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QUESTÕES DE DIREITO INTERNACIONAL

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CASO CONCRETO 1 
 
O DIP e interdependência e cooperação entre Estados ―Os Estados Unidos desistiram de apelar da decisão da 
Organização Mundial do Comércio (OMC) que deu vitória ao Brasil no processo contra as medidas antidumping 
aplicadas pelo governo americano na exportação de suco de laranja brasileiro. Com isso, as sobretaxas ao produto 
nos últimos quatro anos terão de ser retiradas em um prazo máximo de nove meses, tornando o produto novamente 
competitivo." Essa foi a primeira vez que os EUA desistiram de um processo na OMC antes de esgotar todas as 
possibilidades de apelação. O fato foi comemorado pelo Itamaraty como uma inclinação do governo americano de 
rever uma prática comum nas relações comerciais, o chamado "zeroing" ou "zeramento". 
 
Com base no texto acima, retirado da página da Organização Mundial do Comércio 
 
(http://www.wto.org/spanish/news_s/news11_s/news11s.htm), discorra sobre a vertente do Direito Internacional que 
se ocupa da relação jurídica apresentada, seu objeto e a relevância da questão na contemporaneidade. 
O caso em tela refere-se a atuação do Direito Internacional Público, que tem como premissa ser uma regra de 
vida social, aplicável à Sociedade Internacional, objetivando o bem comum e a manutenção da ordem social, 
que deve reinar no âmbito internacional. Essa fonte de direito prima por tutelar as mais variadas relações 
entre nações, entre elas as comerciais e politicas. No Direito Internacional, as relações ocorrem entre 
pessoas internacionais (Estados soberanos, Organizações Internacionais, etc.). As relações internacionais, 
assim como as relações internas, objetivam a harmonia entre os entes da sociedade, permitindo um justo e 
adequado desenvolvimento da pessoa humana. 
 
 A sociedade internacional caracteriza-se por ser: 
 
 a) universal: porque abrange todos os entes do globo terrestre; 
 b) paritária: uma vez que nela existe igualdade jurídica; 
 c) aberta: significa que todo ente, ao reunir determinados elementos, se torna seu membro sem que haja 
necessidade dos membros já existentes se manifestarem sobre o seu ingresso; 
 d) descentralizada: posto não existir organização institucional como na sociedade interna dos Estados. 
Assim, não existe poder legislativo da sociedade internacional; 
 e) O Direito que nela se manifesta é originário e não se fundamenta em nenhum outro ordenamento jurídico. 
 
CASO CONCRETO 2 
 
O DIPRI e a globalização. 
 
Convenção de Direito Internacional Privado de Haia Uma organização mundial... Com mais de 60 Estados membros 
representando todos os continentes, a Conferência de Haia de Direito Internacional Privado é uma organização 
intergovernamental de caráter global. Mescla de diversas tradições jurídicas, ela desenvolve e oferece instrumentos 
jurídicos multilaterais que correspondem às necessidades mundiais. Um crescente número de Estados não-membros 
está aderindo às Convenções da Haia. Assim, mais de 120 países participam hoje nos trabalhos da Conferência. Que 
estende pontes entre os sistemas jurídicos... As situações pessoais, familiares ou comerciais que estão relacionadas 
a mais de um país são habituais no mundo moderno. Estas podem ser afetadas pelas diferenças que existem entre 
os sistemas jurídicos vigentes nesses países (...) (Disponível na íntegra em 
http://www1.stf.gov.br/convencaohaia/conferenciaDireito/conferenciaDireito.asp>). 
 
Com base no texto acima, retirado do site do STF, discorra sobre a vertente do Direito Internacional que se ocupa da 
relação jurídica apresentada, seu objeto e a relevância da questão na contemporaneidade. 
O Direito que regula a relação jurídica acima narrada é o Direito Internacional Privado e para 
melhor compreender seu papel na contemporaneidade é imprescindível reconhecer que o impacto da 
globalização sobre o arcabouço jurídico é muito maior do que a realidade interna de cada Estado. 
Em vista dessa nova ordem internacional que vem sendo alterada pela realidade política 
construída desde meados do século passado, diversos internacionalistas apontam a predominância de uma 
visão pluralista no Direito Internacional contemporâneo. Nesse sentido, Cançado Trindade (MELLO, 1999, p. 
17) afirma que os antigos paradigmas da soberania irrestrita e ilimitada sucumbiram à necessidade de uma 
reformulação subjetiva da Sociedade Internacional em torno da pessoa humana e a proteção de sua 
dignidade. 
 
Na formação desta Nova Ordem Internacional, a Segunda Conferência de Haia, de 1907 teve 
crucial importância. Eram 44 os países ali presentes, dentre os quais o Brasil, representado por Ruy Barbosa. 
Plasmava-se, então, a semente do que viria a se tornar a Corte Internacional de Justiça. Seriam traçados ali 
novos e importantes rumos para essa sociedade internacional, como o controle do uso da força, a 
importância dos Direitos Humanos e a solução pacífica de controvérsias. “Na nova sociedade universal 
pode-se dizer que se está embaralhando o mapa do mundo”. Nele as principais forças produtivas 
“compreendendo o capital, a tecnologia, a força de trabalho e a divisão transnacional do trabalho, 
ultrapassam fronteiras geográficas, históricas e culturais, multiplicando-se assim as suas formas de 
articulação e contradição. 
 
Postado por Esdras Arthur
O Direito Internacional Privado é classicamente visto como o ramo do direito interno que regula, 
direta ou indiretamente, as relações privadas internacionais. Seu desafio é dar respaldo eficiente e justo a 
esta crescente internacionalidade das vidas privadas, das relações civis, comerciais ou de consumo, dentre 
outras. Para Pimenta Bueno, o Direito Internacional Privado atenderia aos interesses recíprocos de 
dignidade, bem estar, civilização e justiça universal, ao tempo em que preserva a independência, a jurisdição 
e a soberania de cada Estado. 
As circunstâncias atuais da Sociedade Internacional, marcadas pelos signos da globalização 
econômica (velocidade, ubiquidade e liberdade) apontam para a necessidade da cooperação entre os 
Estados soberanos, especialmente porque o atributo da soberania deixa de ser considerado em sua forma 
absoluta e ilimitada, por força da consagração de outros sujeitos de Direito Internacional, como os 
organismos internacionais, as empresas transnacionais e, principalmente a pessoa humana, cuja dignidade 
constitui o eixo epistemológico do Direito Internacional Contemporâneo, consagrado pela convergência dos 
ramos do Direito Internacional Público, do Direito Internacional Privado e de todas as áreas correlatas ao 
estudo da complexidade da vida internacional. 
Conforme se pode constatar, o direito contemporâneo é marcado pelo dinamismo das 
instituições, incrementado pelo aumento da circulação das construções jurídicas carreadas nos variados 
fluxos das atividades cotidianas que extravasam as fronteiras dos Estados soberanos. Reafirma-se, nesse 
contexto, o Direito Internacional Privado como importante ferramenta para compreensão da realidade jurídica 
contemporânea em visão convergente, entre o público e o privado, em vertente inspirada em um direito 
cosmopolita. 
Portanto, a análise do conteúdo do Direito Internacional Privado revela-se de importância 
estratégica para o domínio do conhecimento jurídico nesse Terceiro Milênio cuja primeira década acaba de 
ser superada. Reitera-se aqui o apelo à comunidade jurídica brasileira a fim de sintonizar-se com a 
necessidade de abertura e recuperação do atraso na internalização de importantes tratados e convenções 
internacionais, bem como a atualização das normas de Direito Internacional Privado. Esperam os autores que 
estas páginas contribuam para a releitura da disciplina primando por uma abordagem dinâmica, pragmática 
e, sobretudo, pluralista. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
Sobre o direito internacional privado pode-se afirmar: (XI CONCURSO JUIZ FEDERAL 2006 1ª REGIÃO) 
a) Direito internacionalprivado trata basicamente das relações humanas vinculadas a sistemas jurídicos autônomos e 
convergentes; 
b) Direito uniforme espontâneo resulta de esforço comum de dois ou mais Estados no sentido de uniformizar certas 
instituições jurídicas; 
c) O direito internacional uniformizado é fruto de entendimento entre Estados e que se concentram nas atividades 
econômicas de natureza internacional; 
d) A uniformização de normas disciplinadoras de comércio internacional é realizada por meios de acordos bilaterais, 
multilaterais, tratados e convenções, até o 
 
AULA 2 
 
Caso Concreto 1 
 
Considere o texto abaixo feito a partir da compilação de obras de importantes doutrinadores: 
O eminente jurista Celso de Albuquerque Mello via no pensamento de Ignácio Ramonet a melhor descrição da 
sociedade internacional após a queda do muro de Berlim. Segundo esta descrição: 
 
“Após 1989 já houve cerca de 60 conflitos armados com mais de 17 milhões de refugiados. As 225 maiores fortunas 
do globo representam 1000 bilhões de euros, que é o equivalente à renda anual de 45% dos mais pobres da 
população mundial (2,5 bilhões de pessoas). As pessoas estão mais ricas que os Estados. As 15 pessoas mais 
ricas ultrapassam o PIB da África Subsaárica. Em 1960 os 20% da população que vivia nos países mais ricos 
tinham uma renda 30 vezes superior a dos 20% mais pobres. Em 1995 a renda é 80 vezes superior. 
Para atender às necessidades sanitárias e nutricionais fundamentais custaria 12 bilhões de euros, isto é, o que os 
habitantes dos EUA e União Européia gastam por ano em perfume e menos do que gastam em sorvete. Morrem 
anualmente 30 milhões de pessoas por fome. Esta é uma arma política, uma arma de guerra e cria o "charité 
business". As fusões de empresa têm permitido diminuir o número de empregos. Cada uma das 100 principais 
empresas globais vende mais do que exporta cada um dos 120 países mais pobres. As 23 empresas mais 
importantes vendem mais que o Brasil. Elas controlam 70% do comércio mundial.(Cf. MELLO, Celso D. de 
Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. Rio de Janeiro: Renovar, 14 ed, vol I, 2002, p.57).” 
 
O texto acima descreve as consequências danosas de uma inserção internacional assimétrica feita a partir de 
relações verticalizadas com relação aos centros mundiais de poder, representados pelos países desenvolvidos. É 
melancólica aquela imagem dos gastos com perfumes e sorvetes no mundo desenvolvido em comparação com as 
necessidades básicas de saúde, educação e alimentação no mundo periférico. Igualmente forte, o registro de que as 
pessoas estão mais ricas do que os Estados nacionais. Tudo isso a refletir a complexa sociedade internacional 
contemporânea. 
A partir da leitura do texto, disserte acerca das características da sociedade internacional que são idealmente 
apontadas pela melhor doutrina do direito internacional e que encontram respaldo na Carta na ONU e em outros 
documentos internacionais. 
Resposta: 
 
R: A Sociedade Internacional é baseada na vontade legítima de seus integrantes que se associaram 
diplomaticamente para atingir certos interesses em comum, é um conjunto de vínculos estabelecidos por 
motivos políticos, econômicos, sociais e culturais. É formada pelos Estados, pelos Organismos 
Internacionais e, sobretudo, pelos homens, como membros atuantes dentro de cada organização. 
 A Sociedade Internacional tem como características: 
 
* A Universalidade: abrange o mundo inteiro, mesmo que o país não tenha vínculos tão profundos com os 
demais deve ao menos se relacionar com os Estados fronteiriços. 
 • A Heterogeneidade: Integram-na Estados das mais diferentes vertentes culturais e sociais, o que influencia 
diretamente na complexidade das negociações. 
 • A Descentralização: Não há um poder central internacional ou um governo mundial, mas há vários centros 
de Poder, como os próprios Estados e as Organizações Internacionais. 
 • É Aberta: Todos os entes, ao reunirem certas condições, dela se tornam membro sem necessidade de 
aprovação prévia dos demais. 
 • Direito Originário: Não se fundamenta em outro ordenamento positivo ou pré-estabelecido 
 
A globalização possibilitou a integração entre todos os países do globo, seus respectivos povos e culturas, 
quebrou barreiras regionais, proporcionou a integração dos mercados financeiros, formação de blocos 
econômicos, acúmulo de riquezas por partes de diversos países, mas em contrapartida gerou distorções 
socioeconômicas muito graves. 
 
A globalização tem levado o planeta à proximidade da catástrofe ambiental, convulsão social sem 
precedentes, desestruturação das economias de muitos países, aumento da pobreza, da fome, dos sem terra, 
da migração e do deslocamento social. 
 
Assim, visando à criação de condições de estabilidade e bem-estar necessárias para a convivência pacífica 
entre as nações, a Carta da ONU, em seu artigo 55, estabelece que as Nações Unidas devem promover 
padrões de vida mais elevados, pleno emprego e condições de progresso econômico e social.. 
 
A sociedade internacional caracteriza-se por ser: 
 a) universal: porque abrange todos os entes do globo terrestre; 
b) paritária: uma vez que nela existe igualdade jurídica; 
c) aberta: significa que todo ente, ao reunir determinados elementos, se torna seu membro sem que haja 
necessidade dos membros já existentes se manifestarem sobre o seu ingresso; 
d) descentralizada: posto não existir organização institucional com o na sociedade interna dos Estados. 
Assim, não existe poder legislativo da sociedade internacional; 
e) O Direito que nela se manifesta é originário e não se fundamenta em nenhum outro ordenamento jurídico. 
 Não se pode negar, no entanto, que o processo de globalização tende a reduzir o conceito de soberania 
estatal pela desconstrução do Estado interventor (Welfare State) em prol do fortalecimento das estruturas 
internacionais mediante a consolidação de organismos multilaterais de cooperação internacional, o que 
evidentemente conduz à revalorização da concepção de Estado Mínimo. 
 
CASO CONCRETO 2 
―...Precisamos nos assegurar de estarmos oferecendo às nossas forças militares e de segurança os meios para 
realizarem suas missões, nos locais aos quais são enviadas. É nesse aspecto que a França e o Reino Unido 
trabalham em parceria por intermédio de um conjunto de sistemas, o que é útil não só para nossas forças, mas 
também para nossas indústrias, nossas economias e nossas populações. Uma etapa importante será vencida hoje, 
com a assinatura de um protocolo de acordo que lança nossa cooperação sobre nossos futuros porta-aviões pelos 
próximos 12 meses. Mas existem também numerosos programas importantes como, por exemplo, o sistema PAAMS 
(Principal Anti Air Missile System), o míssil ar-ar Meteor e o avião de transporte A 400M..‖ (Artigo da ministra francesa 
da defesa, Michèle Alliot-Marie, e do ministro britânico da defesa, John Reid, publicado no jornal ―Le figaro‖(Paris, 6 
de março de 2006). 
Analise o texto e os aspectos que destaca, dissertando sobre as forças que atuam na relação entre as pessoas de 
Direito Internacional e sua importância na modelagem da sociedade internacional, em especial sobre os três sentidos 
de Fred Halliday para o termo ―sociedade internacional‖ - realismo, transnacionalismo e homogeneidade. 
R: A Sociedade internacional 
RESPOSTA: As forças que influenciam a SI são forças econômicas, culturais, religiosas e políticas. Sendo 
que as forças econômicas e políticas são as mais importantes. 
Forças culturais: Manifestam-se pela realização de acordos culturais entre os Estados, na criação de 
organismos internacionais de fomento e desenvolvimento da cultura (UNESCO). 
Forças econômicas: Definem o sistema internacional como primariamente constituído pela atividade 
econômica e pela disseminação das relações sociais e econômicas capitalistas em uma escala mundial. 
Segundo CelsoMello, elas seriam despertadas pelo materialismo histórico de Marx e ainda que o seu 
enfrentamento exigiria uma grande cooperação interestatal. (FMI, BIRD, OMC...). 
Forças políticas: a luta pelo poder e pelo aumento do território estatal ocasionou fenômenos característicos 
da sociedade internacional (ditadura e imperialismo). 
Forças religiosas: catolicismo, protestantismo. Hoje, o Islamismo tem marcado presença na nova forma de 
terrorismo, que vem, atualmente, dando novo contorno à SI. 
Os três sentidos para o termo sociedade internacional, segundo Fred Halliday são: 
1- Realismo - dentro do qual a sociedade Internacional refere-se à relação entre Estados, baseada em 
normas compartilhadas e entendimentos. Em um mundo constituído por potências soberanas e 
independentes, a guerra é o único meio pelo qual cada uma delas pode, em última instância, defender seus 
interesses vitais. 
2- Transnacionalismo - que se refere à emergência de laços não estatais de economia, de política, de 
associação, de cultura e de ideologia que transcendem as fronteiras dos Estados e constituem, em maior ou 
menor medida, uma sociedade que vai além destas mesmas fronteiras. 
3- Homogeneidade - que indica uma relação entre a estrutura interna das sociedades e da sociedade 
internacional, investigando de que maneira, como resultado das pressões internacionais, os Estados são 
compelidos a conformarem seus arranjos internos aos demais. É um conceito que se refere tanto ao 
desenvolvimento interno quanto às relações internacionais, já que o funcionamento interno dos Estados 
tanto influencia como é influenciado pelos processos internacionais. 
AULA 3 
 
Caso Concreto 1 
 
O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte Internacional de Justiça 
procedimento judicial internacional contra o Estado indiano, relativo a certos direitos de passagem pelo território 
deste último Estado de súditos portugueses (militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados por Portugal 
com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto de Damão, para acesso aos encraves de Dadra e 
Nagar-Aveli. O Estado português alega que havia um costume [internacional] local que concedia um direito de 
passagem pelo território indiano a seus nacionais e às forças armadas até Dadra e Nagar-Aveli. A alegação de fundo 
é a de que o Estado indiano quer anexar estes dois territórios portugueses, ferindo seus direitos soberanos sobre 
eles. Os indianos sustentam que, segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o governante de 
Maratha e posteriores decretos exarados por este governante, os direitos portugueses não consistiam na soberania 
sobre os mencionados encraves, para os quais o direito de passagem é agora reclamado, mas apenas num "imposto 
sobre o rendimento". 
 
Quando o Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha, encontraram os portugueses 
ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os britânicos aceitaram tal posição, não reclamando qualquer 
tipo de soberania, como sucessores de Maratha, mas não fizeram um reconhecimento expresso de tal situação ao 
Estado português. Tal soberania foi aceita de forma tácita e subseqüentemente reconhecida pelo Estado indiano, 
portanto as vilas Dadra e Nagar-Aveli foram tidas como territórios encravados portugueses, em território indiano. 
A petição portuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi largamente utilizado durante a soberania 
britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no período pós-britânico. Os indianos alegam que mercadorias, 
com exceção de armas e munições, passavam livremente entre o Porto de Damão (território português) e ditos 
encraves, e que exerceram seu soberano poder de regulamentação impedindo qualquer tipo de passagem, desde a 
derrubada do governo português em ditos encraves. (Pereira, L. C. R. Costume Internacional: Gênese do Direito 
Internacional. Rio de Janeiro: Renova, 2002, p. 347 a 349 – Texto adaptado). 
 
Diante da situação acima e dos dados apresentados, responda: 
 
1) De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de direito internacional Público é 
aplicável a fim de dar solução ao litígio? 
 
A fonte é a do Costume Internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito; Não 
havia até então Tratado que regia a relação. O costume veio perdendo espaço para os Tratados, já que esses 
possuem um texto que traz mais segurança juridical dada a sua clareza e certeza. 
 
A fonte aplicável ao litígio apresentado entre Portugal e Índia, para dar-lhe solução, segundo entendimento 
da Corte Internacional de Justiça é o costume regional 
 
2) Como ela é definida? 
 
O Costume Internacional encontra definição no art. 38, “b” do Estatuto da Corte de Justiça Internacional, 
trata-se de uma espécie de norma formada pela reiterada prática dos sujeitos do Direito Internacional, 
consiste, portanto, numa “prática geral aceita como sendo o direito”. 
RESPOSTA: Ela é definida como costume regional, também denominado de local, que diz respeito a pedido 
de permissão para transposição territorial, o qual tem sido reconhecido pela jurisprudência e doutrina 
internacionais, a exemplo do caso em tela sobre direito de passagem entre Portugal e Índia, julgado na CIJ 
em 1960, no qual se reconheceu, também, a possibilidade de estabelecimento de costume em sentido 
contrário em razão da desobediência recíproca a costumes preestabelecidos (costumes "contra legem"). 
Os costumes apresentam essencialmente dois elementos. O elemento material (ou objetivo) que se constitui 
na repetição de atos, também chamados precedentes; e o elemento psicológico (ou subjetivo), identificado 
pela expressão latina opinio juris sive necessitatis. O primeiro elemento pode ser analisado em várias 
dimensões (tempo de repetição do ato; número de Estado que o praticam etc). Aqui convém perceber que o 
ato costumeiro é praticado por dois Estados: Índia e Portugal, ainda que o primeiro tenha estado sob o jugo 
colonial da Grã-Bretanha. Dessa forma identifica-se a localidade do precedente, de modo tal a sustentar a 
existência de um Costume Internacional local (e não de caráter geral), caso entenda-se que 
contemporaneamente exista também o elemento subjetivo. Este representa a idéia de necessidade, 
obrigatoriedade e consentimento entre os Estados praticantes dos precedentes. No caso citado, a prática 
adotada pelos Estados leva a crer que existe um costume internacional local. Entretanto o direito de 
passagem deve se limitar ao trânsito de mercadorias e indivíduos civis e não de forças armadas, polícia 
militarizada, armas e munições. 
 
3) Qual o elemento que a torna norma jurídica? 
 
É o elemento subjetivo que torna o costume norma juridica entre os países, conforme o art. 38, “b” do 
Estatuto da Corte de Justiça. 
RESPOSTA: O costume se estabelece pela união de certos elementos: um elemento que certifica sua 
existência, sua prática geral e sua uniformidade através do tempo; e outro elemento que atribui ao costume 
seu caráter eminentemente obrigatório entre os sujeitos do mesmo direito: a opinio iuris, ou a consciência de 
sua obrigatoriedade. Os primeiros elementos reúnem-se sob a denominação geral de elementos materiais; o 
segundo é considerado o elemento psicológico do costume. São eles que tornam a norma jurídica. 
 
Caso concreto 2 
Analise o texto abaixo retirado do voto de A.A. Cançado Trindade, proferido na Corte Interamericana de Direito 
Humanos no caso da Comunidade Indígena Sawhoyamaxa versus Paraguay: 
―...No universo do Direito Internacional dos Direitos Humanos, é o indivíduo quem alega ter seus direitos violados, 
quem alega sofrer os danos, quem tem que cumprir com o requisito do prévio esgotamento dos recursos internos, 
quem participa ativamente da eventual solução amistosa, e quem é o beneficiário (ele ou seus familiares)de 
eventuais reparações e indenizações. 
Em nosso sistema regional de proteção, o espectro da persistente denegação da capacidade processual do indivíduo 
peticionário ante a Corte Interamericana (....) emanou de considerações dogmáticas próprias de outra época histórica 
tendentes a evitar seu acesso direto à instância judicial internacional, - considerações estas que, em nossos dias, ao 
meu modo de ver, carecem de sustentação e sentido, ainda mais tratando-se de um tribunal internacional de direito 
humanos. 
(...). No presente domínio de proteção, todo jusinternacionalista, fiel às origens históricas de sua disciplina, saberá 
contribuir para o resgate da posição do ser humano como sujeito de direito das gentes dotado de personalidade e 
plena capacidade jurídicas internacionais". 
Responda a pergunta abaixo: 
No que se refere ao trecho do voto de Antônio Augusto Cançado Trindade, responda: 
- Com base no conceito de sujeito de direito internacional e no de uma sociedade internacional aberta, como 
defende Celso Mello, discorra sobre a posição do ser humano como sujeito de Direitos, refletindo sobre sua 
personalidade e sobre sua capacidade para agir no plano internacional. 
 
O indivíduo poder ser considerado um sujeito de direito internacional, sendo sempre um sujeito secundário, sem 
todos os pressupostos de um sujeito de direito internacional. Entretanto, os fragmentos de sua subjetividade estarão 
cada vez mais presentes. Aumentarão as formas de responsabilizar os indivíduos perante a comunidade 
internacional (Passiva), bem como as formas de tutela dos direitos fundamentais através de órgãos internacionais 
(Ativa). 
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada pela Organização das Nações Unidas, em 10 de dezembro 
de 1948, delineia os direitos humanos básicos expondo também as suas limitações (deveres). 
 
Não há um consenso entre os autores acerca do conceito de pessoa internacional no DIP. Para alguns 
autores, como Celso de Albuquerque Mello, a conceituação de sujeito de direito no DIP seria idêntica à 
conceituação de sujeito de direito no direito interno, ou seja, é sujeito de direito internacional aquele que tem 
direitos ou obrigações perante a ordem jurídica internacional. 
Esses autores distinguem a personalidade jurídica da capacidade de agir, que diz respeito à realização de 
atos válidos no plano jurídico internacional. Assim, para eles é perfeitamente possível a existência de 
sujeitos de direito internacional incapazes, à semelhança do que ocorre com as crianças no direito interno, 
que, apesar de serem sujeitos de direito, não possuem capacidade de exercê-los, devendo ser representadas 
por alguém capaz. Essa corrente doutrinária considera o ser humano e as empresas transnacionais como 
sujeitos de direito internacional público. 
A segunda corrente, cujo principal expoente brasileiro é Francisco Rezek, entende que, para que alguém 
possa ser qualificado como pessoa internacional, é necessário que lhe seja outorgada a capacidade de agir 
no plano internacional, possuindo, no mínimo, prerrogativa de reclamar nos foros internacionais a garantia 
de seus direitos. Para esses autores, são sujeitos de direito apenas os Estados soberanos (aos quais se 
equipara, por razões singulares, a Santa Sé1) e as organizações internacionais. 
Ambas as correntes concordam em um ponto: a subjetividade no DIP é evolutiva, variando conforme as 
transformações da sociedade internacional. Prova disso é que, até o século XIX, os Estados eram as únicas 
pessoas jurídicas no DI. No entanto, hoje, após a evolução da sociedade internacional, é indiscutível que as 
Organizações Internacionais são dotadas de personalidade jurídica internacional. 
Existem outros autores ainda que enfrentam esta problemática de uma forma diferenciada, aceitando o 
indivíduo com um sujeito secundário de direito internacional. Por fim, existem os que aceitam o indivíduo 
apenas como objeto do Direito internacional, como Sereni e Quadri. 
A maioria dos autores entende que o indivíduo pode ser sujeito de Direito Internacional, principalmente em 
decorrência da tendência ao monismo deste ramo do direito. Assim, se aceita que, em tese, o indivíduo 
possa ter subjetividade jurídico-internacional, apenas dependendo da forma de como as normas deste 
ordenamento jurídico o contemple. Ou seja, se destas normas se puder retirar os requisitos de um sujeito de 
direito, tais como possibilidade de atuação ou mesmo responsabilização do indivíduo, diretamente pela 
ordem internacional, pode ser que o indivíduo seja considerado um sujeito de Direito Internacional 
 
QUESTÃO OBEJTIVA 
 
Segundo o Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do direito internacional as convenções 
internacionais, 
 
a. o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a jurisprudência, de forma auxiliar. 
b. o costume internacional, os princípios gerais de direito, os atos unilaterais e as resoluções das organizações 
internacionais. 
c. o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais, resoluções das organizações internacionais, decisões 
judiciárias e a doutrina. 
d. o costume internacional, os princípios gerais de direito, as decisões judiciárias e a doutrina, de forma 
auxiliar, admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir ex aequo et bono, se as partes concordarem. 
 
 
AULA 4 
Caso Concreto 1 
 Inimiga natural do bom senso, a intolerância costuma fazer entre inocentes a maior parte de suas vítimas. 
O atentado terrorista contra a missão diplomática da Organização das Nações Unidas no Iraque, na terça-feira 
passada (19 de Agosto de 2003), não foge desse padrão: atingiu um organismo internacional que trabalhava pela 
paz, pela ordem e para mitigar os males das pessoas. A explosão matou 23 pessoas, de diversas nacionalidades, 
todas elas empenhadas em pavimentar o caminho para a consolidação de um governo capaz de colocar o país de 
pé. Uma das vítimas era a força motora desse esforço – o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, de 55 anos, chefe da 
representação da ONU no Iraque, que desde junho vinha desempenhando, com a peculiar competência, justamente 
o papel que se espera das Nações Unidas, qual seja, o de promover um mínimo de entendimento entre partes 
aparentemente incompatíveis. 
Eram 4 e meia da tarde quando uma betoneira amarela parou debaixo da janela de seu escritório em 
Bagdá. Detonada por um fanático suicida, a carga de 700 quilos de explosivos derrubou parte do prédio. Sob os 
escombros, imobilizado por uma viga que lhe esmagou as pernas, Vieira de Mello chegou a fazer ligações de seu 
telefone celular, mas não resistiu e sangrou até a morte antes que o resgate chegasse, já no começo da noite. "Um 
grande defensor da paz e da reconciliação assassinado em um ato de niilismo", descreveu com precisão o editorial 
do jornal The New York Times.. 
No que se refere ao tema Responsabilidade Internacionais, responda: 
a) A Organização das Nações Unidas teria o dever de reparar os danos causados, já que o diplomata estava a 
serviços da ONU? Explique. 
RESPOSTA: Existe a responsabilidade funcional quando se trata de funcionário da Organização 
Internacional, pois esta tem o direito de proteção diplomática, podendo responsabilizar um Estado ou outra 
Organização Internacional por atos danosos a seus funcionários ou a seu patrimônio. 
 O CIJ já emitiu parecer concluindo que a OI tem o direito de exigir a reparação dos danos sofridos por ela e 
pelas vítimas, seus funcionários ou seus bens. Sendo assim, cabe à família do brasileiro requerer a 
reparação do dano pela ONU, bem como esta pode pleitear a reparação do Estado que a lesionou 
.b) O Brasil teria o dever de reparar os danos causados, já que o diplomata representava o País no exterior? Explique 
Sim, pois o diplomata é servidor público, passível de ser responsabilizado pelos danos causados à sua 
integridade. 
Caso concreto 2 
Paolo,italiano, líder de uma organização extremista que fazia oposição ao governo da Itália na década de 70, foi 
condenado por quatro homicídios ocorridos entre 1978 e 1979 e condenado à prisão perpétua. O julgamento 
terminou em 1993, mas o ex-ativista nunca cumpriu a pena que lhe foi imposta, fugindo para a França, onde viveu 
até 2004, quando o então presidente francês, Jacques Chirac, se posicionou favorável à extradição. Paolo, fugindo 
novamente e desta vez para o Brasil, foi preso a pedido do governo Italiano que solicita ao governo brasileiro a 
―entrega‖ de Paolo para que possa ele cumprir a pena que lhe foi imposta. Neste ínterim, Paolo solicita a concessão 
do status de refugiado, o que foi negado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), sob o argumento que 
não é possível comprovar a alegada perseguição política, mas concedido unilateralmente pelo Ministro da Justiça. 
Neste contexto, responda: 
1) Qual seria a medida de saída compulsória cabível à hipótese? Justifique. RESPOSTA: A medida cabível 
seria a extradição. A extradição encontra fundamento legal do art. 76 ao art. 94 da Lei 6.815/80. Essa medida é 
tomada quando o Brasil entrega um estrangeiro a outro país, por ele ter cometido um crime naquele país. 
Trata-se de ato de defesa internacional, onde há a colaboração dos países na repressão do crime. Porém, 
dependerá de prévia apreciação do Supremo Tribunal Federal, para analisar o caráter dessa infração. Ou 
seja, a extradição só será permitida depois do julgamento feito pelo plenário do STF. Dessa decisão não cabe 
recurso. 
2) A medida poderia ser concedida? Justifique com base nos requisitos para sua concessão. 
RESPOSTA: Sim, pois de acordo com o art. 77 do Estatuto do Estrangeiro, a viabilidade da concessão da 
extradição poderá ser verificada a partir da análise de requisitos negativos, os quais determinam os casos 
em que não será concedida extradição. 
 Assim, em seu inciso II, podemos depreender que poderia ser concedida a extradição, uma vez que o 
extraditando cometeu fato tipificado como crime tanto no Brasil como em seu país. 
Essa medida visa evitar que o infrator fique impune, ainda que esse crime tenha sido cometido em outro país. 
Por isso, deve traduzir no sentido superior e universal de justiça. O Brasil deve entregar o estrangeiro para 
que ele receba a pena cabível no país onde ele cometeu o crime. No Brasil, a extradição, só é admitida em 
duas hipóteses: mediante promessa de reciprocidade (através de pedido formal de Estado Soberano, a se 
processar segundo o direito vigente no país) e com base em tratado (hipótese em que assume, a princípio, 
caráter obrigatório). 
 
,3) Se concedida a extradição, pode o Presidente da República se negar a efetivar a entrega de Paolo? 
RESPOSTA: Sim, há certa discricionariedade ao Presidente da República. Ele pode ou não efetivar a 
extradição. Poder conferido pelo artigo 84, inciso VII da CF. 
O STF, há tempos, vem entendendo que a competência para decidir, definitivamente, sobre a extradição ou 
não é do Presidente da República, por ser ele a autoridade responsável por manter relações com Estados 
estrangeiros (art. 84, VII), quando o julgamento que lhe compete é favorável ao processo de extradição.. 
1ª QUESTÃO OBEJTIVA 
No que concerne à perda e à reaquisição da nacionalidade brasileira, assinale a opção correta. 
a) Eventual pedido de reaquisição de nacionalidade feito por brasileiro naturalizado será processado no Ministério 
das Relações Exteriores. 
b) A reaquisição de nacionalidade brasileira é conferida por lei de iniciativa do presidente da República. 
c) Em nenhuma hipótese, brasileiro nato perde a nacionalidade brasileira. 
d) Brasileiro naturalizado que, em virtude de atividade nociva ao Estado, tiver sua naturalização cancelada 
por sentença judicial só poderá readquiri-la mediante ação rescisória. 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
No âmbito do direito internacional, a soberania, importante característica do palco internacional, significa a 
possibilidade de: 
 
a) Igualdade entre países, independentemente de sua dimensão ou importância econômica mundial. 
b) Um estado impor-se sobre o outro. 
c) A ONU dominar a legislação dos Estados participantes. 
d) Celebração de tratados sobre direitos humanos com o consentimento do Tribunal Penal Permanente. 
 AULA 5 
Caso concreto 
Diante da consulta feita pelo Brasil ao órgão de solução de controvérsias de determinada Organização 
Internacional, decide o órgão no sentido de considerar abusiva a prática de medidas antidumping ? tem como 
objetivo neutralizar os efeitos danosos à indústria nacional causados pelas importações objeto de dumping, por 
meio da aplicação de alíquotas específicas, ad valorem ou de uma combinação de ambas - aplicadas pelos EUA 
na exportação de suco de laranja brasileiro de laranjas pelo Brasil, determinando que ?as sobretaxas ao produto 
nos últimos quatro anos terão de ser retiradas em um prazo máximo de nove meses, tornando o produto 
novamente competitivo.? 
Essa foi a primeira vez que os EUA desistiram de um processo na OMC antes de esgotar todas as possibilidades 
de apelação. O fato foi comemorado pelo Itamaraty como uma inclinação do governo americano de rever uma 
prática comum nas relações comerciais, o chamado "zeroing" ou "zeramento. 
Com relação a hipótese acima, responda justificadamente: 
1) Qual é a organização internacional cujo órgão de solução de controvérsias teria competência para 
deliberar sobre o caso em questão? Fundamente. 
R: A OMC é a instituição competente para deliberar sobre a fiscalização e regulamentação do 
comercio mundial. Pois sua função é regulamentar e fiscalizar o comercio mundial, resolver 
conflitos comerciais entre países membros, gerenciar acordos comerciais tendo como parâmetro a 
globalização da economia, criar situações e momentos para que sejam firmados acordos comerciais 
internacionais e supervisionar o cumprimento desses acordos. 
 
 
2) Teria a Corte Internacional de Justiça competência para decidir a controvérsia sobre a prática de medidas 
antidumping? Explique e justifique. 
R: Não, pois a capacidade de agir das organizações internacional limitam-se aos seus objetivos e 
funções. Segundo o art. 34 do Estatuto da CIJ as controvérsias que podem ser submetidas à CIJ são 
aquelas que podem vir a constituir ameaça à paz e a segurança internacional. 
 
3) A decisão proferida obriga os EUA? Se negativa a resposta, porque então cumpre a decisão? Justifique 
sua resposta. 
R: Uma decisão da OMC, enquanto recomendação, não possui caráter obrigatório, todavia em nome 
do princípio pacta sunt servanda, o Estado membro de um tratado se obriga a respeitar as 
obrigações contidas no seu texto. 
 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
A Conferência de Bretton Woods (1944), realizada no ocaso da Segunda Guerra Mundial, é considerada um 
marco na história do Direito Internacional no século XX porque (Exame de Ordem 2010.3, Questão 99) 
(A) estabeleceu as bases do sistema econômico e financeiro internacional, por meio da criação do Banco 
Mundial ? BIRD, do Fundo Monetário Internacional ? FMI e do Acordo Geral de Tarifas Aduaneiras e 
Comércio ? GATT. 
(B) inaugurou uma nova etapa na cooperação política internacional ao extinguir a Liga das Nações e transferir a 
Corte Internacional de Justiça para a estrutura da então recém-criada Organização das Nações Unidas ? ONU. 
(C) criou o sistema internacional de proteção aos direitos humanos, a partir da adoção da Declaração Universal 
dos Direitos Humanos, do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e do Pacto Internacional de Direitos 
Econômicos, Sociais e Culturais. 
(D) criou o Tribunal de Nuremberg, corte ad hoc responsável pelo julgamento dos principais comandantes 
nazistas e seus colaboradores diretos pelos crimes de guerra cometidos durante a Segunda Guerra Mundial. 
 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
Constituiobjetivo da Organização Mundial do Comercio (Exame de Ordem 2009.2, questão 12) 
 
a) solucionar controvérsias sobre tarifas do comercio internacional. 
b) Fornecer recursos monetários para incentivar o desenvolvimento econômico. 
c) Permitir a criação de zonas franças de comercio. 
d) Facilitar o empréstimo monetário internacional. 
AULA 6 
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão 
necessária de que o direito, para ser entendido e estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser 
tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a 
aplicação dos casos concretos, a saber: 
 
Caso Concreto 1 
O País GAMA celebra com os países BETA e DELTA tratado sobre pesquisa genética em seres humanos, com o 
objetivo de desenvolver novos medicamentos contra a AIDS. O tratado dispõe que as pesquisas serão realizadas na 
região da África subsaariana, onde há grande incidência da doença. A comunidade internacional, condenando o 
tratado celebrado, pugna por sua nulidade, exigindo sua revogação. Com base no conceito de norma internacional e 
nas teorias que discutem seus fundamentos, explique o fundamento para a nulidade da norma internacional em 
questão, discorrendo sobre suas características e sua relevância para o Direito Internacional Contemporâneo. 
Responda fundamentando na doutrina e na Convenção de Viena sobre Tratados. 
RESPOSTA: O tratado possui nulidade flagrante não podendo ser considerado como um tratado válido, pois 
seu conteúdo viola a carta de direitos humanos da ONU que se revela como uma norma internacional 
imperativa não podendo ser afastada pela vontade das partes. Assim o referido tratado viola a dignidade 
humana e ainda não promove progresso econômico social para as pessoas desses Estados. 
A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969 consigna expressamente, em seu artigo 63, a 
impossibilidade da validade de tal Tratado, conforme segue: “Se sobreviver uma nova norma imperativa de 
direito internacional geral, qualquer tratado existente em conflito com essa norma torna-se nulo e extingue-
se”. 
 
Caso concreto 2 
 
Após os atentados do 11/09 os EUA adotaram uma postura peculiar no tratamento das questões envolvendo o 
terrorismo mundial, culminando com a prisão de supostos envolvidos, os quais eram detidos em prisões controladas 
pelos EUA, dentre as quais aquela situada em Guantánamo, em Cuba. Os EUA celebram então com a Inglaterra, sua 
aliada na luta contra o terrorismo, tratado prevendo a cooperação entre os dois Estados para desenvolvimento de 
métodos não ortodoxos para obtenção de informações secretas junto aos supostos terroristas presos. Alegam os 
EUA que o tratado, que prevê medidas de combate ao terrorismo islâmico, seria uma forma de proteger seus 
cidadãos de violações aos Direitos Humanos. A França, sendo contraria a tais medidas, leva o caso à Corte 
Internacional de Justiça. Com relação a situação hipotética acima, responda: 
O tratado internacional é válido nos termos descritos? Explique e fundamente sua resposta. 
RESPOSTA: Não, ele não é válido, pois viola norma imperativa. Os direitos humanos dos presos encontram-
se consagrados em documentos internacionais que vedam a tortura, o tratamento desumano e degradante. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
Com relação à chamada ?norma imperativa de Direito Internacional geral?, ou jus cogens, é correto afirmar que é a 
norma (IV Exame Unificado da OAB/RJ, questão 17) 
(A) prevista no corpo de um tratado que tenha sido ratificado por todos os signatários, segundo o direito interno de 
cada um. 
(B) reconhecida pela comunidade internacional como aplicável a todos os Estados, da qual nenhuma derrogação é 
permitida. 
(C) aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e aplicável a todos os Estados membros, salvo os que 
apresentarem reserva expressa. 
(D) de direito humanitário, expressamente reconhecida pela Corte Internacional de Justiça, aplicável a todo e 
qualquer Estado em situação de conflito. 
AULA 7 
Caso Concreto 1 
 
Hungria e Checoslováquia (atual República Checa) celebraram em 1977 um tratado internacional para construção e 
funcionamento do sistema de esclusas Gabcikovo-Nagymaros que estava destinado a ampla utilização dos recursos 
do ramo Bratislava-Budapeste do Rio Danúbio, para exploração de recursos hídricos, energia, transporte, agricultura 
e outros setores da economia nacional das partes contratantes. No tratado, as partes comprometeram-se a garantir a 
preservação da qualidade da água do Rio Danúbio e do meio ambiente vinculado a construção do sistema. 
Em 1989 a Hungria suspendeu e depois abandonou as obras por conta das intensas criticas que o projeto sofreu no 
país e, em 1991, a Checoslováquia adotou a variante C, colocando em prática uma solução provisória que consistia 
no desvio unilateral do curso do Danúbio em seu território e a construção de um dique. Por conta da realização dos 
planos da variante C a Hungria emitiu uma nota verbal através da qual rescindia o Tratado de 1977. 
Com base no tema da execução, suspensão e extinção dos tratados, analise o caso acima e responda 
fundamentadamente: 
Pode a Hungria suspender e depois descumprir o tratado pactuado? Qual seria o efeito da nota verbal de rescisão? 
R: Não. A suspensão deve ser notificada ao outro Estado. No caso, a suspensão e o descumprimento do 
tratado por parte da Hungria é uma violação substancial, como prevê o art. 60 da CVT. 
A nota verbal não surtiria nenhum efeito, pois diante da violação do Tratado pela Hungria e também pela 
Republica Tcheca, a nota verbal de rescisão não tem qualquer efeito. 
 
2) O ato unilateral da Checoslováquia viola o tratado? R: Conforme o art. 60 da CVT, a República Tcheca 
deveria ter invocado a violação como motivo para fazer cessar a vigência do tratado ou suspendê-la, mas 
como prevê o art. 60, parágrafo 2º, a possibilidade de invocar a violação da Hungria deixa de existir quando 
a República Tcheca, ela mesma, viola substancialmente o tratado. 
 
Uma violação substancial de um tratado bilateral, por uma das Partes, autoriza a outra Parte a invocar a 
violação como motivo para fazer cessar a vigência do tratado ou para suspender a sua aplicação, no todo 
ou em parte. [Nos tratados bilaterais, o descumprimento substancial de uma parte permite que a outra parte 
considere extinto ou suspenso o tratado. 
3) Qual(ais) o(s) princípio(s) internacional(ais) violado(s)? Explique-o(os) e fundamente-o (os) 
R: O princípio da boa-fé e da pacta sunt servanda, conforme art 36 da CVT que diz que todo o tratado em 
vigor vincula as Partes e deve ser por elas cumprido de boa fé. 
CASO CONCRETO 2 
O País Alfa não-membro da União Européia (UE) celebra tratado com a República Tcheca, membro da referida 
Organização, cujo objeto, dentre outros, é o desenvolvimento econômico e social da região. No entanto, o tratado, 
negociado sob a condução ardilosa de Alfa, induzindo à assinatura nas mesmas circunstâncias pelo plenipotenciário 
Tcheco, é ratificado por seu chefe de Estado, que desconhecia o ambiente das negociações e da conseqüente 
assinatura. Quando da execução do Tratado, a República Tcheca percebe a existência de uma cláusula na qual o 
Estado Tcheco se submeteria à nova cooperação, abdicando de qualquer compromisso internacional anterior. O 
Tratado celebrado é válido? Pode Alfa ser responsabilizado pelos prejuízos causados? Explique justificadamente, 
fundamentando ainda sua resposta na norma jurídica pertinente. 
R: O tratado não é válido, pois há vício de consentimento, uma vez que foi ardilosamente induzido à sua 
assinatura, a vontade não foi livre, houve dolo do país Alfa, na forma do art. 49 da CVT. Houve um prejuízo 
intencional, havendo assim a responsabilidade de Alfa de ressarcir os prejuízos causados. 
Art. 49: Se um Estadotiver sido induzido a concluir um tratado pela conduta fraudulenta de um outro Estado 
que participou na negociação, pode invocar o dolo como tendo viciado o seu consentimento em ficar 
vinculado pelo tratado. 
 
CASO 3 
 
Um tratado em vigor elaborado na língua portuguesa (lusitana), entre o Brasil e Portugal utilizou termos e expressões 
que não revelavam a intenção real com a vontade declarada pelo plenipotenciário da República Federativa do Brasil. 
Alegou-se, pois, que a redação de alguns dispositivos do tratado, dava sentido diverso daquele esperado pelo 
plenipotenciário. Os termos foram introduzidos por Portugal, através do seu plenipotenciário, que desconhecia a 
diferença lingüística apontada como vício. Todavia, o representante, plenipotenciário da República Federativa do 
Brasil tinha previamente conhecimento da questão, e mesmo assim alegou estar o tratado eivado de vício, o que gera 
a sua nulidade. O Ministro das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil, solicita uma análise sobre o 
caso supra mencionado, para que possa se posicionar perante o Presidente da República sobre o ocorrido. Com 
relação a situação acima responda fundamentadamente: 
O tratado é Válido? 
 R: Quem alega o vício não pode ter contribuído de alguma forma para a ocorrência do vício. Embora o Brasil 
não possa alegá-lo, pois o plenipotenciário brasileiro percebeu o vício, mas calou-se, ele agiu de má-fé. 
Sendo assim, o contrato possui erro de consentimento não sendo, portanto, válido. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
Julgue os itens abaixo, relativos aos tratados internacionais. 
 
A) Considerando que o consentimento mútuo constitui condição de validade dos tratados internacionais, terá plena 
validade o tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com norma imperativa de direito internacional geral, 
de conformidade com o que estabelece a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados. ERRADO 
B) Não é juridicamente possível a exclusão, do âmbito de aplicação territorial de tratado internacional, de parte do 
território de um ou de ambos os Estados pactuantes. ERRADO 
C) Segundo a Convenção de Viena sobre Tratados de 1969 é vício de consentimento o erro de direito. ERRADO 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
O direito dos tratados, até meados do século XX, sempre foi regulado, via de regra, pelo costume internacional. 
Porém, o trabalho desenvolvido pela Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas, resultou na elaboração e 
conclusão da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, celebrada em 22 de maio de 1969, tendo entrado em 
vigor em 27 de janeiro de 1980. Tal instrumento internacional se justificava pelo fundamental papel que os tratados 
significaram e significam na história das relações internacionais, bem como pela importância, cada vez maior, dos 
tratados como fonte do Direito Internacional e como meio de desenvolver a cooperação pacífica entre as Nações. 
Sob o prisma da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, é correto afirmar, quanto a elaboração, conclusão 
e entrada em vigor dos tratados internacionais, EXCETO: 
 
(A) Nem todos os Estados têm capacidade para concluir tratados. 
(B) Uma pessoa é considerada representante de um Estado para a adoção ou autenticação do texto de um tratado 
ou para expressar o consentimento do Estado em obrigar-se por um tratado se apresentar plenos poderes 
apropriados ou a prática dos Estados interessados ou outras circunstâncias indicarem que a intenção do Estado era 
considerar essa pessoa seu representante para esses fins e dispensar os plenos poderes. 
(C) Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de plenos poderes, são, dentre outros, 
considerados representantes do seu Estado: os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das 
Relações Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à conclusão de um tratado. 
(D) Um ato relativo à conclusão de um tratado praticado por uma pessoa que, nas formas ordinárias e expressas de 
representação estatal previstas pela da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, não pode ser considerada 
representante de um Estado para esse fim, não produz efeitos jurídicos, a não ser que seja confirmado, 
posteriormente, por esse Estado. 
 
AULA 8 
Caso Concreto 1 
 
Em 2009, Maria foi nomeada depositária judicial de dois automóveis - marca Fiat - (zero kilômetro) pelo juízo da 
2ª Vara de Fazenda Pública da Comarca de São José dos Campos ? SP). Em 2010, depois de não atender a 
ordem judicial de exibição dos veículos, Maria foi intimada pessoalmente para apresentá-los no prazo de 48, sob 
pena de prisão. Maria alega ter se confundido ao assinar o termo de penhora de depósito, já que à época não 
estava mais nos quadros da empresa proprietária dos carros penhorados. Diante da ameaça à sua liberdade de 
locomoção, Maria impetra habeas corpus alegando que a prisão civil do depositário infiel constitui violação aos 
direitos humanos, em especial à Convenção Americana de Direitos Humanos (art. 7º, 7) e ao Pacto Internacional 
de Direitos Civis e Políticos (art. 11). A ordem é denegada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e, 
após os recursos cabíveis, o remédio passa a apreciação do STF. Com relação à questão acima colocada 
responda: 
1) Procede o argumento de Maria de que a prisão civil do depositário infiel viola Tratados de Direitos 
Humanos? Explique. 
2) RESPOSTA: Sim. O Pacto de São José de Costa Rica foi ratificado pelo Brasil em 1991. Ao 
ratificá-lo, o Brasil estaria revogando o antigo Código Civil de 1916 em vigor com relação à prisão do 
depositário infiel. A lei posterior revoga lei anterior. No entanto, o Tratado conflitava com a Constituição 
Federal. Foi então criado o § 3º do art 5º da CF, através da EC/45. Ainda, assim, a cláusula pétrea foi 
alterada. Diante disso, o STF criou a Súmula Vinculante nº 25. 
 
3) Como no Brasil se dá a relação entre o Direito Internacional e o direito interno? Explique e 
fundamente sua resposta. 
 
RESPOSTA: Há Tratados recepcionados como emenda constitucional e outros como lei ordinária. 
Quando o Tratado for recepcionado como lei ordinária, isso permite eventual controle de 
constitucionalidade do tratado. 
Nos casos do tratado recepcionado como lei ordinária que conflite com norma de direito interno (lei 
ordinária), aplica-se o princípio da intertemporalidade ou o princípio da especialidade. 
Se ele foi recepcionado como emenda constitucional vai prevalecer o princípio da supremacia 
constitucional. 
O tratado do portador de necessidades especiais e tratado do idoso foram recepcionados como emendas 
constitucionais. 
 
4) Qual o entendimento da jurisprudência a respeito do status dos tratados de direitos humanos na 
ordem jurídica brasileira. Fundamente. 
 
RESPOSTA: Se o procedimento foi votado por maioria simples, o entendimento é que foi recepcionado com o 
status de lei ordinária. 
Se o procedimento foi votado por, no mínimo, 3/5 dos votos dos membros, em dois turnos, nas duas casas 
do congresso nacional e se o tratado for de direitos humanos o entendimento é de que foi recepcionado com 
status de emenda constitucional. 
 
 
CASO CONCRETO 2 
Em 2005 foi negociado um tratado de proteção ao meio ambiente entre 30 Estados numa Conferência realizada no 
Japão. O texto elaborado foi aprovado por um quorum de 3/5 dos presentes, como decido pelos Estados e expresso 
em cláusula incluída no texto. Em fase de assinatura, apenas 10 Estados assinaram o compromisso internacional por 
seus plenipotenciários habilitados, 5 apenas o rubricaram e os outros 15, manifestaram seu consentimento por 
representantes sem carta de plenos poderes. Decidiram os Estados pela prorrogação da fase de assinatura por 30 
dias, ao fim dos quais o acordo deveria ser ratificado. Passados os 30 dias, as manifestações expressas por rubrica 
foram confirmadas, mas os Estados cujos representantes não portavamcartas de plenos poderes não apresentaram 
o exigido documento. O tratado foi ratificado pelos 30 Estados. Um Estado Y, que assinou e ratificou o acordo vai à 
Corte Internacional de Justiça pleitear a exclusão dos 5 Estados que não apresentaram carta de plenos poderes, 
alegando que não houve a assinatura e assim o tratado não teria efeitos com relação a eles. Procede a alegação do 
Estado Y? Justifique e fundamente sua resposta. 
 RESPOSTA: Sim, pois é requisito essencial a habilitação dos agentes signatários. Apesar do prazo 
suplementar, os Estados não supriram a falta da representação, portanto, não se reconhece o 
representante sem a outorga dos plenos poderes. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
A Constituição Federal estabelece que a União representará o Brasil nas relações internacionais. Por outro lado, 
também confere competência exclusiva ao Congresso Nacional para resolver definitivamente sobre tratados, acordos 
ou atos internacionais. Nessa linha, no âmbito do Senado, quanto à tramitação, avalie as afirmativas a seguir: (FGV ? 
Analista do Senado) 
I. O ato internacional deverá ser acompanhado de cópia autenticada do texto em português e inglês, não sendo 
necessária mensagem de encaminhamento. ERRADO 
II. O projeto será lido, publicado, distribuído em avulsos e remetido à Comissão de Relações Exteriores e Defesa 
Nacional. CERTO 
III. A Comissão receberá emendas no prazo de cinco dias a contar da distribuição dos avulsos. CERTO 
IV. Após a apresentação das emendas, deve a Comissão opinar sobre o projeto no prazo improrrogável de quinze 
dias. ERRADO 
V. Publicado o parecer e as emendas e distribuídos os avulsos, decorrido o interstício regimental, a matéria será 
incluída na ordem do dia. CERTO 
Assinale: 
(A) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. 
(B) se somente as afirmativas III, IV e V estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas II, III e V estiverem corretas. 
(E) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
AULA 9 
Caso Concreto 1 
 A Corte Internacional de Justiça (CIJ) da ONU emitiu parecer declarando que o muro que Israel está construindo na 
Cisjordânia é ilegal, uma vez que viola leis internacionais. Outra conclusão foi que o governo israelense não pode 
usar a segurança como justificativa para a construção. 
 De acordo com a corte, a obra deverá ser imediatamente suspensa e derrubada nos trechos já erguidos, uma vez 
que a conclusão da obra equivaleria à anexação de terras palestinas, ferindo o direito dos palestinos à 
autodeterminação. 
 Seguindo o entendimento da Corte Internacional de Justiça, a Assembléia Geral da ONU emitiu a Resolução 
RES/ES-10/15 
de 2 de Agosto de 2004. Com relação à Resolução da Assembléia Geral da ONU e ao parecer emitido pela Corte 
Internacional de Justiça, responda? 
1) Qual a natureza dos apontados atos internacionais? Explique 
A natureza jurídica da Resolução da Assembleia da ONU é de recomendação. Ela não é obrigatória, é 
facultativa. Já o parecer da CIJ é fruto da função consultiva e também facultativo. 
 
2) São eles considerados fontes formais do Direito Internacional? Justifique e fundamente. 
Não, eles não estão enumerados no art 38 da CIJ. 
A Corte Internacional de Justiça considerou as recomendações dotadas de natureza de opinio juris, ou, 
em outras palavras, precederem ao surgimento de um direito costumeiro internacional. O direito 
costumeiro é visto, sob o prisma do Estatuto da CIJ, como direito aplicável, mas as opinio juris não o 
são por ainda não gozarem de tal status. Nesse diapasão, a CIJ determinou que as recomendações 
prolatadas pela AG da ONU tem caráter de elemento constitutivo do direito internacional costumeiro. 
3) Os referidos atos obrigam os Estados? Por quê? Explique e justifique. R: 
Não. A recomendação é um ato desprovido de efeitos obrigatórios. O sentido jurídico do termo 
coincide com o seu sentido corrente. Os seus destinatários não são obrigados a submeterem-se a ela 
e não cometem infração no caso de não a respeitarem. Qualquer recomendação só se torna 
obrigatória após aceitação expressa ou tácita. 
Ainda que não sejam obrigatórias de um ponto de vista jurídico, as recomendações podem tomar-se 
politicamente coercitivas, fusionando como meios de pressão políticos, possuindo força moral e 
politica, mas não jurídica. 
4) Os Estados vem cumprindo atos desta natureza? Explique. R: , 
Cumprem quando é de seu interesse e não deixam de cumprir quando não for de seu interesse, diante do 
caráter não obrigatório 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
Acerca das organizações internacionais, julgue os seguintes itens. 
1- As organizações internacionais são instituídas por meio de um tratado multilateral, denominado tratado 
constitutivo, que em geral estabelece os objetivos e as regras para a instituição dos principais órgãos e dispõe sobre 
os direitos e deveres dos Estados-membros. R: Correto. As organizações internacionais, sujeitos de direito 
internacional dotados de personalidade jurídica derivada, são instituídas pela vontade dos Estados através 
de um tratado constitutivo no qual constam as principais regras a respeito de sua organização, 
funcionamento, órgão, direitos e deveres dos membros, etc. 
2- As organizações internacionais dispõem, necessariamente, de uma única sede, estabelecida por meio de tratado 
bilateral com um dos Estados-membros, denominado acordo da sede. Errado. Nada impede que uma organização 
internacional tenha mais de uma sede e, de igual forma, o acordo de sede não precisa se dar 
necessariamente com um Estado membro, podendo ser celebrado entre a organização internacional e um 
terceiro Estado. 
3- Às organizações internacionais são concedidos privilégios e imunidades similares aos dos Estados. Correto. Os 
privilégios concedidos às organizações internacionais são pactuados através dos acordos de sede que esta 
estabelece com determinados países. 
4- A receita das organizações internacionais resulta basicamente das contribuições (cotizações) dos Estados-
membros, estabelecidas de acordo com o princípio da capacidade contributiva. Correto. Não sendo, inicialmente, 
dotadas de competência para instituição de tributos, as organizações internacionais se mantem através de 
verbas oriundas de seus Estados-membros 
5- Em razão de sua própria natureza, as organizações internacionais não estão sujeitas a ação de responsabilidade 
internacional. Errado. As organizações internacionais podem ser responsabilizadas internacionalmente em 
virtude de seus atos, pois, como sujeitos de direito, elas participam ativa e passivamente na ordem jurídica 
internacional. O tema da responsabilidade internacional das organizações é tratado pela Comissão de Direito 
Internacional da ONU desde 2000 
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
Comparando-se as instituições de direito internacional público com as típicas do direito interno de determinado país, 
percebe-se que, no direito internacional, (39º Exame da OAB/RJ, questão 11) 
 
a) Há um governo central que possui soberania sobre todas as nações. 
b) Há uma norma suprema como no direito interno. 
c) H á um órgão central legislativo pata todo o planeta. 
d) Há cortes judiciais com jurisdição transnacional. 
AULA 10 
Caso concreto 
 
Em outubro de 2004 a Comissão Interamericana de Direitos Humanos submeteu à Corte Interamericana de 
Direitos Humanos uma demanda contra o Brasil pela violação aos direitos consagrados no art. 4º, 5º, 8º e 25º 
da Convenção Americana de Direitos Humanos. Alegou-se que D. Ximenes supostamente estaria sob 
condições sub-humanas em sua hospitalização, por motivo de tratamento psiquiátrico, em um centro de saúde 
que operava pelo SUS (Sistema Único de Saúde). 
Constava das informações colhidas que D. Ximenes teria sido alvo de golpes e ataques contra sua integridade 
física porparte dos funcionários da casa de repouso. A Comissão Interamericana ressaltou a vulnerabilidade 
em que se encontram as pessoas com problemas psiquiátricos no Brasil e a obrigação especial do Estado de 
zelar pela proteção das pessoas que se encontram sob os cuidados de um centro de saúde que integra o SUS. 
 
Diante da hipótese acima, responda: 
 
1) A Corte Interamericana de DDHH tem jurisdição para decidir a questão? Justifique e fundamente. 
R: Criada pelo Pacto de São José, a Corte Interamericana de Direitos Humanos tem a finalidade de julgar 
casos de violação aos direitos humanos ocorridos em países que integram a Organização dos Estados 
Americanos (OEA), que reconheçam sua competência. Ou seja, trata-se de um organismo jurisdicional 
autônomo que faz parte do sistema regional interamericano de proteção aos direitos humanos, criado no 
âmbito da OEA. Assim, a Corte analisa, basicamente, os casos de suspeita de que os Estados-partes 
tenham violado um direito ou liberdade protegido pela Convenção. Uma vez que 
 
2) Pode a Corte determinar a reparação dos danos causados a D. Ximenes sem que tenha sido 
interposto e esgotado os recursos da jurisdição interna? Justifique e fundamente. 
 Resposta: Não, só depois de esgotados todos os recursos na jurisdição interna. É necessário ter 
exaurido todas as instâncias judiciárias internas sem que tivesse obtido a prestação jurisdicional 
 
3) O Brasil se obriga a cumprir o que for determinado pela Corte? Explique e justifique. 
Sim. O Brasil ratificou o Tratado e assim reconheceu a competência da CIDDHH, obrigando-se a cumprir o 
determinado pela Corte. 
 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
Em relação ao direito internacional dos direitos humanos, julgue C(certo) ou E (errado). 
1-O direito de Haia, assim chamado por ter seus fundamentos nas quatro convenções internacionais ocorridas nessa 
cidade, destina-se à proteção das vítimas de conflitos armados — feridos, enfermos, prisioneiros de guerra, 
náufragos, população civil e militares que estejam fora de combate. EXPLICAÇÃO: O país é Genebra. 
 
2-O Direito Internacional Humanitário, campo das ciências jurídicas com o objetivo de prestar assistência às 
vítimas de guerra, surgiu, efetivamente, com a primeira Convenção de Genebra, em 1864. CERTO 
 
3-Atualmente, a garantia da eficácia dos direitos humanos compete principalmente à Corte Europeia dos Direitos 
Humanos, com sede em Estrasburgo, na França, e à Corte Interamericana de Direitos Humanos, sediada em São 
José da Costa Rica. CERTA 
4-A Corte Interamericana de Direitos Humanos profere sentenças recorríveis pelos interessados, as quais 
declaram eventual violação de direito protegido por tratado, não lhe competindo, no caso concreto, determinar 
pagamento de indenização à parte lesada. EXPLICAÇÃO: Elas são irrecorríveis e definitivas e podem 
determinar o pagamento de indenização 
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
O Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (1966) admite a possibilidade de um Estado-parte suspender 
sua aplicação, ―quando situações excepcionais ameacem a existência da nação e sejam proclamadas 
oficialmente‖. O mesmo pacto não autoriza a suspensão de determinados direitos, entre os quais se 
destaca(m): (32º Exame da OAB) 
a) a proibição da pena de morte e de tortura e penas ou tratamentos cruéis. 
b) a proibição de escravidão e de prisão por não cumprimento de obrigação contratual. 
c) a liberdade de pensamento, consciência e religião e proibição de propaganda em favor da guerra. 
d) a liberdade de expressão e a garantia do princípio da reserva legal. 
 
AULA 11 
Caso Concreto 
 
M. Munbassa é procurado internacionalmente por ter alistado e recrutado menores de 15 anos nas forças 
armadas nacionais, utilizando-as para participar ativamente das hostilidades praticadas no conflito armado 
ocorrido de 2002 e 2003 na República do Congo. M. Munbasse foi localizado em 2008 pela Interpol, em Paris, 
França. Com relação ao caso acima, baseado em dados reais, responda: 
 
a) M. Munbassa praticou algum crime previsto pelo Direito Internacional? Qual(ais)? Fundamente sua resposta. 
RESPOSTA: Sim, crime contra a humanidade e crime contra a paz, na medida em que recrutou crianças e 
as armou para utilizá-las como soldados nas forças armadas. 
 
b) Poderia ele ser julgado por alguma jurisdição supranacional? Qual? Fundamente. 
RESPOSTA: Sim. Este é caso de competência suplementar do Tribunal Penal Internacional, uma vez que 
ninguém avocou a si a propositura de ação por crime contra a humanidade contra o Mumbassa. 
 
c) Poderia a instância supranacional atuar independentemente da provocação da jurisdição estatal? Justifique e 
fundamente. 
RESPOSTA: O Estado pode lançar mão do seu próprio poder judiciário quanto pode denunciar o fato ao 
TPI. O tratado confere ao TPI esse poder. 
 
d) A França teria que obrigatoriamente entregar Munbassa? Explique e justifique. 
RESPOSTA: Uma vez que a França é signatária do Estatuto de Roma, cumpri-lhe entregar o indivíduo 
acusado de crimes contra a humanidade, no entanto ela não é obrigada, mas é um dever moral. 
 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
Acerca de tribunais internacionais e de sua repercussão, assinale a opção correta. 
 
A) O Tribunal Penal Internacional prevê a possibilidade de aplicação da pena de morte, ao passo que a Constituição 
brasileira proíbe tal aplicação. 
B) O § 4.º do art. 5.º da Constituição Federal prevê a submissão do Brasil à jurisdição de tribunais penais 
internacionais e tribunais de direitos humanos. 
C) O Estatuto de Roma não permite reservas nem a retirada dos Estados-membros do tratado. 
D) O Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, estabelece uma diferença entre entrega e 
extradição, operando a primeira entre um Estado e o mencionado tribunal e a segunda, entre Estados. 
 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
O asilo diplomático é um instituto latino-americano de direito internacional e tem por objetivo a proteção de 
pessoas perseguidas por motivos ou delitos políticos. São locais de asilo, segundo a Convenção de Caracas, de 
1954, (33º Exame da OAB, questão 93) 
A) legações, navios de guerra e acampamentos ou aeronaves militares. 
B) legações, consulados e sedes de organizações internacionais. 
C) acampamentos militares, consulados e veículos de embaixadas. 
D) navios e aeronaves militares e sedes de organizações internacionais. 
 
3ª Questão objetiva 
Como antecipou Joaquim Nabuco, a escravidão e o tráfico de escravos, graves violações aos direitos humanos, 
estão hoje proscritos pelo direito internacional. À luz das normas de direito internacional aplicáveis ao tema, 
julgue C(certo) ou E(errada). (Prova para o Instituto Rio Branco 2010) 
 
1-Atos de escravidão, em determinadas circunstâncias, podem constituir crimes contra a humanidade. CERTO 
2-É nulo todo tratado que regulamente o tráfico de escravos entre dois ou mais Estados.CERTO 
3-A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (l969) enumera as normas imperativas de direito 
internacional (jus cogens), entre as quais, a proibição da escravidão. ERRADO 
4-O tráfico de pessoas como modalidade de crime organizado internacional limita-se à exploração de mão de 
obra escrava ERRADO 
O 
AULA 12 
Caso Concreto 
 
Em 2007, após a tomada do poder em Gaza pelo Hamas, grupo islâmico radical, Israel e o Egito passaram a 
isolar – manu militari - econômica e comercialmente a faixa de Gaza. As fronteiras foram totalmente 
fechadas, só sendo permitidos carregamentos com suprimentos humanitários, que são fiscalizados 
minuciosamente. Israel alega que as medidas foram tomadas com a finalidade de enfraquecer o poder do 
Hamas. Em 2010, as medidas foram abrandadas com a abertura da fronteira de Rafah pelo Egito, mas a 
passagem só está franqueada a circulação de pessoas e não de mercadorias. 
Com relação à medida coercitiva tomada por Israel e Egito,responda: 
 
1) Trata-se de qual medida coercitiva, representativa do uso da força contra Gaza? Explique e 
justifique 
RESPOSTA: Trata-se de bloqueio que utiliza as Forças Armadas para impedir a comunicação com 
os portos e as costas. Enquanto Israel permite a entrada de suprimentos humanitários, o 
bloqueio é perfeitamente lícito em termos de Direito Internacional, no momento em que 
bloqueá-los, torna-se um ato ilícito 
2) Esta medida é aceita pelo Direito Internacional? 
RESPOSTA: Sim, na forma dos artigos 41 e 42, da Carta da ONU 
 
Artigo 41º O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver o emprego 
de forças armadas, deverão ser tomadas para tornar efectivas as suas decisões e poderá instar 
os membros das Nações Unidas a aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir a interrupção 
completa ou parcial das relações económicas, dos meios de comunicação ferroviários, 
marítimos, aéreos, postais, telegráficos, radioeléctricos, ou de outra qualquer espécie, e o 
rompimento das relações diplomáticas. 
 
Artigo 42º Se o Conselho de Segurança considerar que as medidas previstas no artigo 41º 
seriam ou demonstraram ser inadequadas, poderá levar a efeito, por meio de forças aéreas, 
navais ou terrestres, a acção que julgar necessária para manter ou restabelecer a paz e a 
segurança internacionais. Tal acção poderá compreender demonstrações, bloqueios e outras 
operações, por parte das forças aéreas, navais ou terrestres dos membros das Nações Unidas. 
 
 
 
3) E se houvesse impedimento de entrada de suprimentos humanitários? Explique, justifique e 
fundamente. 
RESPOSTA: Seria um bloqueio ilícito, pois estaria violando uma norma imperativa de direito 
humanitário (jus cogens), em especial a Convenção de Genebra de1949. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
O modo jurídico de solução de controvérsias pelo qual os Estados delimitam o objeto da mesma, escolhem os 
juízes, determinam as fontes do direito que podem ser utilizadas no processo e se comprometem a cumprir a 
decisão, mediante acordo, é a (33º Exame da OAB, questão 96) 
A) mediação. 
B) negociação diplomática. 
C) conciliação. 
D) arbitragem. 
 
 
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
Um contrato internacional entre um exportador brasileiro de laranjas e o comprador americano, previu que em 
caso de litígio fosse utilizada a arbitragem, realizada pela Câmara de Comércio Internacional. O exportador 
brasileiro fez a remessa das laranjas, mas estas não atingiram a qualidade estabelecida no contrato. O 
comprador entrou com uma ação no Brasil para discutir o cumprimento do contrato. O juiz decidiu:(Exame de 
Ordem Unificado 2010.3, questão 94) 
(A) extinguir o feito sem julgamento de mérito, em face da cláusula arbitral. 
(B) deferir o pedido, na forma requerida. 
(C) indeferir o pedido porque o local do cumprimento do contrato é nos Estados Unidos. 
(D) deferir o pedido, em razão da competência concorrente da justiça brasileira. 
 
3ª Questão objetiva 
Julgue os itens a seguir C(certo) ou E(errado), relativos aos meios jurisdicionais de solução pacífica dos 
conflitos internacionais. 
 
1- Tanto os acórdãos da Corte Internacional de Justiça quanto as sentenças arbitrais são definitivos e 
obrigatórios. ERRADA 
2- A jurisdição internacional, quer judiciária, quer não judiciária, só é exercida para equacionar conflitos 
entre Estados quando estes se comprometem previamente em acatar a decisão a ser proferida. CERTA 
3- Diferentemente dos acórdãos dos tribunais internacionais, as sentenças arbitrais poderão ser 
impugnadas sob a alegação de serem errôneas ou contrárias à eqüidade. CERTA 
4- Tanto as sentenças arbitrais quanto os acórdãos dos tribunais internacionais têm força executória. 
CERTA 
 
AULA 13 
Caso Concreto 1 
 
Em junho de 2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo, África do Sul, contrato de empreitada 
com uma empresa local, tendo por objeto a duplicação de um trecho da rodovia que liga a Cidade do Cabo à 
capital do país, Pretória. As contratantes elegem o foro da comarca de São Paulo para dirimir eventuais dúvidas. 
Um ano depois, as partes se desentendem quanto aos critérios técnicos de medição das obras e não 
conseguem chegar a uma solução amigável. A construtora brasileira decide, então, ajuizar, na justiça paulista, 
uma ação rescisória com o objetivo de colocar termo ao contrato. Com relação ao caso hipotético acima, 
responda: 
- No que tange à competência internacional, o poder judiciário brasileiro (Comarca da São Paulo, capital) é 
competente para conhecer e julgar a lide? Justifique e fundamente. 
 
O juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide. Ele deverá basear sua decisão na legislação sul-
africana, tendo em vista que o contrato é silente quanto à lei de sua regência, pois os contratos se 
regem pela lei do local de sua assinatura. 
 
Caso concreto 2 
Teck SPA S/A requer ao STJ a homologação de sentença arbitral estrangeira proferida em 22 de outubro de 
2004 por Paul Anderson, árbitro membro da L. C. Association (Inglaterra), que condenou A.A Gerais Ltda., 
empresa estabelecida no Brasil, no pagamento de US$ 416.323,77 em razão de descumprimento de contrato de 
fornecimento de algodão cru. 
Apreciado o pedido de homologação pelo Pleno do STJ, uma vez que houve impugnação do Ministério Público 
e manifestação do representante da A.A Gerais Ltda., o mesmo foi indeferido com base nos artigos 3º, 4º e 5º 
da lei 9307/96 (lei de arbitragem) que estabelece como condição de eficácia da via arbitral a expressa 
manifestação por escrito das partes acerca da opção pela arbitragem, anuência que deve ser expressa e 
específica em relação à cláusula compromissória. Apurou o STJ que não havia assinatura ou visto qualquer da 
A.A. Geral na cláusula de eleição da via arbitral, nada que fosse prova da manifesta declaração autônoma de 
vontade da requerida de renunciar à jurisdição estatal em favor da arbitral. Com relação ao caso acima 
responda: 
1) É necessária a homologação de laudos arbitrais internacionais? Justifique Fundamente. 
R: Se pretender executar aqui, tem que homologar 
2) Quais são os requisitos a serem apreciados para que o laudo seja homologado? Explique-os 
fundamentadamente. 
Não pode conflitar com a lei do país homologante, não pode conflitar com a ordem pública e tem que 
ter os requisitos formais para a homologação. 
3) Está correta a decisão do STJ? 
R. Sim, pois falta o requisito formal para validade da decisão arbitral: concordância e assinatura de 
todas as partes. 
 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
 
Jogador de futebol de um importante time espanhol e titular da seleção brasileira é filmado por um celular em 
uma casa noturna na Espanha, em avançado estado de embriaguez. O vídeo é veiculado na internet e tem 
grande repercussão no Brasil. Temeroso de ser cortado da seleção brasileira, o jogador ajuíza uma ação no 
Brasil contra o portal de vídeos, cuja sede é na Califórnia, Estados Unidos. O juiz brasileiro (Exame da Ordem 
2010.2, questão 93) 
(A) não é competente, porque o réu é pessoa jurídica estrangeira. 
(B) terá competência porque os danos à imagem ocorreram no Brasil. 
(C) deverá remeter o caso, por carta rogatória, à justi ça norteamericana. 
(D) terá competência porque o autor tem nacionalidade brasileira. 
AULA 14 
Caso Concreto 1 
 
Em junho de 2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo, África do Sul, contrato de 
empreitada com uma empresa local, tendo por objeto a duplicação de um trecho da rodovia que liga a 
Cidade do Cabo à capital do país, Pretória. As contratantes elegem o foro da comarca de São Paulo para 
dirimir eventuais dúvidas. Um ano depois, as partes se desentendem quanto aos critérios técnicos de 
medição das obras e não conseguem chegar a uma solução amigável. A construtora brasileira decide, 
então, ajuizar, na

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