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23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/3 Onde fica o estoque de açúcar do corpo humano? O fígado humano possui a imensa responsabilidade de evitar que a taxa de glicose do sangue (chamada de GLICEMIA) fique perigosamente baixa durante os períodos de jejum. A falta de glicose no sangue pode afetar seriamente o sistema nervoso central (SNC), pois, em situações normais, esse açúcar é o único combustível energético usado pelo cérebro. Como o fígado faz isso? As células hepáticas fazem um estoque do açúcar proveniente dos alimentos e usam esse estoque para manter os níveis de glicose sanguínea durante o jejum. Após as refeições, a liberação de insulina pelo pâncreas estimula a absorção de uma grande quantidade de glicose da corrente sanguínea para dentro das células hepáticas. Para conseguir armazenar esse pequeno monossacarídeo, as células hepáticas constroem uma grande molécula ramificada composta só de açúcar: o GLICOGÊNIO. O glicogênio é um polissacarídeo formado por milhares de unidades de glicose - é um estoque de glicose. Com o tempo, a glicemia vai diminuindo e o pâncreas libera cada vez menos insulina e cada vez mais o hormônio glucagon. Esse peptídeo liberado no sangue estimula a liberação do açúcar do fígado para a corrente sanguínea, aumentando a glicemia e fornecendo energia para o SNC. Esse estoque de glicose é suficiente para manter a glicemia por até 8 horas de jejum. Os músculos também produzem glicogênio para armazenar glicose. Porém, a glicose armazenada no tecido muscular NÃO é liberada para o sangue e, por isso, não ajuda a manter as taxas normais de açúcar no plasma durante os períodos de jejum. Então, porque o músculo armazena açúcar? Ele armazena açúcar para usar como fonte de energia durante a contração muscular, principalmente durante exercícios anaeróbicos. Vias de Síntese e Degradação do Glicogênio Glicogênese 01 / 02 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/3 A síntese do glicogênio é feita a partir da uridina difosfato-glicose (UDP-glicose), também chamada glicose ativada. Como ocorre a ativação da glicose? Quando a glicose entra na célula (hepática ou muscular), ela sempre recebe um grupo fosfato no carbono 6, formado glicose 6-fosfato. Isso impede a passagem desse açúcar pela membrana, "prendendo-o" dentro da célula. Para a síntese do glicogênio, esse grupo fosfato é transferido para o carbono 1, formando glicose 1-fosfato. A UDP glicose é formada a partir da transferência de um grupo fosfato do UTP para a glicose 1- fosfato, realizada pela enzima GLICOSE 1-FOSFATO URIDIL TRANSFERASE. A partir daí, a enzima GLICOGÊNIO SINTASE vai adicionando os resíduos de glicose no núcleo do glicogênio já existente, tornando esse polissacarídeo cada vez maior. Para criar as ramificações da cadeia, existe uma outra enzima chamada de ENZIMA RAMIFICADORA. Quando não existe nenhum pequeno pedaço de glicogênio para iniciar a síntese, a célula utiliza uma proteína chamada de GLICOGENINA, que é capaz de produzir uma pequena cadeia glicosídica com 6 ou 7 resíduos de glicose. Depois, é a GLICOGÊNIO SINTASE que continua o trabalho. Glicogenólise A enzima GLICOGÊNIO FOSFORILASE retira os resíduos de glicose das pontas da cadeia de glicogênio, formando glicose 1-fosfato. Nos músculos ou no fígado, a enzima FOSFOGLICOMUTASE transfere o grupo fosfato do carbono 1 para o carbono 6, formando glicose 6-fosfato. Nas células musculares, essa glicose 6- fosfato é então usada na síntese de ATP pela via da fermentação lática. Já as células hepáticas possuem uma enzima chamada GLICOSE 6-FOSFATASE (que não é produzida pelos músculos). Essa enzima retira o grupo fosfato, deixando a glicose livre para atravessar a membrana e ser lançada na corrente sanguínea. Para visualizar como a glicose é processada pelo corpo humano, clique no botão abaixo. IMAGEM (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/bioqll03/a09tc01_bioqll03.pdf) REFERÊNCIA 02 / 02 23/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/3
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