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Manta asfáltica Pini out 2004

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Reportagens 
 
@@imagem_topo| Mantas asfálticas 
 
 
Construção estanque 
 
Bom desempenho depende de projeto detalhado e de cuidados na 
execução - principalmente nas emendas e arremates 
 
 
O projeto de impermeabilização passou a ser obrigatório com a revisão da norma NBR 9575, em vigor 
desde dezembro de 2003. No momento de aprovar uma obra na Prefeitura, o construtor ou incorporador 
tem de apresentá-lo, o que aumentou os cuidados com essa etapa da obra. Já era tempo, afinal as 
patologias mais comuns na construção civil - corrosão de armaduras, carbonatação do concreto, 
eflorescências, degradação da argamassa, da pintura e dos revestimentos, bolor e fissuras - devem-se 
quase sempre a impermeabilizações malfeitas. 
 
A existência de um projeto de impermeabilização minimiza a ocorrência das patologias, já que permite 
controlar a execução, além de prever detalhes como arremates. 
 
Dentre as soluções mais utilizadas, a manta asfáltica é sem dúvida a que exige mais cuidados, embora 
a aplicação seja fácil, por ser um produto pré-fabricado, uniforme e passar por rigoroso controle técnico 
de produção. 
 
O problema mais grave quando se fala em mantas, porém, não é o produto, mas tudo o que envolve a 
aplicação. "Não adianta a manta ser a mais estanque do mundo se a impermeabilização do entorno do 
ralo for mal executada", ilustra Julio Cesar Sabadini de Souza, professor da Uniban (Universidade 
Bandeirante de São Paulo) e autor de tese de mestrado sobre impermeabilização de pavimentos-tipo. 
 
É unanimidade que arremates e detalhes são os pontos críticos das mantas asfálticas e onde podem 
surgir os problemas. Assim, ralos, tubos emergentes, detalhes de piscina e rodapés, por exemplo, 
Página 1 de 8REVISTA EQUIPE DE OBRA
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devem ser analisados com cuidado e a instalação, controlada e fiscalizada corretamente. O rodapé, por 
exemplo, se não for bem dimensionado, pode ficar menor do que o piso final porque existe uma camada 
de regularização muito grande - e, com o tempo, a umidade passa pela impermeabilização. Até mesmo 
detalhes paisagísticos alteram o projeto: é preciso saber, por exemplo, o nível de terra do paisagismo 
para determinar a altura de arremate da manta. 
 
 
Do que são feitas as mantas 
 
Asfaltos: os polímeros são responsáveis pela flexibilidade, alongamento, correções dos pontos de 
escorrimento e penetração dos asfaltos, que proporcionam características específicas e determinam, 
muitas vezes, o tipo de aplicação. Os asfaltos mais utilizados são os elastoméricos como o SBS 
(Estireno-Butadieno-Estireno) e os plastoméricos como o APP (Polipropileno Atático). 
 
Materiais estruturantes: responsáveis pela resistência à tração. Os mais utilizados são o filme de 
polietileno, o véu de fibra de vidro e o não-tecido de poliéster. 
 
Acabamentos: são inseridos nas mantas asfálticas ainda no processo de fabricação e são escolhidos 
de acordo com a necessidade funcional, estética ou de aplicação. Para mantas que recebem proteção, 
os acabamentos são de filme de polietileno ou de areia. Já para as mantas autoprotegidas (que ficam 
expostas), há opções como alumínio e grãos de ardósia. 
Patologias 
O tempo em que as patologias começam a aparecer não é fixo. Vai depender da porosidade dos 
elementos atingidos pela infiltração - um concreto mais ou menos compacto, por exemplo. "A água 
atravessa a camada de impermeabilização por uma falha, passa pela argamassa, encontra um ponto 
fraco da estrutura e escoa pela armadura", explica André Fornasaro, presidente do IBI (Instituto 
Brasileiro de Impermeabilização). "Essa água pode sair a 6 m de distância de onde entrou", conta. Por 
isso é complicado encontrar o local exato da patologia. 
 
Não existe manutenção preventiva. O que se deve fazer é estimar a vida útil 
do sistema e, quando essa vida útil chegar ao fim, trocar a impermeabilização. "A aplicação deve ser 
feita de maneira correta para ser durável e proteger a estrutura, mas um dia deverá ser refeita", alerta 
Marcos Storte, da Viapol. A estrutura principal continua sendo protegida, porque, com uma proteção 
adequada, não sofre danos. 
 
A vida útil da impermeabilização pode ser calculada no momento do projeto. Dobrar o número de 
mantas em uma laje, por exemplo, é um artifício para aumentar a expectativa de vida do produto. 
 
 
Normas técnicas 
 
NBR 8083 - Materiais e sistemas utilizados em mpermeabilização 
NBR 9574 - Execução de impermeabilização 
NBR 9575 -Projeto de impermeabilização 
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NBR 9685 -Emulsões asfálticas sem carga para impermeabilização 
NBR 9689 - Materiais e sistemas de impermeabilização 
NBR 9956 - Mantas asfálticas - estanqueidade à água 
NBR 9952 - Manta asfáltica com armadura para impermeabilização - requisitos e métodos de ensaio 
NBR 12171 - Aderência aplicável em sistema de impermeabilização composto por cimento 
impermeabilizante e polímeros 
NBR 12190 - Seleção de impermeabilização 
NBR 13121 - Asfalto elastomérico para impermeabilização 
Especificação 
As mantas asfálticas podem ser classificadas de acordo com a composição - como o faz a NBR 9952, 
que divide o produto em quatro tipos. A falha da norma é não especificar em que locais cada produto 
pode ser aplicado. Diante disso, aplicadores, consultores e fabricantes seguem uma regra geral para 
diferenciar as mantas. "Usa-se poliéster em áreas externas e polietileno ou fibra de vidro em áreas 
internas", recomenda Fornasaro. Assim, leva-se em conta o tipo de armadura e a resistência à tração de 
cada uma para resistir à movimentação mecânica da estrutura. As mantas com fibra de vidro e de 
polietileno têm menor capacidade de esticar, por isso são recomendadas para áreas internas que têm 
pouca movimentação ou como camada de sacrifício quando se aplica uma manta dupla. 
 
A especificação também pode levar em conta a espessura dos produtos. A norma prevê que o mínimo 
que o sistema pode ter é 3 mm. A manta asfáltica não é adequada quando a área a ser 
impermeabilizada for extremamente recortada - além de aumentar a possibilidade de erros, o 
rendimento da execução é menor. Em paredes, a manta deve ser sempre aplicada no lado em que há 
pressão d'água. 
 
 
Check-list 
 
� As emendas são o principal ponto crítico da impermeabilização com pré-fabricados (o caso das 
mantas asfálticas). Por isso, deve-se fazer uma sobreposição de 10 cm entre as mantas 
 
� Quando aplicadas duas camadas de mantas, os materiais da camada superior não devem ser 
aplicados exatamente acima da camada inferior. As mantas complementares devem ser colocadas em 
90. ou no mesmo sentido com sobreposição entre 50 e 60 cm 
 
� Certifique-se da boa aderência entre a manta e o substrato, evitando, assim, bolhas ou outros 
problemas que possam comprometer o desempenho do sistema 
 
� Deve haver uma camada de separação entre a manta e a proteção mecânica, o que evita atrito entre 
o cobrimento e o impermeabilizante 
 
� Um problema comum pós-ocupação é a perfuração de mantas. Por isso, o construtor deve informar 
ao usuário até onde se pode furar e, eventualmente, já projetar pontos que permitam tal perfuração 
 
Critérios de projeto 
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O que é preciso para se elaborar um projeto de impermeabilização? 
 
Deve-se fazer uma análise de todos os projetos: arquitetura, instalações hidráulicas e elétricas, fôrmas, 
paisagismo e ar-condicionado. Com isso, é feito um estudo preliminar com estimativa de custos dos 
sistemas mais adequados para cada caso. O cliente - em funçãoda análise do benefício, custo, da vida 
útil, tempo de aplicação e condições - escolhe um sistema. A partir daí, projeta-se a impermeabilização 
para cada local. 
 
Como essas interferências podem modificar o projeto? 
 
A hidráulica interfere, por exemplo, nas cotas. No projeto elétrico, o cuidado deve ser com os conduítes. 
O paisagismo interfere na parte elétrica, e os equipamentos de ar-condicionado podem, por exemplo, 
esmagar a impermeabilização. Quando existe projeto de alvenaria, deve-se avaliar o encaixe das 
mantas na alvenaria. Ou seja, cada projeto deve ser estudado, mas às vezes o projeto já vem em uma 
fase mais avançada e em que se pode interferir muito pouco. 
 
Em que momento deve ser elaborado o projeto de impermeabilização? 
 
No anteprojeto de arquitetura. É quando se tem pré-fôrmas, pré-instalações e se consegue interferir sem 
grandes modificações. Quando já está no executivo, tem de se adaptar ao que existe. Algumas 
construtoras já estão habituadas a fazer projeto de impermeabilização, então o orçamento é feito no 
nascimento do projeto. 
 
O que os projetos têm de apresentar? 
 
Tudo é feito em fases. Na primeira se faz um estudo preliminar, com as alternativas. A segunda fase é o 
anteprojeto, quando se analisam as interferências e sugestões de modificações. No executivo, há 
especificação de todos os materiais, planilha de serviços e indicação do desempenho de cada um dos 
sistemas indicados. Há, ainda, as plantas baixas com caimentos, vigotas, locação de detalhes e os 
detalhes em si, tanto genéricos, como ralos, quanto específicos, que levam em conta a estrutura do 
cliente, os detalhes de paisagismo, de alvenaria, tudo o que interferir. 
Virgínia Pezzolo 
engenheira de 
impermeabilização da 
Proassp
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Fonte: NBR 9952 e IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização) 
 
 
 
 
DEBATE 
 
As empresas já estão devidamente conscientizadas da necessidade do projeto de 
impermeabilização? 
 
Leonilda de Fátima Gomes Ferme - Os fabricantes vêm fazendo um trabalho de conscientização. Eu 
acredito que, atualmente, isso esteja mais evidente, por causa da última revisão da NBR 9575, que 
tornou o projeto de impermeabilização obrigatório. 
 
Marcos Storte - Além da NBR 9575, temos a NBR 6118, em vigor desde abril, que tem um foco muito 
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forte na durabilidade. Também há o projeto de norma sobre desempenho das edificações, que esbarra 
na durabilidade. E durabilidade sem estanqueidade não existe. Por isso, é necessário que haja um foco 
mais apurado na impermeabilização, em relação a sua importância na durabilidade do imóvel. Dados 
históricos mostram que a impermeabilização sai, dependendo do prédio, de 1% a 0,7% de seu valor. Ou 
seja, com 1% eu preservo os outros 99% do meu patrimônio. 
 
André Fornasaro - A Ponte dos Remédios, em São Paulo, foi construída em 1967 sem 
impermeabilização. O que aconteceu? Em 1997, com a corrosão das armaduras, a ponte entrou em 
colapso e teve de ser totalmente refeita. 
 
Storte - E vai acontecer de novo. No caso da Ponte dos Remédios, foi mais grave do que somente 
impermeabilização. As juntas de dilatação não tinham tratamento, teve problema executivo e falta de 
manutenção. Se olharmos todas as pontes e viadutos que temos em São Paulo, eu recomendaria: 
passemos o mais rápido possível. 
 
Ou seja, apesar de se saber que o projeto é obrigatório, existe uma "falta de costume" em 
investir na impermeabilização. 
 
Fábio Villas Boas - No ramo da construção civil é muito difícil vender durabilidade. Conseqüentemente, 
as construtoras são levadas a reduzir custos. Não se consegue impor às grandes empresas condições 
de preço e, assim, sacrifica-se o que não é visível. Apenas empresas mais conscientes, e que têm o 
nome a zelar, preocupam-se com durabilidade. 
 
Alexandre Baumgart - O aspecto da saúde também é fundamental. Porque impermeabilização faz bem 
para a saúde, já que a umidade proporciona o surgimento de ácaros e de doenças alérgico-
respiratórias. 
 
O que é importante para a eficiência da impermeabilização? 
 
Storte - Há três aspectos importantes: a especificação correta (que depende do projeto), produtos 
normalizados e mão-de-obra treinada. Sem essas três partes, não há uma boa impermeabilização. E eu 
acho que o grande desafio hoje é encontrar uma mão-de-obra qualificada para instalação. 
 
Fornasaro - Dizer que a mão-de-obra qualificada desapareceu é exagero. Falou-se em um tripé: 
projeto, material e aplicador. Também vejo como problema não haver nas faculdades, nem de 
engenharia nem de arquitetura, a cadeira de impermeabilização. Mas se não fosse a força da NBR 
9575, iria continuar não tendo projeto. 
 
Qual é, ainda, o grande problema dos projetos? 
 
Villas Boas - O projeto ainda está muito aquém do que deveria, porque a maioria dos erros se relaciona 
a problemas construtivos: ou da aplicação ou por detalhes que não são previstos, como o 
distanciamento entre o cano do ralo e a parede. São detalhes sutis que, às vezes, não são tratados. 
Mesmo as empresas mais conscientes compram um projeto usando-o como uma solução genérica, não 
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específica. Poucas vezes vi um projetista de impermeabilização perguntar sobre a deformabilidade da 
estrutura, como será o revestimento ou o tipo de esquadria que será usado. Isso ajuda a certificar 
detalhes, arremates, emendas e passagens de tubo. 
 
Sergio Pousa - Muitas vezes o projetista entra com um projeto de impermeabilização com quase todos 
os outros projetos já prontos: alvenaria, estrutura, instalações. E aí é obrigado a fazer adaptação dos 
trabalhos de impermeabilização. São poucas as obras em que há compatibilização de projeto ou um 
profissional para desenvolver isso. 
 
Ferme - No Brasil também temos o problema de dimensionamento da impermeabilização. Aqui, sempre 
se baseia no mínimo por causa do custo. Por isso nosso mercado é tão pequeno. Hoje, dificilmente se 
convence um cliente do beneficio de se usar duas camadas de manta, mesmo com o argumento da 
durabilidade. 
 
Villas Boas - A construção vem trazendo todos os materiais, desde a estrutura até o revestimento, aos 
seus limites máximos. Os prédios novos são muito mais frágeis no aspecto de durabilidade do que os 
antigos. Trabalhávamos com margens de segurança absurdas. 
 
Quais os principais erros cometidos durante a aplicação? Como eles prejudicam o desempenho 
do sistema? 
 
Villas Boas - Um dos exemplos mais comuns se dá entre a sacada e o interior da edificação. É preciso 
ter um desnível para poder virar a impermeabilização e colocar uma soleira, o trilho do caixilho. Sem 
esse cuidado, cria-se uma eclusa entre o lado interno e o externo, que o usuário vai ter que pular. Isso, 
para muitas empresas - não são poucas, virou detalhe executivo. 
 
É comum mantas se romperem por excesso de esforços, como em piscinas. Por que isso 
acontece? 
 
Fornasaro - As causas podem ser diversas. O aplicador pode não ser qualificado e a manta asfáltica 
utilizada pode não ter capacidade de resistir aos esforços previstos na piscina. O projetista pode ter feito 
uma especificação incorreta, por exemplo, e quem executou a obra não questionou o material. Uma 
outra explicação é um problema estrutural que tenha afetado diretamente a impermeabilização. 
 
Ferme - Normalmente uma manta não se rompe por deficiência. O ideal é que se tenha, dentro de 
qualquer circunstância, o projeto com materiais e procedimentosdefinidos, produto dentro da norma e 
com todos os lotes fornecidos com ensaios de recepção. Assim, elimina-se a possibilidade de falha no 
produto. 
 
Existem ainda muitas marcas desconhecidas no mercado, ou mantas sem identificação de 
fabricante. O que pode ser feito para evitar problemas? 
 
Storte - Se um produto, na obra, está sem identificação, pode-se submetê-lo aos ensaios previstos na 
norma. Mas classificá-lo previamente minimiza absurdamente a possibilidade de um erro no que se está 
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comprando. Há ferramentas para checar o produto antes. 
 
Villas Boas - Eu acho que estamos mal-estruturados nesse aspecto. Existem poucos laboratórios 
qualificados e capacitados a fazer ensaios, e o prazo é longo: a fila é de 60 dias. Além disso, existem 
alguns aspectos dos ensaios que têm de ser feitos com o próprio fabricante, porque só ele tem os 
equipamentos necessários, como acontecia com o caixilho. As mantas vão para o laboratório e voltam 
para o fabricante, porque ninguém tem como ensaiar. Não adianta existir normas se não há como 
cumpri-las. 
 
Fornasaro - Em todo caso, os fabricantes devem fixar uma fita de identificação em volta do rolo. Seja 
qual for a procedência da manta, mesmo as importadas, tem de ter uma identificação. 
 
Villas Boas - Não adianta simplesmente garantir o produto, ter o manual técnico, a área de assistência 
técnica, se o cliente, na prática, está sendo enganado pelo processo total. E o fabricante hoje dá 
suporte, vai à obra, se preocupa a ajudar a qualificar os fornecedores, a respaldar os projetos. Os 
fabricantes enxergaram isso agora. Em geral os produtos são ensaiados, a manta é aplicada 
corretamente, mas o eletricista vai colocar um holofote na piscina e acaba rompendo a manta. 
 
 
Como controlar isso? 
 
Villas Boas - O fabricante, que é o maior interessado, deve atuar mais fortemente na capacitação de 
engenheiro de obra, porque, em geral, não se sabe como fiscalizar e quais os cuidados que se tem de 
tomar. É responsabilidade de toda a cadeia formar essa mão-de-obra, desde a escola, mas, também, 
ofertar cursos, colocar assistência técnica, acompanhar procedimento, ajudar a escrever manuais 
técnicos, atuar na normalização. 
 
Fornasaro - Há várias etapas que devem ser verificadas. Mas, mesmo com todos os cuidados, há 
sempre o risco de, nos revestimentos finais e acabamento, alguém fixar uma antena na cobertura, um 
pára-raio e furar a impermeabilização. Isso só pode ser evitado se houver, na conversa com o projetista, 
o aplicador e o construtor uma orientação com manual de atividades e procedimentos de obra. 
 
 
Texto original de Bianca Antunes 
Construção Mercado 39 - outubro de 2004 
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