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Cícero: Estoicismo Romano E Lei Natural Docente: José Otacílio Leite. Discente: Larissa Angélica Gebert Meinhardt , Kimberlly Emanuelle, Victoria Stefani Oliveira Duarte Marcus Tullius Cícero Marcus Tullius Cícero (106-43 a.C.) falou sobre muitos e diversificados assuntos, deixando as suas marcas e contribuições sobre a política, moral, teologia, direito, literatura e outros. Viveu na época clássica (150 a.C. a 284 d.C.) e foi um advogado, político, escritor, orador e filósofo da gens Túlia da República Romana eleito cônsul em 63 a.C. com Caio. Marcus Tullius Cícero ° Cícero era filho de um aristocrata de Arpinium , que não tinha conexões com políticas; ° Iniciou sua carreira no direito e na política aos 23 anos; ° Ocupou vários cargos públicos, incluindo e de Cônsul; ° Colecionou muitos inimigos poderosos e foi assassinado a mando do Imperador Marco Antônio. Influenciado pelos pensamentos de Aristóteles e Platão. O homem bom deve procurar a virtude na sua ação diária. Marcus Tullius Cícero Quanto a política: É na polis que a virtude melhor se pode exercer, pois o político é mais importante que o filósofo e o moralista. Quanto ao sistema de governo: No sistema ideal, o Governo deve ter suficiente poder para governar; o Parlamento, suficiente autoridade para fazer Leis; o Povo, suficiente liberdade para fiscalizar e controlar e Governo e o Parlamento. Quanto aos perigos da ação pública: Quanto ao perigo, o cidadão deve mostrar uma grande disponibilidade para dar generosamente à pátria uma vida. Síntese do pensamento de Cícero: Os deveres éticos do indivíduo, ao longo de sua vida, são fundamentais. Devemos procurar fazer com que a razão domine os sentimentos e os apetites, que é o mais importante para o cumprimento das obrigações individuais. Estoicismo Romano Estoicismo é um movimento filosófico que surgiu na Grécia Antiga e que preza a fidelidade ao conhecimento, desprezando todos os tipos de sentimentos externos. Este pensamento filosófico foi criado por Zenão de Cício, na cidade de Atenas, e defendia que todo o universo seria governado por uma lei natural divina e racional. Um verdadeiro sábio, segundo o estoicismo, não deveria sofrer de emoções externas, pois estas influenciam em suas decisões e raciocínios. Estoicismo Romano O estoicismo é dividido em três principais períodos: ético (antigo), eclético (médio) e religioso (recente). O chamado estoicismo antigo ou ético foi o vivido pelo fundador da doutrina, Zenão de Cício (333 a 262 a.C), e foi concluída por Crisipo de Solunte (280 a 206 a.C), que teria desenvolvido a doutrina estóica e transformado no modelo que é conhecido na atualidade. Já no estoicismo médio ou eclético, o movimento começa a se disseminar entre os romanos, sendo o principal motivador da introdução do estoicismo na sociedade romana Panécio de Rodes (185 a 110 a.C). Por fim, a terceira fase do estoicismo é conhecida como religiosa ou recente. Os membros deste período enxergavam a doutrina filosófica não como parte de uma ciência, mas como uma prática religiosa e sacerdotal. O imperador romano Marco Aurélio foi um dos principais representantes do estoicismo religioso. Estoicismo Romano: Ética Estóica A ética estóica é uma ética da ataraxia, que significa ausência de perturbações ou inquietações da mente, o homo ethicus do estoicismo é o que respeita o universo e suas leis cósmicas e se respeita. Apenas porque ele se conhece e conhece as suas limitações, podendo desta forma alcançar a ataraxia, o estado de harmonia corporal, moral e espiritual. Significa, então, descoberta de sua interioridade, posse de um estado imperturbável diante das ocorrência externas. Estoicismo Romano: Ética Estóica No sistema ético-estóico convivem conhecimentos de várias naturezas para afirmar o que o homem deve ou não fazer. Portanto não é a contemplação a finalidade da conduta humana, mas sim a ação, é por meio da ação que surgem as oportunidades de ser ou não ser; é na ação que reside o ideal de vida estóico. A ética estóica é ainda uma ética que determina o cumprimento de mandamentos éticos pelo simples dever. A natureza não pode se sobrepor o ser humano. É da natureza que emanam as normas de agir. LEI NATURAL Os direitos estão baseados no respeito à vida humana. A partir deste ponto de vista, a lei natural rege a felicidade do ser humano de acordo com o que é e o que não é adequado. Ordenação do todo, de acordo com elas se funda com a razão, de modo que o Direito Natural passar a representar a única razão de ordenação da conduta humana na República. LEI NATURAL Cícero assim define a lei natural: “XXII - A verdadeira lei é a reta razão em harmonia com a natureza, difundida em todos os seres, imutável e sempiterna, que, ordenando, nos chama a cumprir o nosso dever, e, proibindo, nos aparta da injustiça. E, não obstante, nem manda ou proíbe em vão aos bons, nem ordenando ou proibindo opera sobre os maus. Não é justo alterar esta lei, nem é lícito derrogá-la em parte, nem ab-rogá-la em seu todo. Não podemos ser dispensados de sua obediência, nem pelo Senado, nem pelo povo. Não necessitamos de um Sexto Aelio que no-la explique ou no-la intérprete. E não haverá uma lei em Roma e outra em Atenas, nem uma hoje e outra amanhã, ao invés, todos os povos em todos os tempos serão regidos por uma só lei sempiterna e imutável. E haverá um só Deus, senhor e governante, autor, árbitro e sancionador desta lei. Quem não obedece esta lei foge de si mesmo e nega a natureza humana, e, por isso mesmo, sofrerá as maiores penas ainda que tenha escapado das outras que consideramos suplícios.” (De república, III, 22). LEI NATURAL A natureza do homem deve ser respeitada. A lei escrita não pode superar a lei natural- se está superar pode causar guerra. Lei natural- Razão reta e imutável, lei eterna e tem caráter universal. Ética para Cícero tinha que ser natural e espontânea, a lei eterna é a lei da reta razão, em concordância com a natureza essa razão tem sua sede também no homem LEI NATURAL A concepção estóica influenciou a vida política e social do Império romano. Eis alguns efeitos: – Houve uma flexibilização do poder paternal, com a mulher conquistando maior liberdade e os filhos garantiram certa independência. – Avanços significativos em relação aos escravos. Agora, tratados com mais respeito e dignidade e não como indigentes e monstros. – Progresso no campo do Direito com o desenvolvimento do significado de justiça, que na Grécia era “dar a cada um o que lhe é devido”, passa a ser “dar a cada um o que lhe é de direito”.
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