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1 Aula 2: Difração Professor Leonardo leonardo.deo@deg.ufla.br 2 Tópicos desta aula ● Difração; ● Difração nos cristais; ● Difratômetro; ● Difratograma; ● Microscópio eletrônico de transmissão. 3 O fenômeno da difração ● Luz visível: redes com comprimento de malha entre 10.000 Å e 20.000 são usadas para difratar comprimentos de onda na faixa de 4.000 a 8.000 Å. 4 Difração nos cristais ● Separação entre planos cristalográficos é da ordem de poucos Å. Parâmetro de rede do ferro: 2,866 Å. 5 Difração nos cristais ● A interação de raios-X com a matéria, fornece informações cristalográficas importantes! Raios-X interagindo com planos cristalográficos de um sólido cristalino. 6 Difração nos cristais Interferência construtiva ● Se um plano atômico é atingido por raios-X paralelos, o feixe sofre interferência construtiva. Um feixe de raios-X é refletido com interferência construtiva quando o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão. Interferência construtiva de duas ondas com mesmo comprimento de onda. 7 Difração nos cristais Interferências construtiva e destrutiva ● Os raios-X são refletidos não por único plano de átomos, mas por átomos dispostos em vários planos paralelos igualmente espaçados. ● Interferência construtiva ocorre somente em condições específicas (Lei de Bragg). Um exame da figura acima mostra que as distâncias mp e pn são ambas iguais a d senθ. A distância mpn é, portanto, 2d senθ. Sendo esse valor igual a nλ, temos a lei de Bragg. 8 Difração nos cristais ● Difração: resultado de interferências construtiva e destrutiva. ● Na interferência construtiva, as ondas em fase se somam. ● Na interferência destrutiva, as ondas fora de fase se anulam. (a) Interferência construtiva de duas ondas com mesmo comprimento de onda. (b) Interferência destrutiva de duas ondas com mesmo comprimento de onda. 9 Difração nos cristais Lei de Bragg ● Quando esta relação é satisfeita, a1 e a2 estarão em fase, resultando em interferência construtiva. onde ● N = 1, 2, 3 … ● λ = comprimento de onda (Å) ● d =distância interplanar (Å) ● θ = ângulo de incidência ou reflexão nλ = 2dsenθ 10 Difração nos cristais ● A distância entre (dhkl) dois planos adjacentes e paralelos é uma função dos índices de Miller (h,k,l). Separação interplanar para um plano que possui os índices h, k, l. Essa equação é válida apenas para estruturas cristalinas com simetria cúbica. Reticulado cúbico simples. Espaçamento interplanar relativo dos planos {100} e {110} Estruturas cúbicas. 11 Difração nos cristais Exemplo da aplicação da Lei de Bragg: ● Os planos {110} de um cristal CCC são separados por 1,181 Å. Esses planos são irradiados com raios-X Cu Kα1 com comprimento de onda de 1,540 Å. Assim, a reflexão de primeira ordem (n = 1) ocorrerá para o ângulo: ● Uma reflexão de segunda ordem destes planos {110} não é possível para esse comprimento de onda, pois senθ > 1: 12 Difração nos cristais Raios X • Quando a energia dos elétrons incidentes é suficientemente elevada, eles podem arrancar elétrons de alguns níveis de energia do material da amostra. Figura esquemática dos níveis de energia de um átomo. Figura esquemática da produção de raios-X. 13 Difração nos cristais Outro exemplo da aplicação da Lei de Bragg: ● Planos {110}, Radiação de raios-X W Kα1 com λ = 0,2090 Å. ● Onze ordens de reflexões agora são possíveis! Alguns ângulos nos quais ocorrem reflexões de Bragg. 14 Difração nos cristais Exemplo: Cristal com orientação fixa e irradiado por um feixe de raios-X branco (não monocromático). Dados: λmín = 0,5 Å, θ = 60o com a superfície do cristal paralela aos planos {100} e d = 1 Å. Substituindo os valores na equação de Bragg: nλ = 2 (1Å) sen 60o = 1,732 Å Os raios refletidos dos planos {100} terão os seguintes comprimentos de onda: ● 1,732 Å para a primeira ordem; ● 0,866 Å para a segunda ordem; ● 0,546 Å para a terceira ordem. Todos os outros comprimentos de onda sofrerão interferência destrutiva. 15 Difração nos cristais ● Não é necessário que os planos refletores sejam paralelos à superfície do cristal. ● Ex: O feixe incidente é perpendicular à superfície e a um plano (001), enquanto forma um ângulo θ com dois planos {210}, (012) e (012). Reflexão de raios-X por planos não paralelos à superfície da amostra. 16 Difratômetro ● Equipamento empregado para determinar os ângulos nos quais a difração ocorre. Diagrama esquemático de um difratômetro de raios-X; T = fonte de raios X; S = amostra; C = detector; O = o eixo ao redor do qual giram a amostra e o detector. 17 Difratograma ● Geralmente uma amostra metálica é constituída por centenas de cristais orientados ao acaso. O difratograma de raios-X consiste em um gráfico da intensidade refletida em função do ângulo de Bragg. Cada pico de intensidade corresponde a um plano cristalográfico em posição refletora. 18 Difratograma ● Base de dados JCPDS (Joint Committee on Powder Diffraction Standards). 19 Difratograma ● Amostras em pó permitem maiores precisões para a obtenção dos difratogramas. Difratograma para uma amostra de pó metálico de chumbo (CFC). 20 Difratograma ● Método de Laue: É possível determinar as orientações cristalográficas de monocristais usando fotografias de difração de raios X. (a) Fotografia de difração de raios X para um monocristal de Mg. (b) Diagrama esquemático que ilustra como são produzidos os pontos por transmissão (padrão de difração). (c) Simetria hexagonal da estrutura HC do Mg está indicada pelo padrão de pontos de difração que foi gerado. 21 Difratograma ● Método de Laue Câmara de retrorreflexão de Laue. 22 Microscópio eletrônico de transmissão ● Ao invés de um filamento de luz (microscópio ótico), a fonte é um canhão de elétrons. ● Lente magnéticas. Representação esquemática de um microscópio eletrônico de transmissão. onde: λ é o comprimento de onda do elétron; h é a constante de Planck (6,63.10-34 J.s); ν é a velocidade do elétron. 23 Microscópio eletrônico de transmissão Resumo das principais interações de um feixe de elétrons que incide sobre uma amostra. Elas podem ser empregadas para obter informações sobre a amostra. 24 Algumas comparações Resolução Limite de resolução (δ) é proporcional ao comprimento de onda (λ). Microscópio ótico: Para um valor de λ na faixa verde- azul, δ = 0,2μm, aumento de até aproximadamente 1000X. Microscópio eletrônico: δ melhor do que 0,2 nm e aumento de até um milhão de vezes! 25 Microscópio eletrônico de transmissão Imagem de campo claro de um nanocompósito MgH2-FeF3. Imagem de campo escuro de um nanocompósito MgH2-FeF3. 26 Microscopia eletrônica de transmissão • Difração de elétron: Devido à natureza ondulatória dos elétrons, estes ao serem disparados contra uma amostra cristalina, geram um o padrão de difração. Padrão de difração de elétrons de área selecionada obtido em um microscópio eletrônico de transmissão. 27 Microscopia eletrônica de transmissão ● Quando a amostra é inclinada de forma que uma direção cristalográfica (eixo de zona) é colocada paralela ao eixo do microscópio. ● A distância entre dois pontos na figura de difração é inversamente proporcional ao espaçamento interplanar. Figura de difração de área selecionada correspondente a um feixe incidente na direção [100] de um cristal cúbico. 28 Referência Bibliográfica Recomendada • R. E. REED-HILL E R. ABBASCHIAN. Princípios de Metalurgia Física. 2ª edição. Rio de Janeiro:Editora Guanabara Dois S.A., 1988. Partes do Capítulo 2: Método de difração. • WILLIAM D. CALLISTER, Ciência E Engenharia de Materiais - Uma Introdução, LTC, 2011. Capítulo 3: A estrutura dos sólidos cristalinos. 29 OBRIGADO! Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29
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