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USUCAPIÃO MARCIA DEMÉTRIOS

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 Juliane Rosa .Espíndola
 OAB/RS 106.459
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___VARA CÍVEL DA COMARCA DE GRAVATAÍ/RS
 
 
 
 
MARCIA DE SOUZA DEMÉTRIO, brasileira, solteira, pensionista, portador do RG 1103704985 e CPF nº 422.066.930-20, sem endereço eletrônico e SUCESSÃO DE ADÃO DA SILVA CORREA representado por JOSÉ CARLOS DA SILVA CORREA , brasileiro, solteiro, maior, operador de caixa, endereço eletrônico: josé carloscorrea25@gmail.com, portador do CPF nº 025.085.560-76, e RG 1102189089, e TAMIRES DA SILVA CORREA, brasileira, solteira, estudante, portadora do CPF 025.348.580-09 e RG 9109877945, residentes e domiciliados à Rua Santa Rosa, nº 62, Parque Jaqueline, Gravataí, vêm, respeitosamente perante Vossa Excelência, através de sua procuradora, com base nos argumentos fáticos e jurídicos a seguir delineados.
AÇÃO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIO
ANTONIO AUGUSTO GRECA e HELENA BEATRIZ FACHIN GRECA, qualificação desconhecida, residente e domiciliado a Rua, Coronel Bordini, 745/201, na cidade de Porto Alegre/RS, expondo e requerendo o seguinte:
I. DOS FATOS
O imóvel, objeto da usucapião, fora locado pela requerente, pela Sra. Ocorre que a mesma nunca mais voltou para cobrar alugueres, na época ficou estipulado a quantia de R$ 300,00 reais mensais. 
Apesar do imóvel ser locado da Sra. Xxxx, no Registro de imóveis a propriedade está em nome de : xxxxxxxx
Cabe salientar que na época o contrato estabulado entre as partes não foi levado a 
A Requerente encontra-se na posse mansa, pacífica e ininterrupta da área usucapienda, consistente de: um lote de terreno sob nº 62, na rua Santa Rosa, medindo 12 de frente, por 28 metros de afrente ao fundo de ambos os lados, dividindo do lado direito de Gomes dos Santos olha para o imóvel com o lote 52, do lado esquerdo com o lote 72 e no fundo mede 10 metros e divide com o lote 72, perfazendo uma área de 336m² (trezentos e trinta e seis metros quadrados). Localizado na quadra formada pelas ruas, conforme especificações anexas.
A Requerente nunca sofreu qualquer tipo de contestação ou impugnação por parte de quem quer que seja, sendo, portanto, a sua posse, mansa, pacífica, e ininterrupta. Ressalta-se que a Requerente, desde que possui o imóvel, agiu como se fosse o próprio dono, com “animus domini”.
Ademais, sempre acreditou ser seu o referido imóvel, pois o adquiriu de forma onerosa, tendo, inclusive, um documento que acreditava ser hábil a comprovar que o imóvel lhe pertencia, mas que na realidade se revela defeituoso.
Ademais, conveniente lembrar que a Requerente zela pela limpeza e desfruta do mesmo há anos, conforme restará cabalmente comprovado através de depoimentos de testemunhas e outras provas, bem como documentos anexados.
Ainda é válido mencionar que a Requerente paga todos os impostos incidentes sobre o imóvel e cuida da manutenção.
Assim, está perfeitamente configurado todos os requisitos legais da USUCAPIÃO ORDINÁRIA prevista na nossa legislação civil, razão pela qual, socorre-se a Requerente do Poder Judiciário para que, ao final da presente ação, seja a ela declarado o domínio sobre o imóvel, regularizando a propriedade através do procedimento da usucapião.
II. DOS FUNDAMENTOS
A usucapião é um modo de aquisição originária da propriedade ou de outros direitos reais que decorrem da posse prolongada no tempo, do justo título e da boa-fé. É também um modo de perda da propriedade, pois para que alguém adquira é preciso que outro perca. Pode ter por objeto bens móveis ou imóveis, e pressupõe que os possuidores tenham permanecido na coisa, sem ser incomodado pelo proprietário, pelo tempo estabelecido em lei.
Trata-se da usucapião na forma originária de aquisição da propriedade, pois inexiste a transmissão da propriedade do antigo proprietário para o usucapiente.
Assegura o art. 1.242 do CC que adquirirá a propriedade do imóvel, mediante usucapião ordinária, a situação fática que apresentar a junção de alguns elementos fundamentais, quais sejam: posse mansa, pacífica e ininterrupta de um determinado imóvel; lapso temporal de 10 (dez) anos, e ainda a constatação de que o possuidor esteja agindo de boa-fé e tenha a seu favor um justo título.
Art. 1242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Salienta-se que aquele que possui um justo título, tem a seu favor a presunção de que é possuidor de boa-fé, conforme determina o art. 1.201, parágrafo único, do CC.
Parágrafo único: o possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.
Conforme anuncia Já o Código Civil dispõe:
Art. 1.241 - Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel.
Assim, devidamente comprovada a posse da Requerente e preenchidos os requisitos necessários para a aquisição da propriedade, serve a presente ação para requerer a Vossa Excelência que declare a posse e o domínio do imóvel, objeto da presente ação, em favor da Requerente, determinando ao Cartório de Registro de Imóveis o imediato registro junto à sua matrícula.
III. DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUÍTA
Os requerentes encontra-se em situação que se vê compelida a ingressar em juízo contra os Requeridos, visando declarar sua a propriedade de sua casa.
O fato é que possui escassos recursos, portanto, não pode arcar com as custas e honorários de advogado sem prejuízo de seu sustento e de sua família.
A fim de comprovar o alegado, os requerentes juntam, nesta oportunidade, uma declaração de próprio punho.
Afirmando a veracidade do alegado, sob as penas da lei, pede que lhe seja concedido o benefício de assistência judiciária.
IV. DO PEDIDO
Ante o exposto, requer que a ação seja julgada PROCEDENTE, concedendo à Requerente o domínio útil do imóvel em questão, declarando por sentença a posse e o domínio do imóvel.
E mais:
1. Que sejam citados os Requeridos, proprietários do imóvel litigioso para responder a presente ação;
2. Que, nos termos do artigo 246 do CPC, sejam citados todos os confrontantes, por carta AR, nos termos do artigo 246, I do CPC, para querendo, contestem a presente ação, oferecendo a resposta que tiverem, no prazo legal de 15 dias, sob pena de não o fazendo, presumirem-se aceitos como verdadeiros os fatos alegados na peça exordial, conforme estabelece artigo 344 do CPC;
3. A concessão dos benefícios de Assistencia Judiciária Gratuita aos requerentes, nos termos da lei 1050/1960;
4. Que sejam intimados, por via postal, nos termos do artigo 246 do CPC, os representantes da Fazenda Pública da União, Estados, Distrito Federal e Municípios para que manifestem eventuais interesses na causa.
5. A citação dos réus certos e incertos e terceiros interessados, por Edital (art. 221, III CPC), para querendo, contestarem a presente ação, oferecendo a resposta que tiverem, no prazo legal de 15 dias, sob pena de não o fazendo, presumirem-se aceitos como verdadeiros os fatos alegados na peça exordial.
6. A intimação do Ministério Público, cuja manifestação se faz obrigatória no presente feito, conforme manda o artigo 944 do CPC.
7. Que a sentença seja transcrita no registro de imóveis, mediante mandado, por constituir esta, título hábil para o respectivo registro junto ao Cartório de Registro de Imóveis, de acordo com o art. 945 do CPC c/c com art. 1.241, parágrafo único do Código Civil.
8. Requer-se ainda a condenação dos eventuais Requeridos ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios a serem fixados por Vossa Excelência, na proporção de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, nos termos do artigo 20, § 3º do Código de Processo Civil.
9.
Por fim, requer-se a concessão dos benefícios da Assistência Judiciária, por ser a Requerente pobre na acepção jurídica do termo, conforme declaração anexa.
V. DAS PROVAS
Pretende a Requerente provar suas argumentações fáticas, documentalmente, apresentando, desde já, os documentos acostados à peça exordial, protestando pela produção das demais provas que eventualmente se fizerem necessárias no curso da lide.
Dá-se à causa o valor de R$ 50.000(cinquenta mil reais) para fins fiscais.
Requer ainda que todas as publicações expedidas em nome da Dra. Juliane Rosa Espindola;
Nestes Termos,
 Pede e Aguardar Deferimento.
 Gravataí, 25 de setembro de 2017.
 
 P,p.
 Juliane Rosa Espindola
 OAB/RS 106.459
Documentos Pertinentes 
Nome e endereço de confrontantes:
GILBERTO DOS SANTOS: (LADO ESQUERDO E FUNDOS)
Rua Santa Rosa, nº 72, Parque Jaqueline, Gravataí/RS
MANOELA DOS SANTOS (LADO DIREITO)
Rua Santa Rosa, nº 52, Parque Jaqueline, Gravataí/RS
SONIA REGINA DUARTE: (FRENTE)
Rua Santa Rosa, nº 81, bairro Parque Jaqueline, Gravataí/RS
	
PLANTAS E MEMORIAL DESCRITIVO DO ÍMÓVEL (10 vias)
CONTAS BÁSICAS DE ELETRICIDADE (EM NOME DE ADÃO)
RECIBO DE COMPRA DE JOSÉ ORDALIO BRAUM 
PROCURAÇÃO PARA ADÃO DA SILVA CORREA 
ÓBITO SENHOR ADÃO
DECISÃO DE INSS ANO DE 2007 (DEFERIMENTO DE PENSÃO)
ESCRITURA DO IMÓVEL 
�Rua Alexandrino de Alencar, 933– Sala 105 – Morada do Vale I – Gravataí – RS
Fone/Fax: (51) 3497-55527

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