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Conceitos fundamentais – Professora Elaine Toscano Capítulo 1 - Conceitos Fundamentais 1.1 - A importância das estruturas Ao se construir qualquer edificação ou objeto, é preciso garantir a estabilidade do produto durante o processo construtivo e na fase de utilização. Desta forma, torna-se necessário saber quais são os efeitos do peso próprio (uma ponte ou edifício deve ser capaz de suportar o peso dos materiais utilizados na sua construção sem ruir), dos efeitos ambientais (o vento pode ser ainda mais crítico durante a construção; as variações térmicas podem provocar rachaduras críticas), das cargas a serem aplicadas (veículos, pessoas, móveis) e prever as piores situações possíveis de solicitação na estrutura. A estrutura é o conjunto de elementos de sustentação de uma obra ou objeto, que tem a finalidade de garantir a estabilidade global em todas as solicitações. O projeto de uma estrutura envolve sempre as seguintes etapas: - Projeto geométrico da obra – Arquitetura - Definição geométrica da estrutura - Definição de materiais - Identificação de vínculos internos e externos (apoios e ligações entre elementos como vigas e pilares) - Cálculo dos esforços seccionais na estrutura - Verificação da estabilidade dos elementos estruturais (função do material e dos esforços atuantes) Um bom entendimento dos principais conceitos estruturais ajuda os engenheiros e arquitetos a encontrar, desde o projeto geométrico, as soluções estruturais mais vantajosas do ponto de vista econômico e estético. A escolha sábia entre os diferentes tipos de materiais estruturais depende da compreensão adequada do funcionamento de cada elemento estrutural e de como eles se ligam uns aos outros. Somente um bom conhecimento teórico permite projetos mais arrojados, de construção rápida e de utilização adequada de cada material de acordo com suas propriedades estruturais. As estruturas compõem-se de uma ou mais peças, ligadas entre si e ao meio exterior de modo a formar um conjunto estável, isto é, capaz de receber solicitações externas, absorvê-las internamente e transmiti-las até seus apoios. 1.2 - Apoios Os apoios são os vínculos que ligam uma estrutura a elementos externos ao sistema estrutural considerado. A função dos mecanismos de apoio é a de restringir deslocamentos ou rotações nos pontos onde se encontram, despertando com isso reações nas direções dos movimentos impedidos. São classificados de acordo com o número de movimentos impedidos, que é igual ao número de reações que fazem surgir sobre a estrutura,. Desta forma, considerando-se os três eixos tri- ortogonais de referência podem-se ter deslocamentos em 3 direções e rotações em torno dos 3 eixos. Ultima atualização em 29/6/2007 1 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano z y x Os apoios são capazes de restringir de 1 a 6 movimentos, permitindo assim 5 a zero graus de liberdade. Entende-se por Graus de Liberdade as 3 componentes de translação e as 3 componentes de rotação que um elemento estrutural pode sofrer em um espaço tridimensional. Para que se estabeleça o equilíbrio da estrutura quando sob o efeito de cargas solicitantes, esses seis graus de liberdades devem ser restringidos, ou seja, devem-se adicionar ao sistema novas forças que façam com que sejam atendidas as equações universais da estática, garantindo que o somatório de forças e momentos em qualquer direção seja nulo. Quadro 1 - Equilíbrio e as equações universais da estática Sabendo+ Para que um corpo submetido à ação de um sistema de forças esteja em equilíbrio, é necessário que essas forças não provoquem nenhuma tendência de translação ou rotação a este corpo, o que só ocorre se tanto a resultante R das forças como o momento resultante m dessas forças em relação a um ponto qualquer forem nulas. As seis equações universais da estática mostradas abaixo, regem o equilíbrio de um sistema de forças no espaço. ⎪⎪ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎩ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎨ ⎧ = = = = = = ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ = = = = = = 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 n i i n i i n i i n i i n i i n i i Mz My Mx Z Y X Onde: • são as projeções das forças que compõem o sistema, respectivamente, nas direções dos eixos x, y e z. iii ZYX ,, iF • são as projeções dos momentos das forças em relação a um ponto qualquer do espaço, respectivamente, nas direções dos eixos x, y e z. iii MzMyMx ,, iF • n é o número de forças que compõem o sistema considerado 2 Conceitos fundamentais – Professora Elaine Toscano 1.2.1 - Tipos de apoios 1.2.1 - Tipos de apoios No caso de estruturas planas carregadas exclusivamente no próprio plano (sistema de forças coplanares), que é o mais freqüente em Análise Estrutural, há apenas três graus de liberdade a restringir: 2 movimentos de translação em duas direções ortogonais no plano da estrutura e 1 rotação em torno do eixo ortogonal ao plano da estrutura. Os apoios para impedir tais movimentos são: No caso de estruturas planas carregadas exclusivamente no próprio plano (sistema de forças coplanares), que é o mais freqüente em Análise Estrutural, há apenas três graus de liberdade a restringir: 2 movimentos de translação em duas direções ortogonais no plano da estrutura e 1 rotação em torno do eixo ortogonal ao plano da estrutura. Os apoios para impedir tais movimentos são: a) Apoio do 1o gênero ou charriot: a) Apoio do 1 o gênero ou charriot: Ry ou V Rx ou H y x Este apoio restringe apenas o movimento em uma direção (vertical ou horizontal de acordo com a orientação do desenho do apoio). É preciso ressaltar que a reação vertical pode ser para cima ou para baixo e a reação horizontal no caso a2 pode ser para esquerda ou para a direita. Pode-se considerar este apoio como sendo uma roda em um trilho, pois é permitido o deslocamento paralelo ao trilho e impedido o deslocamento perpendicular. A rotação também e permitida e por isso não há reação de momento. Este apoio restringe apenas o movimento em uma direção (vertical ou horizontal de acordo com a orientação do desenho do apoio). É preciso ressaltar que a reação vertical pode ser para cima ou para baixo e a reação horizontal no caso a2 pode ser para esquerda ou para a direita. Pode-se considerar este apoio como sendo uma roda em um trilho, pois é permitido o deslocamento paralelo ao trilho e impedido o deslocamento perpendicular. A rotação também e permitida e por isso não há reação de momento. b) Apoio do 2o gênero ou rótula: b) Apoio do 2 o gênero ou rótula: y Rx ou H x Ry ou V Este apoio restringe deslocamentos verticais ou horizontais. É preciso ressaltar que a reação vertical pode ser para cima ou para baixo e a reação horizontal pode ser para esquerda ou para a direita. Pode-se considerar este apoio como sendo uma rotula presa a um ponto fixo. Este apoio restringe deslocamentos verticais ou horizontais. É preciso ressaltar que a reação vertical pode ser para cima ou para baixo e a reação horizontal pode ser para esquerda ou para a direita. Pode-se considerar este apoio como sendo uma rotula presa a um ponto fixo. c) Apoio do 3o gênero ou engaste c) Apoio do 3 o gênero ou engaste H V M y x Este apoio restringe deslocamentos e rotações. Desta forma possui reação horizontal, vertical e de momento. Este apoio restringe deslocamentos e rotações. Desta forma possui reação horizontal, vertical e de momento. Ultima atualização em 29/6/2007 3 Apostila deIsostática – Professora Elaine Toscano Quadro 2 - Sistema de forças coplanares Sabendo+ ⎪⎪⎩ ⎪⎪⎨ ⎧ = = = ∑ ∑ ∑ 0 0 0 Mz Y X y x o 4 F 3F 2F 1F Como, neste caso, não há componentes de forças na direção do eixo ao qual elas são ortogonais (z, no caso da figura) e os momentos de todas as forças em relação a qualquer ponto situado no mesmo plano que as contem será sempre ortogonal a esse plano, as equações de equilíbrio do sistema reduzem-se às três equações mostradas acima. Este tipo de sistema de forças é o que se observa nas estruturas denominadas quadros planos, que são definidos como estruturas planas compostas por barras, sobre as quais atuam, exclusivamente, cargas situadas no plano da estrutura. 1.3 - Isostática , análise estrutural e resistência dos materiais Em alguns currículos acadêmicos a nomenclatura de cada disciplina pode confundir o aluno quanto ao campo de estudo de cada um destes tópicos. As Estruturas Isostáticas, objetos de estudo deste livro, são aquelas onde os apoios são em número estritamente necessário para impedir todos os movimentos possíveis da estruturas. A Análise Estrutural é a parte da Mecânica que estuda as estruturas, avaliando a magnitude dos esforços internos a que elas ficam submetidas quando solicitadas por agentes externos (cargas, variações térmicas, movimento de seus apoios etc.) e engloba as estruturas isostáticas e hiperestáticas. A Resistência dos Materiais propriamente dita permite a quantificação das tensões atuantes nos diferentes pontos e direções da estrutura em função desses esforços internos, bem como a verificação da estabilidade da estrutura, que se faz comparando-se as tensões nela atuantes à capacidade que o material de que foi construída apresenta de resistir a essas tensões, sem que ocorra ruptura ou deformação inaceitável nas peças estruturais. 4 Conceitos fundamentais – Professora Elaine Toscano 29/6/2007 5 Quadro 3 – Estaticidade e Estabilidade Sabendo+ Vimos que a função dos apoios é limitar os graus de liberdade de uma estrutura. Três casos poderão acontecer: - Os apoios são em número estritamente necessário para impedir todos os movimentos possíveis da estrutura: neste caso, o número de reações de apoio a determinar (incógnitas) é igual ao número de equações de equilíbrio. Diz-se, então que a estrutura é isostática, ocorrendo uma situação de equilíbrio estável. - Os apoios são em número inferior ao necessário para impedir todos os movimentos possíveis da estrutura: neste caso, havendo mais equações de equilíbrio do que incógnitas a determinar, tem-se um sistema de equações impossível. Isso significa que a estrutura será instável, sendo denominada hipostática. Podem ocorrer, neste caso, algumas situações em que o próprio sistema de cargas atuantes consiga atender às equações de equilíbrio, estando impedidos os movimentos que os apoios não são capazes de restringir. Quando isso ocorre, tem-se uma situação de equilíbrio instável, pois qualquer nova carga introduzida pode levar a estrutura à ruína, já que os apoios não serão capazes de impedir os movimentos que essa nova carga produz. Estruturas hipostáticas não são admissíveis em construções. - Os apoios são em número superior ao necessário para impedir todos os movimentos possíveis da estrutura: neste caso, há menos equações do que incógnitas a determinar, o que conduz a um sistema indeterminado. As equações universais da estática não serão suficientes para que se determinem as reações de apoio, havendo uma infinidade de soluções possíveis para o sistema de equações. Neste caso, são necessárias equações adicionais baseadas na compatibilidade das deformações, que permitam definir qual dessas soluções é a verdadeira, “levantando-se”, assim, a indeterminação do sistema. A estrutura será dita hiperestática e seu equilíbrio será estável. 1.4 - Elementos de uma Estrutura As peças que compõem uma estrutura são tridimensionais, podendo apresentar uma das características a seguir: a) duas dimensões muito pequenas em relação à terceira. É o caso das barras ou hastes. Neste caso, que corresponde ao da maioria das estruturas da prática, a maior dimensão é o comprimento da peça, estando as duas outras no plano da chamada seção transversal da peça. O estudo estático das barras faz-se considerando-as unidimensionais, isto é, representadas pelos seus respectivos eixos longitudinais (lugar geométrico dos centros de gravidade de suas sucessivas seções transversais). Uma barra será reta ou curva conforme seu eixo seja reto ou curvo e uma estrutura composta por barras será dita plana ou espacial se os eixos das diversas barras que a compõem, respectivamente, estiverem ou não contidos em um único plano. Ultima atualização em Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano b) Uma dimensão é pequena em relação às outras duas. Este é o caso das placas (superfícies planas) e das cascas (superfícies curvas). c) As três dimensões são da mesma ordem de grandeza. Neste caso, o elemento estrutural é denominado bloco O escopo deste curso está limitado ao estudo de estruturas compostas por barras. 1.5 - Exercícios resolvidos 1) Calcular as reações de apoio para as estruturas abaixo: a) Muitas vezes, ao se deparar com uma situação como essa, o estudante conclui que por não haver forças aplicadas na horizontal ou na vertical as reações de apoio verticais e horizontais são nulas. Será? Engano comum por excesso de simplificação. Segue-se a solução passo a passo: Há duas reações (vertical e horizontal) no primeiro apoio (apoio do 2º gênero) e uma reação vertical no segundo apoio (apoio do 1º gênero). É preciso descobrir as três incógnitas do problema: HA Æ Força horizontal no primeiro apoio, adotada inicialmente para direita (Æ) VA Æ Força vertical no primeiro apoio, adotada inicialmente para cima (Ç) VB Æ Força vertical no segundo apoio, adotada inicialmente para cima (Ç) Trabalhando com uma estrutura plana com forças atuando no plano, pode-se usar apenas as 3 equações da estática (3 equações para 3 incógnitas – estrutura isostática): ⎪⎪ ⎪⎪ ⎩ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎨ ⎧ −=→=⋅++=== =+= == ∑∑ ∑ ∑ = = = kNVVMMz VVY HX BBA n i i BA n i i A n i i 208880:0 0:0 0:0 1 1 1 Deve-se ressaltar que no cálculo do somatório dos momentos em torno do apoio A, foi adotado como positivo o sentido anti-horário de rotação. O aluno pode definir que sentido irá adotar como positivo ou negativo, desde que mantenha a coerência ao longo do exercício. 6 Conceitos fundamentais – Professora Elaine Toscano Percebe-se que pelo sinal negativo de VB, a reação no segundo apoio é contrária ao sentido adotado inicialmente, isso é. VB atua, na realidade, de cima para baixo. Portanto, para o somatório das forças verticais ser nulo, VA e VB têm módulos iguais e sentidos contrários. Percebe-se que pelo sinal negativo de V B, a reação no segundo apoio é contrária ao sentido adotado inicialmente, isso é. VB atua, na realidade, de cima para baixo. Portanto, para o somatório das forças verticais ser nulo, VA e VB têm módulos iguais e sentidos contrários. VA=2kN (Ç) V VB=2kN (È) V A=2kN (Ç) B=2kN (È) Outra forma de resolver o mesmo problema é utilizar o conceito de binário. Adotar um binário de sentido oposto ao momento atuante resultante de 16kNm onde os módulos de VA e VB podem ser definidos simplesmente por [VA]= [VB] = 16/8= 2kN. Recordando 1 - Conceito de binário Um sistema de duas forças paralelas de mesmomódulo e de sentidos opostos, como o mostrado na figura abaixo, tem a propriedade de possuir resultante nula e momento constante em relação a qualquer ponto do espaço. O M F F M’ O momento das duas forças F em relação ao ponto genérico O será dado por: FMMFOMFOMm Λ=Λ−Λ= '' O momento do sistema independe, portanto, da posição do ponto O. Diz-se, neste caso, que as duas forças formam um binário, cujo efeito em relação a qualquer ponto do espaço é invariante. Ultima atualização em 29/6/2007 7 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano b) Há uma reação vertical no primeiro apoio (apoio do 1º gênero) e duas reações (vertical e horizontal) no segundo apoio (apoio do 2º gênero). Deve-se descobrir as três incógnitas do problema: VA Æ Força vertical no primeiro apoio, adotada inicialmente para cima (Ç) VB Æ Força vertical no segundo apoio, adotada inicialmente para cima (Ç) HB Æ Força horizontal no segundo apoio, adotada inicialmente para esquerda (Å) Trabalhando com uma estrutura plana com forças atuando no plano, pode-se usar apenas as 3 equações da estática (3 equações para 3 incógnitas – estrutura isostática): ⎪⎪ ⎪⎪ ⎩ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎨ ⎧ −=→=+⋅−⋅+=== =+= == ∑∑ ∑ ∑ = = = kNVVMMz kNVVY kNHX AAB n i i BA n i i B n i i 104242280:0 4:0 2:0 1 1 1 Nota: Desta vez, no cálculo do somatório dos momentos em torno do apoio B, foi adotado como positivo o sentido horário de rotação. Isso é para que fique claro que não existe uma convenção de sinais durante a fase de cálculo de reações de apoio, para que não se entendam estes sentidos como positivos ou negativos quando forem estudados os diagramas de esforços. Percebe-se que pelo sinal negativo de VA, a reação no primeiro apoio é contrária ao sentido adotado inicialmente, isso é. VA atua, na realidade, de cima para baixo. VA=1kN (È) VB=4-(-1)=5kN (Ç) 8 Conceitos fundamentais – Professora Elaine Toscano c) Há três reações no engaste (força vertical, força horizontal e momento): VA Æ Força vertical no apoio, adotada inicialmente para cima (Ç) HA Æ Força horizontal no apoio, adotada inicialmente para esquerda (Å) MA Æ Momento no apoio, adotado inicialmente como anti-horário (4) ⎪⎪ ⎪⎪ ⎩ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎨ ⎧ =→=−⋅+⋅+⋅+=== =+== =+== ∑∑ ∑ ∑ = = = kNMMMMz kNVY kNHX AAA n i i A n i i A n i i 32054222240:0 422:0 624:0 1 1 1 Ultima atualização em 29/6/2007 9 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano 2) Calcular as reações de apoio para a estrutura tridimensional abaixo, cujas barras formam entre si apenas angulos de 90º.: Trata-se de uma grelha plana, isto é, um caso especial de sistema de forças paralelas no espaço. Desta forma, como o engaste pode conter os deslocamentos e rotações, neste caso ele irá ter duas reações de momento (em torno de x e de y) e uma reação vertical. Estas são as três incógnitas do problema: MAx Æ Momento de reação no engaste em torno do eixo x. MAy Æ Momento de reação no engaste em torno do eixo y. VA Æ Força vertical no engaste, adotada inicialmente para cima (Ç) É fácil descobrir que a reação vertical no engaste precisa ser de 10kN para que o somatório das forças verticais seja nulo, mas como calcular as reações de momento? 10 Conceitos fundamentais – Professora Elaine Toscano 29/6/2007 11 Quadro 4 - Sistema de forças paralelas no espaço Sabendo+ z y 3F 3F x o 1F 2F ⎪⎪⎩ ⎪⎪⎨ ⎧ = = = ∑ ∑ ∑ 0 0 0 Z My Mx 5F 4F Como, neste caso, não há componentes de forças nas direções dos eixos aos quais elas são ortogonais (x e y, no caso da figura) nem componentes de momentos na direção do eixo ao qual as forças são paralelas (z, no caso da figura), as equações de equilíbrio do sistema reduzem-se às três equações mostradas acima. Este tipo de sistema de forças é o que se observa nas estruturas denominadas grelhas planas, que são definidas como estruturas planas compostas por barras, sobre as quais atuam, exclusivamente, cargas perpendiculares ao plano da estrutura. VA = 10kN y x Para o cálculo das reações de momento é preciso recordar a regra da mão direira (ver quadro explicativo a seguir). Adotando como referência o eixo x passando pelo engaste, temos as forças de 2kN e 4kN produzindo momento positivo em torno de x e vamos precisar então de uma reação de momento negativa mo engaste. kNMMMx AxAx 528824120424264620 −=−−−−=→=+×+×+×+×==∑ E adotando como referência o eixo y passando pelo engaste, temos duas forças de 2kN produzindo momento positivo em torno de y e as forças de 2kN e 4kN produzindo momento negativo em torno de y. kNMMMy AyAy 6612660323432320 =++−−=→=+×−×−×+×==∑ Ultima atualização em Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano Recordando 2 - Força, Momento e a regra da mão direita As forças são grandezas vetoriais, caracterizadas, portanto, por direção, sentido e intensidade. Sua unidade no sistema internacional é o Newton (N). Em Engenharia estrutural, onde as forças são denominadas cargas, é importante também a definição do ponto de aplicação da força sobre a estrutura. Momento é uma grandeza associada ao movimento de rotação que uma força produz em torno de um ponto. O exemplo da figura abaixo pode ilustrar esse conceito: A B C Seja a barra da figura suportada em B por um cutelo. É intuitivo perceber que o peso (força) a ser colocado em A para anular a tendência à rotação da barra em torno do cutelo é inferior a 10 kN, por estar o ponto A mais afastado do cutelo que o ponto C. Assim, pode-se afirmar que a grandeza capaz de representar a tendência à rotação em torno de um ponto provocada por uma força é proporcional à intensidade da força e à sua distância ao ponto considerado. Tal grandeza é denominada momento, que pode ser definido como a seguir: Chama-se momento de uma força F em relação a um ponto O ao produto vetorial do vetor OM (sendo M um ponto qualquer situado sobre a linha de ação da força F ) pela força F , como mostrado na figura abaixo. 10 kN 4 m 2 m m F P O d M α FOMm Λ= O vetor momento é representado por uma seta dupla, para que não seja confundido com uma força. Sua direção é perpendicular ao plano P, seu sentido é o do dedo polegar, quando se faz os demais dedos da mão direita girarem no sentido da rotação de F em torno do ponto O (regra da mão direita com rotação no sentido dos dedos se fechando); seu módulo é dado por FdFOMm == αsen , ou seja, pelo produto do módulo da força F pela menor distância do ponto O à sua linha de ação. A unidade de momento no sistema internacional é N.m (Newton.metro). 12 Conceitos fundamentais – Professora Elaine Toscano 29/6/2007 13 VA = 10kN MAx=52kN MAy=6kN 1.6 - Exercícios propostos 1) Calcular as reações de apoio para as estruturas abaixo: a) b) c) Ultima atualização em Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano 1.7 - Respostas dos exercícios propostos a) b) c) 14 Cargas e esforços – Professora Elaine Toscano Capítulo 2 – Cargas e esforços 2.1 –Cargas Até o presente momento foram adotadas apenas cargas concentradas e cargas-momento nos exemplos, no entanto, na prática, o tipo mais usual de carregamento é o distribuido.Como principal exemplo pode-se citar o peso próprio da estrutura: vigas, lajes, etc. De uma forma geral, todas as forças aplicadas sobre uma estrutura são transmitidas através de uma superfície de contato. Uma carga é dita concentrada quando a área dessa superfície de contato é tão pequena que pode ser considerada nula, sem que o erro cometido com essa simplificação seja significativo para efeitos de cálculo estrutural. Caso contrário, a carga é considerada distribuída. Um exemplo de carga concentrada é o caso de vigas secundárias descarregando suas reações sobre vigas principais. Neste caso, a viga principal ira ter um carregamento distribuido (proveniente do seu peso próprio e de outras solicitações contínuas) e cargas concentradas onde estão apoiadas as vigas secundárias. 2.1.1- Tipos principais de cargas distribuídas Os tipos mais usuais de cargas distribuídas que ocorrem na prática em estruturas compostas de barras (que podem ser representadas pelos eixos longitudinais de seus elementos) são as cargas uniformemente distribuídas e as cargas triangulares (mais comum em casos de empuxos de terra e de água). A forma de representa-las em um modelo estrutural pode ser vista abaixo: 29/6/2007 15 Carga triangular Carga uniformemente distribuída q q 2.2- Cargas equivalentes Para efeito deo cálculo das reações de apoio utiliza-se o conceito de cargas equivalentes para se trabalhar com a resultante de um carregamento distribuido. Como uma carga distribuída pode ser encarada como uma soma infinita de cargas concentradas aplicadas sobre áreas infinitesimais (q.ds), a resultante de um carregamento distribuído genérico como o mostrado na figura abaixo será igual a: Ultima atualização em Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano ∫= B A dsqR . O ponto de aplicação dessa resultante é definido pela abscissa s do centro de gravidade dessa área. Recordando 3 - Centros de gravidade O centro de gravidade ou baricentro de um corpo é o ponto onde pode ser pensado que toda a massa do corpo está concentrada para o cálculo de vários efeitos relacionados com a gravidade. Em figurtas planas de massa homogênea o centro de massa coincide com o centro de gravidade. Para n partículas, cada uma com posição ri e massa mi, o centro de massa R é dado por: q s s R q.d A B o ou seja, a carga equivalente é igual à área limitada entre a curva que define a variação do carregamento e o eixo da estrutura s ∑= ii rmMR 1 Onde mi é a massa de cada uma das partículas, M é a massa do corpo, ri é a posição de cada partícula O anexo 1 apresenta uma tabela com os centros de massa das principais figuras geométricas. 2.3 - Esforços seccionais Até o presente momento já foram estudadas as reações de apoio através da aplicação das equações de equilíbrio. No entanto, o principal objetivo do estudo das estruturas isostáticas é determinar de que forma as solicitações das cargas influenciam cada uma das seções de um corpo. Só a partir da quantificação destes esforços seccionais torna-se possível dimensionar uma estrutura com propriedades geométricas e materiais adequados para resistir a tais esforços. Esforços seccionais são os efeitos estáticos que um conjunto de cargas e reações de apoio provocam em cada uma das seções transversais da peça em estudo.. 16 Cargas e esforços – Professora Elaine Toscano Considere-se em equilíbrio um corpo submetido a um conjunto de forças (carregamentos e reações de apoio). Ao seciona-lo por um plano P, que o intercepta segundo uma seção S, o corpo é dividido em duas partes A e B. Para manutenção do estado de equilíbrio em cada uma das partes, é necessário aplicar na seção S um sistema estaticamente equivalente ao das forças aplicadas na parte suprimida. Tal sistema estático pode sempre ser desmembrado em um vetor força (R) e um vetor momento (M) aplicados no centro de gravidade da seção. Assim se definem os esforços seccionais em uma seção S de uma peça, os quais podem ser quantificados utilizando-se todas as forças atuantes à esquerda da seção OU utilizando-se as forças à sua direita. S P 1.1 R M M R B A Nota: Um engano comum é o aluno confundir o somatório das forças e momentos (equações de equilibrio) com as equações que devem ser usadas para o cálculo dos esforços seccionais. É sempre útil frizar que enquanto no primeiro caso são utilizadas todas as cargas atuantes na estrutura para a determinação das reações de apoio, no segundo caso se utiliza apenas um dos dois lados da seção para a determinação dos esforços seccionais, até porque, caso fossem usadas as cargas de ambos os lados, o resultado seria sempre nulo (conforme definição de um corpo em equilíbrio). Ultima atualização em 29/6/2007 17 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano Quadro 5 - Sistema estaticamente equivalente Sabendo+ A figura abaixo é capaz de mostrar que para se reduzir um sistema de forças qualquer a um determinado ponto no espaço, basta transferir todas as forças para esse ponto, acrescentando, para cada uma delas, seu momento em relação ao ponto. F − F F F O O A A = = F m Pode-se dizer, portanto, que todo sistema de forças é redutível a um sistema estaticamente equivalente, composto de uma força resultante R e de um momento resultante m em relação a qualquer ponto O do espaço. Decompondo-se o vetor R em uma componente perpendicular à seção S e outra situada no próprio plano P, obtemos, respectivamente, o esforço normal e o esforço cortante atuantes na seção, podendo ainda este último ser decomposto em duas componentes, nas direções dos dois eixos de referência ortogonais à normal ao plano P. Da mesma forma, se o vetor M for decomposto em uma componente normal e outra no plano P, teremos, respectivamente, os momentos torçor e fletor. Assim como o esforço cortante, o momento fletor pode ser decomposto em duas componentes ortogonais entre si, nas direções dos dois eixos coordenados situados no plano P. Numa seção transversal s de uma barra de uma estrutura espacial qualquer, tomando-se um sistema de eixos coordenados onde o eixo x tem a direção longitudinal à barra, são, portanto, seis os esforços seccionais considerados: N(s) → esforço Normal = Rx Qy(s) → componente do esforço cortante na direção y = Ry Qz(s) → componente do esforço cortante na direção z = Rz T(s) → momento torsor = Mx My(s) → componente do momento fletor na direção y = My Mz(s) → componente do momento fletor na direção z = Mz No caso particular dos quadros planos, as cargas atuantes, necessariamente contidas no plano da estrutura, fazem com que tenhamos apenas três tipos de esforços seccionais a considerar: momento fletor, esforço normal e esforço cortante. Da mesma forma, como, por definição, as cargas nas grelhas planas são sempre perpendiculares ao plano da estrutura, tais estruturas só admitem três tipos de esforços seccionais: momento fletor, momento torçor e esforço cortante. 18 Cargas e esforços – Professora Elaine Toscano 2.3.1- Esforço normal (N) O esforço normal em uma seção transversal da barra é a soma de todas as forças ligadas a seção por um lado ou pelo outro, projetadass na direção do eixo da barra (normal à seção). O esforço normal é: positivo na tração (forças “saindo da seção”) e negativo na compressão (forças “entrando na seção”) 29/6/2007 19 - + + S - + ds ds - N(+) N(-)2.3.2- Esforço cortante (Q) O esforço cortante em uma seção transversal da barra é a soma de todas as forças ligadas a seção por um lado ou pelo outro, projetadas na direção perpendicular ao eixo da barra. . Como o corpo encontra-se em equilíbrio, o somatório das forças calculado de um lado terá sempre módulo igual e direção contraria ao somatório realizado utilizando-se as forças do outro lado da seção. Desta forma, pode-se dizer que estas forças se representam como se formassem um “binário”. Esta analogia é útil para a definição de sinais. O esforço cortante é: positivo quando o “binário” parece atuar no sentido horário e negativo quando o “binário” parece atuar no sentido anti-horário. + - + S - + ds ds - Q(+) Q(-) Ultima atualização em Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano 2.3.3- Momento fletor (M) O momento fletor em uma seção transversal da barra é a soma de todos os momentos produzidos pelas forças ligadas a esta seção por um lado ou pelo outro, considerando-se apenas as componentes de momento em torno dos eixos do plano da seção transversal.. O momento fletor é positivo quando traciona as fibras inferiores da barra e negativo quando traciona as fibras superiores da barra. ds ds Nota: Mais importante do que saber o sinal do momento é saber em que lado da barra as fibras estão tracionadas. No caso de barras verticais é preciso apenas identificar se o lado tracionado está a direita ou a esquerda.. Alguns autores, a fim de eliminar a necessidade de escrever que fibras da seção estão sendo tracionadas, fazem um pontilhado de um lado das barras. Assim o momento será positivo quando tracionar o lado pontilhado e negativo em caso contrário. Quando forem estudados os diagramas de esforços, o diagrama de momentos fletores será sempre traçado no lado tracionado. 2.3.4- Momento torçor (T) O momento torçor em uma seção transversal da barra é a soma de todos os momentos produzidos pelas forças ligadas a esta seção por um lado ou pelo outro, considerando-se apenas as componentes de momento em torno do eixo perpendicular a seção transversal, isto é, na direção da barra.. O momento torçor é: positivo quando o vetor de seta dupla parece estar “saindo da seção” e negativo quando o vetor de seta dupla parece estar “entrando na seção” S - + S + - M(+) M(-) ds ds T(-) T(+) 20 Cargas e esforços – Professora Elaine Toscano 29/6/2007 21 Quadro 6 - A importância dos esforços secionais Sabendo+ O conhecimento de exemplos práticos de atuação dos esforços secionais sempre motiva mais o aprendizado do cálculo destes esforços. O esforço normal, além de ser o principal esforço em pilares, também se encontra em escoras, cabos de aço para estaiamento, barras de treliças de telhados, coberturas, entre outros. Conhecer o tipo de esforço predominante em uma estrutura ajuda até na escolha dos materiais em uma fase de pré-projeto. Por exemplo: uma estrutura submetida fundamentalmente a esforços de tração deve priorizar materiais como o aço, que possuem alta resistência a tração. No caso de estruturas submetidas fundamentalmente a compressão, o concreto continua sendo a melhor alternativa. Por causa destas propriedades físicas do concreto e do aço, o momento fletor é de grande importância no dimensionamento das estruturas de concreto armado. A flexão, tão comum em vigas e lajes, provocaria fissuras no lado tracionado do concreto se não fossem usadas as armaduras de aço. É por esta razão que os diagramas de momentos fletores são desenhados do lado tracionado. Desta forma, as barras de aço longitudinais das vigas podem ser distribuidas de acordo com a magnitude e o sinal do momento fletor e são chamadas de armadura positiva quando utilizadas na parte inferior da viga e armadura negativa quando utilizadas na parte superior da viga O esforço cortante, além de ser necessário no dimensionamento de todos os tipos de estruturas, é fundamentalmente importante na escolha de parafusos para diversos tipos de ligações estruturais. De acordo com as solicitações de corte na ligação são adotados os tipos, áreas e a distribuição dos parafusos nas ligações. Quanto ao esforço torçor, é interessante observar o comportamento de duas seções transversais de mesma área e formatos diferentes quando submetidas a este esforço. As seções abertas, como os perfis metálicos do tipo I (muito utilizado para resistir a flexão), podem se deformar quando submetidas a torção (empenamento da seção transversal). Já as seções fechadas possuem maior resistência quando submetidas a esforços de torção. 2.4- Exercícios resolvidos 1) Calcular os esforços secionais nas seções indicadas para as estruturas abaixo: a) O primeiro passo para a resolução deste tipo de exercício é sempre calcular as reações de apoio, o que já foi feito no capítulo 1 deste livro (exercício resolvido 1a). S Ultima atualização em Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano S Após o cálculo das reações basta preencher o quadro abaixo com os esforços atuantes na seção indicada. Esforço Seção S Unidade Normal (N) ? KN Cortante (Q) ? KN Fletor (M) ? KN m Torçor (T) ? KN m Como a estrutura e um caso de forças coplanares atuando no plano da estrutura, pode-se definir o torçor como nulo. Para o cálculo do esforço normal, basta somar todas as forças ligadas a seção por um lado ou pelo outro, na direção horizontal (direção da barra). Neste exemplo não existe força horizontal, então o esforço normal é zero. No caso do cortante consideram-se as forças perpendiculares a barra. A esquerda da seção há apenas a reação de 2kN para cima. Logo, o cortante vale 2kN (positivo). Para o cálculo do momento fletor, é mais fácil utilizar também o lado esquerdo. KNmM S 422 =×= 3 Como utilizamos o lado esquerdo da seção para o cálculo, o momento traciona as fibras inferiores da seção (positivo). Assim temos: Esforço Seção S Unidade Normal (N) 0 KN Cortante (Q) +2 KN Fletor (M) +4 KN m Torçor (T) 0 KN m b) S2 S1 S3 22 Cargas e esforços – Professora Elaine Toscano Utilizando-se o cálculo das reações de apoio do capítulo 1 (exercício resolvido 1b). S2 S1 S3 Para simplificar os cálculos, vamos considerar para S1 as forças ligadas a ela por baixo, para S2 as forças ligadas pela esquerda e para S3 as forças ligadas a ela por baixo. Para o esforço normal: Seção 1: 1KN saindo da seção (tração) Seção 2: 0: nenhuma força horizontal a esquerda. Seção 3: –5KN:entrando na seção (compressão). E para o esforço cortante: Seção 1: 0: nenhuma força horizontal abaixo Seção 2:.1+4=5KNL a esquerda de S2 Seção 3: 2 respostas devem ser dadas. No cálculo do esforço cortante na seção 3, deve-se considerar ou não a força horizontal de 2KN aplicada na seção? A resposta é simples. Considerar os dois casos e fornecer a resposta para uma seção S3i (imediatamene abaixo) e uma seção S3s (imediatamente acima). Seção 3: Abaixo de S3 = 2KNI Acima de S3 = 2-2=0 E para o momento fletor: Seção 1: 0: nenhuma força abaixo de S1 produz momento Seção 2: -1 x 3 1 - 4 x 1 1 = -7KNm 1 (tração superior) Seção 3: 2 x 2 =4KNm 3 (tracionando a direita). Seção S3Esforço Seção S1 Seção S2 S3i S3s Unidade Normal (N) 1 0 -5 KN Cortante (Q) 0 -5 2 0 KN Fletor (M) 0 -7 4 (direita) KN m Ultima atualização em 29/6/2007 23 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano c) S2 S1 HA Æ Força horizontal no primeiro apoio, adotada inicialmente paraesquerda (Å) VA Æ Força vertical no primeiro apoio, adotada inicialmente para cima (Ç) VB Æ Força vertical no segundo apoio, adotada inicialmente para cima (Ç) kNV kNVVxxxxxMMz kNxxVVY kNHX A BBA n i i BA n i i A n i i 281846 18 8 15624432085.6)38(4 2 3442160:0 462461638 2 3416:0 3:0 1 1 1 =−= ⎪⎪ ⎪⎪ ⎩ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎨ ⎧ =++−−=→=+−⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛−+=== =++=++=+= == ∑∑ ∑ ∑ = = = S2S1 Para simplificar os cálculos, vamos considerar para S1 as forças ligadas a ela pela esquerda e para S2 as forças ligadas pela direita. Para o esforço normal: Seção 1: 6-3=3KN entrando na seção (compressão) Seção 2: 3kN entrando na seção (compressão). E para o esforço cortante: Seção 1: 28-16=12kN(Ç à esquerda) Seção 2:. 18-8x3= -6K(È à direita) No cálculo do momento fletor na seção 1, deve-se considerar ou não o momento aplicado de 4KNm? Considerar os dois casos e fornecer a resposta para uma seção S1e (imediatamente a esquerda) e uma seção S1d (imediatamente à direita). E para o momento: Seção 1e: -16 x 3 1 +28 x 1 3 = -20KNm1 (tração superior) Seção 1d: -16 x 3 1 +28 x 1 3 -4 1 = -24KNm1 (tração superior) Seção 2: -18x32+8 x 3 x 1,53 = -182 (tração inferior) Seção S1Esforço S1e S1d Seção S2 Unidade Normal (N) -3 -3 KN Cortante (Q) +12 +6 KN Fletor (M) -20 -24 18 KN m 24 Cargas e esforços – Professora Elaine Toscano 2) Calcular os esforços na seção S para a estrutura tridimensional abaixo, cujas barras formam entre si apenas angulos de 90º.: S Utilizando-se o cálculo das reações de apoio do capítulo 1 (exercício resolvido 2). VA = 10kN MAx=52kN S MAy=6kN Trata-se de uma grelha plana, isto é, temos q nos preocupar com os seguintes esforços: Cortante: 4 + 2 = 6kN (È à esquerda) Momento Fletor: 4 x 0 + 2 x 0 = 0 Momento Torçor: 4 x 3JJ - 2 x 3 II= 6kNm saindo da seção Esforço Seção S Unidade Cortante (Q) -6 KN Fletor (M) 0 KN m Torçor (T) +6 KN m Ultima atualização em 29/6/2007 25 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano 2.5- Exercícios propostos 1) Calcular as reações de apoio e os esforços atuantes nas seções indicadas para as estruturas abaixo: a) b) S S3 S1 S2 c) S2 S1 d) S3 S1 S2 26 Cargas e esforços – Professora Elaine Toscano 2.6 - Respostas dos exercícios propostos a) Seção S1Esforço S1e S1d Unidade Normal (N) 0 KN Cortante (Q) +4 0 KN Fletor (M) +8 KN m b) Esforço Seção S1 Seção S2 Seção S3 Unidade Normal (N) +3 0 0 KN Cortante (Q) -3 -3 +6 KN Fletor (M) -5 +7 6 (esquerda) KN m Ultima atualização em 29/6/2007 27 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano c) Esforço Seção S1 Seção S2 Unidade Normal (N) -2 0 KN Cortante (Q) 0 -4 KN Fletor (M) +12 4(direita) KN m d) Seção S1 Seção S3Esforço S1e S1d Seção S2 S3e S3d Unidade Normal (N) -8 -5 -5 -5 KN Cortante (Q) -8 +16 +16 -8 KN Fletor (M) -16 0 +28 +24 KN m 28 Diagramas de esforços em vigas – Professora Elaine Toscano Capítulo 3 – Diagramas de esforços em vigas isostáticas 3.1 – Diagramas de esforços Cada esforço secional em uma seção transversal de uma estrutura submetida a um sistema de forças ou cargas atuantes já foi definido como uma das componentes de forças e momentos resultantes que se transmitem de um lado para o outro da estrutura quando se supõe que ela seja cortada pelo plano da seção transversal considerada. Assim, um esforço seccional é função das cargas atuantes de um dos lados da seção de corte e, conseqüentemente, da própria seção considerada. Linhas de estado ou diagramas de esforços são, para cada esforço seccional considerado, curvas traçadas sobre o eixo longitudinal da estrutura (quando ela é composta de barras), que têm por objetivo representar como varia o esforço considerado ao longo das sucessivas seções transversais da estrutura. Para o traçado dos diagramas de esforços tomam-se como eixos coordenados em cada barra o seu eixo longitudinal (eixo das abscissas, onde se identificam as seções transversais) e o eixo a ele ortogonal (eixo das ordenadas, sobre o qual se assinalam, em escala, os valores do esforço considerado, função da seção transversal). As características dos diagramas de esforços são função das equações fundamentais da estática. 3.2– Equações fundamentais da estática Seja a viga abaixo, submetida ao carregamento indicado: Va Vb a dx s S qdx q=q(x) x xo b Os esforços seccionais em S são dados por: ( ) ( ) ( ) ( )∫∫∫ +−=−−= sxosxoasxoaS dxxqxdxxqssVdxxqxssVM .. ( )∫−= sxoaS dxxqVQ Derivando-se as duas expressões acima em relação à abscissa s que define a seção transversal na qual são quantificados os esforços, obtém-se: Ultima atualização em 29/6/2007 29 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano ( )∫ =−= sxo SaS QdxxqVdsdM → Equações fundamentais da estática )(sq ds dQS −= Quadro 7 - Características dos diagramas Sabendo+ Sabendo-se que a derivada do momento é igual ao cortante e a derivada negativa do cortante é o carregamento, podem-se relacionar algumas características importantes que devem ser observadas nos diagramas de esforços seccionais em um trecho de uma barra submetido a um carregamento distribuído qualquer: 1. Em um trecho de barra onde não haja carregamento distribuído (q=0), o diagrama de cortantes será uma reta horizontal (Q=cte) e o diagrama de momentos será retilíneo (coeficiente angular da tangente à curva =cte). 2. Em um trecho de barra onde haja carregamento uniformemente distribuído (q=cte), o diagrama de cortantes será uma reta inclinada (curva de 1o grau) e o diagrama de momentos será uma curva de 2o grau (parábola). 3. Em um trecho de barra onde haja carregamento triangular, o diagrama de cortantes será uma parábola e o diagrama de momentos será uma curva de 3o grau. 4. Em uma seção transversal onde houver uma carga concentrada aplicada, haverá necessariamente uma descontinuidade no diagrama de esforços cortantes, sem, no entanto, haver diferença em sua inclinação nos dois lados da seção. O diagrama de momentos fletores apresenta, nesse caso, um ponto anguloso na seção onde se encontra a carga concentrada. 5. Em uma seção transversal onde houver um momento aplicado, haverá necessariamente uma descontinuidade no diagrama de momentos fletores, sem, no entanto, haver diferença em sua inclinação nos dois lados da seção. 6. Nas seções correspondentes a pontos de máximo ou mínimo no diagrama de momentos fletores (coeficiente angular nulo), o valor do esforço cortante será nulo. 7. O coeficiente angular da tangente ao diagrama de momentos fletores numa seção S é igual ao esforço cortante nela atuante. 8. O coeficiente angular da tangente ao diagrama de esforços cortantes numa seção S é igual ao valor da taxa de carga atuante nesta seção, com sinal trocado. As equações fundamentais da estática permitem, desta forma, a verificação da coerência de diagramas de esforços cortantes e de momentos fletores traçados, entre si e em relação ao carregamento atuante na estrutura. 30 Diagramas de esforços em vigas – Professora Elaine Toscano 3.3– Diagramas para vigas bi-apoiadas 3.3.1 - Carga concentradaMs _ + Condições de equilíbrio: lVaPM PVVV BA BA ×=×⇒= =+⇒= ∑ ∑ 0 0 l PbV l PaV A B = = VA S A B VBa l b x P M Q Cálculo dos esforços: ( ) ( )⎪⎩ ⎪⎨ ⎧ ≥⇒−− ≤⇒== axaxPxV axx l PbxV xM A A ⇒ na seção S (x=a) ⇒ ( ) l PabaMM S == ( ) ⎩⎨ ⎧ 〉⇒− 〈⇒= axV axV xQ B A ⇒ na seção S (x=a) ⇒ descontinuidade A solução é análoga para mais de uma carga concentrada aplicada na viga. É possível verificar a coerência dos diagramas observando as características 1 e 4 citadas na página anterior. Ultima atualização em 29/6/2007 31 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano 3.3.2 - Carga uniformemente distribuída + _ M Q Mmax Ms Condições de equilíbrio: lVqlM lqVVV BA BA ×=⇒= ×=+⇒= ∑ ∑ 2 0 0 2 2 2 qlV qlV A B = = q VA A S qx B VBx l ql Cálculo dos esforços em uma seção S genérica, de abscissa x: ( ) 222 2qxxqlxqxxVxMM AS −=−== ⇒ Curva do segundo grau em x (parábola) para x=0 → M(x)=0 para x=l → M(x)=0 Pesquisa da abscissa do ponto de momento máximo: M(x) é máximo → ( ) ( ) 0== xQ dx xdM → 0 2 =− qxql → 2 lx = 82 2 max qllMM =⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛= ( ) qxqlqxVxQQ AS −=−== 2 ⇒ curva do primeiro grau em x (reta) para x=0 → ( ) 2 qlxQ = para x=l → ( ) 2 qlxQ −= para x ( ) 0 2 =→= xQl É possível verificar a coerência dos diagramas observando as características 2 e 6. 32 Diagramas de esforços em vigas – Professora Elaine Toscano 3.3.3 - Carga triangular + _ M Q Mmax Ms x Condições de equilíbrio: lVlplM plVVV AA BA ×=×⇒= =+⇒= ∑ ∑ 32 0 2 0 3 6 plV plV B A = = p VA A S B l px 2 plR = 3/l VB l Cálculo dos esforços em uma seção S genérica, de abscissa x: ( ) l pxxplx l pxxVxMM AS 6632 32 −=×−== ⇒ Curva do terceiro grau em x para x=0 → M(x)=0 para x=l → M(x)=0 Pesquisa da abscissa do ponto de momento máximo: M(x) é máximo → ( ) ( ) 0== xQ dx xdM → 0 26 2 =− l pxpl → lx 577,0= ( ) 2max 064,0577,0 pllMM == ( ) l pxpl l pxVxQQ AS 262 22 −=−== ⇒ curva do segundo grau em x (parábola) para x=0 → ( ) 6 plxQ = para x=l → ( ) 3 plxQ −= para x ( ) 0577,0 =→= xQl Ultima atualização em 29/6/2007 33 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano Pode-se verificar a coerência dos diagramas observando as características 3, 6 e 8. 3.3.4 - Carga-momento Condições de equilíbrio: - As reações de apoio capazes de equilibrar uma carga momento é o binário composto por: l MVV BA == - Os diagramas de momentos fletores e esforços cortantes mostrados na figura são, então, imediatamente obtidos. A B VA VBa l _ M Q Mb/l Ma/l b S M -M/l É possível verificar a coerência dos diagramas observando as características 1 e 5. 3.3.5 - Caso geral de carregamento: É comum na prática o caso de viga submetida a carga continuamente distribuída que não abrange todo o seu vão, como mostrado na figura abaixo: A B C D VA MB MC 8 2qa M Q +VA + _ B C q MB MC MB MC a 8 2qa VA q VD VD -VD 34 Diagramas de esforços em vigas – Professora Elaine Toscano Um dos métodos de traçado geral de diagramas, que recai num problema conhecido, é romper a viga nas seções B e C, desde que se aplique nesses pontos os esforços ali atuantes, de forma a manter o equilíbrio de cada trecho obtido. Feito isto, o trecho Um dos métodos de traçado geral de diagramas, que recai num problema conhecido, é romper a viga nas seções B e C, desde que se aplique nesses pontos os esforços ali atuantes, de forma a manter o equilíbrio de cada trecho obtido. Feito isto, o trecho BC , por exemplo, poderá ser tratado como uma viga biapoiada independente submetida ao carregamento externo que lhe está diretamente aplicado e às cargas e momentos concentrados que representam a ação dos respectivos esforços seccionais em suas extremidades. Os diagramas de momentos e de cortantes podem então ser traçados, separadamente, para cada um dos trechos considerados. Outros métodos de traçado podem ser vistos no quadro 8. Pode-se verificar a coerência do diagrama observando as características 1, 2, 5 e 6. 3.4– Diagramas para vigas engastadas ou biapoiadas com balanços Em vigas engastadas ou biapoiadas com balanços, todos os conceitos e artifícios apresentados até o momento são aplicáveis no cálculo e traçado de diagramas dos esforços seccionais da peça. O quadro 8 apresenta um resumo passo a passo do que levar em consideração. P q A B Q P _ QB l a b VC 8 2qa 8 2qb MBM C MC Condições de equilíbrio: PbqlMM PlqVV CC C +=⇒= +×=⇒= ∑ ∑ 2 0 0 2 Esforços na seção B: qaQ qaM B B −= = 2 2 MC VC Pode-se verificar a coerência do diagrama observando as características 1, 2, 4, 5, 6 e 7. Ultima atualização em 29/6/2007 35 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano Quadro 8 – Traçado fácil de diagramas Sabendo+ Sabendo-se que a derivada do momento é igual ao c Pode-se observar que o diagrama de momentos da viga completa AD é obtido assinalando-se nos pontos A, B, C e D, respectivamente, os momentos fletores calculados para essas seções e “pendurando-se” na linha tracejada que une tais valores em cada trecho da viga, o diagrama de momentos característico de uma viga biapoiada submetida ao carregamento que lhe é diretamente aplicado. Aqui são apresentadas algumas regras práticas para simplificar o traçado de diagramas: Esforço Normal: - Marcar os pontos onde existe carregamento na direção da barra; - Calcular o esforço normal nos trechos entre estes pontos e traçar (compressão para baixo e tração para cima). Esforço Cortante: Seguindo da esquerda para a direita, plotar, a partir do eixo da estrutura, as componentes de forças perpendiculares a barra, a medida em que forem surgindo: da seguinte forma (observar diagrama de cortantes de exemplo do item 3.3.5).: - Nos trechos sem carregamento, seguir paralelamente ao eixo até o próximo carregamento concentrado ou distribuido.. - Nas seções com carga concentrada, desenhar o vetor da força a partir do úlitimo ponto marcado. - Nos trechos com carregamento uniforme, traçar uma reta inclinada variando o total do carregamento no comprimento carregado. - Nos trechos com carregamento distribuido triangular ou de fprma livre, traçar uma reta inclinada tracejada variando o total do carregamento no comprimento carregado. Depois desenhar a função real (integral do carregamento) . . - No final da barra, ao aplicar as últimas cargas a direita; o resultado final deve chegar ao zero (corpo em equilíbrio). Momento Fletor: Marcar os seguintes pontos fundamentais do diagrama de momentos: - Apoios; - Extremidades das barras; - Pontos de apicação de cargas concentradas; - Extremidades de cargas distribuidas;- Seções imediatamente antes e depois dos pontos de aplicação de momentos; Calcular o valor do momento fletor em cada uma destas seções, marcando no diagrama sempre do lado tracionado; Ligar os pontos com linhas tracejadas nos trechos com carregamento distribuido e linhas cheias nos demais trechos; A partir da linha tracejada, traçar o efeito dos carregamentos distribuidos como se estivessem atuando em uma viga bi-apoiadam considerando a linha tracejada como o eixo da viga. 36 Diagramas de esforços em vigas – Professora Elaine Toscano P2 P4 q P1 P3 C B A D q P2 P3 P4 MB MC P1 P3+P4 P1 VB VC MC MB M VB P1 _ + VC P2 + P4 P3 _ Q Pode-se verificar a coerência do diagrama observando as características 1, 2, 4, 6, 7 e 8. 3.5– Vigas inclinadas Em algumas estruturas (coberturas, rampas, etc.) é comum encontrar barras inclinadas submetidas ao peso próprio e a ações externas. Como calcular os esforços atuantes na viga inclinada apresentada a seguir, admitindo-se que a carga concentrada horizontal P se encontra aplicada exatamente no meio do vão e a carga distribuida q se apresenta ao longo de sua projeção horizontal a? Ultima atualização em 29/6/2007 37 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano q a b P Há duas reações (vertical e horizontal) no segundo apoio e uma reação vertical no primeiro apoio. a PbqaVqaV a PbqaVaqaaVbPMMz aqVVY PHX AB AAB n i i BA n i i B n i i 22 2222 0:0 :0 :0 1 1 1 +=−= ⎪⎪ ⎪⎪ ⎩ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎨ ⎧ −=→⋅−⋅+⋅=== ⋅=+= == ∑∑ ∑ ∑ = = = Verifica-se que na utilização trivial das equações de equilíbrio não foi preciso considerar o ângulo de inclinação da viga. Desta forma, não há diferença na resolução de vigas horizontais e inclinadas na fase de cálculo das reações de apoio. q P a Pbqa 22 + P a Pbqa 22 − Para traçar os diagramas de esforços normal e cortante, precisamos de forças perpendiculares ou paralelas a barra. Desta forma precisamos decompor todas as forças atuantes nestas direções. Como fazer isso? A decomposição das forças pode ser feita de uma forma bem simplificada por semelhança de triângulos considerando-se a barra como a hipotenusa do triângulo retângulo de catetos a e b. Desta forma, o comprimento da barra pode ser dado por 22 bal += e os seno e cosseno em relação a horizontal seriam l b=θsen e l a=θcos respectivamente. 38 Diagramas de esforços em vigas – Professora Elaine Toscano l a b Como as forças horizontais e verticais devem ser decompostas nas direções paralela e perpendicular a barra, a semelhança de triangulos deve ser feita de forma que as forças sejam as hipotenusas dos triângulos semelhantes, logo: l bFV l aFV l bFH l aFH b a Pela semelhança de triângulos fica fácil perceber que no diagrama de esforço normal devemos usar as forças horizontais multiplicadas pelo l a=θcos e as forças verticais multiplicadas pelo l b=θsen : l bqa l aP al Pb 22 2 ++ l aP al Pb + 2 2 al Pb l bqa l b a Pbqa 2222 2 =+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −− N l b a Pbqa ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −− 22 Ultima atualização em 29/6/2007 39 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano No caso do esforço cortante devemos usar as forças verticais multiplicadas pelo l a=θcos e as forças horizontais multiplicadas pelo l b=θsen , logo: l a a Pbqa ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −− 22l Pb l bP l Pb 22 =+− Q l a a Pbqa ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ − 22 l Pb l aqa l a a Pbqa 2222 −=−⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ − Para traçar o diagrama de momentos fletores não é preciso decompor as forças, bastando multiplicar as forças horizontais ou verticais pelas distâncias perpendiculares às forças em relação à seção desejada. 4842222 2 Pbqaaqaa a Pbqa −=−⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −8 2 2 ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ aq 8 2 2 ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ aq M Deve-se ressaltar que o momento no meio do vão também pode ser calculado pela superposição dos efeitos de uma carga distribuida uniforme e uma carga concentrada no meio do vão. Quadro 9 – Superposição de efeitos Sabendo+ Em geral, uma viga costuma estar submetida a mais de um dentre os exemplos de carregamentos apresentados. Neste caso, é sempre válido o princípio da superposição de efeitos, ou seja, o diagrama de qualquer esforço na viga será igual à soma dos diagramas obtidos para cada uma das cargas aplicadas sobre a viga, isoladamente. = + 40 Diagramas de esforços em vigas – Professora Elaine Toscano 3.6 – Vigas Gerber 3.6 – Vigas Gerber Seja a estrutura apresentada na figura abaixo: Seja a estrutura apresentada na figura abaixo: A B C D Se o trecho CD for carregado, sua estabilidade estará condicionada à capacidade do trecho AC de, através do ponto C, absorver as forças transmitidas e oferecer as reações necessárias ao equilíbrio do trecho CD. Se, por outro lado, for AC o trecho carregado, como esse trecho tem estabilidade própria o carregamento encontrará nele mesmo suas reações equilibrantes e nenhum efeito será transmitido ao trecho CD. Tudo se passa, portanto, como se o trecho CD se apoiasse sobre o trecho AC da estrutura. Se o trecho CD for carregado, sua estabilidade estará condicionada à capacidade do trecho AC de, através do ponto C, absorver as forças transmitidas e oferecer as reações necessárias ao equilíbrio do trecho CD. Se, por outro lado, for AC o trecho carregado, como esse trecho tem estabilidade própria o carregamento encontrará nele mesmo suas reações equilibrantes e nenhum efeito será transmitido ao trecho CD. Tudo se passa, portanto, como se o trecho CD se apoiasse sobre o trecho AC da estrutura. No exemplo, o ponto C é um ponto de transmissão de forças e não de momento fletor, já que não impede a rotação relativa entre os trechos que liga. Ele pode ser representado por uma rótula no esquema estático da estrutura, que será o mostrado na figura abaixo: No exemplo, o ponto C é um ponto de transmissão de forças e não de momento fletor, já que não impede a rotação relativa entre os trechos que liga. Ele pode ser representado por uma rótula no esquema estático da estrutura, que será o mostrado na figura abaixo: 29/6/2007 41 A P1 P2 B P5 P6 C D P3 P4 D P5 P6 C HC VC VD A P1 P2 B HC P3 P4 VC C Do esquema deduz-se que o trecho AC será resolvido com as cargas que lhe são diretamente aplicadas, acrescidas das reações Vc e Hc transmitidas invertidas pela rótula C, recaindo-se, assim, na resolução de uma viga biapoiada (CD) e de uma viga biapoiada com balanço (AC). Do esquema deduz-se que o trecho AC será resolvido com as cargas que lhe são diretamente aplicadas, acrescidas das reações Vc e Hc transmitidas invertidas pela rótula C, recaindo-se, assim, na resolução de uma viga biapoiada (CD) e de uma viga biapoiada com balanço (AC). Chama-se viga Gerber a esse tipo de associação de vigas com estabilidade própria sobre as quais se apoiam outras vigas, constituindo, assim, um conjunto estável. Chama-se viga Gerber a esse tipo de associação de vigas com estabilidade própriasobre as quais se apoiam outras vigas, constituindo, assim, um conjunto estável. Ultima atualização em Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano Quadro 10 – Rótulas Sabendo+ No item 1.2.1, falamos sobre os diversos tipos de apoios existentes. Os apoios representam vínculos externos entre a estrutura e o meio onde estão inseridas, capazes de produzir reações que impeçam os movimentos da estrutura. Após apresentarmos o conceito de esforços internos já é possível conceituar vínculo interno. Vimos que uma seção transversal é capaz de transmitir tensões de um lado para o outro da estrutura que ela secciona e que as resultantes dessas tensões são os chamados esforços seccionais. Assim, as seções transversais podem ser interpretadas como vínculos entre as duas partes da estrutura que elas separam. Através de tais vínculos internos à estrutura, desenvolvem-se reações de um lado sobre o outro da estrutura que, além de garantirem o equilíbrio de cada uma das partes, impedem os movimentos relativos da estrutura na seção considerada. Um tipo de vínculo interno que merece ser destacado é a rótula. A rótula é um vínculo interno que restringe os deslocamentos relativos (longitudinal e transversal), mas permite a rotação relativa entre as duas ou mais barras que ela liga. Em estruturas de máquinas e mesmo em algumas estruturas metálicas, são exemplos de rótulas as dobradiças e alguns tipos de ligações aparafusadas. Em edificações de concreto, o exemplo mais comum é o dente Gerber. Os exemplos citados são apresentados abaixo: Pode-se dizer, assim, que através da seção transversal que contém uma rótula transmitem-se esforços normais e cortantes, mas não se transmitem momentos fletores, ou seja, o momento fletor na seção da rótula é sempre nulo. Como conhecemos, a priori, o valor do momento fletor na seção da rótula, que é igual a zero, concluímos que cada rótula existente em uma estrutura pode fornecer uma equação adicional para determinar as reações de apoio em uma estrutura. Para melhor compreensão, apresenta-se abaixo, dois exemplos de estruturas isostáricas. VB R A A B VBVA VA Incógnitas: VA, VB, HB Equações: ⎪⎪⎩ ⎪⎪⎨ ⎧ = = = ∑ ∑ ∑ 0 0 0 M V H HAHB B Incógnitas: VA, VB, HA HB Equações: ⎪⎪⎩ ⎪⎪⎨ ⎧ = = = = ∑ ∑ ∑ 0 0 0 0 RM M V H HB ligação aparafusada flexível dente dobradiça barra B barra A barra B barra A 42 Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano Capítulo 4 – Diagramas de esforços em pórticos planos 4.1 – Pórticos planos Este capítulo será dedicado ao estudo dos quadros ou pórticos planos. Chama-se pórtico plano a estrutura plana que é solicitada exclusivamente por cargas contidas no próprio plano da estrutura. Para validade desta definição, uma carga-momento concentrado deve ser interpretada como o efeito duas cargas iguais e contrárias (binário), que podem estar contidas no plano da estrutura. 4.2– Equações de equilíbrio em pórticos planos As equações de equilíbrio estático disponíveis para determinação de reações de apoio em pórticos planos, considerando-se que não há cargas nem reações na direção transversal ao plano da estrutura (plano xy), são as três equações a seguir: ∑∑ == 0VFy Æ Somatório das forças verticais nulo ∑∑ == 0HFx Æ Somatório das forças horizontais nulo 0==∑∑ Pz MM Æ Somatório dos momentos em qualquer ponto nulo Como já vimos no item 3.6, cada rótula existente no quadro plano, interceptando uma de suas barras ou posicionada em um de seus vértices, representa uma seção onde o momento fletor é conhecido e igual a zero. A cada rótula corresponde, portanto, uma equação adicional ao sistema das três equações de equilíbrio, a qual envolve parte das cargas atuantes e das reações de apoio a determinar. Assim, a existência de uma rótula acrescenta uma equação ao sistema de equações de de equilíbrio, permitindo ampliar o número de incógnitas que podem ser determinadas pelo sistema de equações disponível e mantendo a condição de isostaticidade do quadro. 0 Æ momento fletor produzido pelas forças ligadas a rótula por um lado ou pelo =RotM outro é nulo, Calculadas as reações de apoio em um quadro plano, a determinação dos esforços seccionais nas sucessivas seções transversais, bem como o traçado de seus diagramas, se faz exatamente obedecendo-se aos mesmos princípios apresentados no estudo de vigas isostáticas, sendo também válidos todos os artifícios aplicáveis a cada caso de carregamento que se apresente. As convenções de sinais podem ser observadas no item 2.3 Ultima atualização em 29/6/2007 43 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano 4.3– Pórticos planos simples Existem quatro tipos fundamentais de pórticos isostáticos planos, os quais chamaremos de quadros simples. Estes quadros são resolvidos sem a necessidade de decomposição em partes menores. As principais diferenças entre os tipos de quadros simples estão relacionadas ao cálculo das reações de apoio. Uma vez determinadas estas reações, o traçado dos diagramas se dá de forma muito semelhante ao que já foi apresentado sobre vigas isostáticas. Os itens abaixo apresentam de forma resumida estas diferenças no cálculo das reações de apoio para cada um dos quatro tipos. 4.3.1 – Quadro biapoiado Os quadros biapoiados apresentam 3 reações de apoio provenientes de um apoio do primeiro gênero e de um apoio do segundo gênero. Desta forma, as 3 equações de equilíbrio estático são suficientes para sua resolução. + = 3 incógnitas Æ 3 equações ⎪⎪⎩ ⎪⎪⎨ ⎧ == == == ∑∑ ∑∑ ∑∑ 0 0 0 Pz x y MM HF VF Um exemplo de cálculo das reações é apresentado no item 1.5 (exercício resolvido 1.b). A partir do cálculo das reações apresentadas na figura acima, é possível traçar os diagramas de esforço normal, cortante e momento fletor. A forma de traçar os diagramas em vigas já foi apresentada no quadro Sabendo Mais 8. O quadro Sabendo Mais 11 apresenta algumas considerações adicionais sobre os diagramas de esforços em pórticos. 44 Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano 29/6/2007 45 Quadro 11 – Considerações adicionais sobre diagramas em quadros Sabendo+ Esforço Normal: - Marcar os pontos onde existe carregamento na direção da barra e as extremidades de cada barra; - Nos trechos entre estes pontos, verificar quais as forças na direção da barras ligadas ao trecho por um lado OU pelo outro e verificar se estão “entrando” no trecho (compressão) ou “saindo”do trecho (tração). - Traçar os diagramas, observando que o lado para o qual marcamos os valores é indiferente, interessando apenas o sinal (compressão negativo e tração positivo). Esforço Cortante: Seguindo da esquerda para a direita em barras horizontais e inclinadas e de baixo para cima em barras verticais, plotar, a partir do eixo da estrutura, as componentes de forças perpendiculares a barra, a medida em que forem surgindo, de acordo com o que já foi apresentado no quadro 8. - Deve-se considerar, em cada nó, o efeito das forças transmitidas naquele ponto proveniente das outras barras. Momento Fletor: Observar que marcar as extremidades de cada barra significa que em cada nó teremos 2 ou mais pontos de momentos fletores a serem calculados, dependendo do número de barras que chega ao nó. - No cálculo dos valores, verificar que os momentos calculados por um lado OU pelo outro da seção devem considerar todas asforças ligadas a seção pelo lado considerado. Os diagramas para o quadro biapoiado são apresentados a seguir. D.N. D.Q. D.M. Observação: Para os sinais e lados de traçado do diagrama de esforços normais ficarem compatíveis com os de esforços cortantes, consideramos o lado esquerdo das barras verticais como positivo e o lado direito como negativo. Ultima atualização em Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano 4.3.2– Quadro engastado Os quadros engastados apresentam as 3 reações de apoio proveniente do engaste. Desta forma, as 3 equações de equilíbrio estático são suficientes para sua resolução. = 3 incógnitas Æ 3 equações ⎪⎪⎩ ⎪⎪⎨ ⎧ == == == ∑∑ ∑∑ ∑∑ 0 0 0 Pz x y MM HF VF Um exemplo de cálculo das reações é apresentado no item 1.5 (exercício resolvido 1.c). A partir destas reações é possível traçar os diagramas apresentados a seguir. D.N. D.Q. D.M. 46 Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano 4.3.3– Quadro Triarticulado 4.3.3– Quadro Triarticulado Os quadros triarticulados apresentam 4 reações de apoio provenientes de dois apoios do segundo gênero. Desta forma, as 3 equações de equilíbrio estático não são suficientes para sua resolução. A existência de uma rótula permite a utilização da equação adicional (momento fletor na rótula nulo). Os quadros triarticulados apresentam 4 reações de apoio provenientes de dois apoios do segundo gênero. Desta forma, as 3 equações de equilíbrio estático não são suficientes para sua resolução. A existência de uma rótula permite a utilização da equação adicional (momento fletor na rótula nulo). 29/6/2007 47 + = 4 incógnitas Æ 3 equações ⎪⎪⎩ ⎪⎪⎨ ⎧ == == == ∑∑ ∑∑ ∑∑ 0 0 0 Pz x y MM HF VF Rótula = uma equação adicional Æ 0=RotM Um exemplo de cálculo das reações em quadros triarticulados é apresentado a seguir: Há duas reações (vertical e horizontal) em cada apoio do 2º gênero. Deve-se descobrir as quatro incógnitas do problema: VA Æ Força vertical no primeiro apoio, adotada inicialmente para cima (Ç) HA Æ Força horizontal no primeiro apoio, adotada inicialmente para esquerda (Å) VB Æ Força vertical no segundo apoio, adotada inicialmente para cima (Ç) HB Æ Força horizontal no segundo apoio, adotada inicialmente para esquerda (Å) Utilizando as quatro equações disponíveis: Ultima atualização em Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano ⎪⎪ ⎪⎪ ⎩ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎨ ⎧ =+−⋅= =−=−⋅−−−⋅⋅+⋅+⋅+⋅+⋅=== =⋅++=+= =+= − = = = ∑∑ ∑ ∑ 0435,16 0666634335,1325,464663230:0 163264:0 12:0 1 1 1 BBDROT BBA n i i BA n i i BA n i i HVM VVMMz kNVVY kNHHX Logo: ⎪⎪⎩ ⎪⎪⎨ ⎧ =→=+−=+⋅−= =→= =+ =+ − kNHHHM kNVV kNVV kNHH BBBDROT BB BA BA 6042441139 11666 16 12 Então: kNV kNH A A 5 6 = = A partir destas reações de apoio e possível traçar os diagramas de esforços atuantes: D.N. D.Q. D.M. 48 Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano Observações: - Neste exemplo o apoio B não se encontra alinhado com a rótula nem na direção vertical nem na horizontal. Quando algum apoio se encontra alinhado com a rótula, torna-se mais fácil obter imediatamente uma das reações de apoio através da equação da rótla. - Para o traçado dos diagramas de esforços normal e cortante da barra inclinada, basta considera-la uma vigar inclinada com o total do carregamento ligado pela esquerda aplicado ma extremidade esquerda e o total do carregamento a direita aplicado na extremidade direita. Faz-se então a decomposição destas forças para auxiliar o traçado direto dos diagramas. 4.3.4– Quadro biapoiado com rótula e tirante (ou escora) Os quadros biapoiados apresentam 3 reações de apoio provenientes de um apoio do primeiro gênero e de um apoio do segundo gênero. Desta forma, as 3 equações de equilíbrio estático são suficientes para sua resolução. Quando se inclui em um quadro biapoiado uma rótula e um tirante (ou escora), o quadro permanesse isóstático. Como isso ocorre? + = 3 incógnitas Æ 3 equações ⎪⎪⎩ ⎪⎪⎨ ⎧ == == == ∑∑ ∑∑ ∑∑ 0 0 0 Pz x y MM HF VF Rótula = uma equação adicional Æ 0=RotM Tirante = uma incógnita adicional Æ ?=TirN Ultima atualização em 29/6/2007 49 Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano Considando uma barra descarregada e rotulada em suas extremidades, os esforços cortante e de momento fletor nesta barra são nulos, havendo apenas esforço normal. Quando este esforço é de tração chama-se a barra de tirante e quando o esforço é de compressão a barra é denominada escora. O valor do esforço normal no tirante (ou escora) torna-se mais uma incógnita do problema. Desta forma, a rótula adicional fornece mais uma equação (momento fletor na rótula nulo).a fim de garantir a isostaticidade da estrutura. Para o cálculo das três reações nos apoios, procede-se como em um quadro biapoiado padrão (item 4.3.1). A equação da rótula é utilizada para a determinação do esforço normal no tirante. O cálculo deste esforço normal é feito substituindo o tirante por duas forças opostas de mesmo módulo aplicadas onde ficavam as extremidades do tirante. = N N VA Æ Força vertical no primeiro apoio, adotada inicialmente para cima (Ç) VB Æ Força vertical no segundo apoio, adotada inicialmente para cima (Ç) HB Æ Força horizontal no segundo apoio, adotada inicialmente para esquerda (Å) N Æ Esforço normal no tirante, adotado inicialmente saindo do tirante (ÅÆ) ⎪⎪ ⎪⎪ ⎩ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎨ ⎧ =+= =−=+⋅⋅−⋅⋅=== =⋅=+= == − = = = ∑∑ ∑ ∑ 024 012442421220:0 1262:0 0:0 1 1 1 NM VVMMz kNVVY kNHX EROT AAB n i i BA n i i B n i i Logo: kNV kNH A B 3 0 = = kNV kNN B 9 2 = −= 50 Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano Ou seja, o esforço normal é contrário ao adotado inicialmente. O tirante está, na realidade, puxando as barras verticais para dentro, de forma a evitar que o quadro se abra em conseqüência dos momentos aplicados na rótula. Ou seja, o esforço normal é contrário ao adotado inicialmente. O tirante está, na realidade, puxando as barras verticais para dentro, de forma a evitar que o quadro se abra em conseqüência dos momentos aplicados na rótula. Observação: Como as barras estão puxando o tirante para fora, ele oferece uma reação, puxando as barras para dentro. Esta reação é representada pelas forças N. A convenção de sinais apresentada no item 2.3.1 afirma que o esforço normal é: positivo na tração (forças “saindo da seção”) e negativo na compressão (forças “entrando na seção”) 29/6/2007 51 ds ds N(+) N(-) No caso do tirante, apesar das setas estarem entrando na barra, o esforço normal é positivo pois as setas representam uma reação do tirante às ações por ele sofridas. Desta forma, em tirantes (ou escoras): Escora N(-) Tirante N(+) A partir das reações de apoio e do esforço normal calculado, é possível traçar os diagramas de esforços atuantes: D.N. D.Q. Ultima atualização em Apostila de Isostática – Professora Elaine Toscano D.M. Observações: - Verifica-se
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