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Texto 1 O diferencial para sucesso

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O diferencial para o sucesso das empresas 
 
Nos dias de hoje, as organizações estão cada vez mais informatizadas e 
robotizadas, buscando padronizar procedimentos e otimizar custos, sempre 
procurando o principal objetivo das empresas: maximizar lucros. 
 
A padronização garante que todos os produtos, na linha de produção, foram 
confeccionados exatamente da mesma maneira e, portanto, são exatamente iguais. 
A qualidade na produção garante a inexistência de anormalidades e de defeitos no 
produto final. 
 
Não há uma diferenciação acentuada nos produtos fabricados pela empresa A, B ou 
C. São, praticamente, iguais e oferecem benefícios e comodidades como seus 
similares. Observa-se, ainda, que os preços finais de produtos semelhantes em 
qualidade de produção e padronização, guardam paridade, apresentando oscilações 
em função da “marca”. Portanto, o fator preço, mesmo sendo importante, não é tão 
primordial para a decisão do consumidor. 
 
Quantas vezes optamos por adquirir determinado produto da marca “X”, de maior 
preço que seus similares, acreditando que seremos mais bem servidos e melhor 
atendidos em nossas necessidades? Muitas vezes. O que conquista a preferência do 
consumidor por determinado produto, comparativamente ao similar é a “marca”. 
 
O consumidor, cada vez mais exigente, quando é impulsionado a adquirir 
determinado produto para satisfazer suas necessidades, busca sempre o produto 
capaz de atender integralmente suas expectativas. Expectativas essas, que 
abrangem todas as fases do relacionamento comercial, como a descoberta do 
produto, análises de qualidade do produto, comparação com produtos semelhantes, 
avaliação do poder aquisitivo, ponderação do custo-benefício que o produto lhe 
proporcionará, se há ou não necessidade de assistência técnica, para, finalmente, a 
decisão de compra. 
 
Nesse complexo processo de decisão de compra, o consumidor efetua sua pesquisa 
e, certamente avaliará as informações coletadas sobre as empresas e seus 
produtos, antes de definir-se. No processo, a imagem da empresa é fundamental. 
Apesar de conceitualmente serem diferentes, a imagem da empresa está atrelada à 
marca do produto e vice-versa. 
 
E, como formar uma imagem positiva e uma “marca” de sucesso? 
 
Para se construir uma marca forte e aceita pelos consumidores as empresas vêm, 
ao longo do tempo, investindo rios de dinheiro em marketing do produto e 
marketing publicitário, tentando passar ao consumidor final a imagem de produtos 
perfeitos, idealizados sob medida para satisfazer suas necessidades e, se esquecem 
de que seus produtos e serviços são realizados por pessoas. 
 
Muitos desses investimentos mostram-se inóquos ou de pouco efeito para 
impulsionar as vendas de determinada empresa, por um motivo básico: as pessoas 
que integram essas organizações e o Clima Organizacional existente nessas 
empresas. 
 
Os esforços de venda podem ser comprometidos total ou parcialmente por equipes 
mal preparadas, não devidamente orientadas e, principalmente desmotivadas. Se a 
empresa não se preocupar em motivar seus colaboradores internos, incentivando-
os e motivando-os para juntos alcançarem o objetivo, terá um problema. 
 
 
 
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Apesar do aumento do índice de desemprego, o medo de perder o emprego não é 
fator de motivação do colaborador. Bons profissionais sempre encontram novas 
oportunidades de emprego e de trabalho. 
 
O grande diferencial das empresas está nos seus colaboradores. Através das 
pessoas, que interagem com o mercado e o meio ambiente, de forma ativa e 
positiva as empresas constróem o diferencial da “marca” que vem a ser o 
diferencial de venda de determinado produto ou linha de produtos de uma 
empresa. Entretanto, seus colaboradores podem interagir de forma negativa, até 
inconscientemente, contribuindo para a formação de uma imagem prejudicial aos 
interesses da empresa. 
 
Estamos entrando na era da “Gestão de Pessoas”. 
 
A conscientização da importância dos colaboradores na interação dos diversos 
subsistemas organizacionais das empresas entre si, e destes com a sociedade que 
os cerca é a grande chave do sucesso. Esse conceito é tão importante que a 
certificação ISO começa a ser repensada. 
 
A certificação ISO que garante às empresas um padrão de qualidade em seus 
processos produtivos, através da norma ISO/94 (composta por 20 itens) tem até 
31.12.2003 como o prazo máximo para emissão de certificados. A partir de 
01.01.2004 só poderão ser emitidos certificados que atendam as normas ISO/2000 
(composta de 8 itens), priorizando a Gestão de Pessoas, como forma de alcançar 
resultados. 
 
A adequação dos recursos humanos é a tarefa mais complexa no processo 
administrativo. Analise as características pessoais de seus colaboradores, procure 
pessoas que tenham certa afinidade com você, com o empreendimento e possam 
produzir os resultados que pretende alcançar. 
 
O empresário bem sucedido deve ter habilidade em “liderar” as pessoas, 
auxiliando-as para que superem deficiências, cresçam no âmbito pessoal e 
profissional e alcancem os seus objetivos individuais, conjugando os interesses, por 
mais diferentes que sejam uns dos outros, sem entretanto descuidarem-se do 
objetivo da empresa. 
 
Se o empresário enxergar o seu funcionário como um colaborador, que contribuirá 
para o atingimento dos objetivos da empresa, poderá manter um relacionamento 
trabalhista mais humano, cordial e participativo, o que certamente trará ao 
colaborador o sentimento de parceria e comprometimento para com o sucesso da 
empresa. 
 
De que forma deve-se tratar “um colaborador interno” (forma atual para identificar 
na nomenclatura anterior a função do empregado, funcionário)? Troque de lugar 
com seu colaborador e identifique procedimentos e atitudes que gostaria de receber 
da parte de seu superior hierárquico. 
 
Simples, não é ? Não. Não é tão simples. Não se esqueça de que as pessoas são 
diferentes e agem de formas diferentes a estímulos diversos. O Administrador 
Moderno deve ser capaz de identificar o tipo de estímulo adequado para motivar 
seus colaboradores a reagirem de maneira adequada. Para isso, é condição básica 
que conheça bem seus parceiros. 
 
 O Administrador precisa lembrar as regras básicas que diferenciam um “Líder” de 
um superior hierárquico. O Líder é capaz de motivar pessoas e comprometê-las 
 
 
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com o objetivo da empresa. Já o superior hierárquico simplesmente transmite 
ordens recebidas, as transmite e cobra resultados. 
 
Um Líder deve aprender a ouvir seus colaboradores, estimular que contribuam com 
idéias e observações no processo produtivo. Se não forem ouvidos os 
colaboradores, como alimentar expectativas de compartilhamento e 
comprometimento com os objetivos da empresa? Muitas soluções brilhantes a 
diversos problemas das empresas foram contribuições, muitas vezes espontâneas, 
de colaboradores que não detinham cargos ou funções hierárquicas. Pense nisso. 
 
A Gestão de Pessoas vem se mostrando uma especialidade administrativa de 
extrema importância nas empresas. Através de uma gestão eficaz e eficiente, as 
empresas reduzem os conflitos, ganham em produtividade, eficiência e 
comprometimento de seu corpo de colaboradores. Cada colaborador funciona como 
um ponto de vendas e observação da empresa, pois interagirá positivamente na 
sociedade, buscando alcançar seus objetivos coletivos, onde está incluído o objetivo 
de sua empresa. 
 
Os colaboradores reagirão de acordo com o ambiente interno. Procure criar um bom 
ambiente de trabalho, mantenha um clima organizacional favorável. Assim, o seu 
colaborador se sentirá satisfeito, valorizado e agirá, até inconscientemente, em seu 
proveito, buscando atingir as metas e os objetivos para o sucesso da empresa. Isso 
é muito mais do que “vestir a camisa”, uma frase que se tornou jargão em algumas 
empresas. É um comprometimento como sucesso. 
 
Não é a toa que as grandes empresas investem milhões de dólares, anualmente, na 
implantação, desenvolvimento e acompanhamento de programas de 
aperfeiçoamento profissional e clima organizacional. 
 
Nessa atual fase, as grandes empresas estão priorizando o “Clima Organizacional”. 
As empresas estão preocupadas com as necessidades e as expectativas de seus 
colaboradores para mantê-los motivados e comprometidos com o seu sucesso. 
 
Estão descobrindo, finalmente, que muito mais que diplomas e certificados de 
MBA’s é preciso um corpo de colaboradores motivados. Estão se conscientizando de 
que uma equipe homogênea, valorizada e motivada é muito mais importante que 
um grupo de diplomados, mestres e doutores, no qual geralmente o egocentrismo 
causa grandes problemas organizacionais. 
 
É preciso uma política de recursos humanos atuante, transparente, que crie e 
mantenha o “Clima Organizacional” positivo, em que as expectativas individuais dos 
colaboradores sejam respeitadas e exista o comprometimento coletivo com a boa 
“performance” de desempenho da empresa. 
 
A forma de se alcançar um “Clima Organizacional” favorável nas empresas é muito 
simples. O Administrador deve lembrar que seu colaborador é uma pessoa e, como 
tal, necessita de compartilhar seus anseios, angústias, problemas e sonhos. 
 
O Administrador, também, deve aprender a compartilhar com seus colaboradores 
seus problemas e as metas coletivas da empresa, mostrando, com transparência, 
os objetivos, esclarecendo dúvidas e motivando o surgimento idéias e sugestões 
para alcançá-las. 
 
“Dedique” alguns minutos para uma conversa com seus colaboradores, exponha de 
maneira clara e objetiva suas tarefas, de que forma se completam com outras 
tarefas para o produto ou serviço final e mostre que o trabalho individual de cada 
um deles é muito, muito importante para o sucesso da empresa. Permita, sempre, 
 
 
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o feedback e a contribuição de sugestões e idéias inovadoras para a melhora do 
produto ou serviço. 
 
Dessa forma, os colaboradores se conscientizarão que são partes importantes no 
processo e que podem contribuir ativamente para o sucesso da empresa, que, por 
outro lado, contribuirá para o seu crescimento profissional e bem estar pessoal. 
 
Fonte 
RIBEIRO, Antonio Carlos Evangelista. O diferencial para o sucesso das empresas. 
Disponível em: <httphttp://www.revistaacademica.net/trabalho/151003a13.html>. 
Acesso em: 24 fev. 2011.

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