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25/08/2014 1 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL (AEN) Parâmetros bioquímicosParâmetros bioquímicos Profª Daniele Hermes Reservas Protéicas Plasmáticas É reflexo da capacidade do corpo sintetizar os aminoácidos não-essenciais e de absorver e utilizar os essenciais Estado protéico de um indivíduo: Principais proteínas presentes na circulação utilizadas na avaliação do estado nutricional: Albumina Transferrina Pré-albumina Proteína ligadora de retinol Embora os parâmetros de avaliação laboratorial sejam muito importantes para auxiliar na identificação precoce de alterações nutricionais, eles não devem ser utilizados isoladamente para estabelecer um diagnóstico nutricional. Albumina Transferrina Pré-albumina Proteína ligadora de retinol São os indicadores que refletem a condição visceral do organismo (órgãos) Marcadores bioquímicos analisados de retinol (órgãos) Índice creatinina-altura Balanço nitrogenado Indicador que estima a reserva protéica somática (tecido muscular e adiposo) A desnutrição energético-protéica pode conduzir a uma diminuição nas concentrações sanguíneas das proteínas plasmáticas Reservas Protéicas Plasmáticas Devido ao limitado suprimento de substrato energético e protéico essenciais para a síntese hepática Fatores não-nutricionais podem modificar a concentração das proteínas séricas Reservas Protéicas Plasmáticas Fatores não-nutricionais:Fatores não-nutricionais: Idade Sexo Variações do estado hídrico Enfermidade presente Hepatopatias Doenças renais Aumento do catabolismo Infecção Inflamação ALBUMINA É a proteína mais abundante na circulação sanguínea 55 – 65% das proteínas plasmáticas Síntese CatabolismoCatabolismo Conhecida como transportadora universal de: metais, íons, enzimas, metabólitos, hormônios, fármacos, aminoácidos Manter a pressão coloidosmótica do plasma intracelular extracelular 25/08/2014 2 ALBUMINA A desnutrição leva a um declínio na sua taxa de produção, devido à falta de nutrientes necessários para sua síntese Meia vida de ~ 21 dias incapaz de detectar (Carney; Meguid, 2002; Waitzberg; Correia, 2003; Huckleberry, 2004) Meia vida de 21 dias incapaz de detectar mudanças do estado nutricional em um curto período de tempo não é bom marcador para identificar desnutrição aguda Índice/ marcador/ parâmetro prognóstico de mortalidade e complicações ALBUMINA Fatores não nutricionais Estado de hidratação Inflamação Processo de doença (Selberg; Selberg, 2001; Kudsk et al., 2003; Acuña; Cruz, 2004; Gupta et al., 2004; Huckleberry, 2004) Função hepática Concentração reduzida de albumina (< 3,5 g/dL) ↑ Morbidade ↑ Mortalidade Diagnóstico nutricional de acordo com as concentrações de albumina plasmática Concentrações de albumina (g/dL) Classificação do estado nutricional > 3,5 Adequada 3,0 – 3,5 Depleção leve 2,4 – 2,9 Depleção moderada < 2,4 Depleção grave TRANSFERRINA Síntese Catabolismo Transporte de ferro no plasma Meia vida de ~ 8 – 10 dias relativamente longa Pode não ser afetada pelo efeito agudo d d t i ãda desnutrição Anemia ferropriva Desidratação Desnutrição Doenças hepáticas Infecções Inflamações Retenção hídrica (Smith; Mullen, 2001; Kuvibidila et al., 1996; Jacob; Wong, 2000; Acuña; Cruz, 2004; Huckleberry, 2004) ↑ Conc. ↓ Conc. Valor de referência: 200 - 400 mg/dL PRÉ-ALBUMINA Síntese Excreção Transporte de vitamina A e tiroxina (complexo com a proteína ligadora de retinol) Meia vida de Rápida resposta ao início da desnutrição ~ 2 dias Monitoramento da recuperação do estado nutricional Menos afetada pela variação do estado hídrico, pela função hepática e o processo de doença Custo elevado! Porém, a sua maior sensibilidade em identificar pctes desnutridos ou em risco nutricional pode compensar sua limitação (Ingenbleek, 1994; Shenkin, 2002; Huckleberry, 2004; Lim et al., 2005) Desnutrição redução da sua concentração PRÉ-ALBUMINA ASPEN 25/08/2014 3 PROTEÍNA LIGADORA DE RETINOL Síntese Excreção Transporte de retinol (vitamina A) na circulação (complexo com a pré-albumina) Meia vida de ~ 20 a 25 horas rápido turnover Pouco utilizada custo elevado Pode ser influenciada pelas doenças hepáticas e renal - < grau (Ingenbleek et al., 1975; Quadro et al., 1999; Jacobs; Wong, 2000) Desnutrição redução dos seus níveis Indicador prognóstico de gravidade Valor de referência: 2,6 - 7,6 mg/dL LINFÓCITOS TOTAIS Desnutrição Depleção de linfócitos (< 1200 mm³) Melhora do Estado Nutricional (Sena et al., 1999; Jacobs; Wong, 2000; Wu et al., 2005) Sistema imunológico prejudicado ↑ Risco de infecções Indicador simples do estado nutricional LINFÓCITOS TOTAIS - A contagem total de linfócitos (CTL) mede as reservas imunológicas momentâneas, indicando as condições do mecanismo de defesa celular do organismo BALANÇO NITROGENADO BN = N ingerido – N excretado • Parâmetro para avaliar a ingestão e a degradação proteica • Refere-se à diferença entre a quantidade de nitrogênio ingerido pela dieta e o nitrogênio excretado por suor, fezes, urina • BN+ (anabolismo): proteína ingerida da dieta é suficiente p/ manter a demanda de nitrogênio para o organismo, superando as perdas. Cças em fase crescimento, gestantes, tecidos novos, treino de hipertrofia muscular • BN- (catabolismo): as perdas superam a ingestão proteica. Jejum prolongado, desnutrição, doenças catabólicas, queimaduras, traumas, cirurgias • BN equilibrado/neutro: adultos normais que não estão perdendo nem aumentando sua massa magra BN= (g ptn em 24h / 6 25) - (g uréia urinária em 24h / 2 14) + 4g Fatores que influenciam no cálculo do BN: • Perdas de urina, tempo de coleta da amostra, perdas pela pele, suor, diarreia, fístulas, doença renal, doença hepática, queimaduras, composição alimentação BALANÇO NITROGENADO BN= (g ptn em 24h / 6,25) - (g uréia urinária em 24h / 2,14) + 4g Perdas insensíveis: fezes, pele, pulmões... • 1g de nitrogênio está contido em 6,25g de proteína • Cada 100g de ureia urinária contêm 46,66g de nitrogênio 2,14g de nitrogênio ÍNDICE CREATININA-ALTURA (ICA) • ICA: utilizado avaliação do compartimento proteico como indicador na depleção de massa muscular • Pouco utilizado • Creatina: sintetizada fígado, pâncreas, cérebro, rins, excretada pelos rins • 98% localizada no músculo• 98% localizada no músculo • Hidrólise da creatina e fosfocreatina creatinina • Coleta de urina rigorosa Avaliar a creatinina urinária de 24 horas (3 dias consecutivos) ICA= excreção de creatinina urinária de 24h x 100 / excreção de creatinina urinária de 24h de um indivíduo normal da mesma altura 25/08/2014 4 ÍNDICE CREATININA- ALTURA • A creatinina urinária ideal deve levar em consideração o gênero, idade e altura do indivíduo avaliado • Limitações – Doença renal, fase pós-traumática, influenciado pela atividade física intensa, ingestão de carnes da dieta % de adequação de ICA Classificação > 80 Normal 60 a 80 Depleção proteica moderada < 60 Depleção proteica grave • ICA < 60 identifica paciente com risco aumentado para sepse e morte Referências bibliográficas • CALIXTO-LIMA, L., REIS, NT. Interpretação de exames laboratoriais aplicados à nutrição clínica. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2012. • CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2007. • MAHAN, K.; STUMP, S. E. Krause: Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. 11ª ed. São Paulo: Roca, 2005. • MARTINS, C. Avaliação do estado nutricional e diagnóstico. Curitiba: Nutroclínica, 2008.ç g •MARTINS, C.; MOREIRA, S. M.; PIEROSA, S. R. Interações droga-nutriente. 2ª ed. Curitiba: Nutroclínica, 2003. • ROSA, G. et al. Avaliação Nutricional do Paciente Hospitalizado: Uma Abordagem Teórico-Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. • SHILS, M. E. et al. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. 9ª ed. São Paulo: Manole, 2003. • SILVA, S. M. C. S.; MURA, J. D. P. Tratado de Alimentação, Nutrição & Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2007. • TRINDADE, N. Nutrição Clínica: Interações. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.
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