por cada departamento da empresa.
* Mensuração da quantidade de recursos que são consumidos por uma atividade – essa etapa é feita através da atribuição direta do custo ou, quando impossível esta, através da utilização dos direcionadores de recursos.
* Atribuições dos custos das atividades aos produtos através da utilização dos direcionadores de atividades.
AULA 5
Métodos de avaliação de estoques
Aluguel e Seguro: O direcionador do recurso é a área utilizada pela atividade, uma vez que, o valor do aluguel e do seguro da fábrica depende da área.
Mão de obra indireta: Atribuição direta às atividades, uma vez que cada uma delas tem funcionários indiretos próprios.  Os valores atribuídos pelo departamento de pessoal da empresa foram os seguintes:
	Compras
	 R$10.000,00 
	Atividade Indúst. 1
	R$30.000,00 
	Atividade Indúst. 2
	 R$40.000,00 
	Acabamento
	 R$ 8.000,00 
	Despacho
	 R$ 2.000,00 
Material de Consumo: Atribuição direta às atividades através das requisições de material de cada departamento.  Os valores atribuídos pelo almoxarifado foram:
	Compras
	 R$ 2.000,00 
	Atividade Indust.1
	 R$ 5.000,00 
	Atividade Indust. 2
	 R$ 8.000,00 
	Acabamento
	 R$ 3.000,00 
	Despacho
	 R$ 2.000,00 
As áreas ocupadas por cada atividade, em percentual, são dadas pela tabela a seguir:
	Atividades
	 Percentual 
	Compras
	20%
	Atividade Indust 1
	25%
	Atividade Indust 2
	30%
	Acabamento
	15%
	Despacho
	10%
	Total
	100%
O quadro abaixo resume a atribuição dos custos indiretos às atividades
	Atividades
	 Aluguel + Seguros 
	Mão de Obra Indireta
	Material de Consumo
	Total
	 
	 (% da area XR$ 40.000,00) 
	(atribuição direta)
	(atribuição direta)
	 
	Compras
	 R$ 2.000,00 
	 R$ 10.000,00 
	 R$ 2.000,00 
	 R$20.000,00 
	Atividade Indust 1
	 R$ 5.000,00 
	 R$ 30.000,00 
	 R$ 5.000,00 
	 R$45.000,00 
	Atividade Indust 2
	 R$ 8.000,00 
	 R$ 40.000,00 
	 R$ 8.000,00 
	 R$ 60.000,00 
	Acabamento
	 R$ 3.000,00 
	 R$ 8.000,00 
	 R$ 3.000,00 
	 R$ 17.000,00 
	Despacho
	 R$ 2.000,00 
	 R$ 2.000,00 
	 R$ 2.000,00 
	 R$ 8.000,00 
	Total
	 R$ 40.000,00 
	 R$ 90.000,00 
	 R$ 20.000,00 
	 R$ 150.000,00 
Atribuições dos custos das atividades aos produtos
A atribuição dos custos das atividades aos produtos é feita através da utilização de um direcionador de atividades, que é um indicador de quanto os produtos consomem de cada atividade.  Vamos supor a seguinte composição dos direcionadores de atividade no exemplo a seguir:
	
	
	
	
	
	
	Atividades
	 Direcionaro de Atividades 
	X
	Y
	Z
	Total
	Compras
	 nº de Pedidos 
	30%
	20%
	50%
	100%
	Atividade Indust 1
	 Tempo de Produção 
	5%
	50%
	45%
	100%
	Atividade Indust 2
	 Tempo de Produção 
	25%
	35%
	40%
	100%
	Acabamento
	 Tempo de Operação 
	35%
	30%
	35%
	100%
	Despacho
	 Tempo de Operação 
	40%
	30%
	30%
	100%
Sistemas de acumulação de custos
*Sistema de acumulação de custos é a forma pela qual os custos são acumulados e apropriados aos produtos
*Os sistemas de acumulação de custos destinam-se a coletar os dados de custos, diretos ou indiretamente, identificados com algum objeto de custeio, a organiza-los de forma a que possam contribuir para o desenvolvimento de informação que se destinam ao atendimento de alguma necessidade gerencial diferente ou especial.
*Os dois sistemas básicos de acumulação de custos se destinam a custear produtos e serviços são os seguintes: o sistema de custeamento por Ordem de Produção e o sistema de custeamento de Processo.
Custo-Padrão
O custo–padrão consiste na técnica de fixar previamente preços para cada produto que a empresa fabrica. Duas das principais razões de se utilizar o custo-padrão consistem no uso gerencial das informações ou como forma de agilizar os processos de encerramentos mensais. Ressalta-se que essa forma de custeio não é aceita para avaliação de estoques na data de balanço, exceto quando a diferença for irrelevante.
Essa fixação previa de preços também pode ser feita via custo estimado.
 Os padrões de custos são de dois tipos: os físicos e os monetários.
Físicos : Materiaisdiretos, mão de obra direta e consumo de energia são exemplos de custos físicos.  Eles são de responsabilidade de áreas operacionais, como produção, PCP, desenvolvimento de produto etc.
Monetários : Os custos em unidades monetárias são referentes aos recursos necessários.  Eles são de responsabilidade de áreas administrativas, como controladoria, compras, departamento de pessoal.
Custeio por Ordem de Produção ou encomenda
O custeio por ordem de produção ou encomenda ocorre quando a entidade produz (ou realiza) e vende os produtos (ou serviços) por encomenda. Uma vez que os produtos são específicos e perfeitamente identificados, a preocupação do Sistema é acumular os custos por produto.  Os recursos consumidos pela produção são valorizados e debitados a cada um dos produtos que os consumiu, que são de três tipos basicamente: materiais, mão de obra e outras despesas de fabricação.  
Exemplos: Conserto de carro, serviços de auditoria, indústria naval.
Os custos são acumulados em folhas chamadas Ordem de Produção ou Ordem de Fabricação. A soma das Ordens de Produção em aberto representa o estoque dos Produtos em Processo. À medida que os produtos são completados, as Ordens de Produção são encerradas e os custos transferidos para o estoque de produtos acabados ou CPV, conforme o caso.
 Durante a execução da encomenda:Os materiais são registrados pelo custo real, pois a empresa, com base nas requisições de materiais, sabe os valores dos materiais empregados na Ordem de Produção – OP.
A MOD é apropriada com base no tempo gasto na execução de cada Ordem, sendo o valor da MOD debitada na OP igual ao tempo gasto vezes a taxa horária de custo da MOD (incluídos os encargos sociais).CIF deverá ser rateado as OP’s com base em algum critério definido.
Custeio por Ordem de Produção ou encomenda
Sequência lógica do custeio por ordem
Identificação do objeto do custo.
identificação dos custos diretos
Identificação dos custos indiretos, via Departamentos, associados à ordem de serviço ou de produção (OS/OP).
Seleção do critério dos custos ao objeto de custo, com a soma dos custos diretos aos indiretos.
Distribuição dos custos ao objeto de custo, com a soma dos custos diretos aos indiretos.
Contabilização dos custos por Ordem de Produção
*Apropriação de MD para as Ordens de Produção nºs. 1 e 2.
*Apropriação de MOD para as Ordens de Produção nºs. 1 e 2
*Apropriação dos CIF’s para as Ordens de Produção nºs. 1 e 2
*Os produtos completados da OP1 são transferidos para o estoque de produtos acabados
*Os produtos completados da OP2 são transferidos para o estoque de produtos acabados
*Os produtos vendidos são transferidos para o CPV
Custeio por processo
Quando a entidade fabrica os produtos (ou os serviços) de modo contínuo, em série ou em massa, a preocupação da Contabilidade de Custos é determinar e controlar os custos pelos departamentos, pelos setores, pelas fases de produtivas (ou processos) e em seguida dividir esses custos pela quantidade de produtos fabricados no processo, durante certo período. Neste método, os custos de um produto ou serviço são obtidos com base na média dos custos acumulados no período dentre uma grande quantidade de itens produzidos.
A finalidade principal do sistema é determinar os custos e as despesas relacionados aos processos de produção.  Os custos acumulados no processo operacional, num certo período de tempo (normalmente um mês), são divididos pela produção (em unidades, com mais frequência) do processo no mesmo período para se obter seu custo unitário médio.  O processo pode ser uma fase, uma seção, um departamento ou um setor fabril.
Contabilização dos custos registrados na produção contínua
*Apropriação de MD para os processos de produção nºs. 1 e 2
*Apropriação de MOD para os processos de produção nºs. 1 e 2
*Apropriação de CIF para os processos de produção nºs. 1 e 2
*Os produtos completados no processo nº. 1 são transferidos para o processo nº. 2
*Os produtos completados no processo nº. 2, com custos acumulados do processo nº. 1 mais o custos do processo nº. 2, são transferidos para produtos acabados
*Os produtos vendidos são transferidos para o CPV
Comparações dos métodos
Os métodos podem ser:
Custeio por ordem - É caracterizado por unidade de produto ou serviço distinto.
Custeio por processo - É caracterizado por unidades de produtos ou serviços similares e em grande quantidade.
Custeio por ordem
Identifica a produção de produtos diferentes e de lotes de produtos durante o processo de fabricação.
As várias ordens de produção se assemelham a “arquivos” que são utilizados para acumular os consumos dos fatores de produção.  
O custo de fabricação final é determinado somente quando a ordem de produção é fechada, isto é, quando a fabricação chega a seu término.
O custeamento por OP é empregado em empresas onde a produção é descontínua e cujos produtos, lotes ou serviços podem ser perfeitamente identificados no processo de fabricação ou de realização de serviços.
O sistema é burocrático.  Todas as transações e operações, e respectivos documentos, têm que observar rigorosamente a codificação dos produtos e dos serviços que estão sendo realizados.
Custeio por processo
Os custos diretos - materiais e mão de obra –são debitados diretamente ao processo, enquanto que as despesas de fabricação são, inicialmente, acumuladas, por natureza e depois através de rateio são acrescentados ao processo.
Os dados físicos do processo, tais como unidades em processo, nível de complemento, unidades recebidas de processos anteriores, unidades transferidas para processos seguintes, quantitativos e materiais e de mão de obra, são acumulados por processo.
Os processos, em termo de contabilidade, são subcontas da conta geral Produtos em Processamento.
O que sai de um processo para o outro é considerado produto acabado no processo que envia e material direto para o processo que recebe.
As unidades equivalentes são detalhadas por fator de produção, porque esses fatores observam ritmos diferentes de envolvimento no processo.
Normalmente, ocorrem perdas, encolhimento, evaporação, desperdícios, quebras, aparas, refugos e unidades defeituosas no processo continuo. Esses fenômenos tem que ser analisados: podem ser normais ou anormais.
As unidades defeituosas podem ser reaproveitadas, podem ser vendidas ou podem ser consideradas como irrecuperáveis.
Alguns desses fenômenos operacionais, e outros que normalmente ocorrem, como sobras, por exemplo, podem ser transformados em subprodutos. Além desses casos, existem processamentos contínuos que dão lugar a produtos conjuntos, quando dois ou mais produtos de alto valor comercial são produzidos de um mesmo grupo de recursos.
Atividades que utilizam o custeio por processo
Serviços Comércio Indústria
Firma de auditoria, Lista Telefônica, Construção de Casas.
Entrega Postal, Comercio de Grãos, Produção de Bebidas
Características da produção
Fabricação simples: A fabricação simples é aquela em que, para a fabricação do produto, é necessária apenas uma fase de transformação. Assim, o produto é produzido num único departamento produtivo.
Fabricação complexa: A fabricação complexa é aquela em que, para a fabricação do produto, é necessária a execução de várias etapas no processo fabril.
Fabricação simples: A fabricação simples é aquela em que, para a fabricação do produto, é necessária apenas uma fase de transformação. Assim, o produto é produzido num único departamento produtivo.
Fabricação complexa: A fabricação complexa é aquela em que, para a fabricação do produto, é necessária a execução de várias etapas no processo fabril.
Produção Conjunta: Ocorre a produção conjunta quando mais de um produto surge de uma mesma matéria-prima no processo de produção que pode ser por produção contínua ou por encomenda.  Eles podem ser coprodutos ou subprodutos.
Sucatas: As sucatas não têm valor de venda ou mercado normal. A venda é lançada como receita em OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS.
Coprodutos: São produtos de importânciaigual para a empresa de ponto de vista de faturamento. O que importa com relação aos coprodutos é o controle do custo por operação e não o custo por produto.
Subprodutos: possuem valor de venda, tem vendas normais e apresentam pouca relevância dentro do faturamento total. O valor de venda menos as despesas com a venda dos subprodutos é deduzido dos custos do produto principal.
Custo Padrão: É referente ao custo que determinado produto deveria custar, em condições normais de eficiência da mão de obra e dos equipamentos.
Custo Estimado: É caracterizado por unidade de produto ou serviço
Custeio por Ordem: Baseia-se em custos de períodos anteriores, ajustados em função de expectativas de ocorrências futuras.
AULA 6
Custeio por absorção
O custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal.  Não é um princípio contábil, mas uma metodologia decorrente da aplicação desses princípios
O Custeio por Absorção ou Integral consiste na apropriação de todos os custos (sejam eles fixos ou variáveis) à produção do período. Os gastos não fabris (despesas) são excluídos. 
É o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal. Dessa forma, o método é válido para a apresentação de demonstrações financeiras e para o pagamento do Imposto de Renda.
No método custeio por absorção, os custos de produção podem ser apropriados diretamente, como é o caso do material direto e mão de obra direta, ou indiretamente, como é o caso dos custos indiretos de fabricação.
A distinção principal no custeio por absorção é entre custos e despesas. A separação é importante porque as despesas são jogadas imediatamente contra o resultado do período, enquanto somente os custos relativos aos produtos vendidos terão idêntico tratamento. Os custos relativos aos produtos em elaboração e aos produtos acabados que não tenham sido vendidos estarão ativados nos estoques desses produtos.
Nesse método, todos os custos são alocados aos produtos fabricados. Assim, tanto os custos diretos como os indiretos incorporam-se aos produtos. Os primeiros, pela apropriação direta, e os indiretos, por sua atribuição por meio de critérios de rateio. Esta forma de custeio é considerada pela contabilidade financeira, como básica para a avaliação de estoques, para fins de balanço patrimonial e de resultados, e também para atender às exigências fiscais.
Esse método de custeio é derivado da aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade, pois está de acordo com o regime de competência e a confrontação de receitas e despesas, ou seja, é considerado como despesas do período apenas o custo de produção referente aos produtos que foram vendidos no período. Todas as despesas vão para o resultado do período, enquanto os custos somente são lançados ao resultado na parte correspondente aos produtos vendidos, permanecendo o restante como estoque.
Os custos diretos (variáveis) são apropriados aos produtos pela medição de seu consumo, são perfeitamente identificáveis. Exemplo: matéria-prima, mão de obra direta, outros materiais diretos etc.
Os custos indiretos de fabricação deverão ser apropriados aos produtos por rateio, que consiste numa divisão proporcional de outros custos de acordo com o consumo de cada produto.
Definir a base de rateio é o desafio dos gestores dos custos, de modo que ao distribuir os CIFs aos produtos, evitando-se distorções.
IDEAL: É um custo obtido dentro de condições ideais de qualidade dos materiais, de eficiência da mão de obra, com o mínimo de desperdício de todos os insumos, a 100% da capacidade da empresa, sem nenhuma parada por qualquer motivo, a não ser as já programadas em função da manutenção preventiva. O custo-padrão Ideal é determinado por meio de estudos teóricos e seria uma meta de longo prazo da empresa.
ESTIMADO: É o custo previsto com base na série histórica de custos da empresa (não leva em conta as ineficiências que ocorreram na produção).
CORRENTE: Situa-se entre o Ideal e o Estimado. O custo-padrão corrente diz respeito ao valor que a empresa fixa como meta para o próximo período para um determinado produto, mas com a diferença, em relação ao custo-padrão Ideal, de levar em conta as deficiências sabidamente existentes em termos de qualidade de materiais, mão de obra, equipamentos, fornecimento de energia etc. É um valor que a empresa considera difícil de ser alcançado, mas não impossível.  É, portanto, um conceito prático de custo-padrão.
Aula 7
Relações de custo/volume/lucro
A relação custo/volume/lucro é a relação que o volume de vendas tem com os custos e lucros.
O planejamento do lucro exige uma compreensão das características dos custos e de seu comportamento em diferentes níveis operacionais.
A demonstração do resultado do exercício reflete o lucro somente em determinado nível de vendas, não se prestando à previsão de lucros em diferentes níveis de atividade.
RC: Receita Total
CT: Custo Total
PVU: Preço de venda da unidade
Q: Quantidade
CDV: Custos + Despesas Variáveis
CDF: Custo + Despesas Fixas Totais
A análise das relações entre custo/volume/lucro e o conceito de ponto de equilíbrio têm algumas limitações. Veja.
Os custos fixos são fixos dentro de determinado volume de produção, se a empresa aumentar seu volume de produção além de certos limites, seus custos fixos se elevarão, mas não proporcionalmente às quantidades.
As retas de custos e despesas totais e receitas totais nem sempre são lineares.
A análise supõe a existência de um único produto ou que a composição de vendas seja mantida.
O volume de produção é praticamente igual ao volume de vendas, não havendo variações nos estoques iniciais e finais.
AULA 8
Introdução a direcionadores de custos
O que é um direcionador de custos?
É qualquer fator que afeta o custo total, ou seja, caso haja uma variação no direcionador de custo, isto causará uma variação no nível do custo total de um objeto de custo pertinente.
Mas qual seria o aspecto mais importante para o estabelecimento de uma função de custo?
É determinar se existe uma relação de causa e efeito entre o direcionador de custo e os custos resultantes.
A função de custo é determinada por uma relação de causa e efeito, que podem surgir de diferentes modos, são eles:
1º modo – Quando ocorre uma relação física entre os custos e o direcionador de custo. Exemplo dessa relação física é a utilização de unidades produzidas como direcionador dos custos de materiais. Produzir mais unidades exige mais materiais, o que resulta em custos mais elevados com materiais.
2º modo – Quando ocorre uma relação de causa e efeito, que pode aparecer em razão de acordo contratual, como no exemplo dos gráficos das funções lineares, em que o número de minutos-telefone utilizados é o direcionador de custos da linha telefônica.
3º modo – Quando ocorre de uma relação de causa e efeito , em que os elementos estabelecidos, são definidos pela coerência e pelo conhecimento das operações. Exemplo disto é quando o número de peças componentes é utilizado como direcionador de custos de design. Fica claro que o design de um produto complexo, com muitas peças que precisa ajustar-se com precisão, incorrerá em custos maiores do que do design de um produto com menor número de peças.
Um objetivo importante da contabilidade de custos é a determinação do custo de fabricação por unidade.
Quando um comerciante adquire uma grande quantidade de bens para revenda, acaba pagando uma quantia monetária por lote, o que tem pouca significância para a administração.
O importante para a administração é determinar o custo unitário antes que possa tomar certas decisões e fazer análises.
Como exemplo, se o comerciante fizer uma compra de 1.000 peças , logo o valor total desta compra será R$ 5.000,00.
Esta informação é útil para que se determine o preço unitário devenda e se faça a mensuração do lucro de cada item vendido.
Custos por processo - Os custos são inicialmente classificados por tipo de gasto (natureza contábil) e depois compilados por processos específicos. Posteriormente, todos os custos são distribuídos às unidades produzidas, por meio dos processos específicos.
Custos por Ordem de Produção - No sistema de custos por ordem de produção (ou encomenda), os custos são acumulados em folhas (ou registros eletrônicos) denominados Ordens de Produção ou Ordens de Fabricação. A soma das Ordens de Produção em Aberto representa o Estoque de Produtos em Processo. Quando os produtos ou serviços são completados, as Ordens são encerradas e os custos são transferidos para o estoque de produtos acabados ou CPV, a depender da situação.
Deve procurar refletir todo o processo físico da produção, criando centros de custos. Os números são posteriormente transferidos de um centro para o seguinte, do mesmo modo como a produção transfere o produto fisicamente para outra fase.
Custo-Padrão - O custo–padrão consiste em uma técnica de fixar previamente os preços para cada produto que a empresa fabrica. Duas das principais razões de se utilizar o custo-padrão consistem no uso gerencial das informações ou como forma de agilizar os processos de encerramentos mensais. Ressalta-se que essa forma de custeio não é aceita para avaliação de estoques na data de balanço, exceto quando a diferença for irrelevante.
Custo estimado: estabelecido com base em custos de períodos anteriores, ajustados em função de expectativas de ocorrências futuras. 
Custo padrão: estabelecido com mais critério, representando o custo que determinado produto deveria custar, em condições normais de eficiência da mão de obra e dos equipamentos
Padrões: físicos e monetários
Físicos: como materiais diretos, mão de obra direta, consumo de energia etc. são de responsabilidade de áreas operacionais, como produção, PCP, desenvolvimento de produto etc. 
Monetários: custos em unidades monetárias dos recursos necessários são de responsabilidade de áreas administrativas, como controladoria, compras, departamento de pessoal.
AULA 9
Parcelas De Custo - Atribui-se parcelas de custos a cada tipo de bem ou função por meio de critérios de rateio. É um custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem que se possa separar a parcela referente a cada um, no momento de sua ocorrência. Ou ainda, pode ser entendido, como aquele custo que não pode ser  identificado diretamente a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento. Necessita de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para atribuição ao objeto custeado.
A importância da consistência nos critérios
É muito fácil visualizar a mudança de um critério de rateio a outro. 
A mudança de uma base de rateio para outra poderá provocar alterações no valor  alocado como custo de um produto, sem que de fato nenhuma outra alteração tenha acontecido no processo de fabricação.
Se todos os produtos acabados fossem vendidos no mesmo período, o resultado dessas modificações não seria perceptível na avaliação do resultado geral da empresa. Porém, se algum lote da produção ficar em estoque, como produto pronto ou mesmo em processo de fabricação, pode provocar alterações dissimuladas no resultado.
É importante ressaltar que existe uma conciliação entre custos e contabilidade financeira, não importando o critério de alocação de custos. Veja algumas considerações.
A contabilidade financeira fornece à contabilidade de custos determinado valor dos gastos com a produção do período e a contabilidade de custos restabelece à contabilidade financeira produtos prontos.
Essa composição entre custos e contabilidade financeira é de vital seriedade para se impedir aberrações nas ponderações dos resultados de cada período e nas medidas dos estoques.
Para finalizar esta aula, é importante que você saiba a diferença entre as contabilidades financeira, gerencial e de custos.
A contabilidade financeira se condiciona às imposições legais e requisitos fiscais atendendo as necessidades dos usuários externos.
A contabilidade gerencial está voltada à administração da empresa, não se condiciona às imposições legais, tem objetivo de gerar informações úteis para tomada de decisões atendendo as necessidades dos usuários internos.
 A contabilidade de custos está voltada à análise dos gastos realizados pela entidade no decorrer de suas operações, mensura e relata informações financeiras e não-financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização, fornece informação tanto para a contabilidade gerencial quanto para a contabilidade financeira.
AULA 10
Nesta aula, será apresentada a aplicação dos custos indiretos.
 Você verá que os produtos fabricados em qualquer período do ano recebem o mesmo montante de custos indiretos.
Para tal, você conhecerá o conceito de taxa de aplicação e aprenderá a analisar a variação dos custos indiretos.
Taxa de Aplicação de Custos Indiretos
A taxa de aplicação é resultado da avaliação de produção e dos custos para um dado período.
Caso a empresa deseje calcular e talvez contabilizar o custo de cada produto, à medida que vai sendo fabricado, só poderá fazê-lo se apresentar bases apropriadas para um bom orçamento. Assim, terá que levantar quais custos indiretos de fabricação acontecerão, como serão distribuídos pelo diversos departamentos e como serão rateados aos produtos. Precisará antecipar o que fará até o final do período.
É preciso, também, criar uma conta na contabilidade para controlar a apropriação desses custos nos produtos. Nela, a contabilidade debita os custos efetivamente incorridos. No final do exercício confrontam-se as duas contas e elimina-se a diferença caso haja.
ANTECIPAR: Para tal, são necessárias: a produção do período, o valor dos custos indiretos fixos para o período e os custos indiretos de fabricação variáveis dessa produção.
TAXA DE APLICAÇÃO: Pelo emprego dessa taxa, um produto fabricado em janeiro recebe uma parcela do custo de manutenção que ocorrerá em dezembro ou, se essa manutenção acontecer em janeiro, o produto fabricado nesse mês receberá apenas uma parcela do custo da manutenção e o restante do custo será distribuído ao longo do ano.
Cifa:O Custo Indireto de Fabricação Aplicado (CIFA) corresponde ao custo indireto apropriado aos produtos fabricados, pela Taxa de Aplicação de custos indiretos.
Cife: Custo Indireto de Fabricação Efetivo (CIFE)  corresponde ao custo indireto efetivamente incorrido no período, é o custo real.
Análise da Variação de Custos Indiretos
Os custos indiretos de fabricação são estimados para um determinado volume de produção esperado. Porém, poderão ocorrer dois fatos durante o ano, que irão gerar variações entre o CIFE e o CIFA. Veja quais são estes fatos.
FATO 1: Que a produção efetiva seja diferente daquela que foi prevista.
FATO 2: Que os custos realmente ocorridos sejam diferentes daqueles previstos.
Custos realmente ocorridos: Por exemplo, os custos estimados em R$ 45.000 de aluguel para o ano e, entretanto, o gasto totalizado foi de R$ 60.000. Ou ainda, a energia elétrica planejada na base de R$ 3,80 por Kw hora, mas durante o ano esse valor pode alterar. Também, podem ocorrer custos que não foram orçados ou mesmo custos planejados que não aconteceram etc.
Perceba que é possível ocorrerem custos diferentes daqueles planejados ou um volume de produção diferente do desejado, trazendo desacordos entre os custos indiretos aplicados pelas taxas previamente determinadas e os custos indiretos reais.
Dois fatos levam à variação entre o CIFE e o CIFA: variação de custos e variação de volume. Saiba mais a seguir!
Viu como os produtos fabricados em qualquer período do ano recebem o mesmo montante de custos indiretos?

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