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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO: ADMINISTRAÇÃO APS - ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA SÃO PAULO/SP 2017 DAIANA MARIA DA SILVA R.A: C957II-8 FÁBIO ROCHA DA SILVA R.A: N11436-3 LUCAS BOPPRE ROZA R.A: N864DD-9 MARCOS VINICIUS G. T. LIMA R.A: B71713-0 RODRIGO ARAUJO DE ABREU TEIXEIRA R.A: C67GHD-4 ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS: PRÁTICAS DE GESTÃO NA EMPRESA DANTEC SAFETY Atividades Práticas Supervisionadas – APS – Trabalho apresentado como exigência para a avaliação do 3º semestre, do curso de Administração da Universidade Paulista sob orientação do professor Me. Livaldo dos Santos. SÃO PAULO/SP 2017 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Organização Como Entidade Social (Formal e Informal) .............................. 15 Figura 2 – Sistema Aberto .............................................................................................. 21 Figura 3 – Duplo sentido da organização ....................................................................... 24 Figura 4 – Divisão do Trabalho ...................................................................................... 27 Figura 5 - Organograma ................................................................................................. 30 Figura 6 – Níveis Organizacionais .................................................................................. 32 Figura 7 – Organização por nível organizacional ........................................................... 35 Figura 8 – Dimensões Estruturais .................................................................................. 47 Figura 9 – Interação das Dimensões Contextual e Estrutural ........................................ 49 Figura 10 – Modelos Dimensões Contextuais ................................................................ 50 Figura 11 – Evolução e Crises nas Organizações – Larry Greiner ................................. 52 Figura 12 - Estrutura Funcional ...................................................................................... 55 Figura 13 – Estrutura Divisional ..................................................................................... 57 Figura 14 – Estrutura Por Projetos ................................................................................. 60 Figura 15 – Agrupamento por localização geográfica .................................................... 62 Figura 16 – Organograma Por Clientes .......................................................................... 63 Figura 17 – Organograma Por Produto .......................................................................... 64 Figura 18 – Estrutura Matricial ....................................................................................... 65 Figura 19 – Estrutura Matricial ....................................................................................... 66 Figura 20 – Estrutura de Redes ..................................................................................... 71 Figura 21 – Estrutura de uma Organização Virtual ........................................................ 73 Figura 22 – Exemplo de Estrutura Híbrida ..................................................................... 74 Figura 23 – Novas Perspectivas em Estruturas Organizacionais ................................... 75 Figura 24 – As Cinco Forças de Porter .......................................................................... 76 Figura 25 - Rede de Valor, Clientes, Complementadores, Fornecedores, Competidores e Empresa. ................................................................................................................. 77 Figura 26 – Projeto Saturno ........................................................................................... 79 Figura 27 – Estrutura Organizacional Projeto Saturno ................................................... 80 Figura 28 – Organização Invertida ................................................................................. 81 Figura 29 – Estrutura Teia de Aranha ............................................................................ 82 Figura 30 – Estrutura Tríplice ......................................................................................... 84 Figura 31 – Hierarquia da Organização ......................................................................... 91 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Fatores Perspectivas .................................................................................... 19 Tabela 2 – Empresa em seis partes ............................................................................... 25 Tabela 3 – Teorias administrativa e estruturalista .......................................................... 36 Tabela 4 – Partes Principais Teoria Clássica ................................................................. 38 Tabela 5 – Desafios da nova economia ......................................................................... 46 Tabela 6 – Modelos Dimensões Contextuais ................................................................. 51 Tabela 7 – Vantagens e Desvantagens da Estrutura Funcional. .................................... 56 Tabela 8 – Vantagens e Desvantagens da Estrutura Divisional ..................................... 58 Tabela 9 – Vantagens e Desvantagens da Estrutura Matricial ....................................... 68 Tabela 10 – Características Estrutura de Equipes ......................................................... 70 Tabela 11 – Características Rede Criativa ..................................................................... 78 Tabela 12 – Aspectos Projeto Saturno ........................................................................... 79 Tabela 13 – Principais Características Estrutura Tríplice ............................................... 83 Tabela 14 – Fornecedores e Insumos ............................................................................ 89 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Grau de Escolaridade 1 ................................................................................ 87 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS EPI – Equipamentos de Proteção Individual EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva EO – Estruturas Organizacionais Sumário 1 Fundamentação Teórica ................................................................................ 14 1.1 Organização Como Entidade Social ........................................................ 14 1.1.1 Conceitos .......................................................................................... 15 1.1.2 Definições .......................................................................................... 16 1.1.3 As Organizações Como Empresas ................................................... 16 1.1.4 A Nova Organização e o Novo Funcionário ...................................... 17 1.1.5 Perspectivas ...................................................................................... 18 1.1.6 Sistemas Abertos .............................................................................. 19 1.1.7 Configuração Organizacional ............................................................ 21 1.1.8 Organização ...................................................................................... 22 1.2 Organização Como Função Administrativa ............................................. 23 1.2.1 Fundamento ......................................................................................24 1.2.2 Processo ........................................................................................... 25 1.2.3 Organograma .................................................................................... 29 1.2.4 Níveis Organizacionais ...................................................................... 31 1.2.5 Elementos do Processo de Organização .......................................... 35 1.2.6 As Teorias Administrativas e Estruturas ............................................ 35 1.2.7 Dimensões Estruturais ...................................................................... 47 1.2.8 Dimensões Contextuais ..................................................................... 49 1.3 Projetos Organizacionais e Eficiência Administrativa .............................. 53 1.3.1 Estruturas Organizacionais Tradicionais ........................................... 53 1.3.2 Funcional ........................................................................................... 54 1.3.3 Divisional ........................................................................................... 57 1.3.4 Projetos ............................................................................................. 59 1.3.5 Geográfica ......................................................................................... 61 1.3.6 Por Clientes ....................................................................................... 62 1.3.7 Por Produtos ..................................................................................... 64 1.3.8 Matricial ............................................................................................. 65 1.3.9 Estruturas Organizacionais Emergentes ........................................... 68 1.3.10 Horizontal ........................................................................................ 68 1.3.11 Equipes ........................................................................................... 69 1.3.12 Rede ................................................................................................ 70 1.3.13 Virtuais ............................................................................................ 71 1.3.14 Híbridas ........................................................................................... 73 1.3.15 Novas Perspectivas em Estruturas Organizacionais ....................... 75 1.3.16 Rede Criativa ................................................................................... 75 1.3.17 Estrutura Circular............................................................................. 78 1.3.18 Estrutura Invertida ........................................................................... 80 1.3.19 Estrutura em Teia de Aranha .......................................................... 81 1.3.20 Estrutura Tríplice ............................................................................. 82 2 Estudo de Caso ............................................................................................. 85 2.1 Perfil da Organização .............................................................................. 85 2.1.1 Apresentação da empresa ................................................................ 85 2.1.2 Força de trabalho .............................................................................. 86 2.1.3 Produtos e Clientes ........................................................................... 87 2.1.4 Principais insumos ............................................................................ 88 2.1.5 Principais concorrentes da organização ............................................ 89 2.2 Estrutura Organizacional ......................................................................... 90 2.2.1 Descrição da estrutura organizacional encontrada na empresa ........ 90 2.2.2 Descrições das condições ambientais encontradas na empresa ...... 92 2.2.3 Avaliação da empresa/organização quanto à sua estrutura organizacional e como essa estrutura incentiva (ou não) o comprometimento das partes interessadas ................................................................................................. 93 2.2.4 Informar quais os recursos/ferramentas utilizados na medição de desempenho da estrutura organizacional ............................................................... 93 2.2.5 Descrever como a administração apoia, implementa e impulsiona a estratégia da organização ....................................................................................... 94 3 Análise e Sugestões de Melhorias ................................................................. 95 3.1 Análise dos Itens do 2.2 tendo como referência os conceitos – fundamentos teóricos – apresentados em 1. .............................................................. 95 3.2 Sugestões de Melhorias .......................................................................... 96 Considerações Finais .......................................................................................... 98 Referências .......................................................................................................... 99 Apêndice ............................................................................................................ 103 Anexos ............................................................................................................... 105 11 Introdução Como consta do Projeto Pedagógico do curso, as Atividades Práticas Supervisionadas constituem-se em um meio ou instrumento pedagógico para o aprimoramento da aprendizagem por meio da aplicação do conhecimento – adquirido em sala de aula à realidade. As Atividades Práticas Supervisionadas visam a contribuir para desenvolver nos alunos as competências requeridas aos futuros bacharéis e a favorecer aos alunos um meio de reflexão crítica da realidade a partir dos fundamentos teóricos das disciplinas do semestre letivo e da observação, descrição e análise de importantes temas e desafios presentes em uma empresa/organização em situação real. Nesse semestre a disciplina âncora é (EO) Estruturas Organizacionais, e a empresa que está sendo observada no trabalho é a Dantec Safety Comércio de Equipamentos e Soluções em Segurança do Trabalho Eireli-ME. No relatório está sendo apresentado o perfil da empresa, através de sua apresentação, força de trabalho, produtos, clientes, fornecedores, principais concorrentes, além dos principais insumos adquiridos pela organização. São abordados os conceitos de EO, relativo às teorias de administração focadas na estrutura, onde a organização pode implantar dentro de sua empresa, buscando a melhoria contínua. Há uma identificação das práticas da empresa, buscando entender como a empresa encontra-se atualmente, qual ou até mesmo quais das teorias a empresa coloca em prática em seus processos. Se a empresa coloca em prática todas as sínteses que a determinada teoria possui, entre outros aspectos. Esse entendimento é relevante para a obtenção de informações que são relevantes para a análise. Por fim as informações serão analisadas e algumas sugestões de melhorias poderão ser relacionadas há alguns conceitos que poderiam ser aplicados na empresa, onde há uma sugestão de melhoria para o crescimento da mesma, através da 12 implementação e aplicação de ferramentas que auxiliaram o desenvolvimento e crescimento contínuo da organização, seja através da implementação de uma nova teoria ou até mesmo o aperfeiçoamento da teoria já aplicada pela organização. No capítulo um abordaremos toda a parte teórica dos conceitos e diretrizes que abrangem os fundamentos da matéria ancora,que é as estruturas organizacionais. O capitulo é dividido em três partes, no qual na primeira parte serão abordados os conceitos relativos a organização como entidade social, onde serão enfatizados as definições e perspectivas do tema. Na segunda parte, será tratado os conceitos relativos a organização como função administrativa, enfatizando os fundamentos, teorias administrativa e estruturalista e as dimensões contextuais e estruturais. Por fim, na terceira parte, será apontado os conceitos eminentes as estruturas organizacionais, que são separadas em três grupos, tradicionais, emergentes e novas perspectivas, respectivamente. O segundo capítulo é dividido em duas partes, onde na primeira parte é englobado todos os aspectos da empresa entrevistada, sendo levantadas as informações que são relevantes para a realização do trabalho e da análise, tais como, apresentação da empresa, força de trabalho, produtos e clientes, principais fornecedores e insumos e, por fim os principais concorrentes da organização. Já na segunda parte, ocorre o levantamento de informações da atual estrutura organizacional da empresa em questão, abordando o ambiente e clima dentro da organização, a estrutura física e instalações, aspectos de centralização/descentralização, hierarquia, delegação de poder e terceirizações, entre outros aspectos. Por fim, no terceiro capítulo, serão analisadas todas as informações fornecidas pela empresa referente a sua estrutura organizacional, conforme o capítulo dois, e serão levantados todos os pontos fortes e pontos fracos da atual estrutura, com a finalidade de entender o que a organização vem fazendo de correto na sua estrutura atual. Posteriormente, através da análise realizada, serão propostas sugestões de melhorias para a organização, essas sugestões seriam de conceitos que a organização poderia passar a adotar para otimizar e aperfeiçoar sua estrutura organizacional, afim de otimizar 13 os processos administrativos e estratégicos, para então trazer melhores resultados para a organização. 14 1 Fundamentação Teórica Nesse capítulo serão abordados os conceitos e diretrizes relacionados a matéria ancora do projeto, que são as estruturas organizacionais, onde serão enfatizados os principais modelos de estruturas organizacionais e como cada uma influencia as organizações. 1.1 Organização Como Entidade Social Segundo Jones (2010, p. 1), as organizações devem produzir bens os serviços através das pessoas, isso porque há uma sinergia e convergência entre as partes, a fim de atingir os objetivos propostos. As organizações existem para suprir as necessidades das pessoas. Chiavenato (2014, p. 175) se refere a organização como algo que têm objetivos específicos e onde há um papel social e uma estrutura definida. São entidades sociais pois nestas há pessoas. Os objetivos servem como algo a fim de se atingir resultados específicos, ou até mesmo desenvolver um papel social. A estrutura se dá pela distribuição de tarefas, onde há trabalhos a serem realizados e objetivos a serem atingidos. Ainda segundo Chiavenato, existem dois pontos os quais podemos enxergar as organizações: Formal e informal. Na organização formal, existe toda uma estrutura e organogramas capazes de definir o trabalho e as tarefas de cada departamento, com normas e com divisão de trabalho feita pela direção. Já na organização informal, a base é o relacionamento humano, onde há uma relação direta com o nível formal, e geralmente formadas por vínculos de amizade. A diferença está na criação de grupos informais que não aparecem no organograma da organização. Para Drucker (1999, p. 33), a organização pode ser entendida como um conjunto de pessoas e especialistas a fim de atingir uma tarefa em comum. E, para ele, não podemos entender a organização como uma família por exemplo, onde há necessidades biológicas envolvidas. Ele ressalta ainda, que a organização é feita para ter um tempo considerável, mesmo que não seja eterna, mas que gere lucros e rentabilidade a organização. 15 A imagem abaixo dissemina a organização formal e informal, dentro da organização como entidade social. Figura 1 – Organização Como Entidade Social (Formal e Informal) Fonte: Adaptado de Chiavenato (2014, p. 175) 1.1.1 Conceitos Segundo Jones (2010, p. 2), organizações somem do cenário ou até mesmo vão a falência, a partir de novas necessidades dos clientes e também pela substituição de necessidades desses mesmos clientes. Novas empresas surgem, novos mercados e novos clientes-alvo. Na abordagem de Chiavenato (2014, p. 175), a palavra organização pode ser definida de algumas formas. Podem existir como entidades sociais, a fim de atingir um objetivo específico; como funções administrativas. São organizações porque são estruturadas e têm um objetivo (geralmente, o resultado, lucro). Organizações podem ser com base em fins lucrativos ou não. As com fins lucrativos buscam a obtenção de lucro com a mão-de-obra qualificada e há um dinheiro investido (capital) pelos donos. Esse modelo é o mais utilizado na sociedade capitalista. Já organizações sem fins lucrativos, buscam a prestação de um serviço voltado para a 16 comunidade, ou seja, sem receber algo em troca disso. Geralmente são voltadas para pessoas carentes. (Dias; Zavaglia; Cassar, 2008, p. 17) 1.1.2 Definições Jones (2010, p. 1) ainda afirma que organizações são ferramentas, e estas destinadas a fazerem ações, cuja finalidade é criar algo que as pessoas desejam ou tenha algum valor. Alguns exemplos disso são criações de hospitais, ou até mesmo bancos. As organizações são feitas de pessoas, e pessoas fazem parte de um processo para atingir um objetivo da organização. Esse objetivo pode ser o de lucro ou de serviços sociais, dependendo do contexto da organização. Há uma estrutura, departamentos e processos feitos para atingir esse objetivo. (Chiavenato, 2014, p. 175) De acordo com Robbins (2000, p. 31), só pode ser definido como organização, quando o negócio estabelecer metas formais, com um agrupamento de pessoal e tiver uma estrutura para que os participantes atuem juntos. 1.1.3 As Organizações Como Empresas Essas empresas novas são criadas, muitas vezes, do nada, por um grupo pequeno de pessoas ou até mesmo por uma pessoa. O espírito empreendedor leva algumas pessoas a lograrem êxito nesse contexto. (Jones, 2010, p. 2) Segundo Chiavenato (2014, p. 175 e 176), a organização pode ter uma abrangência global, ou seja, da empresa como um todo. Há um desenho da organização. Os departamentos também são abrangidos, no nível departamental, onde cada departamento é estruturado. Por fim, existe um enfoque na realização de cada tarefa, e também a descrição de cargos. Conforme Child (2012, p.3) literalmente organização como empresa, é o resultado de todo e qualquer produto ou serviço que consumimos e que é desenvolvido, oferecido pelas instituições (empresas), ou seja, organizações. Todos esses conjuntos que envolve, desde clientes externos, cliente final, fornecedores, bancos, matéria prima, mão de obra, necessita ser dividida e possuir uma hierarquia, pessoas que estarão a frente 17 liderando, controlando, organizando a melhor forma para o progresso da mesma. Para que tudo flua corretamente, como manda o figurino, é necessário, planejamento, obedecendo organogramas, seguindo fluxogramas, montados e dirigidos pela gerencia. 1.1.4 A Nova Organização e o Novo Funcionário Ainda segundo Jones (2010, p. 2), outro ponto importante, é o surgimento do T.I nessa nova ideia de organização, o qual ajudou as organizações a “diminuírem”e encurtarem a relação com o cliente, bem como ter uma melhor comunicação dentro da própria organização. São ferramentas como estas (ERP também), que conseguem fazer uma organização ser eficaz em seus objetivos. Chiavenato (2014, p. 409) afirma que a informática sempre teve um papel importante para a evolução das novas organizações, desde a Revolução Industrial. Inventos como máquinas de escrever, máquinas a vapor, etc; contribuíram para esse desenvolvimento no século XVIII, bem como a invenção do telefone que desburocratizou diversos meios no final do século XIX. Esse processo tecnológico sempre teve grande influência para as empresas e também na globalização. Ainda é dito que, o grande invento que permitiu uma alavancada significativa nas organizações, foi o computador na metade do século XX. Ele permitiu organizar processos, produtos, materiais, os clientes e fornecedores, etc. Houve um ganho significativo de tempo nas organizações e também um custo mais baixo. A cibernética com o conceito de TI, que foi criada em 1943 por Nobert Wiener, permitiu uma grande mudança nas empresas. Essas mudanças permitiram que o novo funcionário agora fosse o especialista, e que agora existam equipes de alto desempenho, que trabalhem juntos para atingir o objetivo da organização e busquem respostas rápidas. Segundo John Child (2012, p.31) o colaborador ter que se adaptar a empresa ou possuir o perfil da empresa, não é nada novo, muito pelo contrário, desde o ano de 206 a.C. na dinastia Han na China até o século XX a forma de contratação, passava por um breve sistema de avaliação e desempenho. Houve uma evolução graças ao pai da administração cientifica Frederic W. Taylor e hoje as organizações ao executar o 18 processo de seleção, não se utilizam de um único padrão, mas sim de diversos fatores interligados que agem como fator determinante. 1.1.5 Perspectivas Chiavenato (2011) diz que a administração atual dos dias de hoje, tem se tornado mais complexa do que antigamente, devido a novos desafios que são encontrados envolvendo todos que trabalham para a formação de uma organização. Tudo isso devido a exigência que tem se apresentados mediante a tecnologia existente. Planejar, organizar, liderar e controlar tem ficado cada vez mais difícil para o administrador executá-las com eficácia e eficiência. Com isso as perspectivas das empresas de que o controle pode ficar mantido, se torna difícil, pois outros fatores têm contribuído para essa conclusão, conforme tabela abaixo. Fatores Quando uma empresa atinge com êxito seu crescimento, ela precisa manter ou reduzir custos. Afim de atender as demandas sem qualquer forma de prejuízo. Para uma empresa se organizar ela precisa se adaptar as mudanças e as influências ambientais e muitas vezes isso causa um certo tipo de resistência. Como forma de precaução para que as empresas mantenham sua lucratividade, é buscar de forma gradativa sempre fazer, trabalhar, produzir mais utilizando sempre menos, por conta de algo que não tem como “fugir” a inflação, e isso impacta de forma geral, na mão de obra, na matéria prima e com o aumento de juros as empresas são obrigadas a tentar driblar esse vilão de forma com muito mais eficácia. A concorrência é outro fator que demanda uma perspectiva maior nas organizações, uma vez que o investimento em pesquisas desenvolve o aperfeiçoamento na tecnologia faz com que velhos departamentos deixem de existir e novos departamentos os substituem. Mas para isso as empresas devem se tornar mais flexíveis, para uma mudança ágil. A tendência para o crescimento da tecnologia. A globalização tem sido um dos maiores fatores de perspectiva de crescimento para o mundo dos negócios, onde a comunicação mais rápida e eficaz, faz com que as organizações cresçam ainda mais. 19 A forma como as empresas buscam ser vistas tem como perspectiva uma visão e alojamento mais ambiental, é uma forma de chamar a atenção mostrando a preocupação com o consumidor e com os produtos e serviços oferecidos. Tabela 1 – Fatores Perspectivas Fonte: Adaptado de Chiavenato (2011) Conforme Maximiano (2009, p.151), o ideal das empresas é criar situações onde são desenvolvidas as perspectivas, não para si, mas que automaticamente ao desenvolver essas situações, geram perspectivas para outras empresas (suas concorrentes). O resultado final para a comportamento prospectivo, muitas vezes é seguido de insucesso, pelas incerteza e desafios enfrentados pelas demais organizações. Mas somente assim, as empresas podem se organizar na espera do futuro da organização. Segundo Robbins, (2003, p. 8) dentro do assunto de responsabilidade social nas organizações, as expectativas para as empresas se tornam exigentes, pois o ponto de avaliação ás mesmas são a responsabilidade e o perfil perante a sociedade. Mediante ao que podem fazer/ajudar com o lucro obtido. Ainda é argumentado que, a visão que se tem é de que as empresas adotem um estilo de valores os quais possam agregar valores aos cidadãos, cumprindo uma missão de responsabilidade com meio ambiente. Essa responsabilidade é formada por diversas questões, as quais traz a ideia de valorização no momento de fechar o negócio com outras empresas, por exemplo. Devido a exigência cada vez maior da sociedade, as organizações chegaram à conclusão de que, essa gestão de responsabilidade social, tem grande influência, na imagem da empresa, internacionalmente. 1.1.6 Sistemas Abertos Segundo Chiavenato (2014, p. 475), ressalta que deve existir uma relação entre o ambiente e o contexto organizacional, mesmo que nesse processo haja alterações. As pessoas devem estar em sinergias e com tarefas devidamente estruturadas, para que haja um equilíbrio entre organização e ambiente. Chiavenato ainda ressalta que as organizações são sistemas abertos pois possuem entradas, transformações e saídas. 20 Child (2012, p. 13) ressalta a importância de possuir um sistema em que apresentasse a quantidade exata de insumos em uma produção por exemplo, e com isso ter um parâmetro não permitindo desperdícios nem a inclusão de material a mais que o necessário. Esse sistema também pode ser usado na elaboração de estratégias, para a organização e a partir daí, mensurar a adaptação dos indivíduos no nível hierárquico. Segundo Richard Daft, (2002, p.12) a necessidade de interação das atividades no sistema aberto nas organizações, exige que se tenha controle em todo o processo que participa o insumo desde a entrada, processo de transformação e saída. A comunicação presente no ambiente, é o que faz o sistema aberto, sendo assim se torna inevitável total dependência, entre todos os elementos, sejam eles pessoas e departamento, para que executem o objetivo e cheguem ao seu resultado final. Na formação de um sistema aberto vários elementos contribuem para tal formação, desde matéria prima, pessoas, recursos financeiros, recursos tecnológicos, suas relações. Ainda é dito que, existem uma limitação inicial e final que é a entrada e saída, porem para chegar na saída o insumo, seja ele produto ou serviço, para pelo processo de transformação. Todo esse ritual, leva também a subsistemas. Podemos ter uma ideia mais fácil sobre o sistema aberto, como por exemplo, se imaginarmos uma fábrica de chinelos, a matéria prima que é o látex extraído da natureza, é a entrada. E o que fazer? Qual o processo? Na indústria, ao manusear essa matéria, realizando o tratamento do material, remodelando gera a etapa do processo, que por sua vez a saída se dá quando devido a demanda, existe a necessidade de compra e revenda para o consumidor final. O sistema abertodentro da organização, envolve as pessoas, para a produção ou serviço, atividades que requerem atender à necessidade. Não válido somente para produtos, mas execução de atividades internas para a própria empresa. A figura abaixo ilustra o sistema aberto, que possuí as entradas, seja de matérias primas, informações ou recursos, passa pelo processo de transformação, onde o produto é alterado e manufaturado e por fim ocorrem as saídas, que define se a empresa obterá lucro ou perda. 21 Figura 2 – Sistema Aberto Fonte: Adaptado de Child (2012, p. 13) 1.1.7 Configuração Organizacional Ainda segundo sua abordagem, Chiavenato (2014, p. 610 e 611), ressalta que a configuração se dá pelo momento da organização e seu contexto. As organizações definem e assumem configurações estáveis, onde deve haver um agrupamento para definir qual o melhor caminho a ser tomado pela organização, ou seja, atingir um status ideal. Essas configurações devem ser implementadas por um determinado período, onde comportamentos e o ambiente influenciem nas estratégias. Segundo John Child (2012, p. 403) A Configuração Organizacional se baseia no próprio indivíduo que a constrói, quando algo novo surge, seja um problema, um desafio, não é se baseando em regras, padrões já estabelecidos, mas sim nas ideias de inovação que o indivíduo que trabalha na função possa criar para solucionar o problema. Porém existe um risco muito grande, de na tentativa de encontrar uma solução usando a configuração, causar uma “vasta ilusão” de progresso e na verdade causar somente tentativa de mudança. Vale ressaltar que na tentativa de configurar uma Organização o risco é ainda maior quando são investidos tempo e dinheiro, quando as mudanças não dão certo, a 22 empresa perde a credibilidade na gerência atuante, para o romano Gaius Petronius Arbiter (Ano 66 a.C) “É melhor evitar começar, antes da tentativa” tendo a ideia de que quando tentamos a mudança e acontece o fracasso. Jones (2010, p. 11), diz que as configurações organizacionais são fundamentais e não podem ser “perdidas” enquanto a organização cresce. O desenho organizacional é fundamental no que diz respeito a eficiência e eficácia das empresas. Os gerentes devem saber conciliar a cultura e a estrutura da empresa para que não haja desinteresse das pessoas na organização. Entender o papel dos funcionários e direcioná-los no caminho certo é primordial para não haver declínio. Ainda é salientado que, para que uma organização mantenha o controle das atividades, atualizações e o bom andamento do fluxo, faz-se uso de uma configuração organizacional, que é composta por um tipo de hierarquia, divididas em 3 núcleos e níveis, que são: núcleo técnico, suporte técnico e suporte administrativo. Conforme Daft (2002, p. 13, 14), na demanda diária de uma organização, cada nível depende do outro, na execução do serviço técnico para a entrega do produto ou serviço (saída) é realizado pelo núcleo técnico, (composto pela operação de mão de obra) supervisionado, e controlado pelo suporte técnico (composto, por gerente, supervisores), que por fim, recebe orientações, informações e planejamento do suporte administrativo, que é composto por coordenadores, diretores e presidência da empresa. Em suas funções o Núcleo Técnico é responsável em produzir e operar, o suporte técnico a identificar problemas propondo soluções, e o suporte administrativo em manter o clima, em conjunto com atividades, colaboradores. 1.1.8 Organização As organizações são empresas que são compostas por pessoas nas quais possuem seus objetivos individuais, que em conjunto formam o objetivo grupal. Os objetivos de cada um dos inseridos na organização devem coincidir com os objetivos da mesma, para que assim possa-se atingir os objetivos almejados. As organizações têm como objetivo satisfazer as necessidades humanas, ou seja, busca sanar as necessidades de um determinado nicho de mercado. São fundadas por empreendedores 23 que possuem ideias nas quais buscam atender a um determinado segmento do mercado. As empresas tendem a possuir um ciclo, visto que, elas nascem, crescem e morre. O principal objetivo da organização é manter-se viva, sempre inovando e capacitando-se para atingir as necessidades que o mercado exige. (Jones, 2010, p. 1) De acordo com Sobral e Peci (2008, p. 2) as organizações são estruturadas através das pessoas, que atuando em objetivos conjuntos atingem as perspectivas propostas, onde as organizações servem como prática aos indivíduos, que atuam em busca de atingir suas metas individuais que, consequentemente atinge a meta grupal. O fator humano é o principal bem da empresa, tendo em vista que, as pessoas formam as organizações e suas decisões são o que irão agregar resultados. As organizações podem ser formais ou informais, em virtude que, são formais quando constitui-se uma empresa, ou informais quando as pessoas se juntam para tirar lazer. É relevante que, toda e qualquer organização possui uma finalidade e/ou um propósito, seja ele atingir resultados financeiros ou criar uma entidade social. Organizações são entidades sociais, que é formada por pessoas, onde através da interação das pessoas constituídas por metas, que juntas buscam atingir resultados. Os indivíduos são coordenados e estruturados dentro da organização, onde ocorre o relacionamento entre os diferentes departamentos da empresa, visando atingir a eficiência, através da comunicação. É deliberado poder aos colaboradores que colocam suas ideias em prática dentro da empresa e acaba sendo um aprendizado para si próprio, assim é beneficente e construtivo para ambos. As empresas estão totalmente ligadas ao ambiente externo, visto que, a sobrevivência da empresa depende de sua relação com os clientes, fornecedores, governo, concorrentes e etc. (Daft, 2010, p. 10) 1.2 Organização Como Função Administrativa Na organização como função administrativa, ocorre uma distribuição das tarefas entre os integrantes da organização, e nesse momento é atribuído poder e autoridade entre os integrantes da organização, definindo-se quem será subordinado de quem, construindo assim a hierarquia da organização. Ocorre uma administração e uma organização de todos os recursos disponíveis, para ir moldando a organização, seja os 24 recursos de como será realizada a comunicação, coordenação, entre outros aspectos. (Sobral; Peci, 2008, p. 165) A imagem abaixo ilustra as diretrizes de organização. Figura 3 – Duplo sentido da organização Fonte: Adaptado de Sobral e Peci (2008, p. 166) 1.2.1 Fundamento As organizações em um contexto geral, permitem a conquista dos objetivos relevantes, pois ela cria um ambiente no qual explora e/ou supera os limites individuais de todos os inseridos no processo. A organização está fundamentalmente ligada as condições das práticas humanas, onde ocorre o ajustamento dos meios disponíveis aos objetivos organizacionais, principalmente através das funções administrativas (planejamento, organização, direção e controle). O processo decisório é extremamente importante para que haja o desempenho organizacional, tais decisões englobam a centralização, departamentalização, coordenação e desenho estrutural. (Sobral; Peci, 2008, p. 165) Maximiano (2010, p. 72) ressalta a importância de Fayol nas funções da organização, que nos diz que a administração é um empreendimento, onde existe um 25 amplo engajamento humano entre diversas áreas. Isso exige um grau de planejamento, organização, comando, coordenação e controle, onde todos devem estar comprometidos a estuda-la com afinco para que amesma pudesse ser ensinada. Fayol criou então uma teoria, dividindo a empresa em 6 partes para dividir as funções da organização. A tabela abaixo mostra a empresa em seis partes, segundo Maximiano. Empresa em 6 Partes Técnica Onde envolve a produção e manufatura da organização Comercial Processo de compra, venda e troca da empresa Financeira Como gastar e onde gastar o dinheiro Segurança Deve haver uma proteção da organização e das pessoas Contabilidade Registro de estoques, os balanços, custos e também estatísticas da empresa Administração A função de todo administrador: planejar, organizar, dirigir e controlar Tabela 2 – Empresa em seis partes Fonte: Adaptado de Maximiano (2010) 1.2.2 Processo Sobral e Peci (2008, p. 166) dizem que o processo de organização está integrado as tomadas de decisões, pois essas decisões são fundamentais para que o processo como um todo possa fluir, pois com elas é possível organizar e ordenar a organização, através dos processos de dividir, integrar e coordenar os meios e recursos que estão à disposição da organização, para que com isso possa trabalhar em conjunto afim de atingir e ultrapassar as metas que foram propostas. Ainda é dito que, o desenho da estrutura organizacional é o resultado do processo de organização. Conforme Gonçalves (2000, p. 10), não basta classificar processos como transformação de inputs em oputs. Esse processo também engloba endpoints, transformações, feedback e repetitividade. As mudanças ocorridas num processo podem ser tanto físicas, quanto de localização ou até mesmo transacionais. As características básicas de um processo nos ajudam a distinguir processos de manufatura e os de serviços. Deve haver uma regularidade do padrão, ou seja, uma interação entre os 26 indivíduos da organização, para que haja um modelo definido por regras e comportamentos. Chama-se de interação de processos organizacionais esse processo. No quadro abaixo, ilustra-se a classificação geral de processos empresariais, bem como suas principais características e exemplos. Cada categoria se subdivide nos tipos de processos, os quais se diferenciam por sua capacidade de gerar valor, do fluxo básico, da atuação e das orientações básicas em relação à estrutura organizacional. Segundo Richard Daft (2002, p.79) os processos da empresa, é na estrutura organizacional que ela deseja representar, com base na hierarquia, e suas respectivas atividades, podendo ser determinado a quantidade exta de subordinados as atividades, identificando a quantidade de pessoas em um departamento e quantidades de departamento na organização. Dessa forma consegue obter o processo de tomada de decisões. 1.2.2.1 Divisão do Trabalho A divisão do trabalho é um dos principais pontos que fundamentam a organização e que se faz existir a mesma, visto que, com ela é possível que cada um dos integrantes esteja com sua função dentro do processo e que os esforços individuais de cada um dos integrantes resultam no ápice do que foi planejado pela empresa, que são a obtenção dos resultados coletivos. Essa divisão permite que cada um dos colaboradores possa executar suas habilidades em uma das áreas da organização e permite que ocorra a sinergia entre todos os inseridos na organização, onde todos terão suas metas individuais e darão o seu melhor para que a meta grupal seja atingida. (Sobral; Peci, 2008, p. 166) Ainda é dito que, a divisão do trabalho é racional, onde cada colaborador é colocado em sua área de especialização dentro da empresa, ou seja, o indivíduo estará atuando naquilo que sabe fazer de melhor, assim o mesmo acaba desempenhando sua função energicamente, o que facilita a obtenção do êxito. Maximiano (2010, p. 83), ressalta que a divisão do trabalho é o processo no qual se dividem as tarefas em partes ou unidades, e cada uma dessas tarefas são divididas para uma pessoa ou um grupo. Em organizações, essas divisões de trabalho são 27 chamadas de departamentos. Os departamentos realizam uma parte a qual o estão incumbidas as tarefas, que serão necessárias para cumprir os objetivos. Essa divisão permite que a organização resolva objetivos complexos, como a montagem de equipamentos de grande porte, atender diferentes tipos de clientes etc. Figura 4 – Divisão do Trabalho Fonte: Adaptado de Maximiano (2010, p. 83) Mintzberg (2003), enfatiza que dentro da divisão de trabalho conforme a especialização do indivíduo e a responsabilidade adquirida, ele pode ir mais a fundo, na demanda que se tem do produto ou serviço que é oferecido, pois com base nessa especialização é que ele vai atender ao um público de alta ou baixa renda social. A divisão do trabalho é fator multiplicador de produção. 1.2.2.2 Integração Integração é decorrente da divisão de trabalho, com ela permite-se que haja a união de todas as informações que serão relevantes para o processo dentro de cada um dos departamentos da organização, onde ocorre um alinhamento com as tarefas, enfatizando as responsabilidades de cada pessoa. Isso é realizado em cada uma das unidades ou departamentos de trabalho, e tem a finalidade de ocorrer uma melhor coordenação. Portanto, ocorre a integração nos cargos dentro do departamento, e é estabelecido quem serão os responsáveis pela execução de cada uma das atividades. (Sobral; Peci, 2008, p. 166) 28 Ainda é citado que, todos os inseridos na organização são importantes para que possa ocorrer a integração, onde é realizado o agrupamento das atividades e/ou das tarefas que devem ser executadas. Segundo Maximiano (2010, p. 84), deve-se definir a integração de todos membros com uma definição de responsabilidades, onde cada pessoa tem uma obrigação a realizar. Quando uma pessoa é incumbida de várias tarefas, ela exerce um cargo. O cargo é a maior unidade de trabalho em uma estrutura organizacional, pois há um acumulo de tarefas a ser desenvolvida por uma pessoa. Conforme Stoner (1992, p. 230) a integração das competências nas organizações é necessária para gerar maior capacidade de inovação, com o entrosamento dos departamentos, consegue-se identificar, o problema em sua causa, raiz, planejar uma solução e se utilizar das ferramentas necessárias para solucionar o problema. Essa integração não seria usada somente, para a soluções de problemas existentes, mas também na prevenção e até mesmo em planejamentos de melhorias, investimentos e inovação. 1.2.2.3 Coordenação A coordenação seria o controle geral da organização, onde utiliza os recursos disponíveis para manter a conexão e harmonia entre todos os departamentos que englobam a empresa. A divisão e a integração fazem com que os inseridos em cada um dos departamentos não tenham uma visão da organização como um todo, pois ficam centrados em realizar apenas as suas tarefas que são propostas em seu departamento, com isso acaba ocorrendo os conflitos entre os departamentos, devido à falta de comunicação e trabalho em equipe entre eles. A coordenação tem como seu principal objetivo evitar esses conflitos que ocorrem entre os departamentos, ela com sua diretriz busca manter os setores compactos, funcionando juntos. (Sobral; Peci, 2008, p. 166) Ainda é citado que, na medida que a empresa vai crescendo, novos departamentos e novos membros são inseridos no processo, e o administrador através da coordenação deve estar preparada para lidar com todo e qualquer tipo de situação, para manter a empresa em harmonia. 29 Segundo Mintzberg (2003), a coordenação de atividades, não é tão simples, pois na coordenação das atividades, é necessárias pessoas capacitadas, que se relacionam com o demais, parauma boa execução do processo e a falta do entendimento de unidade, atrapalha o andamento. Ainda é sugerido que, que seja feita uma padronização das tarefas, por exemplo em um supermercado, o operador de caixa, pode ficar ocioso se em determinado horário, não tiver um fluxo de clientes, ou um movimento como de normal, sendo assim a estratégia, é levar esses operadores, a auxiliar na reposição de mercadorias nas prateleiras. Isso se dá o nome de Ajustamento Mutuo. Quando a supervisão se dá a uma complexidade de colocar ordem ou administrar, é necessário dividir e subdividir os cargos e atividades. E por fim, padronizar as atividades entre os funcionários, para que evite fugir de um cronograma. Maximiano (2010, p. 85), aborda que todas decisões recorrentes da divisão de trabalho, responsabilidades e também autoridade, são resumidas na estrutura organizacional. Essa estrutura designa cada autoridade e responsabilidade das pessoas, como cada uma delas deve se integrar ao processo. A comunicação e coordenação são fundamentais para que esse processo ocorra corretamente. Deve haver a sinergia e convergência de todos os membros. 1.2.3 Organograma Sobral e Peci (2008, p. 167) explanam que as características e fundamentos que englobam a estrutura organizacional são muito amplas e complexas, e sendo assim, muito difícil da organização transmitir o que pretende tanto para o ambiente interno, como externo. Por esse motivo existe o organograma, para facilitar o entendimento e compreensão. Os organogramas possuem em sua característica retângulos, que mostra as funções, os departamentos e até mesmo os cargos de todos os setores da organização, explana o relacionamento e os níveis que cada um deles se encontra. As linhas que ligam os retângulos representam a distribuição de autoridade e cadeia de comando, visto que, mostra quem é subordinado de quem. A figura ilustrada abaixo mostra como funciona um organograma. 30 Figura 5 - Organograma Fonte: Adaptado de Sobral e Peci (2008, p. 166) Esses organogramas funcionam como um meio de comunicação entre os departamentos da organização, entretanto os organogramas não conseguem representar totalmente essa comunicação, pois visualmente, ele deixa claro a imagem de que, todos os administradores que se encontram no mesmo nível de hierarquia possuem o mesmo poder, a mesma autoridades e as mesmas responsabilidades, e isso não é uma realidade, pois cada um tem o poder que lhe é concedido de acordo com os níveis de autoridade que são pré-definidos. (Sobral; Peci, 2008, p. 167) Segundo Araujo e Garcia (2010, p. 63 e 64), o organograma é caracterizado pelas figuras geográficas que caracterizam a divisão de trabalho, onde a empresa é dividida em departamentos e cada um dos integrantes de cada departamento possui sua função dentro do processo. É referenciado a relação entre os departamentos que ilustram as relações entre os subordinados e seus respectivos superiores. Ainda é dito que, através do organograma é possível observar e compreender o funcionamento da organização, isso se deve ao fato que, através do organograma pode-se verificar todas as unidades, departamentos e funções que englobam a empresa, facilitando assim o seu entendimento dos processos. 31 Chiavenato (2014, p. 291) define organograma como um gráfico representativo da estrutura da organização, que demonstra os níveis hierárquicos, componentes da estrutura, meios e canais de comunicação e cargos que compõem os departamentos. Através do organograma é possível verificar a estrutura da organização de forma simples e clara, pois o organograma funciona como um esqueleto da estrutura da organização. 1.2.4 Níveis Organizacionais Os administradores em um contexto geral são distinguidos pelo nível que ele ocupa dentro de uma hierarquia de uma organização, e por quais atividades eles irão realizar, de acordo com o nível no qual ele se encontra. Relativo as estruturas organizacionais, eles podem ser separados em três níveis, que são estratégico, tático e operacional. (Sobral; Peci, 2008, p. 6) Todo administrador deve se enquadrar dentro de um dos níveis organizacionais, os únicos que terão poder para desenhar a estrutura organizacional serão os administradores de ponta, do nível estratégico. Entretanto, é relevante que cada um execute suas tarefas de acordo com o seu nível e com o seu poder, pois todos são importantes para que o processo possa ser concretizado. (Sobral; Peci, 2008, p. 167) Ainda em relação aos níveis organizacionais, é salientado da responsabilidade de cada um dos administradores, independentemente do nível em qual ele está situado, pois todos eles é de extrema importância para a organização. Tanto os administradores do nível tático, quanto os administradores do nível estratégico possuem importância dentro do processo, única distinção é que cada um deles terá um grau de poder e autoridade. Os níveis organizacionais podem ser explanados, conforme a ilustração abaixo, que mostra que a organização possuí três níveis organizacionais, que são os níveis estratégico, tático e operacional, onde o nível estratégico é composto pelo presidente, o tático é composto pelos gerentes e o operacional é aquele que é composto pelos supervisores. 32 Figura 6 – Níveis Organizacionais Fonte: Sobral e Peci (2008, p. 6) Araujo e Garcia (2010, p. 63 e 64) dizem que, toda e qualquer organização é composto por níveis organizacionais, também conhecidos como níveis administrativos, visto que, a empresa é dividida em setores, departamentos e funções. Todos os níveis são compostos por administradores, e o que difere de um nível para o outro é o poder que é concedido ao administrador, para a tomada de decisão. Ainda é salientado que, para compor os níveis organizacionais é necessário que tenha sido atribuído poder, pois em todos os níveis os administradores estarão em constantes tomadas de decisões. Portanto aqueles que não possuem autonomia e poder não são enquadrados nos níveis organizacionais, como os estagiários, por exemplo. Chiavenato (2014, p. 238 e 239) corrobora que o organograma é uma consequencia da divisão de trabalho e que a organização é dividida entre os níveis hierarquicos, onde eles devem trabalhar harmonicamente, afim de atingir os objetivos individuais que juntos atingem o objetivo grupal. Os niveis hierarquicos possuem uma escala crescente e na medida que fica maior essa escala aumenta também o nível do poder dos administradores envolvidos. 1.2.4.1 Estratégico O nível estratégico é o mais elevado dos níveis organizacionais, nele estão inseridos os administradores do maior escalão, que são os executivos, presidentes ou diretores. Esses administradores são responsáveis pelas principais tomadas de decisões 33 da organização, as decisões que são capazes de influenciar todo o ambiente da organização. Nesse nível, deve-se pensar na organização como um todo, visto que, os demais níveis são subordinados ao estratégico e todos dependem do que foi definido pelo estratégico para ser executado. (Sobral; Peci, 2008, p. 6) Segundo Chiavenato (2014, p. 12), é o nível máximo da organização, onde estão o presidente e os diretores que fazem parte da alta administração e tomam os rumos para a organização. Em grandes corporações, existe também o conselho administrativo, que determinam o que o presidente e direção devem fazer. É também o nível mais periférico, já que está em constato contato com o ambiente externo, ou seja, tudo que gira em torno da organização. É responsável por grande parte de decisões futuras da organização. Os administradores têm de ter uma visãoestratégia e holística. Par Daft (2002, p. 14) o Nível Estratégico é quem são responsáveis para a alinhar todas e importantes, informações para a empresa como metas a serem alcançadas, passando a direção correta a seguir, seguida de estratégias e obedecendo a política da empresa. Geralmente composta pelo presidente da empresa, diretores, cargos em geral de alta relevância, pessoas desse cargo, são quem possuem formação superior, e tem relação com o nível tático para passar as orientações. 1.2.4.2 Tático Sobral e Peci (2008, p. 7) dizem que, o nível tático é composto pelos gerentes, e fragmentam que eles são mediadores dos níveis organizacionais, pois eles são responsáveis por proferir e transmitir as metas que foram definidas pelo nível estratégico para o nível operacional. Além do que, são responsáveis por coordenar os administradores de níveis mais baixos, dando todo suporte e apoio que eles necessitarem. Ainda é salientado que o nível tático deve ter um ótimo desempenho no relacionamento interpessoal, pois eles estarão em constante contato tanto com o nível estratégico, quanto o operacional, portanto eles deverão saber se comportar em cada uma das situações. 34 É chamado nível tático pois faz o “meio de campo” da organização, ou seja, articula com o nível institucional e operacional da organização. Este nível é composto por gerentes. Os administradores recebem decisões do nível estratégico e os transformam para o nível operacional, através de decisões. O administrador tem de possuir uma visão tática, pois ele deve entender os objetivos da organização e fazer com que eles sejam postos de maneira adequada ao operacional, para que transforme em execução. (Chiavenato 2014, p. 13) A função do nível Tático, é intermediária, quando se diz em questão ao nível estratégico e o nível operacional, ela é fundamental para que a organização funcione conforme as metas do nível de administração alto, pois ela leva as informações de metas a serem alcançadas, soluções de problemas e inovação, para que o nível de baixa administração execute e entregue o desejado. A comunicação que esse nível tem é de extrema, e o bom relacionamento com as áreas. Daft (2002, p.14) 1.2.4.3 Operacional O nível organizacional operacional é o de primeira linha, ou seja, o mais baixo da hierarquia, os administradores são responsáveis pela coordenação do trabalho que será executado, seja ele uma atividade diária ou uma atividade esporádica, visto que, eles estarão acompanhando, orientando e supervisionando todas as tarefas que estarão sendo realizadas. Sobral e Peci (2008, p. 7) Segundo Chiavenato (2014, p. 13), é o nível organizacional mais baixo, ou seja, dentro do organograma ele é o mais baixo. É o chamado nível de execução e realização das tarefas referentes aos objetivos. O administrador, geralmente supervisor, deve ter uma visão operacional, já que lidará diretamente com os funcionários. Recebe também o nome de supervisão de primeira linha por fazer a supervisão direta aos trabalhos realizados. No nível operacional, Daft (2002, p.14) nos explica que já é executado a pratica do planejamento do nível estratégico, e que é coordenado pelo nível tático, o contato da administração de alto nível com o operacional é mínimo, porem de suprema importância, para conhecimento do que será executado. O relacionamento do nível tático com o 35 operacional é de muita frequência, pois o bom desempenho de ambos, dependem para mensurar se as informações que estão sendo transmitidas, pelo nível estratégico é o mesmo. 1.2.5 Elementos do Processo de Organização Relativo aos elementos do processo de organização, os conceitos relacionados a esse tema vem desde os primórdios da organização, quando Fayol e Weber enfatizavam e explanavam o assunto. Apesar de ser conceitos antigos, até os dias atuais eles são relevantes para a compreensão de processos de organização. Sobral e Peci (2008, p. 168) A figura abaixo ilustra os seis elementos que estão presentes no processo de organização e tomadas de decisões, através dos níveis organizacionais: Figura 7 – Organização por nível organizacional Fonte: Sobral e Peci (2008, p. 168) 1.2.6 As Teorias Administrativas e Estruturas Nessa parte do trabalho, abordaremos as principais teorias administrativas e das estruturas, onde serão salientadas as principais características de cada uma delas, afim de auxiliar a compreensão. Através da tabela explanada abaixo é possível observar as teorias administrativas e da estrutura que serão abordadas no decorrer do capítulo, facilitando assim a compreensão do conteúdo no geral. 36 Teorias/abordagens Variável (eis) considerada (s) Administração Científica Tarefas Teoria da Burocracia Estrutura Teoria Clássica Estrutura Teoria das Relações Humanas Pessoas Teoria Estruturalista Estrutura e ambiente Teoria dos Sistemas Ambiente Abordagens Sociotécnica Ambiente Teoria Neoclássica Tarefas, pessoas e estrutura Teoria Comportamental Pessoas e ambiente Desenvolvimento Organizacional Pessoas e ambiente Teoria da Contingência Tarefas, pessoas, estrutura, tecnologia e ambiente Novas Abordagens Competitividade Tabela 3 – Teorias administrativa e estruturalista Fonte: Adaptado de Santos (2017) 1.2.6.1 Administração Científica A escola da Administração Cientifica, também conhecida pelo nome de Taylorismo tem as suas origens no fim do Século XIX e início do Século XX. O criador desta escola é o americano Frederick Winslow Taylor, sendo este a figura mais importante da mesma. Seus estudos e seguidores pavimentaram o caminho de uma nova abordagem no contexto da administração, sendo esta a aplicação de um método científico para a otimização e aperfeiçoamento do sistema produtivo partindo da administração, tendo como foco alguns importantes pontos como, por exemplo, o aumento da produtividade, ou seja, uma maior produção em menos tempos e sem elevação dos custos de produção. (Meireles; Paixão, 2003, p. 77) Nesse sentido pode-se categorizar o Taylorismo como uma escola que se dividiu em duas fases distintas e categóricas, que correspondem a postagem de dois livros muito importantes, Administração de Oficinais (1903) e Princípios da Administração Científica 37 (1911), sendo estes a base das duas fases mencionadas. (Chiavenato, 2004, p. 54; Silva, 2008, p. 110) 1.2.6.2 Teoria da Burocracia A Teoria a Burocracia surgiu a partir da década de 1940, através de uma necessidade de uma teoria voltada para o administrador, ou seja, uma teoria que ajudasse o administrador na execução de suas tarefas. Havia a necessidade de uma nova teoria pelas críticas feitas à Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas, essas críticas eram feitas pelo mecanismo da teoria clássica e pelo romantismo ingênuo da teoria das relações humanas, pois ambas possuíam uma visão extremista, e não eram completas relativo as organizações. Então, grandes estudiosos buscaram inspiração nas obras de um sociólogo falecido Max Weber para desenvolverem a teoria da burocracia. (Chiavenato, 2004, p. 258). De acordo com Silva (2008, p. 145), ainda havia outros aspectos que influenciaram diretamente na origem da teoria da burocracia. O principal aspecto seria a necessidade de organização das empresas, visto que, as organizações cresciam rapidamente e era necessário um modelo de organização racional, levando em consideração todas as variáveis do processo, além do comportamento dos envolvidos, onde essa teoria deveria ter uma visão da organização como um todo e não apenas somente a fábrica e a produção. 1.2.6.3 Teoria ClássicaSegundo Maximiano (2000, p. 60), a teoria clássica assim como o Taylorismo e o Fordismo compõe o núcleo principal da escola clássica de administração e são juntos os maiores contribuintes para o conhecimento administrativo moderno. Essa teoria é fortemente associada ao seu principal teorista, o francês Henri Fayol. Fayol desenvolveu um sistema de administração que basicamente se divide em 3 partes principais, conforme tabela abaixo. Partes Principais A administração é uma função distinta das demais funções, como finanças, produção e distribuição. 38 A administração é um processo de planejamento, organização, comando, coordenação e controle. O sistema de administração pode ser ensinado e aprendido Tabela 4 – Partes Principais Teoria Clássica Fonte: Adaptado de Maximiano (2000, p. 60) Relativo ao conceito de administração estabelecido por Fayol em sua teoria, pode-se aprofundar ainda mais em cada um desses pontos afins de estabelecer de forma mais consistente a forma como Fayol idealizada a estrutura administrativa, sobre o PODC (prever, organizar, comandar coordenar e controlar). (Chiavenato, 2004, p. 81) Segundo Oliveira (2008, p. 67), a Escola Clássica foi a primeira escola em que a Administração foi estudada de forma sucinta. Este fato fez com que essa teoria sofresse várias críticas e elogios à época, pois não havia uma análise mais aprofundada sobre o tema. Essa teoria teve como base duas importantes conceitos da administração: A Teoria da Administração Científica, de Frederick Winslow Taylor, em 1903 nos Estados Unidos e a Teoria do Processo Administrativo, com início em 1906, por Henri Fayol em toda a Europa. Ainda segundo Oliveira, a ideia era de que a Administração é um processo, o qual usa-se os recursos de forma planejada, organizada, supervisionada e controlada, para o alcanço dos objetivos. Um dos principais motivos para o surgimento da Escola Clássica foi o aumento de complexidade das organizações, uma vez que elas evoluem com o tempo. A economia crescia em ritmo rápido e a desorganização administrativa tomavam conta de empresas da época. Buscava-se também um maior rendimento com os recursos disponíveis pela organização. 1.2.6.4 Teoria das Relações Humanas De acordo com Maximiano (200, p. 65), a teoria das relações humanas é uma teoria da administração com foco central no comportamento humano, se diferenciando da completamente das demais teorias, visto que, nenhuma dessas teorias tinha como o seu principal foco o ser humano ou as suas relações, e nesse sentido foi a teoria das relações humanas que trouxe à administração os seus primeiros toques humanistas, que mais 39 tarde viram a se realizar na Gestão de Recursos Humanos e na moderna Gestão de Pessoas. Segundo Caravantes e Kloeckner (2005, p. 80 - 82), a teoria das relações humanas está ligada ao experimento de hawthorne e o trabalho de Elton Mayo, e a principal descoberta foi a identificação da relevância de fatores não econômicos. As principais virtudes da teoria das relações humanas seria a maior eficiência dos colaboradores das organizações e que o retorno financeiro deveria fazer parte dos aspectos humanos. Ainda é abordado que, as pessoas são motivadas pelos sentimentos, e que as organizações devem motivar seus colaboradores através de incentivos que mecham com o sentimento. Fatores como fatos e lógica não são mais importantes a respeito da motivação. Segundo Muniz e Faria (2007, p.39), a complexidade das empresas tem aumentado, devido hábitos e costumes de indivíduos de sexo diferente e culturas trazidas de outras experiências, dessa forma isso não contribui em nada com os objetivos da organização, prejudicando assim, todos os demais envolvidos. Mediante isso a Ciência da Administração necessitou buscar apoio com outras ciências, como a psicologia e sociologia, para desenvolver e entender a questão de relacionamento com as tarefas, o indivíduo e a empresa. O homem social, são simples de entender, não podendo ser mecanizado, muito pelo contrário, ele é ao mesmo tempo receptor de influências externas, tanto boas quanto ruins. Ainda é dito que, alguns indivíduos são semelhantes a outros, porém não serão iguais, e isso é reflexo do estilo de convivência, sua personalidade e seu comportamento são de grande importância, pois existem diferenças, que torna o indivíduo único. Vários fatores estimulam os interesses e a motivação do indivíduo, muitos deles, relacionados a recompensa salarial, mas também ao clima organizacional. A teoria das relações humanas, tem como ênfase, estudar e entender as pessoas dentro do âmbito organizacional, sob seu sistema psicológico e sociológico, trazendo harmonia e cooperação junto a administração. 40 1.2.6.5 Estruturalista O percussor da teoria estruturalista foi Amitai Etzioni, que foi um estudioso consagrado que dedicou sua vida aos estudos para analisar os fundamentos das escolas Clássica, Científica, Burocrática e das Relações Humanas, para com isso criar uma síntese de uma teoria que englobava todos esses aspectos estruturais, visando criar uma estrutura com foco total na organização, e salientava e aprofundava-se na estrutura da organização como um todo. (Silva, 2008, p. 257) Chiavenato (2002, p. 51), diz que, a teoria das estruturas derivou das estruturas da burocracia e relações humanas, e foi um movimento de sociólogos que criticavam severamente a organização formal. A organização é vista como um todo, em elementos que juntos compõem a organização, onde essas partes são reunidas e uma modificação em um dos setores afeta a organização como um todo, visto que, um setor depende do outro. Segundo Caravantes e Kloeckner (2005, p. 88), a teoria estruturalista teve como percussor Amitai Etzioni, que integrou a sociologia a teoria neoclássica, e no desenvolvimento da abordagem estruturalista se enfatizou na abordagem clássica e na escola das relações humanas, buscando o aperfeiçoamento dessas teorias, criando assim a estruturalista. Ainda é dito que, na abordagem estruturalista, buscasse as inter-relações entre os departamentos, seja em uma organização formal ou informal, deve haver uma compactação em toda a organização, desde os níveis mais altos aos mais baixos e a relação e interação com o meio ambiente. 1.2.6.6 Teoria dos Sistemas Silva (2008, p. 318) diz que a teoria geral dos sistemas está inserida no campo da lógica e da matemática, e tem como objetivo disseminar e argumentar sobre os princípios que conceituam e abrangem os sistemas como um todo, ou seja, todo o processo da organização como um sistema. Ainda é dito que, a teoria geral do sistema é dividida em três partes que enfatizam sobre as particularidades do sistema. Primeiro a ciência do sistema fala sobre as 41 pesquisas científicas e a totalidade, a segunda seria a tecnologia de sistemas que fala sobre meios que a tecnologia envolvida com o sistema utiliza para englobar certos aspectos, por último a filosofia de sistema que trata-se de uma nova orientação e forma de pensar de todo mundo, buscando quebrar os paradigmas e criando um novo conceito científico. Segundo Chiavenato, (2004, p. 475), sistema seria um conjunto de partes pequenas compactas, ou seja, subsistemas que trabalham com objetivos comuns e juntas formam um sistema, o sistema seria a junção de pequenas partes que interagem e possuem as mesmas características e o mesmo objetivo, formando assim um sistema, onde todos unificam a empresa em pró dos resultados. De acordo com Caravantes e Kloeckner (2005, p. 146 - 150), a teoria de sistemas são as organizações seja elas físicas ou conceituais,que possuem subsistemas que são interdependentes, e um necessita do outro para desempenhar suas tarefas. Tem como característica a entrada dos insumos, processamento, saída, entropia, homeostase, retroalimentação e decomposição do sistema em um subsistema. 1.2.6.7 Abordagem Sociotécnica Muniz e Faria (2007, p.270) aborda que a Teoria Sociotécnica, resume-se em aproveitar ao máximo os interesses dos indivíduos e a participação de cada um para alcançar o resultado desejado, integrando assim, um sistema social com um sistema técnico, daí Sociotécnico. Esses dois sistemas devem se relacionar em harmonia. Ainda é dito que, o sistema Sociotécnico, busca não somente ter esse tipo de relação, mas também envolve outros sistemas, estruturas, ferramentas, tecnologia. A teoria, é dividida em dois subsistemas, e esses subsistemas tecnológico e social, possuem elevado relacionamento, são interdependentes, influenciando um ao outro, existindo então uma coligação muito grande. a) Subsistema Social: que compreende o funcionário, dentro da empresa, seu comportamento, nível de qualificação, experiências e relacionamento. 42 b) Subsistema Técnico: Que abrange as atividades necessárias, a serem executadas, pelo individuo, quais ferramentas, serão utilizadas, de que forma será feita. De acordo com Biazzi (1993, p. 31), surgiram-se grupos semi-autonônomos na década de 50, após observação de dois tipos diferentes de organização o trabalho com uma mesma tecnologia. Com o fim da segunda guerra mundial, os grandes países procuraram uma maneira de recuperar suas indústrias para atender à demanda da época. Ainda segundo Biazzi, é um grupo que tem como característica uma responsabilidade coletiva quanto a um conjunto de tarefas, onde o trabalho é determinado por seus próprios membros, permitindo assim o aprendizado de todas as tarefas, a redução das funções e facilitando também uma intervenção de todos. O grupo deve ser responsável ainda por recursos à sua disposição, tendo em vista a autoridade para usá-los. Segundo Afonso Fleury e Maria Fleury, 1997), ambos dizem que a abordagem sociotécnica tem raízes em países europeus, como: Inglaterra e Suécia, e os grupos mais dedicados para o seu desenvolvimento, estão no Canadá. A princípio, sua proposta metodológica foi elaborada por psicólogos industriais. A proposta da abordagem sociotécnica implica na busca de uma boa solução na visão de sistema integrado, onde as procuras e capacitações do sistema se adequam as demandas e requesitos do sistema técnico, sendo assim, é garantido as metas da produção e os objetivos da organização. As origens da abordagem sociotécnica está ligada ao Tavistock Institute of Human Relations, de Londres. Ainda é dito que, a sociotécnica define como otimização conjunta dos aspectos sociais e técnicos, a melhor proposta dos objetivos organizacionais, concentrando adaptação e criatividade das pessoas para alcançar suas metas ao invés de determinar tecnicamente a maneira pela qual essas metas teriam que serem atingidas. 43 1.2.6.8 Teoria Neoclássica A teoria da administração neoclássica é uma teoria que tem como foco a prática administrativa e o enfoque no alcance dos objetivos e resultados, através das metas. Entretanto o Neologismo que representa a palavra Neoclássica acaba por ser um excesso, por muitas vezes ser encarada como uma escola da administração, o que de fato não é. Aos autores abordados como percussores da teoria neoclássica, falta uma preocupação em se alinhar dentro de uma estrutura que caracterize uma escola. Ainda assim é certo enfatizar que não há pensamentos propriamente diferentes entre esses autores, mas a ausência desta disciplina organizacional descaracteriza a escola da administração propriamente bem definida. A denominação neoclássica se dá por motivos de melhor didática e apresentação. (Chiavenato, 2004, p. 152) Na mesma linha de raciocínio, Caravantes e Kloeckner (2005, p. 178), dizem que é extremista chamar a abordagem neoclássica de teoria, pois a mesma não é ordenada e articulada. A abordagem neoclássica tem como característica a ênfase na prática administrativa, a reestruturação e adaptação dos postulados clássicos e o enfoque nos princípios gerais da administração. Meireles e Paixão (2003, p. 247) dizem que, na ideia prática-teórica, a escola neoclássica é uma redefinição da escola clássica, adentrando nestes conceitos e os expandindo através da modernização de fatores, aumentando ainda mais a gama de conhecimentos no estudo da administração, modernizando os conhecimentos antigos para que se enquadrem dentro da realidade atual das organizações. 1.2.6.9 Teoria Comportamental A teoria comportamental, tem como foco, a observação do comportamento do indivíduo, comportamento em grupo, e comportamento junto a empresa. A administração usa resultados para o aumento da produtividade, controle de comportamento, redução de perturbação mental dos trabalhadores, elevação moral e melhor integração do indivíduo com a organização. Vários filósofos, contribuíram com diversas teses, para essa teoria, como por exemplo, Maslow com a hierarquia das necessidades, McGregor com a Teoria X e a Teoria Y, Simon com Tomada e Decisão, Herzberg com a Teoria Motivacional e aí por diante. (Muniz e Faria 2007, p.138) 44 Ainda é ressaltado que, os fatores que causam motivação no indivíduo, são suas responsabilidades, realização profissional ou reconhecimento do trabalho em outras teorias a motivação talvez esteja nas necessidades que o indivíduo possui para estar ali. Quando o ciclo motivacional não se realiza, o indivíduo, desenvolve uma serie de comportamentos negativos, onde devem ser acompanhados. Segundo Caravantes e Kloeckner (2005, p. 94), a teoria comportamental destaca as pessoas na organização, reconhecendo suas capacidades técnicas e comportamentais, onde os percussores não concordavam com as conclusões simplistas e buscavam analisar as variáveis relativas ao indivíduo, como decisão, motivação e conflito, com isso, eles se aprofundavam nos estudos das variáveis com o objetivo de elevar o fator humano nas organizações. Segundo Dias, Zavaglia e e Cassar (2008, p. 60) a teoria comportamental deriva de argumentações do enfoque humano e seu uso na administração, e foi elaborado com o empenho de alguns autores como Kurt Lewin, Herbert Alexander Simom, Chester Barnard, Douglas McGregor, Abraham Maslow, Frederick Herzberg, entre outros, que concordam que essa teoria não é adepta de que o colaborador satisfeito era totalmente eficiente. Ainda é dito que, essa teoria apresenta falhas quanto a interpretação nos processos decisórios e seus resultados, isso pela certa displicência relacionada aos hábitos, especializações, valores e conhecimentos, além da contrariedade dos princípios administrativos, onde pode-se exemplificar o conceito de especialização incompatível com o da unidade de comando, isso pela perícia insuficiente nos processos decisórios da especialização. 1.2.6.10 Desenvolvimento Organizacional Segundo Silva (2008, p. 365), o desenvolvimento organizacional é um processo que engloba todo o sistema, onde esse sistema é planejado, administrado e coordenado, a fim de otimizar os seus processos e solucionar os seus problemas, visando o alcance de seus objetivos organizacionais. De acordo com Caravantes e Kloeckner (2005, p.186), o desenvolvimento organizacional surgiu através das profundas mudanças que ocorrem constantemente, 45 afim de suprir as necessidades dessas mudanças. Tem como característica uma mudança planejada baseado nas pessoas e seus valores, atitudes e relações,
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