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NOME DA INSTITUIÇÃO NOME DO CURSO HORTÊNCIA DE ABREU GONÇALVES RESENHA A UNIVERSIDADE E A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA O SÉCULO XXI Nome da Cidade 2011 HORTÊNCIA DE ABREU GONÇALVES RESENHA A UNIVERSIDADE E A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA O SÉCULO XXI Resenha apresentada ao Curso de..........................., sob orientação do prof. Dr. Carlos Freitas Lima, como um dos pré- requisitos para avaliação da disciplina de................................... Nome da Cidade 2011 SILVA, Marisa Crivelaro da. A universidade e a formação de profissionais para o século XXI. Porto Alegre: Mental-gym, 2009. Disponível em:<http://www.mental- gym.com/Docs/ARTICULO_92.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2011. Marisa Crivelaro da Silva é Graduada em Letras, pós-graduada em Psicopedagogia e Docência do Ensino Superior, Mestre em Educação, MBA em Gestão Educacional. Coordenadora Pedagógica e Vice-Diretora do Colégio Marista Sant´Ana em Uruguaiana-RS, docente do Curso de Pedagogia – Habilitação em Séries Iniciais da PUC-RS Campus Uruguaiana, Coordenadora da Comissão de Estágio do referido curso. Em seu artigo intitulado “A Universidade e a Formação de Profissionais Para o Século XXI” busca discutir e argumentar sobre uma questão muito polêmica e atual, ou seja, qual “a importância de se planejar e organizar um currículo que contemple, no mesmo grau de [...] [relevância], conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, visando a formação de profissionais competentes, capazes de atender às exigências do seu entorno social” (p. 1), com ênfase no ensino superior. Segundo ela, a universidade contemporânea está passando por um momento que necessita de cuidado e reflexão, não apenas pelo seu importante papel, enquanto construtora do conhecimento, mas, principalmente ante os desafios que emergem das mudanças e transformações da sociedade do século XXI, a qual denomina de “mutante”. Em sua argumentação destaca as exigências do mercado de trabalho, enquanto fator que não almeja apenas a gestão do conhecimento e sim, que este esteja agregado à criatividade, por meio da qual, o profissional precisa reinventar um jeito próprio que imprima um valor diferenciado ao seu trabalho, independente da sua natureza e área de atuação. Sendo este, segundo a autora, o principal desafio da universidade contemporânea, em virtude do seu despreparo para a superação de limites, principalmente quando se trata da mudança do ensino teórico e acadêmico, “para o ensino e a aprendizagem de conteúdos procedimentais e atitudinais.” Além disso, em sua análise, destaca alguns autores, dentre eles: Antoni Zabala (1999), Pedro Demo (1999), Oliveira (1997) e Lya Luft (2004), os quais, cada um a sua maneira, questionam a urgência do estudante aprender a fazer na prática, aquilo que assimilou da teoria. Em outras palavras, que na prática a qualidade formal e a técnica, possam ser aplicadas no exercício da atividade profissional com excelência, cumprindo, assim, com as novas exigências do mercado atual. Nessa perspectiva, destaca ainda, que a universidade deve ser o local de fomento para a produção qualitativa do “saber-fazer”, “e não o seguimento de caminhos desvendados e trilhados por outros, como mera cópia da produção alheia” (p. 2). Retrata ainda, que no âmbito profissional, colaboradores que agregam o “domínio do saber”, do “saber-fazer” e do “saber ser” junto aos outros, abrem possibilidades para uma convivência enriquecedora, de trocas mútuas, interativas e inteligentes, que contribuem, tanto para o crescimento individual, quanto das organizações. Nesse aspecto, comunga da importância da inteligência emocional por meio do autoconhecimento, com o intuito do alcance de uma auto-estima saudável, bem como da superação de seus próprios limites diante de frustrações e de situações-problemas que terão de experimentar, inevitavelmente, no curso da vida. Nesse contexto, destaca que o educador do século XXI deve “entender de gente”, buscando na Psicologia os fundamentos comportamentais do ser humano; “pesquisando e descobrindo dinâmicas, textos, músicas, documentários, excertos de filmes e outros meios que sirvam como ponto de partida para a discussão, reflexão, formação de conceitos e de atitudes em relação a esses conteúdos, tão valorizados na composição de um perfil de profissional para a sociedade do século XXI” (p.3). Indagando ao mesmo tempo: Como estão sendo trabalhados os conteúdos procedimentais e atitudinais nas nossas universidades? Pergunta que completa acrescentando que, “certamente os conteúdos conceituais estão sendo muito bem elaborados e ensinados” (p. 2). Porém, enfatiza que, apesar disso, os estudantes não estão sendo capacitados para exercerem a profissão escolhida, com chances de sucesso. Acrescentando que, a discussão sustentada em seu artigo, pretende servir como uma proposta de reflexão, de análise, de possíveis planos coletivos e individuais de ação, no âmbito universitário, principalmente, pela necessidade de chamar atenção para a responsabilidade que o ensino superior possui na formação de profissionais competentes no domínio do saber, do saber-fazer e do saber ser, situações apresentadas anteriormente. Finalizando, comenta a tese de Lya Luft, a qual expressa: “Acredito que viver é elaborar e criar: são inevitáveis as fatalidades, doença e morte. O resto - que é todo o vasto interior e exterior – eu mesma construo. Sou dona do meu destino. É mais cômodo queixar- me da sorte em lugar de rever minhas escolhas e melhorar meus projetos” (p.4), quando enfatiza que, cada profissional deve empreender esforços próprios e reunir o máximo de entusiasmo, para aprender e saber fazer com competência, aflorando potencialidades, educando-se e colaborando na educação dos outros, momento em que destaca o educador, enquanto aquele que pode fazer a diferença na formação desse profissional capacitado e preparado para o enfrentamento dos novos paradigmas laborais, onde quer que atue. Questão tão relevante e que necessita cada vez mais ser discutida no cenário universitário, principalmente em relação ao professor e ao profissional formado por ele para o século XXI, faz desta análise uma reflexão de grande relevância acadêmica e social. O artigo “A UNIVERSIDADE E A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA O SÉCULO XXI” retrata perfeitamente a necessidade do ensino superior repensar suas abordagens, visando à formação de um profissional capaz de fazer a diferença e tornar-se referência em qualquer área, em qualquer situação, em qualquer contexto. Entretanto, apesar de mencionar Oliveira em sua análise sobre as “implicações de uma visão global da pessoa humana em seus aspectos racionais, afetivos e emocionais, [...] [quanto aos] paradigmas despersonalizantes”(p. 4), esquece de mencioná-lo na bibliografia, deixando assim, uma lacuna e algumas indagações pendentes. Com uma bela abordagem e uma linguagem clara, precisa e objetiva, Marisa Crivelaro descreve fluentemente as questões que necessitam de urgente reflexão na educação superior, demonstrando amplo domínio do assunto e uma leveza poética que torna o texto de fácil entendimento e agradável a leitura, sendo, especialmente indicado para todos aqueles que atuam ou pretendem atuar no magistério superior.
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