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Transporte Marítimo
Esse tipo de transporte sofreu grande evolução ao longo do tempo. Das primitivas embarcações movidas a remo e a vela, evoluiu para embarcações movidas a carvão, a petróleo e já está entrando na fase da energia atômica. 
Quanto à capacidade de carga, a evolução foi também espetacular: de 1.000 toneladas no século XVIII, hoje já existem navios capazes de transportar 500 mil toneladas.
Apesar de ter sido suplantado pelo avião no transporte de passageiros, continua sendo o principal meio de transporte de mercadorias a longas distâncias.
O transporte marítimo depende principalmente de fatores como disponibilidade, qualidade e das embarcações, bem como de instalações e eficiência portuárias. Poucos são os portos marítimos em condições de receber navios de 300 mil toneladas ou mais.
No Brasil, um dos principais problemas que afetam o transporte marítimo é a ineficiência portuária, responsável pelos grandes congestionamentos e pela deterioração de muitos produtos, acarretando enormes prejuízos. 
Os navios permanecem cerca de 70% do tempo útil parados, problemas portuários, seja por reparos técnicos.
O transporte marítimo divide-se em dois tipos: internacional ou de longo curso (de grandes distâncias) e navegação costeira ou de cabotagem (ao longo do litoral).
Transporte Aéreo
A utilização do avião no transporte de passageiros data de 1919. Entretanto, a invenção do avião pode ser situada no período entre 1890-1900. Em 1898, Santos Dumont realizou o primeiro vôo em balão mecanicamente dirigido e, em 1906, bateu o recorde de vôo com o 14-Bis, de motor a explosão, voando 220 metros em 21 segundos.
Utilizado para grandes distâncias, envolvendo principalmente o deslocamento de pessoas e mercadorias de custo (e lucro) mais elevado. Apresenta um elevado custo, porém uma velocidade maior.
Tanto a multiplicação dos aeroportos, em todo o mundo, quanto o desenvolvimento e aperfeiçoamento da aviação em termos de maior segurança, maior capacidade e maior rapidez fizeram do transporte aéreo um sério concorrente aos demais meios de transporte. Nos EUA, por exemplo, cerca de 85% das viagens externas e 60% das internas são feitas por transporte aéreo.
 De todas as transformações impostas pelo meio técnico-científico-informacional à logística de transportes, interessa-nos mais de perto a intermodalidade. E por uma razão muito simples: o potencial que tal “ferramenta logística” ostenta permite que haja, de fato, um sistema de transportes condizente com a escala geográfica do Brasil.
A necessidade de modais de transporte interligados, no território brasileiro, justifica-se pelas grandes distâncias e a busca da redução dos custos de transporte.
GDT – Mar/17 Profº Estevão
A Geografia dos Transportes
Geografia e transportes se interseccionam em termos do movimento de pessoas, bens e informações. Ao longo do tempo, a acessibilidade cresceu e isso levou a grande aumento na mobilidade da população. Essa tendência vem desde a revolução industrial, apesar de ter sido significativamente acelerada na segunda metade do século XX por várias razões. Hoje, as sociedades dependem dos sistemas de transporte para uma grande variedade de atividades. Essas atividades incluem a o transporte de pessoas para o local de suas atividades, suprimento das necessidades energéticas, distribuição de bens e aquisição de necessidades pessoais. O desenvolvimento de uma rede de transporte suficiente tem sido um desafio contínuo para obter crescimento no desenvolvimento econômico, na mobilidade dos bens e principalmente para participar da economia globalizada.
A geografia do transporte mede o resultado da atividade humana entre e através dos lugares. Foca-se em itens como tempo de viagem, rotas utilizadas, meios de transporte, utilização de recursos e sustentabilidade dos tipos de transporte no meio ambiente. Outros ramos consideram a topografia, segurança do uso dos veículos e uso de energia em uma jornada individual ou em grupo.
O propósito do transporte é vencer a barreira do espaço, que é moldada pelo homem e pelas restrições físicas como a distância, fronteiras políticas, tempo e topografias. O objetivo específico do transporte é suprir uma demanda por mobilidade, já que apenas pode existir, se mover algo (pessoas ou objetos) de lugar. Qualquer tipo de movimento precisa considerar as configurações geográficas, e então a escolha de uma forma disponível de transporte baseada no custo, disponibilidade e espaço.
Em qualquer operação com meios de transporte devem ser levados em conta os seguintes fatores: carga transportada (quantidade, peso e valor), distância a ser percorrida e tempo de percurso.
- Para cargas de grande volume, mas de baixo valor (minérios), dá-se preferência aos meios de transportes ferroviário e aquático;
- Para cargas de pequeno volume, mas de alto valor (ouro, jóias), a preferência recai nos transportes de maior rapidez e segurança (o aéreo, por exemplo);
- Para cargas de produtos perecíveis, a maior preferência é também pelos transportes de maior rapidez.
Nos países desenvolvidos, seja de grande ou de pequena extensão territorial, o transporte de mercadorias é feito de maneira predominante por meio de ferrovias e hidrovias. Esses tipos de transporte proporcionam uma maior capacidade de carga e são muito mais econômicos.
Transporte Rodoviário
A utilização do automóvel como meio de transporte data do início do século XX (modelo Peugeot de 1901). Sua produção em maior escala iniciou-se em 1902, na Alemanha, e em 1903, nos EUA. Com a 1ª Guerra Mundial, tanto a produção quanto a diversificação dos tipos de veículo (carros de passeio, caminhões, ônibus, tratores etc.) sofreram enorme aumento. 
No início, o transporte rodoviário funcionou basicamente como complemento do transporte ferroviário. Entretanto, com o decorrer do tempo, tornou-se concorrente das ferrovias, acarretando inclusive a desativação de inúmeras delas.
As causas principais que explicam a maior preferência do transporte rodoviário em relação ao ferroviário no caso de médias e pequenas distâncias em alguns países são:
- Único modal que pode entregar a mercadoria porta a porta;
- Caminhões possuem maior flexibilidade e facilidade de acesso aos diversos lugares;
- Maior rapidez na entrega das mercadorias.
- As operações de despacho (papéis), de carga e descarga das mercadorias são mais simplificadas em relação à ferrovia;
Embora haja diferenças entre as nações da Europa, no que diz respeito ao modais de transporte priorizados, o transporte rodoviário é um modal muito utilizado nos países da União Européia.
Nos Estados Unidos, o transporte rodoviário é o mais utilizado. Há importante investimento estatal e privado na ampliação e manutenção da malha viária.
Tem havido iniciativas importantes nos países da União Européia no sentido de integrar os diferentes modais com o sistema rodoviário.
Nos países europeus, nas décadas de 70, 80 e 90 houve importante investimento e ampliação da malha rodoviária em quase todos os países do continente.
O tráfego e o transporte nas ruas e rodovias existentes e nas estradas de ferro não suprem mais as novas demandas criadas pelo recente crescimento populacional e novos padrões de atividade econômica locais. Além do crescimento da população, outro problema é a superlotação das redes de rodovias e ruas arteriais pelos automóveis privados.
Transporte Ferroviário
O trem foi o principal meio de transporte do século XIX, tendo sofrido grande expansão mundial entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, principalmente na Europa e na América do Norte, áreas que concentram cerca de 70% do total mundial. 
Grande número de ferrovias foi construído na Europa, ligando as áreas portuárias ao interior, bem como as capitais às diversas regiões, promovendo a integração nacional, estimulando o comércio e facilitando a circulação de pessoase mercadorias.
Em países de grande extensão territorial, como os EUA e o Canadá, foram construídas grandes ferrovias (transcontinentais). Na União Soviética foi construída a Transiberiana (a maior ferrovia do mundo), ligando Moscou a Vladivostok, no litoral do Pacífico. Essas ferrovias foram de grande importância na ocupação territorial de áreas distantes, na dinamização econômica e comercial, no maior controle governamental e na própria unidade e integração nacional.
Entre 1940 e 1960, verificou-se certa estagnação e até mesmo declínio das ferrovias, chegando muitas delas a ser desativadas. A causa dessa estagnação foi a expansão das estradas de rodagem em conseqüência do uso de novas fontes energéticas (petróleo, por exemplo).
Entretanto, a partir da década de 70, deu-se uma reativação do transporte sobre trilhos, em razão das novas conjunturas decorrentes de fatores como a crise do petróleo, o desenvolvimento tecnológico no setor de transportes (trens modernos e velozes, metrô, etc), a expansão populacional e urbana exigindo transportes de massa etc. Na verdade, com o aparecimento de trens ultravelozes, que já atingem velocidade de 200km/h a 300kmIh (turbotrem) e até 400km/h (hovertrem), o transporte ferroviário começa a concorrer com o aéreo.
Os atuais 30.350 km de ferrovias brasileiras, se comparados com a extensão territorial do país (8.511.965 km²), resultam numa densidade ferroviária extremamente baixa (0,3 km de trilhos para cada 100 km² de área), inferior à de países como Argentina (1,0), Índia (1,5), Bélgica (17,0) e EUA (3,5).
Eis algumas características e vantagens do transporte ferroviário:
- Grande capacidade no transporte de cargas e passageiros;
- É mais econômico que o rodoviário;
- Possui diversas opções energéticas (vapor, diesel, eletricidade);
- Material rodante é de longa duração;
- Os trens modernos podem atingir grandes velocidades;
- Estimula o desenvolvimento das indústrias de base.
Recomendado para países de grande extensão territorial, apresentando altos custos em sua estruturação e baixos custos em sua manutenção. Transporta pessoas e mercadorias, consumindo uma quantidade de energia relativamente pequena. De modo geral, o transporte ferroviário é o mais utilizado no deslocamento de cargas nos países desenvolvidos.
Transporte Fluvial 
É um dos mais antigos meios de transporte que se conhecem, tendo desempenhado importante papel na penetração, povoamento e ocupação do interior dos continentes. Nesses casos, os rios funcionaram como verdadeiros caminhos naturais.
A navegação fluvial é praticada, com maior ou menor intensidade, em todo o mundo. Destaca-se, no entanto, na Europa, onde grandes e importantes obras (canais artificiais, instalações portuárias, barragens etc.) foram construídas para permitir melhor aproveitamento no transporte de mercadorias diversas. 
Dentre os diversos fatores que influenciam a navegação fluvial destacamos os seguintes:
Relevo: Enquanto os rios de planície são ótimos para a navegação, os de planalto costumam apresentar cachoeiras. Entretanto, com a evolução da engenharia, esse entrave já é superável com a construção de eclusas.
Clima: Nas áreas muito frias, os rios são utilizados para navegação somente na primavera e no verão; no outono e inverno, devido ao congelamento, a navegação fica paralisada. Nas áreas com seca prolongada, a navegação também é prejudicada por causa da grande variação do nível das águas. Nesse caso, a solução para unia navegação permanente está na construção de represas ou barragens para regularizar o nível das águas.
Eis algumas características e vantagens do transporte fluvial:
- Seu custo operacional é muito baixo, pois depende basicamente das operações de carga e descarga;
- Possui grande capacidade de carga;
- É muito econômico para grandes distâncias;
- Apresenta pequeno consumo de energia.

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