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1 AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA DO SANGUE HEMGRAMA – Principal ferramenta diagnóstica em hematologia, constituído por: - contagem total de hemácias - hemoglobina - hematócrito - Índices hematiméticos: VCM, HCM, CHCM, distribuição do tamanho das hemácias - contagem global de leucócitos - contagem diferencial de leucócitos - exame microscópico do esfregaço corado - plaquetas (opcional) CONTAGEM TOTAL DE HEMÁCIAS (céls/mm3). ♂ 4.500.000 – 6.000.000 ♀ 4.000.000 – 5.500.000 Recém-nascidos 4.000.000 – 6.000.000 Valores aumentados: diarreias, desidratação, queimaduras, policitemima vera, cardiopatia crônica, intoxicações por álcool etílico ou fármacos, vômitos e acidose metabólica. Valores diminuídos: anemias, leucemias, após hemorragias graves e infecções graves. HEMOGLOBINA (g/dL). ♂ 13,5 – 18,0 ♀ 12,0 – 16,0 Recém-nascidos 13,5 – 19,5 HEMATÓCRITO (%). ♂ 40 – 54% ♀ 37 – 47% Recém-nascidos 44 – 60% Valores aumentados: hemoconcentração, desidratação, queimaduras, diarreia e vômitos intensos. Pode ser indicativo de macrocitose. Valores diminuídos: redução do número de hemácias. Pode ser indicativo de microcitose. VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO – avalia o tamanho médio da hemácia. Corresponde a relação do hematócrito pela hematimetria. VCM <80fl micrócitos VCM>100fl macrócitos. HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA – avalia a concentração de hemoglobina nas hemácia. Corresponde a relação da hemoglobina pela hematimetria. HCM <27pg hipocromia HCM>32pg sem relação clínica. CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA – avalia a porcentagem de hemoglobina em 100mL de hemácias. CHCM <32% hipocromia CHCM>35% presença de esferócitos. RDW – avalia a dispersão das hemácias em relação ao tamanho. RDW>14,5% anisocitose (diferentes tamanhos). LEUCOMETRIA GLOBAL (céls/mm3). Adultos 4.000 – 11.000 Recém-nascidos 10.000 – 18.000 Valores aumentados (leucocitose): processos inflamatórios, infecciosos e leucemias. Valores diminuídos (leucopenia): redução da produção de leucócitos, destruição celular, febre tifoide, dengue, rubéola e caxumba. LEUCOMETRIA DIFERENCIAL Bastonetes 3 – 5% Segmentados 55 – 65% Eosinófilos 2 – 6% Basófilos 0 – 1% Monócitos 4 – 8% Linfócitos 20 – 30% Neutrofilia infecções bacterianas, leucemias, inflamação. Eosinofilia Parasitoses e alergias. Basofilia leucemia mieloide crônica e processos alérgicos. Monocitose Infecções. Linfocitose infecções virais agudas e bacterianas crônicas, leucemia linfocítica crônica e processos ganglionares. RETICULÓCITOS – hemácias imaturas (com núcleo) Adultos 0,5 – 1,5% Recém-nascidos até 6% Valores aumentados: anemia hemolítica, hiperplasia medular, doença hemolítica do recém-nascido e hemorragias pós-cirúrgicas. Valores diminuídos: anemias carenciais, aplasias medulares e anemias não-hemolíticas. COAGULOGRAMA Plaquetas (plaq/mm3) 150.000 – 400.000 Tempo de sangramento Até 3 minutos Tempo de coagulação 5 – 10 minutos Tempo de protrombina 10 – 14 segundos Atividade de protrombina 70 – 100% RNI Até 1,15 Tempo de tromboplastina parcial 20 – 35 segundos Tempo de protrombina útil no risco cirúrgico, detecção de alterações nos fatores de coagulação, principalmente no acompanhamento de pacientes com hipovitaminose K. AVALIAÇÃO BIOQUIMICA DO SANGUE ACIDOS GRAXOS LIVRES – jejum 12h Adultos 0,28 – 0,89mmol/L Valores aumentados: deficiência / resistência insulínica, jejum prolongado e cetoacidose. EXAMES LABORATORIAIS Prof. José Aroldo Filho goncalvesfilho@nutmed.com.br 2 ÁCIDO ÚRICO (mg/dL) – jejum 8h ♂ 3,5 – 7,2 ♀ 2,6 – 6,0 Valores aumentados: dietas de alto teor de purinas, medicamentos e doença tipo gota. ADIPONECTINA (mcg/mL) – jejum 12h ♂ - IMC>25kg/m2 0,8 – 16,4 ♀- IMC>25kg/m2 3,7 – 23,3 Secretado pelos adiopócitos, com efeitos antiaterogênicos e anti-inflamatório. APOLIPOPROTEÍNA A-I (mg/dL) – jejum 12h ♂ 115 -190 ♀ 115 – 220 Valores aumentados: dislipidemia familiar, exercício vigoroso e uso moderado de álcool. Está associada ao HDL. Valores menores estão associados a risco de DCV. APOLIPOPROTEÍNA B (mg/dL) – jejum 12h. Deve ser suspenso qualquer medicamento à base de andrógenos, diuréticos e corticoides. ♂ 70 – 160 ♀ 60 – 150 Está associada ao LDL. Valores altos estão associados a risco de DCV. COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES (mg/dL) – jejum 12h Adultos Pediatria (2 – 19 anos) Categoria COL <200 200 – 239 ≥240 <150 150- 169 ≥170 Òtimo Limitrofe Alto HDL <40 >60 - - - >45 Baixo Alto Desejável LDL <100 100 – 129 130 – 159 160 – 189 ≥190 - <100 100 – 129 ≥130 - Òtimo Desejável Limitrofe Alto Muito alto TG <150 150- 199 200 – 499 ≥500 <100 100 – 129 ≥130 - Òtimo Limitrofe Alto Muito alto CREATININA (mg/dL) ♂ 0,7 – 1,6 ♀ 0,6 – 1,1 Marcadora de função renal, em razão da creatinina endógena ser proporcional à massa muscular, a produção varia com a idade e gênero. Prioriza-se o Clearence de creatinina. Exercícios severos e ingestão de altas quantidades de carne podem causar aumentos significativos na excreção de creatinina, enquanto a diminuição da massa muscular nos idosos provoca diminuição. FERRITINA (ng/mL) – jejum 12h. Tabagismo e dieta rica em CHO alteram o resultado do exame. ♂ 30 – 300 ♀ 10 – 200 Composto principal de armazenamento de ferro. Ferritina inferior a 12ng/mL pode confirmar o diagnóstico de deficiência de ferro. FERRO (mcg/mL) – jejum 8h. Adultos 30 - 160 Valores aumentados estão associados a hemocromatose hereditária. FOSFATASE ALCALINA (UI/L) – jejum 8h. Adultos 40 - 130 Valores aumentados estão associados a distúrbios do trato biliar, hepatites, doença de Paget, neoplasias, hiperparatireoidismo, osteomalácia e raquitismo. FRUTOSAMINA – jejum 8h. Adultos Variável, de acordo com o teor de albumina na amostra Corresponde ao conjunto das proteínas glicosadas, das quais a maior parte se deve à albumina. É útil na avaliação da eficácia de uma mudança terapêutica, sendo mais precocemente afetada que a hemoglobina glicada. Utilizada no monitoramento do DM gestacional. GAMA GLUTAMILTRANSFERASE / GGT (UI/L) – jejum 8h. Suspender paracetamol e anticonvulsivantes. ♂ <50 ♀ <30 Valores aumentados: doenças hepáticas, alcoolismo crônico e icterícia obstrutiva. GLICOSE (mg/dL) – jejum 8 a 14h. Não DM 60 – 99 Pré-DM 100 – 126 DM >126 HEMOGLOBINA GLICADA (%) – jejum não obrigatório. Não DM <6% DM controlados 6 – 8% DM descompensados >8% Associada ao controle glicêmico de pacientes diabéticos. INSULINA (mcUI/mL) – jejum 8h Adultos 2,5 - 25 Para avaliação da resistência à insulina, utiliza-se o método HOMA, onde: HOMA = [glicose de jejum x insulina de jejum] / 22,5 LEPTINA (ng/mL) – jejum 4h. ♂ 70 – 160 ♀ 60 – 150 Peptídeo sintetizado pelos adipócitos, desempenha função na regulação da ingestão alimentar e no aumento do gasto energético. PROTEÍNA C-REATIVA (PC-R mg/dL) – jejum 8h. Risco de DCV -baixo -moderado - alto <1 1 – 3 >3 Prova inflamatória Normal <0,5 3 Principal proteína de fase aguda dos processos inflamatórios. Pode estar elevada nos processos infecciosos, inflamatórios e neoplasias. PROTEÍNAS TOTAIS E FRAÇÕES (g/dL) – jejum 4h. Proteínas totais 5,5 – 8 Albumina 3,5 – 5,5 Globulinas 2 – 3,5 Rel Albumina/globulina >1,0 Utilizadas como apoio ao diagnóstico nutricional. Resultados baixos da relação albumina/globulina ocorrem nos casos de cirrose, glomerulopatias, mieloma, sarcoidose, doenças granulomatosas, colagenoses, infecções agudas, caquexia, queimaduras e doenças inflamatórias intestinais. TRANSAMINASES HEPÁTICAS (UI/L) – jejum 8h. AST <35 ALT <35 Provas de função hepática, valor no diagnóstico de hepatites virais, tóxicas e doenças necróticas do fígado. TRANSFERRINA (mg/dL) – jejum 8h. Adultos 230 – 390 Principal proteína de transporte de ferro. Em situações carenciais de ferro sua produção é aumentada. Utilizada no diagnóstico diferencial de anemias e no monitoramento do tratamento. URÉIA (mg/dL) – jejum 8h. Adultos 10 – 40 Principal produto nitrogenado do metabolismo de proteínas e aminoácidos. Sofre influência de problemas renais, desidratação, excessivaquantidade de proteína da dieta e catabolismo proteico aumentado. Transforma-se a ureia urinária em nitrogênio, dividindo-se a ureia por 2,14. TESTE DO ESTADO DE MICRONUTRIENTES Teste Interpretação Valores de referência Tiamina (B1) Medida pela quantidade de tiamina pirofosfato necessária para ativar a transcetolase. Deficiência grave pode desencadear beribéri e síndrome de Wernicke. 0 – 2mcg/dL Riboflavina (B2) É avaliada medindo-se a quantidade de FAD necessária para ativar a enzima glutationa peroxidase. 4 – 24mcg/dL Niacina (B3) A fração de niacina no sangue como NAD é um teste potencialmente útil pelo fato de se tratar de uma vitamina precursora de derivados que desempenham papel no metabolismo celular e na reparação do DNA. Não há teste bioquímico para avaliar B3. Vitamina B6 A piridoxal fosfato é a principal forma de transporte de B6. Seus níveis no soro refletem os depósitos no corpo. 0,5 – 3mcg/dL Folato A deficiência leva a aumento de VCM. Seu estado funcional é feito pelo ácido formiminoglutâmico (FIGLU) na urina de 24 horas ou após carga oral de histidina. 3,1 – 17,5 ng/mL Cobalamina (B12) A deficiência conduz ao aumento no VCM. Níveis <150ng/dL indicam deficiência. Normal: 200 – 1.000ng/dL Acido ascórbico Medido no plasma ou nos leucócitos. O plasma é preferido para pacientes doentes agudos. Plasma: 0,4 – 1mg/dL Retinóis Níveis de retinol <100mcg/dL indicam deficiência grave de vitamina A; ésteres do retinol >5% do total indicam hipervitaminose. 20 – 100mcg/dL Tocoferóis Tocoferóis alfa e beta apresentam funções antioxidantes. Valores mais baixos são encontrados em lactentes. 0,5 – 1,8mg/dL Colecalciferol (D3) e calciferol (D2) A atividade de fosfatase alcalina reflete o nível de atividade óssea e indiretamente o estado de vitamina D. Para avaliar a biodisponibilidade de vitamina D, calcidiol e ercalcidiol podem ser dosados juntamente. A concentração de calcitriol é usada para verificar se o metabolismo de vitamina D está ocorrendo naturalmente. Vitamina D3: 10 – 68ng/mL Filoquinona (K1) e menadiona (K2) Em deficiência de vitamina K, o tempo de protrombina aumenta proporcionalmente com os fatores anormais de coagulação. 0,13 – 1,19ng/mL Sódio (Na+) Aumento de Na+ sérico observado em perda hídrica. Decréscimo visto em várias condições. 135 – 145mEq/L Potássio (K+) Aumento do K+ sérico é visto em doenças renais e decréscimo de Na+ e K+ indicam decréscimo na ingestão ou aumento da captação celular. 3,5 – 5,1mEq/L Cloreto (Cl-) Os níveis de Cl- mudam com alterações catiônicas e osmóticas no organismo. 100-110mEq/L Fósforo (P) Nível de P anormal está mais intimamente associado a distúrbio de ingestão, distribuição ou função renal. 2,7 – 4,5mg/dL Magnésio (Mg+2) Em casos de tétano, convulsão e alterações em ECG são afetadas quando os níveis de magnésio caem <1mEq/L. 1,8 – 3mEq/L Zinco (Zn) Níveis séricos afetados pela dieta e resposta inflamatória. A deficiência de zinco está associada a diversas doenças e traumas. 0,7 – 1,5mg/L Cobre (Cu) A deficiência de cobre está associada a neutropenia e anemia. ♂ 70 – 140mcg/dL ♀ 80 – 155mcg/dL 4 AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE URINA ANÁLISE DA URINA DE 24 HORAS - A principal análise é a microalbuminúria, sendo normal entre 30 – 300mg. Valores elevados estão associados a lesão glomerular, principalmente entre hipertensos e DM. ELEMENTOS ANORMAIS DO SEDIMENTO – EAS. Refere-se à pesquisa qualitativa de vários elementos na urina – proteínas, açúcares, corpos cetônicos, pigmentos biliares, hormônios, cristais e células anormais e verificações de características da amostra (pH, aspecto, cor, odor, densidade, transparência e volume). O exame microscópico pode relevar a presença de eritrócitos (0 – 2/campo), leucócitos (0 – 5), bactérias (ausentes e raras) e cristais (ausentes). 5 AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE FEZES INVESTIGAÇÃO DE PROCESSOS INFECCIOSOS A investigação dos processo infecciosos em amostras fecais compreende, especialmente, os exames parasitológicos de fezes, a detecção de antígenos e a coprocultura. O exame parasitológico de fezes é um procedimento de rotina quando há suspeita de infecções causadas por protistas e metazoários, os quais podem ser encontrados nas fezes. Não existe um método capaz de investigar todos os agentes infecciosos nas fezes. A detecção de antígenos específicos de Entamoeba e Giardia tem apresentado resultados satisfatórios, podendo ser útil para a investigação daqueles enfermos que apresentam sinais e sintomas das doenças e que tenha exames persistentemente negativos. A coprocultura é o exame bacteriológico do material fecal. Na coprocultura, as fezes devem ser examinadas o mais precoce possível. Micro-organismos envolvidos em diarreias, fonte provável de infecção, período de incubação: Micro-organismo Fonte de infecção ou condição predisponente Período de incubação Aeromonas spp. Água Desconhecido Bacilus cereus Carnes, vegetais 6 a 24 horas Campylobacter jejuni Água, leite, carnes 3 a 11 dias Clostridium difficile Terapia antimicrobiana 4 a 9 dias Clostridium perfringens Carnes 8 a 16 horas Escherichia coli enterotioxinogênica Alimentos em geral, água 4 a 24 horas Escherichia coli enteroinvasiva Alimentos em geral 8 a 24 horas Escherichia coli enterohemorragica Carnes, leite 3 a 5 dias Plesiomonas shigelloides Água, pescados 1 a 2 dias Salmonella spp Alimentos em geral 8 a 72horas Shigella dysenteriae Água 3 a 5 dias Outras Shigella Água, alimentos em geral 8 a 72 horas Staphylococcus aureus Carnes, laticínios 1 a 6 horas Vibrio cholerae Água, pescados 1 a 5 dias Vibrio parahaemolyticus Pescados 15 a 24 horas Yersínia enterocolitica Água, alimentos em geral 16 a 48 horas COPROLOGIA FUNCIONAL É denominado prova de digestibilidade. Compreende o estudo das funções digestivas do TGI e das glândulas anexas, permitindo diagnosticar as diferentes síndromes corpológicas, como: - insuficiência gástrica, pancreática e biliar; - hipersecreção biliar; - desvios de microbiota bacteriana; Síndrome ileal e cecal; - constipação; - colites; e - outras alterações do trânsito intestinal. Dieta e coleta: Algumas precauções devem ser tomadas na realização da coprologia funcional: - o enfermo não deve usar laxantes e antiácidos nos três dias anteriores e durante a coleta; - deve evitar o uso de bebidas gasosas e alcoólicas durante os três dias que antecedem a coleta; - crianças até 12 anos devem consultar o médico para avaliar a necessidade de alterar a dieta; - Para enfermos maiores de 12 anos e adultos, recomenda-se que nas 72h que antecedem o exame sejam consumidos – no desjejum e no lanche – alimentos com manteiga, leite e queijos. No almoço e jantar – arroz, batata cozida, feijão, carnes e, de sobremesa, preferencialmente banana. - No quarto dia deve coletar todo o material fecal da primeira evacuação (o volume mínimo necessário para o exame é de 20g); - coletar em recipientes limpos e secos; - Entregar ao laboratório em no máximo 2h após coleta ou, mantê-la refrigerada em 2 – 8ºC. Análise macroscópica da coprologia funcional Análise Significado Areia Raramente observada, representa pequenas formações de cálcio ou fosfato de magnésio e cálcio, associadas, invariavelmente, às células vegetais. Cálculos Sua presença nas fezes é extremamente rara. Corpos estranhos Podem estar presentes, sendo de natureza extremamente variada (botões, moedas, por exemplo), não sofrendo, via de regra, ação enzimática. Detritos vegetais A presença de fragmentos de alimentos é descrita em casos de insuficiência pancreática ou de trânsito intestinal acelerado. Fibras musculares Fragmentos de carne, de coloração parda, aparecem a olho nu em determinadas condições mórbidas, com destaque para insuficiência pancreática ou de trânsito intestinal acelerado. Gordura Pode ser identificada a olho nu ou nos casos de insuficiência pancreática, ingestão excessiva de alimentos gordurosos, trânsito intestinal acelerado ou má-absorção. Tecido conjuntivo Compões feixes filamentosos esbranquiçados e muitoflexíveis, após ingestão de carne crua, sua presença no material fecal denota insuficiência gástrica ou esvaziamento gástrico acelerado. 6 PESQUISA DE GORDURA FECAL A deficiência de lipases intestinais na doença do pâncreas aumenta o teor de gorduras neutras e proteínas não digeridas, pela falta concomitante de proteases pancreáticas. As doenças do fígado e do trato biliar capazes de produzir esteatorréia geralmente são acompanhadas de icterícia e outras alterações bioquímicas do sangue anteriores ao quadro típico. AMOSTRA: Com o paciente sob dieta adequada, as fezes são recolhidas em 72 horas e mantidas na geladeira com indicação de data e hora de coleta (vasilhame plástico, lata ou vidro de boca larga). VOLUME NECESSÁRIO: Todo o volume de fezes colhidas nas evacuações do quarto, quinto e sexto dias (mantendo- se a dieta). Consideram-se patológicas as fezes que contêm alto teor de gordura acima de 25%. Dieta: no mínimo 1g/kg de gordura além da dieta habitual, mantida por 6 dias. Adultos devem aumentar (além do habitual) 3 colheres de sopa (CS) de azeite de oliva, 2 CS creme de leite, 1 CS manteiga e duas fatias de queijo. Crianças abaixo de 1ano não necessitam de gordura adicional. Crianças de 1 a 2 anos devem acrescentar creme de leite, requeijão ou queijo prato ás refeições. OBSERVAÇÕES: – Consultar o médico assistente quanto ao uso de outros medicamentos; – Não usar purgativos, laxantes, antiácidos e talco. Em caso de constipação intestinal, pode ser administrado supositório de glicerina; – Não colher as fezes no período menstrual; – Evitar a contaminação com urina, água ou outros elementos; – Em caso de crianças pequenas, recolher as fezes da fralda, logo após a evacuação; – Para esse exame, é contra-indicado o uso de óleos minerais, óleo de rícino e enemas (bário). PESQUISA DE SANGUE OCULTO NAS FEZES Permite diagnosticar ulceração no trato digestivo. As causas mais comuns de sangramento gastrointestinal superior são úlcera péptica, varizes esofagianas, gastrite e câncer gástrico. 7 No intestino baixo, as causas mais frequentes de sangramento são colite, carcinoma de cólon e diverticulite. Medicamentos como aspirina, salicilatos, esteróides, derivados de rauwolfia, indometacina e colchicina também são responsáveis por sangramentos gastrointestinais. Devem ser evitados por 3 dias antes do exame. Quando houver esse tipo de suspeita, pelo menos três amostras de fezes devem ser examinadas. Medicamentos à base de ferro podem levar a resultados falso-positivos. AMOSTRA: Fezes recentemente colhidas (frasco plástico) após dieta adequada. VOLUME NECESSÁRIO: 5g (1/3 do recipiente coletor) para fezes moldadas ou líquidas. ORIENTAÇÕES: Dieta mantida por dois dias consecutivos. Devem ser evitados: - Alimentos ricos em ferro: Carnes vermelhas e/ou sanguinolentas, ovos, broto de feijão e feijão preto; - Vegetais verdes e com grande quantidade de peroxidase: brócolis, couve-flor, espinafre, nabo e rabanete. –Alimentos ricos em vitamina C; – Bebidas alcoólicas. COLETA: Ao final do segundo ou terceiro dia pela manhã, mantendo a dieta, coletar uma amostra de fezes e enviar ao laboratório. OBSERVAÇÕES: – Não usar purgativos. Em caso de constipação intestinal, pode ser administrado supositório de glicerina; – Não colher fezes durante a menstruação ou quando houver sangramento local; – Consultar o médico assistente quanto ao uso de outros medicamentos; – Evitar a contaminação com urina, água ou outros elementos; – Em caso de crianças pequenas, recolher as fezes da fralda logo após a evacuação; – Para esse exame é contraindicado o uso de óleos minerais e enemas (bário); – A dieta poderá ser dispensada por solicitação médica, o que deve ser informado no recebimento da amostra. DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTÉICA ALBUMINA SÉRICA (mg/dL) Nutrido >3,5 Leve 3 – 3,5 Moderada 2,4 – 2,9 Grave <2,4 Meia-vida 20 dias. Reduzida na desnutrição, doenças hepáticas, ICC, doenças hepáticas, inflamação e infecções. TRANSFERRINA SÉRICA (mg/dL) Leve 150 – 200 Moderada 100 – 150 Grave <100 Meia-vida 8 dias. PREALBUMINA SÉRICA (mg/dL) Nutrido 15,1 – 42 Leve 10 – 15 Moderada 5 – 9,9 Grave <5,0 Meia-vida 2 a 3 dias. PROTEÍNA LIGADA AO RETINOL SÉRICA (mEq/dL) – mais sensível Nutrido 3 – 5 Meia-vida 10 – 12h. Mais sensível ás alterações nutricionais. Reduzida na carência de vitamina A e zinco, doenças hepáticas e infecções graves. ÍNDICE CREATININA-ALTURA (ICA) - Durante a desnutrição e patologias hipercatabólicas, a degradação intensa do músculo-esquelético pode ser aferida a partir da dosagem da creatinina urinária utilizando o ICA. Representa um bom indicador de reserva protéica muscular. Depende da coleta adequada de urina de 24h ou oligúria. ICA = creatinina urinária 24h x 100 / excreção ideal por sexo 8 9 ICA Nutrido >80 DEP Moderada 60 – 80 DEP Grave <60 3-METIL-HISTIDINA - Associada ao catabolismo protéico. Parâmetro de seguimento nutricional, recuperação nutricional e catabolismo muscular. BALANÇO NITROGENADO (BN) - Reflete a dinâmica protéica. BN = (PTN ingerida)/6,25 – (uréia urinária)/2,14 + 4 + outras perdas 0 Equilíbrio + Anabolismo - Catabolismo CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS (CTL) - Avalia a competência imunológica. CTL = [% linfócitos x leucócitos]/100 Depleção leve 1.200 – 2.000 céls/mm3 Depleção moderada 800 – 1.199 céls/mm3 Depleção grave <800 céls/mm3 ÍNDICE DE PROGNÓSTICO NUTRICIONAL (IPN) - Foi desenvolvido por Buzby para pacientes cirúrgicos, na tentativa de prever o risco de morbidade pós-cirúrgica. Este índice permite uma intervenção nutricional objetivando melhorar o quadro clínico e nutricional antes do ato cirúrgico. 10 ÍNDICE DE RISCO NUTRICIONAL (IRN) Esse índice associa parâmetros empregados na avaliação nutricional em fórmula específica que tem por objetivo estabelecer associação entre o estado nutricional e a morbimortalidade, ou seja, visa determinar o risco que o paciente apresenta submetido a um fator injúria qualquer, estando sob uma condição nutricional insatisfatória. ÍNDICE PROGNÓSTICO NUTRICIONAL HOSPITALAR (INH) Foi desenvolvido por Harley et al (1981), sendo calculado a partir da seguinte fórmula: ÍNDICE PROGNÓSTICO INFLAMATÓRIO NUTRICIONAL (IPIN) O IPIN é calculado a partir dos valores de duas proteínas positivas, proteína C reativa e alfa-1-glicoproteína ácida e duas negativas, albumina e transtirretina. Este índice tem sido usado para caracterizar pacientes críticos, tendo invariabilidade e precisão para prever o risco de complicações e morte desses pacientes. DIABETES (DM) DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO LABORATORIAL - Glicemia Diagnóstico Glicemia (mg/dL) Jejum 2h após 75g de glicose Casual Normal <100 <140 - Pré-DM ≥100 e <126 ≥140 e <200 - DM ≥126 ≥200 ≥200 + sintomas - Hemoglobina Glicada (%) Normal 5 – 5,5 Maior risco de Pré-DM 5,5 – 6 Pré-DM 5,7 – 6,4 DM ≥6,5 DIABETES GESTACIONAL Glicemia (mg/dL) Jejum 1h após 75g de glicose 2h após 75g de glicose SBD 2009 ADA 2011 ADA 2011 SBD 2009 ADA 2011 110 92 180 140 153 SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes ADA – Associação Americana de Diabetes CONTROLE ADEQUADO DO DM Definido pelos seguintes critérios: - Ausência de glicosúria; - Glicemia de jejum <110mg/dL; - Pós-prandias (2h após refeições) <140mg/dL; sendo inaceitáveis <60 ou >240mg/dL; - Hb1AC ≤7%. INSULINA É um peptídeo sintetizado pelas células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas, e sua secreção é controlada pelos níveis de glicemia, estímulos nervosos e hormonais. Diversas formas de resistência à insulina, por diferentes mecanismos, vêm sendo descritas. 11 A causa mais conhecida é a que acompanha a obesidade, com níveis de insulina elevados e resposta exagerada após a sobrecarga glicídica. Nestes casos, há elevação da insulinemia diante de níveis normais ou altos de glicemia. A dosagem da insulinemia se altera com a presença de anticorpos anti-insulina; nesses casos, a dosagem do peptídeo C pode ser usada para o estudo de secreção da insulina. VR: 2,5 – 25UI/mL. Para avaliação da resistência insulínicapodem ser utilizados os índices: HOMA-IR Prediz o nível de resistência à insulina a partir da glicemia e insulinemia basal. Requer cautela e acompanhamento individual. HOMA: glicose de jejum (mmol/L) x insulina de jejum (μU/mL) / 22,5 QUICKI Método simples e de baixo custo para avaliação de resistência à insulina. QUICKI: 1 / [log (insulina de jejum) + log (glicemia de jejum)] PEPTÍDIO C Após a clivagem da pró-insulina, o peptídeo C é secretado em proporção equimolar, junto com a insulina, embora, ao contrário dela, não sofra extração hepática. Sua dosagem não se altera na presença de anticorpos anti-insulina, refletindo, nestes casos, melhor que a insulina, a capacidade secretória das células beta. Sua principal utilização é a avaliação da reserva de insulina endógena, auxiliando na orientação terapêutica. Valores baixos indicariam indivíduos insulino-dependentes; porém, não se consegue uma identificação completa destes pacientes pela avaliação dos níveis basais ou estimulados do peptídeo C. A hipoglicemia factícia caracteriza-se por níveis elevados de insulina e níveis indetectáveis do peptídeo C. Na presença de hipoglicemia, valores elevados podem ser encontrados em casos de insulinoma. Em jejum 0,5 – 3ng/mL Após estímulo com glucagon 1,5 - 9ng/mL CLAMP EUGLICÊMICO Objetiva avaliar a sensibilidade tecidual à insulina, além de avaliar a sensibilidade tecidual em situações constantes de glicemia e insulinemia. CROMO A deficiência pode predispor o indivíduo à resistência à insulina. Soro 0,05 – 5,0mcg/L Hemácias 20 – 36mcg/L Urina 0,1 – 2,0mcg/L DOENÇAS DE TIREÓIDE HIPOTIREOIDISMO CLÍNICO T4 baixo associado a TSH elevado. HIPERTIREOIDISMO T4 elevado associado a TSH baixo. BOCIO NODULAR TÓXICO T4 normal associado a TSH baixo e T3 alto. VR – segundo laboratório. METABOLISMO DE CÁLCIO VITAMINA D, PTH E OSTEOPOROSE OSTEOPOROSE O diagnóstico é feito mediante densitometria óssea (DMO), onde: Normalidade: DMO com escore T >-1DP; Osteopenia: DMO com escore T -1DP a > -2,5DP; Osteoporose: DMO com escore T <-2,5DP. O escore T corresponde aos valores do pico de massas óssea para jovens, segundo sexo. Risco acentuado de fraturas: DMO <-2,5DP. CÁLCIO SÉRICO (TOTAL E IONIZADO) Constitui cerca de 1,5 – 2% do peso corporal e 39% dos minerais do corpo humano. Aproximadamente 99% está presente nos ossos e dentes, na forma de hidroxiapatita, sendo o cálcio dos dentes não-permutável. FÓSFORO SÉRICO A concentração de fósforo sérico é regulada, conforme metabolismo do cálcio, depende da tríade PTH, vitamina D e calcitonina. PARATORMÔNIO (PTH) PTH, em conjunto com vitamina D e calcitonina, tem por função manter a homeostase de cálcio e fósforo. A homeostase resulta de um equilíbrio entre ingestão alimentar e absrção intestinal em relação à reabsorção tubular renal e à remodelagem óssea regulada por esses hormônios. VITAMINA D Utiliza-se a 25(OH)D, pois é o único metabólito da vitamina D utilizado para determinar o estado nutricional de vitamina D. Meia vida de 2 a 3 semanas. Consiste na soma da vitamina D ingerida pela dieta e da exposição à luz solar (produção endógena). FOSFATASE ALCALINA ÓSSEA ESPECÍFICA (OE) Auxilia no diagnóstico diferencial, orientando ainda quanto às avaliações hormonais e bioquímicas específicas a serem realizadas como complementação diagnóstica de doenças ósseas. 12 Cálcio sérico (mg/dL) Total Ionizado 8,8 – 10,2 4,0 – 5,6 Fósforo sérico (mg/dL) 2,7 – 4,5 Fosfatase alcalina OE VR do laboratório PTH (pg/mL) 10 - 65 25(OH)D (pg/mL) 20 – 76 DISLIPIDEMIA CLASSIFICAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS - Hipercolesterolemia isolada – elevação isolada do colesterol total (CT), em geral por aumento de LDL. - Hipertrigliceridemia isolada elevação isolada dos triglicerídeos (TG). - Hiperlipidemia mista – aumento de CT e TG. - HDL baixo. CLASSIFICAÇÃO FENOTÍPICA (FREDRICKSON) Se baseia no padrão das lipoproteínas associadas a concentrações elevadas de CT e/ou TG. Fenótipo QM VLDL IDL LDL Tipo 1: CT: N ou ↑ TG: ↑↑ X Tipo IIa CT: ↑ TG: N X Tipo IIb CT: ↑↑ TG: ↑↑ X X Tipo III CT: ↑ TG: ↑ X Tipo IV CT: N TG: ↑ X Tipo V CT: ↑ TG: ↑↑ X X N – normal; ↑ - pouco elevado; ↑↑ - muito elevado. ASPECTOS LABORATORIAIS DAS DISLIPIDEMIAS Segundo o NCEP, a avaliação do perfil lipídico deve ser realizado em todos os indivíduos com idade superior a 20 anos, com acompanhamento a cada 5 anos para aqueles com valores dentro da normalidade. COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES (mg/dL) – jejum 12h Adultos Pediatria (2 – 19 anos) Categoria COL <200 200 – 239 ≥240 <150 150- 169 ≥170 Òtimo Limitrofe Alto HDL <40 >60 - - - >45 Baixo Alto Desejável LDL <100 100 – 129 130 – 159 160 – 189 ≥190 - <100 100 – 129 ≥130 - Òtimo Desejável Limitrofe Alto Muito alto TG <150 150- 199 200 – 499 ≥500 <100 100 – 129 ≥130 - Òtimo Limitrofe Alto Muito alto LIPOPROTEÍNA (a) A Lp(a) é uma lipoproteína com grande semelhança estrutural com o colesterol LDL (low density lipoprotein). É considerada por muitos autores como um fator de risco independente para o desenvolvimento de doença cardiovascular aterosclerótica. Níveis acima de 30mg/dL são considerados de risco para DCV. Não deve ser realizada rotineiramente. ÍNDICE DE CASTELLI (IC) Consiste na combinação entre níveis plasmáticos de CT, LDL e HDL, para verificar a influência de cada uma das frações de colesterol no risco de DCV. IC – 1 = CT / HDL ♂ Até 5,1 ♀ Até 4,4 IC – 2 = LDL / HDL mais indicado para visualizar o risco de enfermidade cardiovascular. ♂ Até 3,3 ♀ Até 2,9 PANCREATITE AGUDA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL É realizado o diagnóstico de pancreatite aguda pelo quadro clínico (dor abdominal, distensão, náuseas e vômitos); exames de imagem (TC de abdômen) e por métodos bioquímicos (níveis de enzimas pancreáticas em soro). Os níveis séricos de amilase aumentam dentro de 2 – 12hapós início do quadro clínico, permanecendo elevada durante 3 a 5 dias. É a enzima mais solicitada na prática clínica, pois possui 94% de sensibilidade. AMILASE – VR 28 – 100UI/L. A lipase eleva-se no sangue em 4 – 8 horas após manifestação dos sintomas. Atinge pico em 24h e normaliza em 8 – 14 dias. Possui alta especificidade. LIPASE – VR <160UI/L. Outras alterações incluem: elevação de hematócrito, leucócitos, escórias nitrogenadas, creatinina, VHS, desidrogenase láctica, PC-R, IL-6, AST, ALT e calcemia. DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA A seguir serão descritos os principais marcadores laboratoriais utilizados na avaliação e no acompanhamento das doenças hepáticas crônicas. ALBUMINA E PROTROMBINA São proteínas de síntese hepática, A atividade de protrombina reduzida e a hipoalbuminemia confirmam disfunção hepatocelular. PROVAS DE FUNÇÃO E MARCADORES INFLAMATÓRIOS A seguir são descritas as provas de função hepáticas. 13 Indicador Considerações gerais Valores normais Valores ideais Interpretação clinica quando a alteração está relacionada à doença hepática Aspartato aminotransferase (AST) Presente no citoplasma e nas mitocôndrias do fígado, músculos esquelético e cardíaco, rins, pâncreas e eritrócitos. Sua elevação geralmente indica comprometimento celular mais grave. Até 35 UI/L Até 33 UI/L Os valores de AST e ALT se apresentam elevados quando corre lesão hepatocelular com necrose. Alterações significativas são consideradas a partir de duas vezes os valores normais. Valores acima de 1.000 UI/L são vistos na hepatite viral aguda, hepatite isquêmica e no dano hepático agudo induzido por drogas ou toxinas. Alanina aminotransferase (ALT) Encontrada em altas concentrações quase exclusivamente no citoplasma dos hepatócitos o que torna o seu aumento mais específico de lesão hepática; no entanto, pode estar aumentada em conjunto com a AST em miopatias graves. Até 41 UI/L Até 35 UI/L Redução nos níveis séricos das aminotransferases pode ser sinal de recuperação da doença hepática, mas também pode sinalizar a destruição maciça dos hepatócitos viáveis, indicando lesão hepática avançada e pior prognóstico. RelaçãoAST/ALT15 A relação entre enzimas tem valor diagnóstico. Tanto a AST quanto a ALT costumam estar alteradas (elevadas ou diminuídas) na mesma proporção, no entanto, em algumas situações, essa tendência pode ser diferente. 0,7 a 1,4 0,8 Relação AST/ALT maior do que 1 indica a presença de cirrose em indivíduos com hepatite viral crônica. Já a relação AST/ALT maior do que 2, desde que o valor de ambas isoladamente esteja menor do que 300 UI/L, pode indicar doença hepática de origem alcoólica, pois nesses casos há maior lesão mitocondrial do que em outras hepatopatias ocasionando elevação mais acentuada de AST. Gama glutamiltransferase (gama-GT) Derivada do fígado, dos rins, do pâncreas, do intestino, do baço, do coração, do pulmão, do cérebro e da próstata. É um marcador sensível de doença hepática estando alterada na maioria dos portadores de doença hepatobiliar. No entanto, apresenta baixa especificidade, pois sua elevação tem sido associada a uma variedade de condições clinicas, incluindo doença pancreática, infarto do miocárdio, insuficiência renal, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetesmelito, alcoolismo e nas terapias com alguns fármacos, como a fenitoína e os barbitúricos. Homens: 15 a 85 UI/L Mulheres: 5 a 55 UI/L Homens: 50 UI/L Mulheres: 30 UI/L Valores elevados de gama GT são encontrados na colestase intra-hepática, na obstrução biliar extra-hepática e nos processos infiltrativos. Fosfatase alcalina (FA) Trata-se de uma família de isoenzimas, presentes em praticamente todos os tecidos, principalmente no hepático e no ósseo. É encontrada também na placenta, assim, níveis séricos elevados de FA podem ser vistos durante à gravidez, sem comprometimento hepático. 40 a 130 UI/L 93 UI/L FA de origem hepática pode estar moderadamente elevada (até 2 vezes o valor normal) em algumas lesões hepáticas, como hepatite e cirrose. Elevações mais graves (10 vezes o valor normal) são encontradas nas obstruções extra-hepáticas das vias biliares, na colestase intra- hepática e na cirrose biliar. Relação gama- GT/FA A elevação da gama-GT tem sido associada ao uso do álcool. Para esse propósito, apresenta sensibilidade de 52% a 94%. <2,5 <2,5 Sugere-se que uma relação gama GT/FA superior a 2,5 indica uso abusivo de álcool. 14 Indicador Considerações finais Valores normais Valores ideais Interpretação clinica quando a alteração está relacionada à doença hepática Bilirrubina total A bilirrubina é o produto final da destruição da porção heme da hemoglobina e outras hemoproteínas. Constitui-se no principal componente dos pigmentos: biliares, sendo subdividida em bilirrubina direta e indireta (ou não conjugada). A dosagem das bilirrubinas é um exame que pode avaliar ao mesmo tempo: lesão hepatocelular, fluxo biliar e função de síntese do fígado. 0,2 a 1,2 mg/dL 0,7 mg/dL A relação da bilirrubina total deve-se a uma superprodução da ou absorção, conjugação e/ou excreção prejudicada pelo fígado. O primeiro passo ao se avaliar um indivíduo com bilirrubina total elevada é realizar o fracionamento da bilirrubina e determinar se a hiperbilirrubinemia é predominantemente direta ou indireta. Bilirrubina direta Ver bilirrubina total Até 0,4 mg/dL Até 0,2 mg/dL Encontra-se elevada na disfunção do parênquima hepático e dos ductos biliares e na obstrução do fluxo da bile, com refluxo para o sangue. Bilirrubina indireta Ver bilirrubina total Até 0,8 mg/dL Até 0,5 mg/dL Hiperbilirrubinemia indireta pode ser observada em uma série de distúrbios relacionados à superprodução de bilirrubina, como a hemodiálise e a eritropoese deficiente ou distúrbios associados à redução na absorção ou conjugação hepática, como nas lesões intensas dos hepatócitos. Desidrogenase láctica (DHL) Enzima presente no citoplasma dos tecidos em todo o corpo. Menos sensível e especifica do que as aminotransferases séricas para avaliação da doença hepática. Mais útil como marcador de infarto agudo do miocárdio e hemólise. 100 a 190 UI/L 150 UI/L A elevação da desidrogenase láctica é observada em lesões hepatocelulares de modo geral e em neoplasias com comprometimento hepático. Albumina Quantitativamente é a mais importante proteína plasmática. Sua síntese pode ser dobrada em situações nas quais há rápida perda ou baixa concentração sérica, sendo regulada por uma variedade de influências. A hipoalbuminemia nem sempre reflete disfunção hepática, podendo ser ocasionada por desnutrição, respostas inflamatória e síndrome nefrótica. 3,5 a 5 g/dL 4,3 g/dL A concentração sérica tende a ser normal em algumas doenças hepáticas, como hepatite aguda e a icterícia obstrutiva. A hipoalbuminemia é mais comum nos distúrbios crônicos do fígado (p.ex. cirrose), fornecendo uma estimativa da gravidade da doença. Globulina Sintetizada no fígado ou pelas células do sistema imunológico, atua no processo de coagulação, transporte de hormônios e na resposta inflamatória 1,5 a 3 mg/dL 2,3 mg/dL Comumente são encontrados níveis elevados na hepatite crônica, na cirrose biliar primária e na hepatite autoimune. Ceruloplasmina Atua transportando mais de 90% do cobre plasmático para a eliminação na bile. É útil como critério diagnóstico da doença de Wilson, no entanto pode estar alterada em outras situações como: resposta de fase aguda, na qual estará elevada; e aceruloplasminemia familiar, sendo encontrada reduzida. 25 a 63 mg/dL 30 mg/dL Na insuficiência hepática e na doença de Wilson, é comum encontrar valores de cerulosplasmina inferiores ao normal, ao passo que na icterícia obstrutiva, pode-se observar elevação dessa proteína. 15 Indicador Considerações gerais Valores normais Valores ideias Interpretação clinica quando a alteração está relacionadas à doença hepática Transferrina Capacidade de ligação do ferro A transferrina é necessária a transporte de ferro e responde com mais rapidez a situações que afetam sua síntese, por exemplo, desnutrição, insuficiência hepática, insuficiência cardíaca congestiva e inflamação. Normalmente cerca de um terço de transferrina circulante é saturada de ferro; sua concentração aumenta nas deficiências e reduz nas sobrecargas por esse metal, ocorrendo o inverso quanto à saturação. 230 a 390 mg/dL 20% a 45% 300 mg/dL 35% Elevação na saturação de transferrina é altamente sugestivo de hemocromatose. Ferritina Útil para monitorar indivíduos com hemocromatose, sobrecarga crônica de ferro ou terapia com quelantes de ferro. Necessária também para diferenciar pacientes anêmicos por deficiência de ferro de paciente com anemia por doença crônica. Pode estar elevada em processos inflamatórias, infecções e câncer. A redução associa-se a hemorragias, situações que predispõem má-absorção (gastrectomia, diarreia) e menstruação excessiva. Homens: 30 a 300 ng/mL Mulheres: 10 a 200 ng/ mL Homens: 140 ng/mL Mulheres: 116 ng/mL Sua elevação pode estar relacionada à hemocromatose, doença hepática crônica e a carcinoma hepático. A hemocromatose contribui para acelerar o processo de fibrose em pacientes com doença hepática alcoólica. Tempo de protrombina (TP) O TP é a prova de escolha para a investigação do sistema extrínseco da coagulação sanguínea, permitindo revelar deficiências dos fatores que atuam nesse sistema. O fígado é o principal sítio de produção dos fatores de coagulação, cuja deficiência ocorre no curso da doença hepática, com elevação do TP. No entanto, a elevação do TP também pode ocorrer devido ao consumo dos fatores de coagulação (p.ex. hemorragia gastrintestinal), certos fármacos e na deficiência de vitamina K. 10 a 14 segundos 11 segundos O TP estará elevado na doença hepática avançada, e a magnitude da sua elevação se correlaciona com o prognóstico em algumas condições. Sugere-se que elevação superior a 5 segundos do valor de referência associa-se ao curso fulminante da doença hepática em indivíduos com hepatite aguda viral, tóxica ou alcoólica; já uma elevação acima de 100 segundos indica transplante hepático. Relação normatizada internacional (RN) A RN é frequentemente utilizada paraexprimir o grau de anticoagulação em indivíduos em terapia com varfarina. Sua determinação é útil, pois padroniza a medição do tempo de protrombina com base nas características do reagente trombopalstina, eliminando as eventuais diferenças secundárias à sensibilidade dos vários reagentes disponíveis no mercado. A RN é necessária ao cálculo do model for end-stage liver disease (MELD) e substitui tempo de protrombina no índice Child-Pugh. Até 1,5 Até 1,5 Elevado na doença hepática avançada 16 Indicador Considerações gerais Valores normais Valores ideias Interpretação clinica quando a alteração está relacionadas à doença hepática Alfafetoproteína A alfafetoproteína é uma alfa-i- globulina plasmática encontrada em altas concentrações no plasma fetal. Seu nível sérico diminui gradualmente após o nascimento atingindo os valores normais do adulto entre os 8 a 12 meses de idade. 4 a 10,5 ng/dL Até 10,5 ng/mL A alfafetoproteína pode estar elevada na grande maioria dos pacientes com carcinoma hepatocelular, sendo valores acima de 500 ng/mL bastante sugestivos desse agravo. No entanto, sua dosagem isolada tem valor limitado, pois também está aumentada na hepatite crônica em atividade. Recomenda-se a associação da dosagem de alfafetoproteína e exame de imagem para diagnóstico precoce de câncer hepático Hepcidina Fundamental para regulação de homeostase do ferro intraorgãos, associada à hemocromatose genética, sendo modulada pelo álcool, por proteínas do vírus da hepatite C, inflamação, estresse oxidativo, hipóxia e obesidade. 76,1 a 108,4 ng/mL 92,25 ng/mL Baia concentração sanguínea de hepcidina favorece a liberação do ferro pela ferroportina com consequente aumento do ferro na corrente sanguínea; estando relacionada à hemacromatose hereditária. Sua elevação associa- se a acúmulo de ferro no interior dos hepatócitos, resultando em inflamação e estresse oxidativo no parênquima hepático. Ácido úrico sérico Produto final da oxidação do metabolismo das bases purínicas, formando principalmente no fígado a partir da xantina oxidase. A quantidade de urato no organismo é o resultado do balanço entre a ingestão dietética, a síntese endógena e a taxa de excreção. Homens: 3,5 a 7,2 mg/dL Mulheres: 2,6 a 6,5 mg/dL Dentro da faixa de normalidade Níveis acima do normal podem ser resultado da redução da excreção de ácido úrico e do aumento da produção, anormalidades no metabolismo das enzimas envolvidas na síntese de nucleotídeos purínicos, defeito no armazenamento de glicogênio e doença hepática crônica, além da ingestão excessiva de purinas na dieta, são outras possíveis causas de hiperurecemia. Está relacionado ainda ao estresse oxidativo, inflamação e resistência à insulina. Homocisteína Produto intermediário da degradação da metionina, um aminoácido essencial para o organismo. Formada exclusivamente a partir da desmetilação da metionina, localizada principalmente no fígado, proveniente da dieta ou do seu metabolismo. Homens: 8 a 14 mmol/L Mulheres: 6 a 12 mmol/L 10 mmol/L Níveis elevados têm sido associados ao maior risco de eventos aterotrombóticos. Atualmente a inter-relação entre a hiper-homocisteinemia e maior risco de doença hepática vem sendo demonstrada, como a associação positiva com esteatose, esteato-hepatite, elevação das transaminases, redução da capacidade antioxidante hepática e desenvolvimento de fibrose. 17 CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA E ÍNDICES DE PROGNÓSTICO Determinar o prognóstico de pacientes com doença hepática crônica é imprescindível para verificar quais teriam indicações e maiores benefícios em caso de transplante hepático. Torna-se necessário a classificação da gravidade de doença com base nos índices Child-Pugh e pelo MELD (model for end-stage liver disease), usados classicamente como índices de prognóstico. INDICE DE CHILD-PUGH Classificação de acordo com o grau de disfunção hepática para direcionar a terapia, leva em consideração o grau de encefalopatia hepática, ascite, albumina, bilirrubina total, tempo de protrombina, RNI (relação normatizada internacional no coagulograma). Soma-se os pontos para cada variável critério. Critério 1 ponto 2 pontos 3 pontos Encefalopatia - Grau 1 – 2 Grau 3 – 4 Ascite - Leve Moderada, grave ou refratária Albumina >3,5 2,8 – 3,5 <2,8 Bilirrubina Total <2,0 2 – 3 >3,0 Tempo de protrombina <4s 4 – 6s >6s RNI <1,7 1,7 – 2,3 >2,3 MELD Baseia-se no risco do paciente morrer aguardando o transplante de fígado e considera a creatinina sérica, bilirrubina total e RNI. A equação para calcular o escore é a seguinte: MELD = {9,57 x loge creatinina mg/dL + 3,78 x loge bilirrubina (total) mg/dL + 11,20 x loge RNI + 6,42] Arredonda-se o resultado para o próximo número inteiro. O valor mínimo aceitável para qualquer uma das variáveis é 1,0. Escore Abordagem ≥25 Repetir exames a cada 7 dias. 24 a 19 Repetir exames a cada 30 dias. 18 a 11 Repetir exames a cada 90 dias. ≤10 Repetir exames a cada ano. ÍNDICE DE PROGNÓSTICO GLASGOW HEPÁTICO Prediz risco de mortalidade após cirurgia de ressecção de CA hepático primário. Leva em consideração os níveis de PC-R e albumina. IPGH Valores séricos Sobrevida 0 PC-R <0,3mg/dL Albumina ≥3,5g/dL 9,7 anos 1 PC-R >0,3mg/dL Albumina ≥3,5g/dL 8 anos 2 PC-R >0,3mg/dL Albumina <3,5mg/dL 4 anos FUNÇÃO INTESTINAL AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE MÁ-ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS (CHO) Incluem as provas da D-xilose, pesquisa de substâncias redutoras nas fezes e pH fecal, e o teste de tolerância à lactose. TESTE DE D-XILOSE É um monossacarídeo inexistente no sangue em condições normais. Sua má-absorção é indicativa de lesão de mucosa de intestino delgado. PESQUISA DE SUBSTÂNCIAS REDUTORAS (PSR) NAS FEZES E PH FECAL Exames úteis na determinação de deficiência de dissacaridases, ocorrendo fermentação dos dissacarídeos em cólon. PSR (+) quando há mono ou dissacarídeos nas fezes. pH fecal < 5,5 indicativo de má-absorção de CHO. TESTE DE TOLERÂNCIA À LACTOSE É usado para avaliar insuficiência enzimática (lactase) intestinal, resultante de dano ou disfunção da mucosa em casos de deficiência idiopática, espru, doença celíaca e gastroenterite. Deve-se considerar a diferença entre a glicemia basal e o maior valor da glicose em qualquer momento da curva. O indivíduo é considerado intolerante quando for menor que 20mg/dL. São colhidas amostras basais e aos 30 e 60 minutos após uma sobrecarga de lactose. A dose ingerida por adultos é de 50g. AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE MÁ-ABSORÇÃO DE PROTEÍNAS (PTN) Faz-se a determinação da alfa-1-antitripsina. Sua presença nas fezes correlaciona-se positivamente com a perda proteica intestinal. AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE MÁ-ABSORÇÃO DE GORDURAS Faz-se a pesquisa de gordura fecal. A deficiência de lipases intestinais na doença do pâncreas aumenta o teor de gorduras neutras e proteínas não digeridas, pela falta concomitante de proteases pancreáticas. As doenças do fígado e do trato biliar capazes de produzir esteatorréia 18 geralmente são acompanhadas de icterícia e outras alterações bioquímicas do sangue anteriores ao quadro típico. O teste padrão-ouro é o Van de Kamer. É um exame de difícil realização. Com o paciente sob dieta adequada, as fezes são recolhidas em 72 horas e mantidas na geladeira com indicação de data e hora de coleta (vasilhame plástico, lata ou vidro de boca larga), após uma ingestão por 5 a 7 dias de uma dieta com 35% do VCT em gordura. Valores de 5 a 7g são considerados sugestivos de esteatorréia. Superiores a 7g são diagnósticos de esteatorréia. O teste qualitativo verifica o tamanho e número de gotículas de gordura em campo microscópico e é dado em cruzes. Normal (+) até 100gts/campo, com diâmetro de 4mcm. Aumentada (++) até 100gts/campo, com diâmetro de 4 – 8mcm (esteatorréia moderada). Muito aumentada (+++) mais que 100gts/campo, com diâmetro de 6 a 75mcm (esteatorréia acentuada). Outro teste é após a preparo laboratorial das fezes em tubo capilar, onde é dita inferior (fezes sólidas não gordurosas), intermediária(fezes líquidas) ou superior (camada gordurosa). ALERGIAS ALIMENTARES Reação adversa ao alimento é a denominação empregada para qualquer reação anormal à ingestão de alimentos ou aditivos alimentares, independentemente de sua causa. Podendo ser tóxicas ou não. As principais manifestações clínicas de alergia alimentar estão relacionadas aos agentes etiológicos envolvidos. Localização da manifestação clínica IgE mediado Misto Não IgE mediado Gastrintestinal Hipersensibilidade gastrintestinal, síndrome da alergia oral Doença eosinófilas intestinais Enterocolite, proctite, enteropatia Cutânea Urticária aguda, angioedema Dermatite atópica Dermatite herpetiforme Respiratória Broncospasmo agudo, risco de anafilaxia Asma, risco de anafilaxia Hemosssiderose Para o diagnóstico, o ponto de partida é a anamnese, que deve ser bastante minuciosa. Os dados obtidos permitem ao médico decidir sobre a possibilidade do sintoma se tratar de alteração imunológica (alergia), sugerir o alimento desencadeante e estabelecer o mecanismo fisiopatológico envolvido, direcionando a investigação para confirmação diagnóstica. Abaixo seguem os principais fatores de risco para alergia alimentar. 19 A avaliação laboratorial é complementar à anamnese, sendo importante ressaltar que os exames acessíveis ao diagnóstico estão em sua parte relacionados À fração IgE. A pesquisa de IgE específica é feita pelo teste de puntura ou skin prick test ou in vitro através de teste de ImmunoCAP, a técnica mais utilizada atualmente. Alérgeno (idade de introdução do alimento) IgE (kUI/L) Leite de vaca (< 2 anos) ≥5,0 Leite de vaca (> 2 anos) ≥15,0 Ovo (<1 ano) ≥10,9 Ovo (>1 ano) ≥13,2 Amendoim ≥14,0 Frutas oleaginosas ≥15,0 ANEMIAS CARENCIAIS A anemia é uma condição clínica relacionada a alterações no tamanho ou número de eritrócitos (hemácias). Segundo a OMS, tem-se os seguintes pontos anormais de hemoglobina que necessitam de investigação adicional: Ciclo de vida Hb Homens adultos <13g/dL Escolares, adolescentes e mulheres adultas <12g/dL Gestantes, lactentes e pré- escolares <11g/dL As anemias podem surgir por deficiência de nutrientes (ferro, vitamina B12, ácido fólico, cobre, piridoxina, riboflavina e proteína) ou por patologias (anormalidades genéticas, doenças de TGI, toxicidade por fármacos e cirro hepática). 20 21
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