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APOSTILHA DO MÓDULO - EXAMES LABORATORIAIS

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1
AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA DO SANGUE
HEMGRAMA – Principal ferramenta diagnóstica em
hematologia, constituído por:
- contagem total de hemácias
- hemoglobina
- hematócrito
- Índices hematiméticos: VCM, HCM, CHCM, distribuição
do tamanho das hemácias
- contagem global de leucócitos
- contagem diferencial de leucócitos
- exame microscópico do esfregaço corado
- plaquetas (opcional)
CONTAGEM TOTAL DE HEMÁCIAS (céls/mm3).
♂ 4.500.000 – 6.000.000
♀ 4.000.000 – 5.500.000
Recém-nascidos 4.000.000 – 6.000.000
Valores aumentados: diarreias, desidratação,
queimaduras, policitemima vera, cardiopatia crônica,
intoxicações por álcool etílico ou fármacos, vômitos e
acidose metabólica.
Valores diminuídos: anemias, leucemias, após
hemorragias graves e infecções graves.
HEMOGLOBINA (g/dL).
♂ 13,5 – 18,0
♀ 12,0 – 16,0
Recém-nascidos 13,5 – 19,5
HEMATÓCRITO (%).
♂ 40 – 54%
♀ 37 – 47%
Recém-nascidos 44 – 60%
Valores aumentados: hemoconcentração, desidratação,
queimaduras, diarreia e vômitos intensos. Pode ser
indicativo de macrocitose.
Valores diminuídos: redução do número de hemácias.
Pode ser indicativo de microcitose.
VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO – avalia o tamanho
médio da hemácia. Corresponde a relação do hematócrito
pela hematimetria.
VCM <80fl  micrócitos
VCM>100fl  macrócitos.
HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA – avalia a
concentração de hemoglobina nas hemácia. Corresponde
a relação da hemoglobina pela hematimetria.
HCM <27pg  hipocromia
HCM>32pg  sem relação clínica.
CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR
MÉDIA – avalia a porcentagem de hemoglobina em 100mL
de hemácias.
CHCM <32%  hipocromia
CHCM>35%  presença de esferócitos.
RDW – avalia a dispersão das hemácias em relação ao
tamanho.
RDW>14,5%  anisocitose (diferentes tamanhos).
LEUCOMETRIA GLOBAL (céls/mm3).
Adultos 4.000 – 11.000
Recém-nascidos 10.000 – 18.000
Valores aumentados (leucocitose): processos
inflamatórios, infecciosos e leucemias.
Valores diminuídos (leucopenia): redução da produção de
leucócitos, destruição celular, febre tifoide, dengue,
rubéola e caxumba.
LEUCOMETRIA DIFERENCIAL
Bastonetes 3 – 5%
Segmentados 55 – 65%
Eosinófilos 2 – 6%
Basófilos 0 – 1%
Monócitos 4 – 8%
Linfócitos 20 – 30%
Neutrofilia  infecções bacterianas, leucemias,
inflamação.
Eosinofilia  Parasitoses e alergias.
Basofilia  leucemia mieloide crônica e processos
alérgicos.
Monocitose  Infecções.
Linfocitose  infecções virais agudas e bacterianas
crônicas, leucemia linfocítica crônica e processos
ganglionares.
RETICULÓCITOS – hemácias imaturas (com núcleo)
Adultos 0,5 – 1,5%
Recém-nascidos até 6%
Valores aumentados: anemia hemolítica, hiperplasia
medular, doença hemolítica do recém-nascido e
hemorragias pós-cirúrgicas.
Valores diminuídos: anemias carenciais, aplasias
medulares e anemias não-hemolíticas.
COAGULOGRAMA
Plaquetas (plaq/mm3) 150.000 – 400.000
Tempo de sangramento Até 3 minutos
Tempo de coagulação 5 – 10 minutos
Tempo de protrombina 10 – 14 segundos
Atividade de protrombina 70 – 100%
RNI Até 1,15
Tempo de tromboplastina
parcial
20 – 35 segundos
Tempo de protrombina  útil no risco cirúrgico, detecção
de alterações nos fatores de coagulação, principalmente
no acompanhamento de pacientes com hipovitaminose K.
AVALIAÇÃO BIOQUIMICA DO SANGUE
ACIDOS GRAXOS LIVRES – jejum 12h
Adultos 0,28 – 0,89mmol/L
Valores aumentados: deficiência / resistência insulínica,
jejum prolongado e cetoacidose.
EXAMES LABORATORIAIS Prof. José Aroldo Filho
goncalvesfilho@nutmed.com.br
2
ÁCIDO ÚRICO (mg/dL) – jejum 8h
♂ 3,5 – 7,2
♀ 2,6 – 6,0
Valores aumentados: dietas de alto teor de purinas,
medicamentos e doença tipo gota.
ADIPONECTINA (mcg/mL) – jejum 12h
♂ - IMC>25kg/m2 0,8 – 16,4
♀- IMC>25kg/m2 3,7 – 23,3
Secretado pelos adiopócitos, com efeitos antiaterogênicos
e anti-inflamatório.
APOLIPOPROTEÍNA A-I (mg/dL) – jejum 12h
♂ 115 -190
♀ 115 – 220
Valores aumentados: dislipidemia familiar, exercício
vigoroso e uso moderado de álcool. Está associada ao
HDL.
Valores menores estão associados a risco de DCV.
APOLIPOPROTEÍNA B (mg/dL) – jejum 12h. Deve ser
suspenso qualquer medicamento à base de andrógenos,
diuréticos e corticoides.
♂ 70 – 160
♀ 60 – 150
Está associada ao LDL. Valores altos estão associados a
risco de DCV.
COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES (mg/dL) – jejum 12h
Adultos Pediatria
(2 – 19 anos)
Categoria
COL <200
200 – 239
≥240
<150
150- 169
≥170
Òtimo
Limitrofe
Alto
HDL <40
>60
-
-
-
>45
Baixo
Alto
Desejável
LDL <100
100 – 129
130 – 159
160 – 189
≥190
-
<100
100 – 129
≥130
-
Òtimo
Desejável
Limitrofe
Alto
Muito alto
TG <150
150- 199
200 – 499
≥500
<100
100 – 129
≥130
-
Òtimo
Limitrofe
Alto
Muito alto
CREATININA (mg/dL)
♂ 0,7 – 1,6
♀ 0,6 – 1,1
Marcadora de função renal, em razão da creatinina
endógena ser proporcional à massa muscular, a produção
varia com a idade e gênero. Prioriza-se o Clearence de
creatinina. Exercícios severos e ingestão de altas
quantidades de carne podem causar aumentos
significativos na excreção de creatinina, enquanto a
diminuição da massa muscular nos idosos provoca
diminuição.
FERRITINA (ng/mL) – jejum 12h. Tabagismo e dieta rica
em CHO alteram o resultado do exame.
♂ 30 – 300
♀ 10 – 200
Composto principal de armazenamento de ferro. Ferritina
inferior a 12ng/mL pode confirmar o diagnóstico de
deficiência de ferro.
FERRO (mcg/mL) – jejum 8h.
Adultos 30 - 160
Valores aumentados estão associados a hemocromatose
hereditária.
FOSFATASE ALCALINA (UI/L) – jejum 8h.
Adultos 40 - 130
Valores aumentados estão associados a distúrbios do trato
biliar, hepatites, doença de Paget, neoplasias,
hiperparatireoidismo, osteomalácia e raquitismo.
FRUTOSAMINA – jejum 8h.
Adultos Variável, de acordo com o
teor de albumina na
amostra
Corresponde ao conjunto das proteínas glicosadas, das
quais a maior parte se deve à albumina. É útil na avaliação
da eficácia de uma mudança terapêutica, sendo mais
precocemente afetada que a hemoglobina glicada.
Utilizada no monitoramento do DM gestacional.
GAMA GLUTAMILTRANSFERASE / GGT (UI/L) – jejum
8h. Suspender paracetamol e anticonvulsivantes.
♂ <50
♀ <30
Valores aumentados: doenças hepáticas, alcoolismo
crônico e icterícia obstrutiva.
GLICOSE (mg/dL) – jejum 8 a 14h.
Não DM 60 – 99
Pré-DM 100 – 126
DM >126
HEMOGLOBINA GLICADA (%) – jejum não obrigatório.
Não DM <6%
DM controlados 6 – 8%
DM descompensados >8%
Associada ao controle glicêmico de pacientes diabéticos.
INSULINA (mcUI/mL) – jejum 8h
Adultos 2,5 - 25
Para avaliação da resistência à insulina, utiliza-se o
método HOMA, onde:
HOMA = [glicose de jejum x insulina de jejum] / 22,5
LEPTINA (ng/mL) – jejum 4h.
♂ 70 – 160
♀ 60 – 150
Peptídeo sintetizado pelos adipócitos, desempenha função
na regulação da ingestão alimentar e no aumento do gasto
energético.
PROTEÍNA C-REATIVA (PC-R mg/dL) – jejum 8h.
Risco de DCV
-baixo
-moderado
- alto
<1
1 – 3
>3
Prova inflamatória Normal <0,5
3
Principal proteína de fase aguda dos processos
inflamatórios. Pode estar elevada nos processos
infecciosos, inflamatórios e neoplasias.
PROTEÍNAS TOTAIS E FRAÇÕES (g/dL) – jejum 4h.
Proteínas totais 5,5 – 8
Albumina 3,5 – 5,5
Globulinas 2 – 3,5
Rel Albumina/globulina >1,0
Utilizadas como apoio ao diagnóstico nutricional.
Resultados baixos da relação albumina/globulina ocorrem
nos casos de cirrose, glomerulopatias, mieloma,
sarcoidose, doenças granulomatosas, colagenoses,
infecções agudas, caquexia, queimaduras e doenças
inflamatórias intestinais.
TRANSAMINASES HEPÁTICAS (UI/L) – jejum 8h.
AST <35
ALT <35
Provas de função hepática, valor no diagnóstico de
hepatites virais, tóxicas e doenças necróticas do fígado.
TRANSFERRINA (mg/dL) – jejum 8h.
Adultos 230 – 390
Principal proteína de transporte de ferro. Em situações
carenciais de ferro sua produção é aumentada. Utilizada
no diagnóstico diferencial de anemias e no monitoramento
do tratamento.
URÉIA (mg/dL) – jejum 8h.
Adultos 10 – 40
Principal produto nitrogenado do metabolismo de proteínas
e aminoácidos. Sofre influência de problemas renais,
desidratação, excessivaquantidade de proteína da dieta e
catabolismo proteico aumentado.
Transforma-se a ureia urinária em nitrogênio, dividindo-se
a ureia por 2,14.
TESTE DO ESTADO DE MICRONUTRIENTES
Teste Interpretação Valores de referência
Tiamina (B1) Medida pela quantidade de tiamina pirofosfato necessária para ativar a
transcetolase. Deficiência grave pode desencadear beribéri e síndrome
de Wernicke.
0 – 2mcg/dL
Riboflavina (B2) É avaliada medindo-se a quantidade de FAD necessária para ativar a
enzima glutationa peroxidase.
4 – 24mcg/dL
Niacina (B3) A fração de niacina no sangue como NAD é um teste potencialmente
útil pelo fato de se tratar de uma vitamina precursora de derivados que
desempenham papel no metabolismo celular e na reparação do DNA.
Não há teste bioquímico para
avaliar B3.
Vitamina B6 A piridoxal fosfato é a principal forma de transporte de B6. Seus níveis
no soro refletem os depósitos no corpo.
0,5 – 3mcg/dL
Folato A deficiência leva a aumento de VCM. Seu estado funcional é feito pelo
ácido formiminoglutâmico (FIGLU) na urina de 24 horas ou após carga
oral de histidina.
3,1 – 17,5 ng/mL
Cobalamina (B12) A deficiência conduz ao aumento no VCM. Níveis <150ng/dL indicam
deficiência.
Normal: 200 – 1.000ng/dL
Acido ascórbico Medido no plasma ou nos leucócitos. O plasma é preferido para
pacientes doentes agudos.
Plasma: 0,4 – 1mg/dL
Retinóis Níveis de retinol <100mcg/dL indicam deficiência grave de vitamina A;
ésteres do retinol >5% do total indicam hipervitaminose.
20 – 100mcg/dL
Tocoferóis Tocoferóis alfa e beta apresentam funções antioxidantes. Valores mais
baixos são encontrados em lactentes.
0,5 – 1,8mg/dL
Colecalciferol (D3)
e calciferol (D2)
A atividade de fosfatase alcalina reflete o nível de atividade óssea e
indiretamente o estado de vitamina D. Para avaliar a biodisponibilidade
de vitamina D, calcidiol e ercalcidiol podem ser dosados juntamente. A
concentração de calcitriol é usada para verificar se o metabolismo de
vitamina D está ocorrendo naturalmente.
Vitamina D3: 10 – 68ng/mL
Filoquinona (K1) e
menadiona (K2)
Em deficiência de vitamina K, o tempo de protrombina aumenta
proporcionalmente com os fatores anormais de coagulação.
0,13 – 1,19ng/mL
Sódio (Na+) Aumento de Na+ sérico observado em perda hídrica. Decréscimo visto
em várias condições.
135 – 145mEq/L
Potássio (K+) Aumento do K+ sérico é visto em doenças renais e decréscimo de Na+
e K+ indicam decréscimo na ingestão ou aumento da captação celular.
3,5 – 5,1mEq/L
Cloreto (Cl-) Os níveis de Cl- mudam com alterações catiônicas e osmóticas no
organismo.
100-110mEq/L
Fósforo (P) Nível de P anormal está mais intimamente associado a distúrbio de
ingestão, distribuição ou função renal.
2,7 – 4,5mg/dL
Magnésio (Mg+2) Em casos de tétano, convulsão e alterações em ECG são afetadas
quando os níveis de magnésio caem <1mEq/L.
1,8 – 3mEq/L
Zinco (Zn) Níveis séricos afetados pela dieta e resposta inflamatória. A deficiência
de zinco está associada a diversas doenças e traumas.
0,7 – 1,5mg/L
Cobre (Cu) A deficiência de cobre está associada a neutropenia e anemia. ♂ 70 – 140mcg/dL
♀ 80 – 155mcg/dL
4
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE URINA
ANÁLISE DA URINA DE 24 HORAS - A principal análise é
a microalbuminúria, sendo normal entre 30 – 300mg.
Valores elevados estão associados a lesão glomerular,
principalmente entre hipertensos e DM.
ELEMENTOS ANORMAIS DO SEDIMENTO – EAS.
Refere-se à pesquisa qualitativa de vários elementos na
urina – proteínas, açúcares, corpos cetônicos, pigmentos
biliares, hormônios, cristais e células anormais e
verificações de características da amostra (pH, aspecto,
cor, odor, densidade, transparência e volume).
O exame microscópico pode relevar a presença de
eritrócitos (0 – 2/campo), leucócitos (0 – 5), bactérias
(ausentes e raras) e cristais (ausentes).
5
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE FEZES
INVESTIGAÇÃO DE PROCESSOS INFECCIOSOS
A investigação dos processo infecciosos em amostras
fecais compreende, especialmente, os exames
parasitológicos de fezes, a detecção de antígenos e a
coprocultura.
O exame parasitológico de fezes é um procedimento de
rotina quando há suspeita de infecções causadas por
protistas e metazoários, os quais podem ser encontrados
nas fezes. Não existe um método capaz de investigar
todos os agentes infecciosos nas fezes.
A detecção de antígenos específicos de Entamoeba e
Giardia tem apresentado resultados satisfatórios, podendo
ser útil para a investigação daqueles enfermos que
apresentam sinais e sintomas das doenças e que tenha
exames persistentemente negativos.
A coprocultura é o exame bacteriológico do material fecal.
Na coprocultura, as fezes devem ser examinadas o mais
precoce possível.
Micro-organismos envolvidos em diarreias, fonte provável de infecção, período de incubação:
Micro-organismo Fonte de infecção ou
condição predisponente
Período de incubação
Aeromonas spp. Água Desconhecido
Bacilus cereus Carnes, vegetais 6 a 24 horas
Campylobacter jejuni Água, leite, carnes 3 a 11 dias
Clostridium difficile Terapia antimicrobiana 4 a 9 dias
Clostridium perfringens Carnes 8 a 16 horas
Escherichia coli
enterotioxinogênica
Alimentos em geral, água 4 a 24 horas
Escherichia coli enteroinvasiva Alimentos em geral 8 a 24 horas
Escherichia coli
enterohemorragica
Carnes, leite 3 a 5 dias
Plesiomonas shigelloides Água, pescados 1 a 2 dias
Salmonella spp Alimentos em geral 8 a 72horas
Shigella dysenteriae Água 3 a 5 dias
Outras Shigella Água, alimentos em geral 8 a 72 horas
Staphylococcus aureus Carnes, laticínios 1 a 6 horas
Vibrio cholerae Água, pescados 1 a 5 dias
Vibrio parahaemolyticus Pescados 15 a 24 horas
Yersínia enterocolitica Água, alimentos em geral 16 a 48 horas
COPROLOGIA FUNCIONAL
É denominado prova de digestibilidade. Compreende o
estudo das funções digestivas do TGI e das glândulas
anexas, permitindo diagnosticar as diferentes síndromes
corpológicas, como:
- insuficiência gástrica, pancreática e biliar;
- hipersecreção biliar;
- desvios de microbiota bacteriana;
Síndrome ileal e cecal;
- constipação;
- colites; e
- outras alterações do trânsito intestinal.
Dieta e coleta:
Algumas precauções devem ser tomadas na realização da
coprologia funcional:
- o enfermo não deve usar laxantes e antiácidos nos três
dias anteriores e durante a coleta;
- deve evitar o uso de bebidas gasosas e alcoólicas
durante os três dias que antecedem a coleta;
- crianças até 12 anos devem consultar o médico para
avaliar a necessidade de alterar a dieta;
- Para enfermos maiores de 12 anos e adultos,
recomenda-se que nas 72h que antecedem o exame
sejam consumidos – no desjejum e no lanche – alimentos
com manteiga, leite e queijos. No almoço e jantar – arroz,
batata cozida, feijão, carnes e, de sobremesa,
preferencialmente banana.
- No quarto dia deve coletar todo o material fecal da
primeira evacuação (o volume mínimo necessário para o
exame é de 20g);
- coletar em recipientes limpos e secos;
- Entregar ao laboratório em no máximo 2h após coleta ou,
mantê-la refrigerada em 2 – 8ºC.
Análise macroscópica da coprologia funcional
Análise Significado
Areia Raramente observada, representa pequenas formações de cálcio ou fosfato de magnésio e
cálcio, associadas, invariavelmente, às células vegetais.
Cálculos Sua presença nas fezes é extremamente rara.
Corpos estranhos Podem estar presentes, sendo de natureza extremamente variada (botões, moedas, por
exemplo), não sofrendo, via de regra, ação enzimática.
Detritos vegetais A presença de fragmentos de alimentos é descrita em casos de insuficiência pancreática ou de
trânsito intestinal acelerado.
Fibras musculares Fragmentos de carne, de coloração parda, aparecem a olho nu em determinadas condições
mórbidas, com destaque para insuficiência pancreática ou de trânsito intestinal acelerado.
Gordura Pode ser identificada a olho nu ou nos casos de insuficiência pancreática, ingestão excessiva de
alimentos gordurosos, trânsito intestinal acelerado ou má-absorção.
Tecido conjuntivo Compões feixes filamentosos esbranquiçados e muitoflexíveis, após ingestão de carne crua,
sua presença no material fecal denota insuficiência gástrica ou esvaziamento gástrico acelerado.
6
PESQUISA DE GORDURA FECAL
A deficiência de lipases intestinais na doença do pâncreas
aumenta o teor de gorduras neutras e proteínas não
digeridas, pela falta concomitante de proteases
pancreáticas. As doenças do fígado e do trato biliar
capazes de produzir esteatorréia geralmente são
acompanhadas de icterícia e outras alterações
bioquímicas do sangue anteriores ao quadro típico.
AMOSTRA: Com o paciente sob dieta adequada, as fezes
são recolhidas em 72 horas e mantidas na geladeira com
indicação de data e hora de coleta (vasilhame plástico, lata
ou vidro de boca larga).
VOLUME NECESSÁRIO: Todo o volume de fezes colhidas
nas evacuações do quarto, quinto e sexto dias (mantendo-
se a dieta).
Consideram-se patológicas as fezes que contêm alto teor
de gordura acima de 25%.
Dieta: no mínimo 1g/kg de gordura além da dieta habitual,
mantida por 6 dias. Adultos devem aumentar (além do
habitual) 3 colheres de sopa (CS) de azeite de oliva, 2 CS
creme de leite, 1 CS manteiga e duas fatias de queijo.
Crianças abaixo de 1ano não necessitam de gordura
adicional. Crianças de 1 a 2 anos devem acrescentar
creme de leite, requeijão ou queijo prato ás refeições.
OBSERVAÇÕES:
– Consultar o médico assistente quanto ao uso de outros
medicamentos;
– Não usar purgativos, laxantes, antiácidos e talco. Em
caso de constipação intestinal, pode ser administrado
supositório de glicerina;
– Não colher as fezes no período menstrual;
– Evitar a contaminação com urina, água ou outros
elementos;
– Em caso de crianças pequenas, recolher as fezes da
fralda, logo após a evacuação;
– Para esse exame, é contra-indicado o uso de óleos
minerais, óleo de rícino e enemas (bário).
PESQUISA DE SANGUE OCULTO NAS FEZES
Permite diagnosticar ulceração no trato digestivo. As
causas mais comuns de sangramento gastrointestinal
superior são úlcera péptica, varizes esofagianas, gastrite e
câncer gástrico.
7
No intestino baixo, as causas mais frequentes de
sangramento são colite, carcinoma de cólon e diverticulite.
Medicamentos como aspirina, salicilatos, esteróides,
derivados de rauwolfia, indometacina e colchicina também
são responsáveis por sangramentos gastrointestinais.
Devem ser evitados por 3 dias antes do exame.
Quando houver esse tipo de suspeita, pelo menos três
amostras de fezes devem ser examinadas.
Medicamentos à base de ferro podem levar a resultados
falso-positivos.
AMOSTRA: Fezes recentemente colhidas (frasco plástico)
após dieta adequada.
VOLUME NECESSÁRIO: 5g (1/3 do recipiente coletor)
para fezes moldadas ou líquidas.
ORIENTAÇÕES: Dieta mantida por dois dias consecutivos.
Devem ser evitados:
- Alimentos ricos em ferro: Carnes vermelhas e/ou
sanguinolentas, ovos, broto de feijão e feijão preto;
- Vegetais verdes e com grande quantidade de peroxidase:
brócolis, couve-flor, espinafre, nabo e rabanete.
–Alimentos ricos em vitamina C;
– Bebidas alcoólicas.
COLETA: Ao final do segundo ou terceiro dia pela manhã,
mantendo a dieta, coletar uma amostra de fezes e enviar
ao laboratório.
OBSERVAÇÕES:
– Não usar purgativos. Em caso de constipação intestinal,
pode ser administrado supositório de glicerina;
– Não colher fezes durante a menstruação ou quando
houver sangramento local;
– Consultar o médico assistente quanto ao uso de outros
medicamentos;
– Evitar a contaminação com urina, água ou outros
elementos;
– Em caso de crianças pequenas, recolher as fezes da
fralda logo após a evacuação;
– Para esse exame é contraindicado o uso de óleos
minerais e enemas (bário);
– A dieta poderá ser dispensada por solicitação médica, o
que deve ser informado no recebimento da amostra.
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTÉICA
ALBUMINA SÉRICA (mg/dL)
Nutrido >3,5
Leve 3 – 3,5
Moderada 2,4 – 2,9
Grave <2,4
Meia-vida 20 dias.
Reduzida na desnutrição, doenças hepáticas, ICC,
doenças hepáticas, inflamação e infecções.
TRANSFERRINA SÉRICA (mg/dL)
Leve 150 – 200
Moderada 100 – 150
Grave <100
Meia-vida 8 dias.
PREALBUMINA SÉRICA (mg/dL)
Nutrido 15,1 – 42
Leve 10 – 15
Moderada 5 – 9,9
Grave <5,0
Meia-vida 2 a 3 dias.
PROTEÍNA LIGADA AO RETINOL SÉRICA (mEq/dL) –
mais sensível
Nutrido 3 – 5
Meia-vida 10 – 12h. Mais sensível ás alterações
nutricionais.
Reduzida na carência de vitamina A e zinco, doenças
hepáticas e infecções graves.
ÍNDICE CREATININA-ALTURA (ICA) - Durante a
desnutrição e patologias hipercatabólicas, a degradação
intensa do músculo-esquelético pode ser aferida a partir da
dosagem da creatinina urinária utilizando o ICA.
Representa um bom indicador de reserva protéica
muscular. Depende da coleta adequada de urina de 24h
ou oligúria.
ICA = creatinina urinária 24h x 100 / excreção ideal por
sexo
8
9
ICA
Nutrido >80
DEP Moderada 60 – 80
DEP Grave <60
3-METIL-HISTIDINA - Associada ao catabolismo protéico.
Parâmetro de seguimento nutricional, recuperação
nutricional e catabolismo muscular.
BALANÇO NITROGENADO (BN) - Reflete a dinâmica
protéica.
BN = (PTN ingerida)/6,25 – (uréia urinária)/2,14 + 4 +
outras perdas
0 Equilíbrio
+ Anabolismo
- Catabolismo
CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS (CTL) - Avalia a
competência imunológica.
CTL = [% linfócitos x leucócitos]/100
Depleção leve 1.200 – 2.000 céls/mm3
Depleção moderada 800 – 1.199 céls/mm3
Depleção grave <800 céls/mm3
ÍNDICE DE PROGNÓSTICO NUTRICIONAL (IPN) - Foi
desenvolvido por Buzby para pacientes cirúrgicos, na
tentativa de prever o risco de morbidade pós-cirúrgica.
Este índice permite uma intervenção nutricional
objetivando melhorar o quadro clínico e nutricional antes
do ato cirúrgico.
10
ÍNDICE DE RISCO NUTRICIONAL (IRN)
Esse índice associa parâmetros empregados na avaliação
nutricional em fórmula específica que tem por objetivo
estabelecer associação entre o estado nutricional e a
morbimortalidade, ou seja, visa determinar o risco que o
paciente apresenta submetido a um fator injúria qualquer,
estando sob uma condição nutricional insatisfatória.
ÍNDICE PROGNÓSTICO NUTRICIONAL HOSPITALAR
(INH)
Foi desenvolvido por Harley et al (1981), sendo calculado
a partir da seguinte fórmula:
ÍNDICE PROGNÓSTICO INFLAMATÓRIO NUTRICIONAL
(IPIN)
O IPIN é calculado a partir dos valores de duas proteínas
positivas, proteína C reativa e alfa-1-glicoproteína ácida e
duas negativas, albumina e transtirretina.
Este índice tem sido usado para caracterizar pacientes
críticos, tendo invariabilidade e precisão para prever o
risco de complicações e morte desses pacientes.
DIABETES (DM)
DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO LABORATORIAL
- Glicemia
Diagnóstico Glicemia (mg/dL)
Jejum 2h após 75g
de glicose
Casual
Normal <100 <140 -
Pré-DM ≥100 e <126 ≥140 e <200 -
DM ≥126 ≥200 ≥200 +
sintomas
- Hemoglobina Glicada (%)
Normal 5 – 5,5
Maior risco de Pré-DM 5,5 – 6
Pré-DM 5,7 – 6,4
DM ≥6,5
DIABETES GESTACIONAL
Glicemia (mg/dL)
Jejum 1h após
75g de
glicose
2h após 75g de
glicose
SBD 2009 ADA 2011 ADA 2011 SBD 2009 ADA 2011
110 92 180 140 153
SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes
ADA – Associação Americana de Diabetes
CONTROLE ADEQUADO DO DM
Definido pelos seguintes critérios:
- Ausência de glicosúria;
- Glicemia de jejum <110mg/dL;
- Pós-prandias (2h após refeições) <140mg/dL; sendo
inaceitáveis <60 ou >240mg/dL;
- Hb1AC ≤7%.
INSULINA
É um peptídeo sintetizado pelas células beta das ilhotas de
Langerhans do pâncreas, e sua secreção é controlada
pelos níveis de glicemia, estímulos nervosos e hormonais.
Diversas formas de resistência à insulina, por diferentes
mecanismos, vêm sendo descritas.
11
A causa mais conhecida é a que acompanha a obesidade,
com níveis de insulina elevados e resposta exagerada
após a sobrecarga glicídica. Nestes casos, há elevação da
insulinemia diante de níveis normais ou altos de glicemia.
A dosagem da insulinemia se altera com a presença de
anticorpos anti-insulina; nesses casos, a dosagem do
peptídeo C pode ser usada para o estudo de secreção da
insulina.
VR: 2,5 – 25UI/mL.
Para avaliação da resistência insulínicapodem ser
utilizados os índices:
HOMA-IR
Prediz o nível de resistência à insulina a partir da glicemia
e insulinemia basal. Requer cautela e acompanhamento
individual.
HOMA: glicose de jejum (mmol/L) x insulina de jejum
(μU/mL) / 22,5
QUICKI
Método simples e de baixo custo para avaliação de
resistência à insulina.
QUICKI: 1 / [log (insulina de jejum) + log (glicemia de
jejum)]
PEPTÍDIO C
Após a clivagem da pró-insulina, o peptídeo C é secretado
em proporção equimolar, junto com a insulina, embora, ao
contrário dela, não sofra extração hepática. Sua dosagem
não se altera na presença de anticorpos anti-insulina,
refletindo, nestes casos, melhor que a insulina, a
capacidade secretória das células beta.
Sua principal utilização é a avaliação da reserva de
insulina endógena, auxiliando na orientação terapêutica.
Valores baixos indicariam indivíduos insulino-dependentes;
porém, não se consegue uma identificação completa
destes pacientes pela avaliação dos níveis basais ou
estimulados do peptídeo C. A hipoglicemia factícia
caracteriza-se por níveis elevados de insulina e níveis
indetectáveis do peptídeo C. Na presença de hipoglicemia,
valores elevados podem ser encontrados em casos de
insulinoma.
Em jejum 0,5 – 3ng/mL
Após estímulo com glucagon 1,5 - 9ng/mL
CLAMP EUGLICÊMICO
Objetiva avaliar a sensibilidade tecidual à insulina, além de
avaliar a sensibilidade tecidual em situações constantes de
glicemia e insulinemia.
CROMO
A deficiência pode predispor o indivíduo à resistência à
insulina.
Soro 0,05 – 5,0mcg/L
Hemácias 20 – 36mcg/L
Urina 0,1 – 2,0mcg/L
DOENÇAS DE TIREÓIDE
HIPOTIREOIDISMO CLÍNICO
T4 baixo associado a TSH elevado.
HIPERTIREOIDISMO
T4 elevado associado a TSH baixo.
BOCIO NODULAR TÓXICO
T4 normal associado a TSH baixo e T3 alto.
VR – segundo laboratório.
METABOLISMO DE CÁLCIO VITAMINA D, PTH E
OSTEOPOROSE
OSTEOPOROSE
O diagnóstico é feito mediante densitometria óssea (DMO),
onde:
Normalidade: DMO com escore T >-1DP;
Osteopenia: DMO com escore T -1DP a > -2,5DP;
Osteoporose: DMO com escore T <-2,5DP.
O escore T corresponde aos valores do pico de massas
óssea para jovens, segundo sexo.
Risco acentuado de fraturas: DMO <-2,5DP.
CÁLCIO SÉRICO (TOTAL E IONIZADO)
Constitui cerca de 1,5 – 2% do peso corporal e 39% dos
minerais do corpo humano. Aproximadamente 99% está
presente nos ossos e dentes, na forma de hidroxiapatita,
sendo o cálcio dos dentes não-permutável.
FÓSFORO SÉRICO
A concentração de fósforo sérico é regulada, conforme
metabolismo do cálcio, depende da tríade PTH, vitamina D
e calcitonina.
PARATORMÔNIO (PTH)
PTH, em conjunto com vitamina D e calcitonina, tem por
função manter a homeostase de cálcio e fósforo. A
homeostase resulta de um equilíbrio entre ingestão
alimentar e absrção intestinal em relação à reabsorção
tubular renal e à remodelagem óssea regulada por esses
hormônios.
VITAMINA D
Utiliza-se a 25(OH)D, pois é o único metabólito da vitamina
D utilizado para determinar o estado nutricional de
vitamina D. Meia vida de 2 a 3 semanas. Consiste na
soma da vitamina D ingerida pela dieta e da exposição à
luz solar (produção endógena).
FOSFATASE ALCALINA ÓSSEA ESPECÍFICA (OE)
Auxilia no diagnóstico diferencial, orientando ainda quanto
às avaliações hormonais e bioquímicas específicas a
serem realizadas como complementação diagnóstica de
doenças ósseas.
12
Cálcio sérico (mg/dL)
Total
Ionizado
8,8 – 10,2
4,0 – 5,6
Fósforo sérico (mg/dL) 2,7 – 4,5
Fosfatase alcalina OE VR do laboratório
PTH (pg/mL) 10 - 65
25(OH)D (pg/mL) 20 – 76
DISLIPIDEMIA
CLASSIFICAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS
- Hipercolesterolemia isolada – elevação isolada do
colesterol total (CT), em geral por aumento de LDL.
- Hipertrigliceridemia isolada elevação isolada dos
triglicerídeos (TG).
- Hiperlipidemia mista – aumento de CT e TG.
- HDL baixo.
CLASSIFICAÇÃO FENOTÍPICA (FREDRICKSON)
Se baseia no padrão das lipoproteínas associadas a
concentrações elevadas de CT e/ou TG.
Fenótipo QM VLDL IDL LDL
Tipo 1:
CT: N ou ↑
TG: ↑↑
X
Tipo IIa
CT: ↑
TG: N
X
Tipo IIb
CT: ↑↑
TG: ↑↑
X X
Tipo III
CT: ↑
TG: ↑
X
Tipo IV
CT: N
TG: ↑
X
Tipo V
CT: ↑
TG: ↑↑
X X
N – normal; ↑ - pouco elevado; ↑↑ - muito elevado.
ASPECTOS LABORATORIAIS DAS DISLIPIDEMIAS
Segundo o NCEP, a avaliação do perfil lipídico deve ser
realizado em todos os indivíduos com idade superior a 20
anos, com acompanhamento a cada 5 anos para aqueles
com valores dentro da normalidade.
COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES (mg/dL) – jejum 12h
Adultos Pediatria
(2 – 19 anos)
Categoria
COL <200
200 – 239
≥240
<150
150- 169
≥170
Òtimo
Limitrofe
Alto
HDL <40
>60
-
-
-
>45
Baixo
Alto
Desejável
LDL <100
100 – 129
130 – 159
160 – 189
≥190
-
<100
100 – 129
≥130
-
Òtimo
Desejável
Limitrofe
Alto
Muito alto
TG <150
150- 199
200 – 499
≥500
<100
100 – 129
≥130
-
Òtimo
Limitrofe
Alto
Muito alto
LIPOPROTEÍNA (a)
A Lp(a) é uma lipoproteína com grande semelhança
estrutural com o colesterol LDL (low density lipoprotein). É
considerada por muitos autores como um fator de risco
independente para o desenvolvimento de doença
cardiovascular aterosclerótica. Níveis acima de 30mg/dL
são considerados de risco para DCV. Não deve ser
realizada rotineiramente.
ÍNDICE DE CASTELLI (IC)
Consiste na combinação entre níveis plasmáticos de CT,
LDL e HDL, para verificar a influência de cada uma das
frações de colesterol no risco de DCV.
IC – 1 = CT / HDL
♂ Até 5,1
♀ Até 4,4
IC – 2 = LDL / HDL  mais indicado para visualizar o risco
de enfermidade cardiovascular.
♂ Até 3,3
♀ Até 2,9
PANCREATITE AGUDA
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
É realizado o diagnóstico de pancreatite aguda pelo
quadro clínico (dor abdominal, distensão, náuseas e
vômitos); exames de imagem (TC de abdômen) e por
métodos bioquímicos (níveis de enzimas pancreáticas em
soro).
Os níveis séricos de amilase aumentam dentro de 2 –
12hapós início do quadro clínico, permanecendo elevada
durante 3 a 5 dias. É a enzima mais solicitada na prática
clínica, pois possui 94% de sensibilidade.
AMILASE – VR 28 – 100UI/L.
A lipase eleva-se no sangue em 4 – 8 horas após
manifestação dos sintomas. Atinge pico em 24h e
normaliza em 8 – 14 dias. Possui alta especificidade.
LIPASE – VR <160UI/L.
Outras alterações incluem: elevação de hematócrito,
leucócitos, escórias nitrogenadas, creatinina, VHS,
desidrogenase láctica, PC-R, IL-6, AST, ALT e calcemia.
DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA
A seguir serão descritos os principais marcadores
laboratoriais utilizados na avaliação e no acompanhamento
das doenças hepáticas crônicas.
ALBUMINA E PROTROMBINA
São proteínas de síntese hepática, A atividade de
protrombina reduzida e a hipoalbuminemia confirmam
disfunção hepatocelular.
PROVAS DE FUNÇÃO E MARCADORES
INFLAMATÓRIOS
A seguir são descritas as provas de função hepáticas.
13
Indicador Considerações gerais Valores
normais
Valores
ideais
Interpretação clinica quando a
alteração está relacionada à
doença hepática
Aspartato
aminotransferase
(AST)
Presente no citoplasma e nas
mitocôndrias do fígado, músculos
esquelético e cardíaco, rins,
pâncreas e eritrócitos. Sua elevação
geralmente indica comprometimento
celular mais grave.
Até 35 UI/L Até 33 UI/L Os valores de AST e ALT se
apresentam elevados quando
corre lesão hepatocelular com
necrose. Alterações
significativas são consideradas a
partir de duas vezes os valores
normais. Valores acima de 1.000
UI/L são vistos na hepatite viral
aguda, hepatite isquêmica e no
dano hepático agudo induzido
por drogas ou toxinas.
Alanina
aminotransferase
(ALT)
Encontrada em altas concentrações
quase exclusivamente no citoplasma
dos hepatócitos o que torna o seu
aumento mais específico de lesão
hepática; no entanto, pode estar
aumentada em conjunto com a AST
em miopatias graves.
Até 41 UI/L Até 35 UI/L Redução nos níveis séricos das
aminotransferases pode ser
sinal de recuperação da doença
hepática, mas também pode
sinalizar a destruição maciça
dos hepatócitos viáveis,
indicando lesão hepática
avançada e pior prognóstico.
RelaçãoAST/ALT15
A relação entre enzimas tem valor
diagnóstico. Tanto a AST quanto a
ALT costumam estar alteradas
(elevadas ou diminuídas) na mesma
proporção, no entanto, em algumas
situações, essa tendência pode ser
diferente.
0,7 a 1,4 0,8 Relação AST/ALT maior do que
1 indica a presença de cirrose
em indivíduos com hepatite viral
crônica. Já a relação AST/ALT
maior do que 2, desde que o
valor de ambas isoladamente
esteja menor do que 300 UI/L,
pode indicar doença hepática de
origem alcoólica, pois nesses
casos há maior lesão
mitocondrial do que em outras
hepatopatias ocasionando
elevação mais acentuada de
AST.
Gama
glutamiltransferase
(gama-GT)
Derivada do fígado, dos rins, do
pâncreas, do intestino, do baço, do
coração, do pulmão, do cérebro e da
próstata. É um marcador sensível de
doença hepática estando alterada na
maioria dos portadores de doença
hepatobiliar. No entanto, apresenta
baixa especificidade, pois sua
elevação tem sido associada a uma
variedade de condições clinicas,
incluindo doença pancreática, infarto
do miocárdio, insuficiência renal,
doença pulmonar obstrutiva crônica,
diabetesmelito, alcoolismo e nas
terapias com alguns fármacos, como
a fenitoína e os barbitúricos.
Homens: 15
a 85 UI/L
Mulheres: 5
a 55 UI/L
Homens: 50
UI/L
Mulheres: 30
UI/L
Valores elevados de gama GT
são encontrados na colestase
intra-hepática, na obstrução
biliar extra-hepática e nos
processos infiltrativos.
Fosfatase alcalina
(FA)
Trata-se de uma família de
isoenzimas, presentes em
praticamente todos os tecidos,
principalmente no hepático e no
ósseo. É encontrada também na
placenta, assim, níveis séricos
elevados de FA podem ser vistos
durante à gravidez, sem
comprometimento hepático.
40 a 130
UI/L
93 UI/L FA de origem hepática pode
estar moderadamente elevada
(até 2 vezes o valor normal) em
algumas lesões hepáticas, como
hepatite e cirrose. Elevações
mais graves (10 vezes o valor
normal) são encontradas nas
obstruções extra-hepáticas das
vias biliares, na colestase intra-
hepática e na cirrose biliar.
Relação gama-
GT/FA
A elevação da gama-GT tem sido
associada ao uso do álcool. Para
esse propósito, apresenta
sensibilidade de 52% a 94%.
<2,5 <2,5 Sugere-se que uma relação
gama GT/FA superior a 2,5
indica uso abusivo de álcool.
14
Indicador Considerações finais Valores
normais
Valores
ideais
Interpretação clinica quando a
alteração está relacionada à
doença hepática
Bilirrubina total A bilirrubina é o produto final da
destruição da porção heme da
hemoglobina e outras
hemoproteínas. Constitui-se no
principal componente dos
pigmentos: biliares, sendo
subdividida em bilirrubina direta
e indireta (ou não conjugada). A
dosagem das bilirrubinas é um
exame que pode avaliar ao
mesmo tempo: lesão
hepatocelular, fluxo biliar e
função de síntese do fígado.
0,2 a 1,2
mg/dL
0,7 mg/dL A relação da bilirrubina total deve-se
a uma superprodução da ou
absorção, conjugação e/ou
excreção prejudicada pelo fígado. O
primeiro passo ao se avaliar um
indivíduo com bilirrubina total
elevada é realizar o fracionamento
da bilirrubina e determinar se a
hiperbilirrubinemia é
predominantemente direta ou
indireta.
Bilirrubina direta Ver bilirrubina total Até 0,4
mg/dL
Até 0,2 mg/dL Encontra-se elevada na disfunção
do parênquima hepático e dos
ductos biliares e na obstrução do
fluxo da bile, com refluxo para o
sangue.
Bilirrubina indireta Ver bilirrubina total Até 0,8
mg/dL
Até 0,5 mg/dL Hiperbilirrubinemia indireta pode ser
observada em uma série de
distúrbios relacionados à
superprodução de bilirrubina, como
a hemodiálise e a eritropoese
deficiente ou distúrbios associados
à redução na absorção ou
conjugação hepática, como nas
lesões intensas dos hepatócitos.
Desidrogenase
láctica (DHL)
Enzima presente no citoplasma
dos tecidos em todo o corpo.
Menos sensível e especifica do
que as aminotransferases
séricas para avaliação da
doença hepática. Mais útil como
marcador de infarto agudo do
miocárdio e hemólise.
100 a 190
UI/L
150 UI/L A elevação da desidrogenase láctica
é observada em lesões
hepatocelulares de modo geral e em
neoplasias com comprometimento
hepático.
Albumina Quantitativamente é a mais
importante proteína plasmática.
Sua síntese pode ser dobrada
em situações nas quais há
rápida perda ou baixa
concentração sérica, sendo
regulada por uma variedade de
influências. A hipoalbuminemia
nem sempre reflete disfunção
hepática, podendo ser
ocasionada por desnutrição,
respostas inflamatória e
síndrome nefrótica.
3,5 a 5 g/dL 4,3 g/dL A concentração sérica tende a ser
normal em algumas doenças
hepáticas, como hepatite aguda e a
icterícia obstrutiva. A
hipoalbuminemia é mais comum nos
distúrbios crônicos do fígado (p.ex.
cirrose), fornecendo uma estimativa
da gravidade da doença.
Globulina Sintetizada no fígado ou pelas
células do sistema imunológico,
atua no processo de
coagulação, transporte de
hormônios e na resposta
inflamatória
1,5 a 3
mg/dL
2,3 mg/dL Comumente são encontrados níveis
elevados na hepatite crônica, na
cirrose biliar primária e na hepatite
autoimune.
Ceruloplasmina Atua transportando mais de
90% do cobre plasmático para a
eliminação na bile. É útil como
critério diagnóstico da doença
de Wilson, no entanto pode
estar alterada em outras
situações como: resposta de
fase aguda, na qual estará
elevada; e aceruloplasminemia
familiar, sendo encontrada
reduzida.
25 a 63
mg/dL
30 mg/dL Na insuficiência hepática e na
doença de Wilson, é comum
encontrar valores de
cerulosplasmina inferiores ao
normal, ao passo que na icterícia
obstrutiva, pode-se observar
elevação dessa proteína.
15
Indicador Considerações gerais Valores
normais
Valores
ideias
Interpretação clinica quando a
alteração está relacionadas à
doença hepática
Transferrina
Capacidade de
ligação do ferro
A transferrina é necessária a transporte
de ferro e responde com mais rapidez a
situações que afetam sua síntese, por
exemplo, desnutrição, insuficiência
hepática, insuficiência cardíaca
congestiva e inflamação. Normalmente
cerca de um terço de transferrina
circulante é saturada de ferro; sua
concentração aumenta nas deficiências
e reduz nas sobrecargas por esse
metal, ocorrendo o inverso quanto à
saturação.
230 a 390
mg/dL
20% a
45%
300 mg/dL
35%
Elevação na saturação de
transferrina é altamente sugestivo
de hemocromatose.
Ferritina Útil para monitorar indivíduos com
hemocromatose, sobrecarga crônica de
ferro ou terapia com quelantes de ferro.
Necessária também para diferenciar
pacientes anêmicos por deficiência de
ferro de paciente com anemia por
doença crônica. Pode estar elevada em
processos inflamatórias, infecções e
câncer. A redução associa-se a
hemorragias, situações que
predispõem má-absorção
(gastrectomia, diarreia) e menstruação
excessiva.
Homens:
30 a 300
ng/mL
Mulheres:
10 a 200
ng/ mL
Homens:
140 ng/mL
Mulheres:
116 ng/mL
Sua elevação pode estar
relacionada à hemocromatose,
doença hepática crônica e a
carcinoma hepático. A
hemocromatose contribui para
acelerar o processo de fibrose em
pacientes com doença hepática
alcoólica.
Tempo de
protrombina
(TP)
O TP é a prova de escolha para a
investigação do sistema extrínseco da
coagulação sanguínea, permitindo
revelar deficiências dos fatores que
atuam nesse sistema. O fígado é o
principal sítio de produção dos fatores
de coagulação, cuja deficiência ocorre
no curso da doença hepática, com
elevação do TP. No entanto, a
elevação do TP também pode ocorrer
devido ao consumo dos fatores de
coagulação (p.ex. hemorragia
gastrintestinal), certos fármacos e na
deficiência de vitamina K.
10 a 14
segundos
11 segundos O TP estará elevado na doença
hepática avançada, e a magnitude
da sua elevação se correlaciona
com o prognóstico em algumas
condições. Sugere-se que
elevação superior a 5 segundos
do valor de referência associa-se
ao curso fulminante da doença
hepática em indivíduos com
hepatite aguda viral, tóxica ou
alcoólica; já uma elevação acima
de 100 segundos indica
transplante hepático.
Relação
normatizada
internacional
(RN)
A RN é frequentemente utilizada paraexprimir o grau de anticoagulação em
indivíduos em terapia com varfarina.
Sua determinação é útil, pois padroniza
a medição do tempo de protrombina
com base nas características do
reagente trombopalstina, eliminando as
eventuais diferenças secundárias à
sensibilidade dos vários reagentes
disponíveis no mercado. A RN é
necessária ao cálculo do model for
end-stage liver disease (MELD) e
substitui tempo de protrombina no
índice Child-Pugh.
Até 1,5 Até 1,5 Elevado na doença hepática
avançada
16
Indicador Considerações gerais Valores
normais
Valores
ideias
Interpretação clinica quando a
alteração está relacionadas à
doença hepática
Alfafetoproteína A alfafetoproteína é uma alfa-i-
globulina plasmática encontrada em
altas concentrações no plasma fetal.
Seu nível sérico diminui gradualmente
após o nascimento atingindo os valores
normais do adulto entre os 8 a 12
meses de idade.
4 a 10,5
ng/dL
Até 10,5
ng/mL
A alfafetoproteína pode estar
elevada na grande maioria dos
pacientes com carcinoma
hepatocelular, sendo valores
acima de 500 ng/mL bastante
sugestivos desse agravo. No
entanto, sua dosagem isolada tem
valor limitado, pois também está
aumentada na hepatite crônica em
atividade. Recomenda-se a
associação da dosagem de
alfafetoproteína e exame de
imagem para diagnóstico precoce
de câncer hepático
Hepcidina Fundamental para regulação de
homeostase do ferro intraorgãos,
associada à hemocromatose genética,
sendo modulada pelo álcool, por
proteínas do vírus da hepatite C,
inflamação, estresse oxidativo, hipóxia
e obesidade.
76,1 a
108,4
ng/mL
92,25 ng/mL Baia concentração sanguínea de
hepcidina favorece a liberação do
ferro pela ferroportina com
consequente aumento do ferro na
corrente sanguínea; estando
relacionada à hemacromatose
hereditária. Sua elevação associa-
se a acúmulo de ferro no interior
dos hepatócitos, resultando em
inflamação e estresse oxidativo no
parênquima hepático.
Ácido úrico
sérico
Produto final da oxidação do
metabolismo das bases purínicas,
formando principalmente no fígado a
partir da xantina oxidase. A quantidade
de urato no organismo é o resultado do
balanço entre a ingestão dietética, a
síntese endógena e a taxa de
excreção.
Homens:
3,5 a 7,2
mg/dL
Mulheres:
2,6 a 6,5
mg/dL
Dentro da
faixa de
normalidade
Níveis acima do normal podem ser
resultado da redução da excreção
de ácido úrico e do aumento da
produção, anormalidades no
metabolismo das enzimas
envolvidas na síntese de
nucleotídeos purínicos, defeito no
armazenamento de glicogênio e
doença hepática crônica, além da
ingestão excessiva de purinas na
dieta, são outras possíveis causas
de hiperurecemia. Está
relacionado ainda ao estresse
oxidativo, inflamação e resistência
à insulina.
Homocisteína Produto intermediário da degradação
da metionina, um aminoácido essencial
para o organismo. Formada
exclusivamente a partir da
desmetilação da metionina, localizada
principalmente no fígado, proveniente
da dieta ou do seu metabolismo.
Homens: 8
a 14
mmol/L
Mulheres:
6 a 12
mmol/L
10 mmol/L Níveis elevados têm sido
associados ao maior risco de
eventos aterotrombóticos.
Atualmente a inter-relação entre a
hiper-homocisteinemia e maior
risco de doença hepática vem
sendo demonstrada, como a
associação positiva com
esteatose, esteato-hepatite,
elevação das transaminases,
redução da capacidade
antioxidante hepática e
desenvolvimento de fibrose.
17
CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA E
ÍNDICES DE PROGNÓSTICO
Determinar o prognóstico de pacientes com doença
hepática crônica é imprescindível para verificar quais
teriam indicações e maiores benefícios em caso de
transplante hepático.
Torna-se necessário a classificação da gravidade de
doença com base nos índices Child-Pugh e pelo MELD
(model for end-stage liver disease), usados classicamente
como índices de prognóstico.
INDICE DE CHILD-PUGH
Classificação de acordo com o grau de disfunção
hepática para direcionar a terapia, leva em consideração o
grau de encefalopatia hepática, ascite, albumina,
bilirrubina total, tempo de protrombina, RNI (relação
normatizada internacional no coagulograma). Soma-se os
pontos para cada variável critério.
Critério 1 ponto 2 pontos 3 pontos
Encefalopatia - Grau 1 – 2 Grau 3 – 4
Ascite - Leve Moderada,
grave ou
refratária
Albumina >3,5 2,8 – 3,5 <2,8
Bilirrubina
Total
<2,0 2 – 3 >3,0
Tempo de
protrombina
<4s 4 – 6s >6s
RNI <1,7 1,7 – 2,3 >2,3
MELD
Baseia-se no risco do paciente morrer aguardando o
transplante de fígado e considera a creatinina sérica,
bilirrubina total e RNI.
A equação para calcular o escore é a seguinte:
MELD = {9,57 x loge creatinina mg/dL + 3,78 x loge
bilirrubina (total) mg/dL + 11,20 x loge RNI + 6,42]
Arredonda-se o resultado para o próximo número inteiro.
O valor mínimo aceitável para qualquer uma das variáveis
é 1,0.
Escore Abordagem
≥25 Repetir exames a cada 7 dias.
24 a 19 Repetir exames a cada 30 dias.
18 a 11 Repetir exames a cada 90 dias.
≤10 Repetir exames a cada ano.
ÍNDICE DE PROGNÓSTICO GLASGOW HEPÁTICO
Prediz risco de mortalidade após cirurgia de ressecção
de CA hepático primário. Leva em consideração os níveis
de PC-R e albumina.
IPGH Valores séricos Sobrevida
0 PC-R <0,3mg/dL
Albumina ≥3,5g/dL
9,7 anos
1 PC-R >0,3mg/dL
Albumina ≥3,5g/dL
8 anos
2 PC-R >0,3mg/dL
Albumina <3,5mg/dL
4 anos
FUNÇÃO INTESTINAL
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE MÁ-ABSORÇÃO DE
CARBOIDRATOS (CHO)
Incluem as provas da D-xilose, pesquisa de
substâncias redutoras nas fezes e pH fecal, e o teste de
tolerância à lactose.
TESTE DE D-XILOSE
É um monossacarídeo inexistente no sangue em
condições normais. Sua má-absorção é indicativa de lesão
de mucosa de intestino delgado.
PESQUISA DE SUBSTÂNCIAS REDUTORAS (PSR) NAS
FEZES E PH FECAL
Exames úteis na determinação de deficiência de
dissacaridases, ocorrendo fermentação dos dissacarídeos
em cólon.
PSR (+)  quando há mono ou dissacarídeos nas fezes.
pH fecal < 5,5  indicativo de má-absorção de CHO.
TESTE DE TOLERÂNCIA À LACTOSE
É usado para avaliar insuficiência enzimática (lactase)
intestinal, resultante de dano ou disfunção da mucosa em
casos de deficiência idiopática, espru, doença celíaca e
gastroenterite.
Deve-se considerar a diferença entre a glicemia basal
e o maior valor da glicose em qualquer momento da curva.
O indivíduo é considerado intolerante quando for menor
que 20mg/dL.
São colhidas amostras basais e aos 30 e 60 minutos
após uma sobrecarga de lactose. A dose ingerida por
adultos é de 50g.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE MÁ-ABSORÇÃO DE
PROTEÍNAS (PTN)
Faz-se a determinação da alfa-1-antitripsina. Sua
presença nas fezes correlaciona-se positivamente com a
perda proteica intestinal.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE MÁ-ABSORÇÃO DE
GORDURAS
Faz-se a pesquisa de gordura fecal. A deficiência de
lipases intestinais na doença do pâncreas aumenta o teor
de gorduras neutras e proteínas não digeridas, pela falta
concomitante de proteases pancreáticas. As doenças do
fígado e do trato biliar capazes de produzir esteatorréia
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geralmente são acompanhadas de icterícia e outras
alterações bioquímicas do sangue anteriores ao quadro
típico.
O teste padrão-ouro é o Van de Kamer. É um exame
de difícil realização.
Com o paciente sob dieta adequada, as fezes são
recolhidas em 72 horas e mantidas na geladeira com
indicação de data e hora de coleta (vasilhame plástico, lata
ou vidro de boca larga), após uma ingestão por 5 a 7 dias
de uma dieta com 35% do VCT em gordura.
Valores de 5 a 7g são considerados sugestivos de
esteatorréia. Superiores a 7g são diagnósticos de
esteatorréia.
O teste qualitativo verifica o tamanho e número de
gotículas de gordura em campo microscópico e é dado em
cruzes.
Normal (+)  até 100gts/campo, com diâmetro de 4mcm.
Aumentada (++)  até 100gts/campo, com diâmetro de 4
– 8mcm (esteatorréia moderada).
Muito aumentada (+++)  mais que 100gts/campo, com
diâmetro de 6 a 75mcm (esteatorréia acentuada).
Outro teste é após a preparo laboratorial das fezes
em tubo capilar, onde é dita inferior (fezes sólidas não
gordurosas), intermediária(fezes líquidas) ou superior
(camada gordurosa).
ALERGIAS ALIMENTARES
Reação adversa ao alimento é a denominação
empregada para qualquer reação anormal à ingestão de
alimentos ou aditivos alimentares, independentemente de
sua causa. Podendo ser tóxicas ou não.
As principais manifestações clínicas de alergia alimentar estão relacionadas aos agentes etiológicos envolvidos.
Localização da
manifestação clínica
IgE mediado Misto Não IgE mediado
Gastrintestinal Hipersensibilidade
gastrintestinal, síndrome da
alergia oral
Doença eosinófilas
intestinais
Enterocolite, proctite,
enteropatia
Cutânea Urticária aguda, angioedema Dermatite atópica Dermatite herpetiforme
Respiratória Broncospasmo agudo, risco
de anafilaxia
Asma, risco de anafilaxia Hemosssiderose
Para o diagnóstico, o ponto de partida é a anamnese,
que deve ser bastante minuciosa. Os dados obtidos
permitem ao médico decidir sobre a possibilidade do
sintoma se tratar de alteração imunológica (alergia),
sugerir o alimento desencadeante e estabelecer o
mecanismo fisiopatológico envolvido, direcionando a
investigação para confirmação diagnóstica. Abaixo
seguem os principais fatores de risco para alergia
alimentar.
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A avaliação laboratorial é complementar à anamnese,
sendo importante ressaltar que os exames acessíveis ao
diagnóstico estão em sua parte relacionados À fração IgE. A
pesquisa de IgE específica é feita pelo teste de puntura ou
skin prick test ou in vitro através de teste de ImmunoCAP, a
técnica mais utilizada atualmente.
Alérgeno
(idade de introdução do
alimento)
IgE (kUI/L)
Leite de vaca (< 2 anos) ≥5,0
Leite de vaca (> 2 anos) ≥15,0
Ovo (<1 ano) ≥10,9
Ovo (>1 ano) ≥13,2
Amendoim ≥14,0
Frutas oleaginosas ≥15,0
ANEMIAS CARENCIAIS
A anemia é uma condição clínica relacionada a
alterações no tamanho ou número de eritrócitos (hemácias).
Segundo a OMS, tem-se os seguintes pontos anormais
de hemoglobina que necessitam de investigação adicional:
Ciclo de vida Hb
Homens adultos <13g/dL
Escolares, adolescentes e
mulheres adultas
<12g/dL
Gestantes, lactentes e pré-
escolares
<11g/dL
As anemias podem surgir por deficiência de nutrientes
(ferro, vitamina B12, ácido fólico, cobre, piridoxina,
riboflavina e proteína) ou por patologias (anormalidades
genéticas, doenças de TGI, toxicidade por fármacos e cirro
hepática).
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