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Dinâmica de Grupos Definições e Conceitos Unidade I 1.1 História e primeiros conceitos de grupo História do estudo de grupos: “Treino das capacidades em relações humanas” – ideia desenvolvida por Kurt Lewin (psicólogo alemão-americano, 1890-1947). Tal ideia repercutiu entre seus alunos do MIT – Massachussetts Institute of Technology, que desenvolveram o que denominaram de T-group (T=Training). As primeiras experiências de desenvolvimento de grupos se estabeleceu na área industrial. O objetivo dos T-group era “ensinar” as pessoas a observar a natureza das suas interações recíprocas e do processo de grupo. 1.1 História e primeiros conceitos de grupo História do estudo de grupos: - Treinamento de profissionais que trabalhariam com aconselhamento dos soldados regressados da guerra – Carl Rogers, psicólogo americano, da Universidade de Chicago. Ao invés de criar um treinamento intelectual, Rogers e sua equipe criaram uma série de encontros do grupo de profissionais a fim de que eles pudessem trabalhar e vivenciar suas próprias relações grupais, suas dificuldades de aconselhamento, compreendendo primeiramente melhor a si próprios. Tal fato ocorreu em 1946-1947. 1.2 Definições e Conceitos Definições: Origem da palavra: grupo era usado no Francês (groupe) para designar a disposição dos objetos ou pessoas numa obra de arte, como um quadro; do Italiano gruppo, “amontoado, nó”. 1.2 Definições e Conceitos Definições: “Grupo é uma colocação em comum de paixões” (Charles Fourier, 1772-1837, sociólogo francês). “Grupo é a colocação em comum de representações, sentimentos e volições (querer, desejo, vontade). Nos grupos, assim como nos indivíduos, as representações (isto é, as percepções e as ideias) devem controlar os sentimentos e comandar as volições” (Émile Durkein, 1858-1917, filósofo francês). 1.2 Definições e Conceitos Definições: “Grupo é uma mentalidade comum, com suas normas e lógica próprias. Caracterizado por um forte sentimento de pertinência ao grupo entre seus membros, o grupo lidera as possibilidades individuais e facilita sua realização em proveito dos interessados, assim como das organizações que os representam” (Elton Mayo, 1880-1949, psicólogo, sociólogo e pesquisador das organizações de trabalho). “Associação de pessoas que compartilham algum objetivo comum” (Didier Anzieu, 1923-1999, psicanalista francês). 1.2 Definições e Conceitos Um grupo é formado por um conjunto de pessoas. A comunidade é formada por um conjunto de grupos e a sociedade é o conjunto interativo de várias comunidades. Para que haja a formação do grupo são necessárias uma ação interativa e o aspecto relacional entre os membros que o compõem. As pessoas só permanecem integradas em um grupo se este lhes proporcionar a satisfação de certas necessidades interpessoais fundamentais. 1.3 Principais teorias de grupo Apesar da vasta produção teórica sobre dinâmica de grupos, evidencia-se a existência de três vertentes de compreensão desse campo de estudo: A ideológica; A fenomenológica; A tecnológica. 1.3 Principais teorias de grupo A vertente ideológica: Estuda as formas de organização e direção dos grupos, os tipos de liderança, a participação dos membros nas discussões e as atividades cooperativas dos grupos. Principais teóricos: Kurt Lewin e Jacob Levy Moreno. 1.3 Principais teorias de grupo A vertente fenomenológica: Campo de pesquisa que estuda como se formam os grupos, como eles se desenvolvem e se mantêm, quais são e como se aplicam as leis que os regem. Considera ainda as relações dos grupos com outros indivíduos, grupos e instituições. Para os autores dessa vertente, os fenômenos psicossociais que ocorrem nos grupos são resultado de um sistema humano articulado como um todo. Entre esses fenômenos, destacam-se: coesão, comunicação, conflitos, etc. 1.3 Principais teorias de grupo A vertente fenomenológica: Nessa vertente, observam-se duas formações teóricas: a gestalt e a psicanálise. A vertente gestáltica focaliza seus estudos na descrição dos fenômenos que ocorrem no aqui e agora do mundo grupal. O grupo é concebido como um todo dinâmico, muito maior do que a soma dos seus integrantes. Teóricos: Kurt Lewin, Carl Rogers. 1.3 Principais teorias de grupo A vertente fenomenológica: A vertente psicanalítica procura explicar a unidade do grupo pela ideia de uma “mentalidade grupal” (instinto social), muitas vezes inconsciente para os membros do próprio grupo, cujos primórdios desse instinto se localiza no círculo familiar. Teóricos: Sigmund Freud, Enrique Pichon-Riviere 1.3 Principais teorias de grupo A vertente tecnológica: Estuda a dinâmica dos grupos enquanto conjunto de técnicas utilizadas em intervenções nos chamados grupos primários, como famílias, equipes de trabalho, salas de aula etc. A utilização das técnicas vivenciais visa aumentar a capacidade de comunicação e cooperação, permitindo a conscientização e autoconhecimento do indivíduo enquanto membro de uma comunidade e as dificuldades, facilidades e conflitos que enfrenta no processo de relação com outras pessoas. Exemplos de técnicas vivenciais: jogos lúdicos, técnicas dramáticas, estudos e tomadas de decisões de situações simuladas, viagens-fantasias, etc. “O mundo das dinâmicas de grupo é muito amplo e inclui diversas possibilidades de aplicação. Por meio das vivências, as dinâmicas de grupo facilitam a tomada de consciência das atitudes, ampliam os horizontes de visão, estimulam a mudança atitudinal e comportamental, não somente pela reflexão individual, mas também pela troca com integrantes do grupo” (Gattai, 2014)
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