Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Fluxo das Espe´cies(Versa˜o II) Calculamos me´dias sobre os volumes de controle para sistemas multicomponentes e, portanto, e´ mais conveniente usar a concentrac¸a˜o de massa ρK = ρCK para representar a massa de espe´cies K por unidade de volume em uma fase de densidade ρ. (Lembre-se que CK e´ definido como a frac¸a˜o em massa das espe´cies K na mistura.) Assumimos que CK e´ uma func¸a˜o cont´ınua em cada fase, o que implica que todas as espe´cies esta˜o presentes em todos os locais do domı´nio. A teoria da difusa˜o, que fornece uma tal relac¸a˜o, e´ o tema de va´rios livros. No´s nos restringiremos a casos simples pertinentes aos processos de solidificac¸a˜o. Conforme discutido em Caps. 2 e 3, uma variac¸a˜o do potencial qu´ımico fornece uma forc¸a motriz para minimizar a energia livre de Gibbs no sistema. A Figura 1 ilustra uma soluc¸a˜o so´lida bina´ria de a´tomos A e B com uma composic¸a˜o na˜o homogeˆnea ao longo da direc¸a˜o x. Duas posic¸o˜es x1 e x2 localizadas em lados opostos da linha central diferem em relac¸a˜o aos seus potenciais qu´ımicos devido a`s suas diferentes composic¸o˜es. Conforme mostrado na Fig. 1(b), µA(x1) > µA(x2) e µB(x2) > µB(x1). Portanto, como mostrado no Exerc´ıcio 4.3, o sistema pode baixar sua energia total trocando A a´tomos em x1 com B a´tomos em x2. Figure 1: (a) Um esquema de uma soluc¸a˜o so´lida de A e B a´tomos na˜o homogeˆneos ao longo de uma dimensa˜o. O perfil geral da composic¸a˜o em me´dia em linhas verticais e´ mostrado na parte inferior. (b) A energia livre de Gibbs para esta fase a esta temperatura espec´ıfica, com indicac¸a˜o da composic¸a˜o e potencialidades qu´ımicas para as posic¸o˜es x1 e x2. A primeira lei de Fick postula que a taxa em que essa troca ocorre, ou seja, o fluxo de espe´cies K, e´ proporcional ao gradiente de seu potencial qu´ımico, que pode ser escrito na forma geral jK = −MKCK∇(µK/T ) (1) onde MK e´ chamado de mobilidade para a espe´cie K. Uma vez que o potencial qu´ımico depende da composic¸a˜o e da temperatura, isto e´, µK = µK(T, ρ1, ρ2, . . . , ρNc−1) podemos expandir o gradiente na Eq. (1) da seguinte forma: ∇(µK/T ) = ∂ ∂xi (µK/T )ei = ( T ∂µK ∂xi − µK ∂T∂xi T 2 ) ei = 1 T ∂µK ∂xi ei − µK T 2 ∂T ∂xi ei = = 1 T ∇µK − µK T 2 ∇T (2) Observe que, ∇µK = ∂µK ∂xi ei = ∂µK ∂T ∂T ∂xi ei + Nc−1∑ J=1 ∂µK ∂ρJ ∂ρJ ∂xi ei = = ∂µK ∂T ∇T + Nc−1∑ J=1 ∂µK ∂ρJ ∇ρJ = ∂µK ∂T ∇T + Nc−1∑ J=1 ∂µK ∂ρJ ρ∇CJ (3) 1 Substituindo a Eq. 3 na Eq. 2 teremos: ∇(µK/T ) = ρ Nc−1∑ J=1 1 T ∂µK ∂ρJ ∇CJ + [ 1 T ∂µK ∂T − µK T 2 ] ∇T (4) Como jK = −MKCK∇(µK/T ) enta˜o, utilizando a eq.(4) teremos: jK = −ρ Nc−1∑ J=1 ( MKCK T ∂µK ∂ρJ ) ∇CJ + [ −MKCK T ∂µK ∂T + MKCKµK T 2 ] ∇T (5) Sabemos que a condic¸a˜o de equil´ıbrio para duas fases coexistirem e´ que, para cada K e todo T , µKs = µK` e desta forma, a taxa de variac¸a˜o da espe´cie K com relac¸a˜o a temperatura e´ ∂µK/∂T = 0. Assim, jK = −ρ Nc−1∑ J=1 ( MKCK T ∂µK ∂ρJ ) ∇CJ + MKCKµK T 2 ∇T (6) Fazendo DKJ = MKCK T ∂µK ∂ρJ enta˜o, jK = −ρ Nc−1∑ J=1 DKJ∇CJ + MKCKµK T 2 ∇T (7) O segundo termo no lado direito representa o efeito Soret, onde um gradiente de temperatura pode causar a difusa˜o das espe´cies. OBS: a equac¸a˜o 4.148(pag. 139) dada no livro do Rappaz e´ a seguinte: jK = −ρ Nc∑ J=1 DKJ∇CJ + MKCKµK T 2 ∇T (8) 2
Compartilhar