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Fisiologia Humana – BF052 Introdução a fisiologia: Estudo do funcionamento do organismo vivo e de suas partes incluindo os processos físicos e químicos. Células-Unidades Fundamentais: Neurônios Células Musculares Células Epiteliais Células do Tecido Conjuntivo Homeostase/Homeostasia: “constância (relativa) do meio interno”. Homeo: similar Stasis: condição Mudança interna resulta na perda da homeostase Compensação bem sucedida saúde Falha na compensação doença ou disfunção Sistema Simples: Sinal de entrada Controlador Sinal de Saída A maior parte dos sistemas de controle do corpo são mais complexos, precisam integrar o funcionamento de vários órgãos. Efeitos Fisiológicos Orgão (s) Alvo Hormônio Glândula Endócrina Componente circulante (p. ex. glicose sanguínea) retroalimentação negativa Homeostasia dos Líquidos Corporais Liquido Extracelular (LEC): fora da célula, tem mais Cloro (-), Sódio (-), Bicarbonato (-) que o LIC. Líquido Intracelular (LIC): dentro da célula, tem mais Potássio (+), Fosfato (+), Proteínas (-) que o LEC. Osmolaridade: é a mesma nos dois (290), a água se movimenta para manter essa igualdade. Na(+) principal determinante da osmolaridade no plasma Quanto maior a diferença de osmolaridade maior a pressão osmótica Soluto que entram e saem do organismo – LEC Só há movimento de água entre LIC e LEC se houver diferença de pressão osmótica O equilíbrio osmótico entre LIC e LEC se da principalmente por transferência de água Ambos apresentam volume e composição constante, trabalho em conjunto que envolve vários sistemas. Líquido Intersticial: plasma- proteínas plasmáticas (menos proteínas que o plasma) (ultrafiltrado do plasma). Proteínas Carreadoras: pequenas moléculas orgânicas ou íons inorgânicos. Soluto é transportado por mudança conformacional da proteína. Bomba de sódio e potássio é eletrogênica (+ positivo dentro) Canais Iônicos: se abrem transitoriamente em resposta a um estímulo. Mudança de voltagem (inverte a polaridade e o canal abre) Presença de uma substância ligante Estiramento Transporte Passivo Osmose Difusão Simples Difusão Facilitada (mais rápida) Proteína Carreadora e canal Transporte Ativo Primário e Secundário Proteína Carreadora + hidrofóbica + permeabilidade Solutos se movem contra o gradiente, energia é necessária. Bioeletrogênese Em/Vm: potencial de membrana ou de repouso Excitabilidade: capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana No repouso a permeabilidade da membrana aos íons é diferente O gradiente favorece fluxos passivos de íons através da membrana Na(+) tende a entrar tanto pelo gradiente químico quanto pelo elétrico A permeabilidade ao Na é baixa mas ele tende a entrar O K tende a sair para fora e cria dipolo O valor de Em que se opõe a saíde de K (implicado pelo gradiente químico) é denominado Potencial de Equilíbrio do íon Equação de Nernst: é usada para calcular a diferença de potencial elétrico necessária para a produção de força elétrica que é igual e contrária á força de concentração. Em é diferente de EK: não esta em equilíbrio F= DDP R Como o impulso nervoso é gerado e propagado? Nos neurônios multipolares o potencial de ação inicia-se no cone de implantação do axônio. (zona de gatilho) As alterações do potencial de membrana (excitabilidade) são devido a movimentos de ions (cargas elétricas) por meio da membrana citoplasmática Mecanismos únicos do potencial de ação: Para que a PA aconteça é necessário que a zona de gatilho seja parcialmente despolarizada até um valor limiar. Uma vez atingido o limiar, é inevitável o seu acontecimento: é tudo ou nada O PA de cada célula excitável apresenta amplitude e durações fixas Estímulo Supralimiar: causam + de 1 PA, sem alterar a amplitude ou a duração (ou seja, ocorre um aumento linear na frequência dos PA) Estímulo Sublimiar (E1, E2): não causam PA Estímulo Limiar (E3): causa 1 único PA Estímulos pequenos que não ultrapassam o limiar são chamados de resposta Estímulo tem uma intensidade e uma duração A tendência do K é sair da célula, e quando ela deixa de ganhar sódio e sai K começa a repolarização Na despolarização é o sódio que estimula O canal de K é lentamente aberto e fechado Período Refratário Absoluto: canais estão em ESTADO INATIVO Temos uma resposta menos no segundo estimulo quando nem todos os canais de sódio estão fechados devido ao tempo, pois nem todos voltam ao estado fechado juntos. Período Refratário Relativo: os canais de Na estão parcialmente inativos Direção da propagação da PA devido ao período refratário Amielinico vai cm por cm, resultando em um PA lento Bainha de Mielina serve como isolante Nas fibras mielinizadas o PA só se desenvolve nos Nodos de Ranvier, aumentando a velocidade de condução do impulso nervoso Quanto maior o diâmetro da fibra nervosa maior a PA Anestesia bloqueia os canais de sódio (impedindo a abertura) A nocicepção (sensação de dor) e a transmissão simpática são bloqueadas primeiro. Transmissão Sináptica Prof: Fabíola Sinapse é o ponto no qual um neurônio encontra sua célula alvo Sinapse é a forma de comunicação Sinapse Elétrica: corrente elétrica flui diretamente entre as células. Junções comunicantes – criam espaço que conectam as células Sinapse Química: membranas celulares separadas por fenda sináptica, neurotransmissores. Comum, Menos rápida, Unidirecional e pode haver fadiga. Transmissão na Sinapse Química Chegada do potencial de ação ao terminal pré-sináptico Aumento de Ca++ no terminal pré-sináptico Liberação de neurotransmissores (NT) na fenda sináptica Ligação do NT em proteínas da membrana pós-sináptica – despolarização do neurônio pós-sináptico Potencial Pós-sináptico: Excitatório (entra sódio) PEPS Inibitório (entra cloreto) PIPS Impede o sódio e distancia-se do limiar Junção neuromuscular: sinapse especializada Toxina Botulinica (BOTOX): bloqueia liberação de ACH na placa motora, falha na transmissão neuromuscular Por quanto tempo um neurotransmissor atua? Período bastante curto Sinapse – A comunicação neuronal Prof: Luana Fischer Um único neurônio do SNC faz sinapses com milhares de outros neurônios Glutamato: principal neurotransmissor EXCITATÓRIO GABA: principal neurotransmissor INIBITÓRIO (A Presynaptic Inibition): Ativação de GPCR’s: fechamento de canais de Ca++, abertura de K+ Ativação GABA: inibição direta da maquinaria de exocitose (Presynaptic Ativation): Ativação receptores ionotróficos Ativação GPCR’s reduz corrente repolarizante de K+ Organização funcional do sistema nervoso Os ventrículos contem células especializadas que produzem o líquor e é drenado pelos seios venosos. Junção de oclusão: evitam o movimento de solutos entre as células endoteliais SNP – 31 pares de nervos espinhais, 12 pares de nervos cranianos Sistema modulador do tronco encefálico: Noradrenalina Origem: Locus Ceruleus e demais núcleos adrenérgicos na ponte Funções Modulares: atenção, alerta, ciclo sono-vigília, memória, dor, humor, ansiedade, aprendizado. Serotonina Origem: Núcleos da rafe, no bulbo Funções Modulares: dor, depressão, agressividade, ciclo sono-vigília Dopamina Origem: Área tegmental ventral (VTA); substância negra Funções Modulares: controle motor, recompensa Tirosina Dopamina Noradrenalina Adrenalina Serotonina Hipotálamo: centro da homeostase, ritmo circadiano, resposta autonômica, função endócrina, controle da temperatura, comportamento, emoção, fome, sede. O sistema límbico é a região mais primitiva do cérebro A linguagem é o comportamento cognitivo mais elaborado Leitura visual Córtex visual Wernicke’s área (interpretação) Área Broca’s (coordenação da linguagem escrita/falada) A boca proporciona nosso primeiro contato com o mundo Receptores Somatosensoriais: Mecanoreceptores (da sensibilidade tátil) Proprioceptores (autopercepção da posição corporal no espaço e da localizaçãorelativa de cada uma das varias partes corporais) Termoceptores Nociceptores (sensação de dor) Intensidade: é codificada pela frequência dos potenciais de ação em cada fibra estimulada (código de frequência) Pode ser codificada também pelo numero de receptores que são estimulados Duração: adaptação dos receptores= diminuição no potencial gerador em resposta a uma estimulação recebida Localização: o campo receptivo Transmissão: glutamato neurotransmissor rápido DOR Experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano tecidual real de potencial Neurobiologia da dor: Mecanismos periféricos: estímulos nocivos ativam nociceptores, há nociceptores químicos, mecânicos, térmicos e polimodais. Convergência neuronal: as vias nociceptivas são caracterizadas por pobre organização somática e grande convergência. Cronicidade da dor: alterações plásticas Modulação da dor: a entrada da informação nociceptiva – TENS estimulação elétrica nervosa transcutânea Controle do movimento corporal Controle motor: controle encefálico do movimento, junção neuromuscular e contração da musculatura esquelética Junção neuromuscular é uma sinapse única Fator de segurança: sinapse a prova de falhas Célula pós é inervada por 1 único neurônio O PA deflagrado no musculo é conduzido bidireccionalmente A sinapse na junção neuromuscular é sempre EXCITATORIA A inibição da contração se da pela falta de estimulação: importância da rápida remoção da ACH na fenda sináptica. Movimentos: Reflexos, Rítmicos e Voluntários Movimento Voluntário: há um propósito, objetivo a ser alcançado: planejamento, execução melhora com a prática, o planejamento sofre influência do aprendizado de experiências passadas “Padrões de função’’ continuamente refinados pela prática O planejamento de movimentos complexos envolve quase todo o neocortex Preparar: Córtex parietal (áreas 5 e 7) associação somática e visual. O que será feito e quais as possíveis consequências Córtex Pré-frontal: abstração e antecipação de consequências Apontar: como eu vou fazer Já: um único neurônio em M1 controla através dos circuitos espinhais a contração coordenada de agonistas e antagonistas. Córtex motor primário – ordem de execução Núcleos da base: planejamento de estratégias motoras complexas junto as áreas pré-motoras (ex: escrever, recolher a sujeira com a pá) Controlam: a intensidade relativa dos movimentos, a direção, a sequencia de movimentos sucessivos e paralelos. Funções na cognição, memória e emoção. Mal de Parkinson: degeneração de neurônios dopaminérgicos da substancia negra que se projeta Cerebelo: monitora e faz ajustes corretivos para que os movimentos sejam executados de acordo com os sinais enviados pelo córtex. Ajuda o córtex a planejar o próximo movimento sequencial. Essencial para atividades motoras rápidas, e para atividades motoras complexas. Coloca em sequencia as atividades motoras. Circuito simplificado cerebelo- controle do movimento voluntario Funções da medula espinal e do tronco encefálico Propriocepção: autopercepção da posição corporal no espaço e da localização relativa de cada uma das variais partes corporais Movimentos reflexos: são inciados por um estimulo sensorial Classificação: 1- Espinhais ou cranianos 2- Somático, Autonômico e Endócrino 3- De natureza inata ou aprendida 4-Mono ou polissinaptico Propriocepção orofacial: reflexo de abertura e fechamento bucal, manutenção do espaço funcional livre, manutenção da posição oclusal Mecanoreceptores Periodontais: sensíveis a qualquer deslocamento dental dentro do alvéolo A perda do feedback sensorial a partir do periodonto afeta drasticamente o padrão normal de mastigação Implantes Osseointegrados: não há propriocepção periodontal Fusos Musculares: informações sobre o comprimento muscular. Reflexo de estiramento é iniciado pelo estiramento do receptor sensorial do fuso muscular Um único neurônio sensorial do fuso faz sinapse com praticamente TODOS os moto neurônios que inervam aquele músculo Orgão tendinoso de golgi: regula a tensão muscular dentro de uma faixa ótima. Em circunstancias externas protege o musculo da lesão Circuitaria espinhal para o controle do movimento A extensa e interconectada rede de interneuronios medulares garante movimentos complexos e movimentos reflexos Movimentos Rítimicos: combina características de movimento reflexo e voluntário Mastigação: movimentos ritimicos de natureza aprendida Sucção: inato, iniciação reflexa e manutenção ritimica. Totalmente maturada na 32º semana de vida intrauterina, perfeitamente integrada com a deglutição e a respiração Deglutição: inato, componentes voluntários, ritimo e reflexo Sistema Nervoso Autônomo Sob comando do SNC esta a parte eferente do sistema nervoso periférico O SNA da suporte metabólico, cardiorrespiratório Assim como o sistema nervoso motor somático, é parte eferente do sistema nervoso Os nervos autonômicos não inervam necessariamente o segmente corporal de onde se originam Divisão simpática: medula toraco-lombar Divisão parasimpática: tronco encefálico e medula sacral (oculomotor, facial, glossofaríngeo, vago...) O nervo vago é responsável por 75% da inervação parassimpática A medula da glândula supra renal funciona como um gânglio simpático modificado A liberação difusa de NT faz com que um único neurônio possa afetar grande área do tecido alvo Em alguns vasos o SN simpático medeia a vasodilatação ativa Sistema nervoso entérico: controle autônomo do TGI Simpático: midríase (dilatação da pupila) Parassimpatico: miose (contração da pupila) Estimulação simpática – sistema gastrointestinal: diminui o peristaltismo (constipação), diminui as secreções (úlceras), contração dos esfíncteres. Estimulação simpática – pulmões: bronquiodilatação Quando aumenta a PA aumenta o disparo dos receptores: inibição do simpático e ativação do parassimpático Neurobiologia das emoções e sentimentos Emoção: respostas comportamentais e cognitivas automáticas, geralmente inconscientes pela detecção de estímulos significativos positivos ou negativos Sentimentos: Percepção consciente das alterações somáticas e cognitivas (respostas emocionais) São significados que o encéfalo cria para representar os fenômenos gerados pelos estados emocionais Percepção de perigo Sentimento de medo Reações físicas O conceito do sistema límbico – o encéfalo emocional Lobotomia frontal: efeito “calmante” Lobotomia temporal: lesão da amigdala (“botão de disparo” das reações emocionais) Amigdala: essencial não apenas na expressão e no sentimento de medo, mas também em seu reconhecimento Agressão predatória: envolve o ataque contra um membro de uma espécie diferente, com o proposito de alimentação Agressão afetiva: ocorre para demonstração e não para matar por comida, vocalização predomina Estimulação do hipotálamo medial (agressão afetiva) e hipotálamo lateral (agressão predatória) Aprendizado: (memoria) aquisição reconhecimento ou habilidade Os neurônios aprendem, estimulo inofensivo leva a habituação, estimulo nocivo (choque) leva a sensibilização Sensibilização de curta duração: aumento da quantidade de GLUTAMATO liberado Sensibilização de longa duração: aumento do contato sináptico Memória não declarativa implícita: adquirida de forma inconsciente Não associativa: evento único Memória de trabalho é curta Memoria declarativa de longa duração: a memoria declarativa é um produto de percepção Hipocampo: essencial a consolidação da memória, mas não a evocação LTP: potenciação de longo prazo, aumenta frequência LTD: diminui a frequência O receptor de NMDA deflagra os mecanismos celulares de LTP e LTD Inibidor da sinapse proteica : animal aprende mas não lembra K que determina o potencial de membrana, ela não é totalmente permeável ao Na+ Quem é responsável por deflagrar os potenciais de ação é a entrada de Na+, através dos canais de sódio e potássio dependentes Acondutância é 0 se o ion não esta na solução Substancia bloqueia os canais de sódio PH ácido gerado por lesão não da o efeito de anestesia Fisiologia do Musculo Esqueletico Modulação: ativação de unidades motoras Atividade: contração forte, rápida, descontinua e voluntária Encurtamento da banda A Interação “Actina-Miosina” ação do cálcio Actina e miosina precisam de ATP para se separar, se não se separarem deixam o tecido/corpo enrijecido + [ ] de cálcio o musculo sai do estado relaxado Quando todos os sítios de troponina C estiverem ocupados pelo cálcio o efeito é máximo PPSE- potencial pós-sinaptico excitatório (despolarizando) Maior o numero de fibras nervosas inervadas agindo sobre o numero de fibras musculares menos grosseiro a ação do musculo Contração isométrica não muda de tamanho Abalo Muscular: estimulo que induz uma contração depois o relaxamento Relaxamento: diminui a concentração de cálcio – bomba serca (reticulo endoplasmático e sarcoplasmático) Somação: vários estímulos somados até formar um só, máximo de força gerado- tetanização do musculo Quando tem nenhuma sobreposição do filamento fino sobre o filamento grosso, força igual a 0 Filamento fino sobre filamento fino a força também é 0 Fibra tipo 1: pequeno calibre – metabolismo oxidativo – lento, fibra vermelha Fibra tipo 2: grande calibre – metabolismo glicolitico – rápido/explosão, curtas distâncias, pouca mitocôndria A variação do calibre dos vasos de resistência constiui o principal mecanismo de ajuste momentâneo da resistência vascular e consequentemente do fluxo sanguíneo regional, da filtração capilar, do retorno venoso e da pressão arterial. Caldesmona e calponina inibem a atividade ATPase Tipos de musculo liso Unitário (fásico): as células são acopladas eletricamente. Ex: trato urogenital Multiunitário (tônico): as células não são acopladas eletricamente Vias de entrada: No musculo liso o Ca+ entra na célula por 2 mecanismos ALC: canais de Ca+ dependentes de voltagem, lento, musculo liso IP3: liberam Ca+2 no retículo, musculo liso (aumenta cálcio) Vias de Saída: Serca, trocador funcionando de modo direto, bomba de cálcio da membrana (diminui cálcio) Fosfatase de cadeia leve da miosina leva ao relaxamento Inibindo a MLCP ela permanece MLC20 e então leva a contração Quando a cauda juntamente com a cabeça se deslocam há contração Vasoconstrição: aumenta IP3 contração fibra alfa Relaxamento: fibra beta, diminui AMPc Afinidades distintas ( alfa- noradrenalina) (beta- adrenalina) 2º PROVA
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