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PROPRIEDADES DOS FLUIDOS 1 Prof. Patricia Braga Disciplina: Engenharia de Petróleo e Gás 2 servem para informar o comportamento dos reservatórios. devem ser obtidas de forma experimental, porém podem ser correlacionadas com equações de estado. Propriedades dos fluidos Mateus Coelho Nota Pressão, Temperatura e Volume. 3 Petróleo: mistura de HC’s naturais que pode ser encontrada no estado sólido, líquido ou gasoso a depender das condições de pressão e temperatura. Petróleo pode ocorre em uma única fase ou em mais de uma fase em equilíbrio. Em uma mesma acumulação de petróleo, as características físico-químicas dos fluidos podem variar de ponto para ponto, pois dependem das condições de pressão dentro do reservatório. Propriedades dos fluidos 4 Óleo: parte que permanece no estado líquido quando uma mistura líquida de HC’s é levada das condições de reservatório para as condições de superfície. Gás Natural: nome dado a misturas de HC’s que, quando estão nas condições de superfície se apresentam na forma gasosa. No reservatório estas misturas podem se apresentar tanto na forma gasosa como dissolvidas no óleo. Propriedades dos fluidos 5 está baseado nas constantes condições de pressão e temperatura que as misturas são submetidas tanto para o material que está sendo retirado e trazido até a superfície como para o material que permanece na rocha. Comportamento de fases 6 Comportamento de fases – substância pura Figura 1. Vaporização de uma substância pura. 1. Aumento contínuo de T até o ponto 2. 2. Início da vaporização (temperatura de ebulição = ponto de ebulição = ponto de bolha). 3. Pequena porção de substância no estado líquido. P e T iguais ao estágio 2. 4. Aumento de T com vapor superaquecido. 7 Comportamento de fases – substância pura Figura 2. Diagrama de fase de uma substância pura. Ponto crítico: maior valor de pressão em que as duas fases coexistem. Cada substância possui seu diagrama de fase. Ponto de bolha = Ponto de Orvalho (Pontos 2 e 3). 8 Comportamento de fases – substância pura Figura 3. Diagrama pressão versus volume de uma substância pura. Linha EFGH: vaporização da substância a T1. Ponto F: ponto de bolha Ponto G: ponto de orvalho Encontro das linhas FC e GC: região de duas fases. Linha FCG: envelope de fases ou envoltória. 9 Comportamento de fases – mistura Figura 4. Vaporização de uma mistura. 1. Aumento contínuo de T até o ponto 2. 2. Início da vaporização (temperatura de ebulição = ponto de ebulição = ponto de bolha). 3. Aumento da T para permitir que as moléculas mais pesadas se vaporizem. 4. Aumento de T com vapor superaquecido. Mateus Coelho Nota T2 < T3 10 Figura 5. Diagrama de fase de uma mistura. Ponto de bolha Ponto de orvalho Comportamento de fases – mistura 11 Figura 6. Diagrama de fase de uma mistura. Comportamento de fases – mistura Maior T que as duas fases coexistem Maior P que as duas fases coexistem 12 Tipos de Reservatórios de Petróleo Acumulações de petróleo podem se apresentar totalmente líquidas, totalmente gasosas ou ainda com uma parte líquida e uma parte gasosa em equilíbrio. Tipos de reservatório: reservatório de óleo reservatório de gás 13 Reservatórios de Óleo Dependendo da posição que ocupa no diagrama de fase, a mistura líquida pode receber o nome de: óleo saturado em gás ou óleo saturado óleo subsaturado Mateus Coelho Nota Óleo Saturado em Gás ou não: Quando uma pqna variação de pressão leva a uma vaporização da mistura. nullnullÓleo subsaturado: para ocorrer vaporização deve-se reduzir a pressão até o ponto de bolha para que a mistura comece a ser vaporizada. 14 Figura 7. Reservatório de óleo. Óleo saturado Reservatórios de Óleo Óleo subsaturado Curva RS: comportamento do fluido desde as condições iniciais do reservatório até as condições de superfície. 60% HC’s líquidos e 40% de HC’s gasosos. 15 Reservatórios de Óleo Em decorrência da liberação de gases da passagem das condições de reservatório para as condições de superfície, o óleo pode ser: óleo de alta contração ou óleo volátil: libera grandes quantidades de frações leves óleo de baixa contração: libera pequenas quantidades de frações leves 16 Figura 8. Reservatórios de óleo (a) alta contração e (b) baixa contração. Reservatórios de Óleo (a) (b) 17 Reservatórios de Gás Contém mistura de HC’s que se encontra no estado gasoso nas condições de reservatório. Podem ser: reservatórios de gás seco reservatórios de gás úmido ou de gás condensado reservatórios de gás retrógrado Mateus Coelho Nota Reservatorio de Gas Seco: Quando apos redução da pressão não ocorre formação de frações liquidas ou a quantidade de liquido é desprezível.nullnullGas Umido/Condensado: Quando apos redução da pressão ocorre a formação de frações liquidas economicamente viaveis.nullnullGas Retrogrado: Quando a temperatura do reservatório está entre a temperatura crítica e a nullcricondenterma. 18 Figura 9. Reservatórios de gás (a) seco e (b) úmido. Reservatórios de Gás (a) (b) 19 Figura 10. Reservatório de gás retrógrado. Reservatórios de Gás Retrógrado Temperatura do reservatório entre Tc e Cricondenterma. Ao produzir fluido, a pressão vai se reduzindo, mantendo a temperatura constante até chegar ao ponto 1. Diminuindo a pressão, a quantidade de líquido aumenta até atingir um valor máximo, até que o líquido começa a retornar para a fase vapor. 20 Reservatórios de Gás Retrógrado O fenômeno de condensação retrógrada é o fato de uma redução de pressão causar a condensação de um gás, quando o que se espera são vaporizações de líquidos. 21 Classificação de Reservatórios de Petróleo RGL: razão gás/líquido de produção Std: volumes medidos nas chamadas condições-standard ou padrão de pressão e temperatura. Nos EUA, por exemplo, são 14,7 psia e 60 ºF, enquanto no Brasil as condições-básicas são de 1 atm e 20 ºC. Reservatório Quantidade de RGL (m3 std/m3 std) Óleo RGL 900 Gás Condensado 900 < RGL < 18.000 Gás Seco RGL ≥ 18.000 Tabela 1. Tipos de reservatórios a partir da RGL. 22 Figura 11. Envoltória p versus T típica de uma mistura de hidrocarbonetos. Classificação de Reservatórios de Petróleo 23 Figura 12. Reservatório de óleo com capa de gás. Reservatórios de Petróleo 24 Figura 13. Reservatório de gás. Reservatórios de Petróleo 25 Propriedades Básicas dos Fluidos Volume molar: volume ocupado por 1 mol de substância No Brasil: 1 mol-g ocupa 22,4 L e nos EUA: 1 mol-lb ocupa 379 ft3. 26 Propriedades Básicas dos Fluidos Coordenadas reduzidas: pc, Tc e Vc são pressão, temperatura e volume críticos de um fluido, respectivamente. c r p p p c r T T T c r V V V 27 Propriedades Básicas dos Fluidos Compressibilidade Isotérmica: variação fracional de volume do fluido por variação unitária de pressão. admitindo qua a T do fluido é constante. p c 1