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CINESIOTERAPIA Helena M. Rocha prof.helenarocha@gmail.com CINESIOTERAPIA O QUE VAMOS ESTUDAR? • Introdução à cinesioterapia e importância do diagnóstico cinético- funcional. • Principais exercícios terapêuticos voltados para: prevenção dos agravos à saúde; • Tratamento e reabilitação de disfunções/doenças; • Amplitude de movimento, flexibilidade, força, resistência muscular à fadiga, condicionamento aeróbico, equilíbrio e postura; • Indicações, contraindicações e precauções dos exercícios terapêuticos; • Principais técnicas e métodos utilizados como exercícios terapêuticos nas diversas afecções corporais. OBJETIVOS DA AULA • Revisar conceitos importantes de Cinesiologia; • Diferenciar conceito de Diagnóstico Nosológico e Cinético funcional; • Introdução à Cinesioterapia; • Definir e compreender incapacitação e seus componentes básicos; • Compreender amplitudes de movimento. Revisando conceitos de Cinesiologia Movimento humano • CINÉTICA : se concentra nas forças que produzem ou resistem ao movimento • CINEMÁTICA: preocupa-se com os tipos deslocamentos ou movimentos ( direção e quantidade de movimento). • Osteocinemática –macromovimento • Artocinemática – movimentos intrarticulares TERMOS ESPECÍFICOS PARA DESCREVER A LOCALIZAÇÃO DE ESTRUTURAS EM RELAÇÃO A POSIÇÃO ANATÔMICA • Cranial x Caudal • Distal x Proximal • Anterior (ventral) x Posterior (dorsal) • Medial x Lateral • Superficial e profundo MOVIMENTOS DE FLEXÃO E EXTENSÃO MOVIMENTOS DE ADUÇÃO E ABDUÇÃO MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO MEDIAL E LATERAL PLANOS E EIXOS ANATÔMICOS O que são planos anatômicos? • São úteis para o estudo e nomear as estruturas anatômicas com relação espacial; Plano sagital Plano frontal Plano transverso Plano sagital ou antero-posterior • É o plano que corta o corpo no sentido antero-posterior; • Possui esse nome porque passa exatamente na sutura sagital do crânio; • Divide o corpo em direita e esquerda. Plano frontal ou coronal • É o plano que corta o corpo lateralmente, de uma orelha a outra; • Possui esse nome porque passa exatamente na sutura coronal do crânio; • Determina se uma estrutura é anterior ou posterior Plano Transverso ou horizontal • É o plano que corta o corpo transversalmente, também é chamado de plano axial. • Através desse plano podemos dizer se uma estrutura é superior ou inferior. EIXOS ANATÔMICOS • São pontos que passam através de uma articulação • EIXO FRONTAL: passa através de uma articulação de lado a lado; • EIXO SAGITAL: passa por uma articulação a partir da frente para trás; • EIXO LONGITUDINAL: passa através de uma articulação de cima para baixo. Plano Sagital / Eixo Frontal Plano Frontal/ Eixo Sagital Plano transversal/ eixo Longitudinal PLANOS E EIXOS PLANOS EIXOS MOVIMENTOS SAGITAL (DIR-ESQ) FRONTAL flexão, extensão e hiperextensão FRONTAL (ANT-POST) SAGITAL Adução/ abdução, Flexão lateral tronco, desvio radial/ulnar, inversão /eversão , elevação/depressão escapular TRANSVERSAL (SUP-INF) LONGITUDINAL Rotações: medial/lateral, ad/abd horizontal, prono/supinação O Fisioterapeuta pode Elaborar Diagnósticos??? Diagnóstico Nosológico x Cinético-Funcional Diagnóstico Nosológico • Diagnóstico clínico da doença • Deve ser realizado por um médico; • CID 10- Código Internacional de Doenças- base etiológica da doença Pessoas com a mesma doença e não necessariamente, apresentam o mesmo grau de funcionalidade. Mesmo grau de funcionalidade, mas possuem doenças diferentes Diagnóstico Cinético-funcional • Avaliação física e funcional das propriedades e estruturas envolvidas com o movimento humano; • Avaliação da força muscular, resistência, amplitude de movimento, postura corporal... • Permite ao fisioterapeuta planejar um tratamento efetivo, compatível com as necessidades e metas do paciente e membros da equipe de saúde. O diagnóstico funcional oferece mais informações sobre a capacidade do indivíduo Cinesioterapia Exercício Terapêutico Definição Cinesioterapia é o treinamento planejado e sistemático de movimentos corporais, posturas ou atividades físicas a fim de: • Tratar ou prevenir comprometimentos; • Prevenir ou reduzir riscos ligados à saúde; • Otimizar o estado de saúde geral • Melhorar ou restaurar a função física; Desenvolver e Implementar intervenções efetivas Exercícios afetam tecidos e sistemas Efeito dos exercícios Na função física Anatomia Fisiologia Cinesiologia Patologia Aspectos multidimensionais da função física • Desempenho muscular: força, potência, fadiga; • Cardiopulmonar: ativ. Baixa intensidade, repetitiva • Mobilidade: adequada ADM; • Coordenação: Mov. suave, preciso e eficiente; • Estabilidade: manutenção do segmento corporal posição estacionária; • Controle Postural: alinhamento dos segmentos corporais Intervenções com exercícios terapêuticos • Condicionamento aeróbico e recondicionamento físico; • Exercícios de desempenho muscular: força, potência e treino de resistência a fadiga; • Técnicas de alongamento muscular; • Técnicas de mobilização articular; • Controle neuromuscular, técnicas de inibição e facilitação; • Técnicas de controle postural, biomecânica e exercícios de estabilização; • Exercícios de equilíbrio e treinamento de agilidade; • Exercícios de relaxamento; • Exercícios respiratórios; • Treinamento funcional específico. Incapacitação É o termo que se refere ao impacto e às consequências funcionais de condições agudas e crônicas comprometendo o desempenho humano básico e a habilidade da pessoa de desempenhar suas funções Componentes básicos do processo de incapacitação 1. PATOLOGIA E FISIOPATOLOGIA • Doença/distúrbio/condição/anormalidades; 2. COMPROMENTIMENTOS* • Consequências das condições patológicas (sinais e sintomas) 3. LIMITAÇÕES FUNCIONAIS (LIMITAÇÃO DE HABILIDADE) • Pode ter natureza física , social ou psicológica 4. INCAPACIDADE • Inabilidade de realizar tarefas pessoais e/ou sociais COMPROMETIMENTOS FÍSICOS COMUNS TRATADOS COM EXERCÍCIOS TERAPEUTICOS LIMITAÇÕES FUNCIONAIS COMUNS RELACIONADAS ÀS TAREFAS FÍSICAS ATIVIDADES RELEVANTES À INCAPACIDADE (auto-gerenciamento) MODELO DE TRATAMENTO DO PACIENTE POSSUI 5 COMPONENTES BÁSICOS: 1. Exame abrangente; 2. Avaliação dos dados coletados; 3. Diagnóstico baseado nos comprometimento, limitações funcionais e incapacidades; 4. Prognóstico e plano de tratamento baseado em metas; 5. Intervenções apropriadas. Segurança para realizar os exercícios 1º SEGURANÇA DO PACIENTE • História de saúde do paciente e história atual; • Sedentário; • Medicamentos; • Ambiente e equipamentos adequados; • Correta execução dos exercícios; • Sinais de fadiga 2º SEGURANÇA DO FISIOTERAPEUTA • Ajuste de equipamento; • Postura correta –”Finta” • Transferência de peso. Caso Clínico Três pessoas sofreram fratura semelhante e recente de quadril. Foram submetidos a cirurgia com fixação interna. Paciente 1: 19 anos, sofreu acidente de carro, é atleta universitário e quer alta hospitalar e voltar para casa do estudante; Paciente 2: 60 anos, sedentário, planeja voltar para casa após alta e em seguida voltar a trabalhar no escritório; Paciente 3: 80 anos, com osteoporose, diabets e mora em uma casa de repouso. Você acompanhou esses pacientes no hospital e agora vai dar continuidade ao tratamento. De que maneira as metas e resultados esperados diferem para esses pacientes? Amplitude de movimento Os exercícios de Amplitude de movimento(ADM) envolvem músculos, superfícies articulares, capsulas, ligamentos, fáscias, vasos e nervos e são descritos através das amplitudes articulares e muscular. • Amplitude articular: goniômetro, em graus (fl/ext, ad/abd, rot.) • Amplitude muscular: excursão funcional do músculo Tipos de exercício de ADM • ADM PASSIVA: produzido inteiramente por uma força externa • ADM ATIVA: movimento dentro da ADM produzida pela contração ativa • ADM ATIVO-RESISTIDO: uma força externa oferece assistência ao mov. ADM PASSIVA -Indicações • Inflamação aguda • Quando o paciente não for capaz de mover a segmento corporal • Coma, Paralisia • Durante o período de repouso • Usado durante a avaliação para determinar a mobilidade do paciente • Antes da técnica de alongamento passivo. ADM PASSIVA -OBJETIVOS • Diminuir as complicações da imobilização; • Manter a mobilidade articular e do tecido conjuntivo; • minimizar o efeito de formação de contraturas; • Manter a elasticidade Muscular; • Auxiliar a circulação; • favorecer no processo de regeneração pós lesão ou cirúrgica; • Manutenção da percepção de movimento pelo paciente. ADM ATIVO E ATIVO- ASSISTIDA INDICAÇÕES • Quando o paciente é capaz de mover o segmento na amplitude total ou parcial; • Programas de condicionamento aeróbico; • Durante a imobilização, nas articulações acima e abaixo da imobilizada. OBJETIVOS • Manter a elasticidade e contratilidade muscular; • Fornecer feedback sensorial a partir da músculo em contração; • Estimular a manutenção e integridade óssea e articular; • Aumentar a circulação e prevenir a formação de trombos; • Desenvolver coordenação e habilidade motora. Atividades funcionais para ADM • Segurar um talher –flexo/extensão dedos • Alcançar prateleiras; • Vestir-se sozinho • Escovar os cabelos; • Retirar cartão de estacionamento; • Colocar meias e sapatos POR ONDE ESTUDAR??? • KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos: fundamentos e técnicas. 6. ed. São Paulo: Manole, 2016. CAP 1 E 3 • HOUGLUM, P. A. Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 6. ed. São Paulo: Manole, 2014. CAP 1
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