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RECRUTAMENTO E SELEÇÃO “As empresas que sobrevivem mais tempo são os que trabalham fora o que unicamente pode dar ao mundo não somente o crescimento ou dinheiro, mas sua excelência, o respeito pelos outros, ou a sua capacidade de fazer as pessoas felizes. Alguns chamam essas coisas de uma alma” – CHARLES HANDY Algumas empresas diferenciam‐se por acreditarem verdadeiramente na importância de seus funcionários para a organização, na importância de se encontrar os funcionários certos para cada função e de mante‐los agregando valor para a empresa e felizes em sua função. O lado humano da empresa apresenta coerência em termos de política e práticas de recrutamento e seleção. As idéias divulgadas pela cúpula da empresa sobre a maneira de gestão e modo de agir.dentro da empresa são constantemente passados para os funcionários. Por isso é bastante valorizado que os funcionários compreendam e vivenciem verdadeiramente as práticas de gestão e se enquadrem no que é considerado a visão da empresa. O alinhamento de recursos humanos à estratégia da empresa é muito importante. Do que foi dito anteriormente vem que boa parte da eficácia de um gerente depende da competência de sua equipe de trabalho (Chiavenato, 1999, p.34). Por isso o ato de escolher funcionários para realizar determinada função e ocupar determinado cargo é tão importante. Esta é a tarefa do Recrutamento e Seleção de pessoas em uma organização. Se a escolha de pessoas é realizada a contento, da melhor e mais eficiente forma possível, visando ao benefício da empresa, a empresa já tem uma grande chance de obter sucesso, com base nas pessoas que a compõem. O Recrutamento e a Seleção de pessoas não é uma atividade que deve ficar restrita à área de Gestão de Pessoas. Quanto mais o gerente requisitante do novo funcionário participar do processo, maiores são as chances de sucesso e de integração do novo funcionário com sua nova função e com as políticas e normas da empresa. As características requeridas para o cargo e, portanto, as buscadas e analisadas no candidato devem ter objetivos claros e bem definidos (Chiavenato, 1999, p.36). O processo de Recrutamento e Seleção no Unibanco é iniciado com o recrutamento. É nesta fase que a área de Gestão de Pessoas (GP) vai até o mercado anunciar sua vaga e chamar atenção dos candidatos potenciais para que esses se interessem pela vaga e pela empresa, e tenham vontade de trabalhar nela o suficiente para mandar seus currículos. Quanto maior a diversidade de candidatos que puder ser levada a se inscrever nesta fase, melhor para a organização, que poderá fazer suas escolhas com um espaço amostral muito maior. O recrutamento pode ser interno ou externo, e cada um destes tipos tem suas vantagens e desvantagens para o processo em si e para a empresa. Cabe aos gestores, juntamente com a área de Gestão de Pessoas, analisarem o que é melhor para a empresa, e decidir qual é o tipo mais efetivo e que será usado para escolher o candidato a ocupar determinada vaga. Cabe ressaltar aqui a importância que a internet tem assumido nos últimos tempos neste processo. O recrutamento virtual de candidatos tem sido muito utilizado e defendido, já que é uma técnica com menor custo, e que possibilita maior facilidade e rapidez, tanto para o candidato como para a empresa que recruta. Depois do recrutamento do pessoal vem a etapa da triagem dos currículos recrutados. Para esta etapa são utilizadas leituras dos currículos, fase em que já são utilizados alguns pré‐ requisitos para a vaga, que podem ser facilmente verificados através dessas leituras. Há também o questionário preliminar e a entrevista de triagem. Se o candidato possui as qualificações mínimas necessárias para o cargo ele passa facilmente pelo processo de triagem (Chiavenato, 1999, p.38). Depois da triagem vem a seleção propriamente dita deste pessoal. Esta etapa merece uma atenção mais especial, já que é ela que vai definir, por diferentes modos e com diferentes estratégias, qual candidato vai ficar com a vaga. A seleção de pessoas implica uma comparação entre as características de cada candidato com um padrão de referência, e uma escolha, feita por cada gerente. Por isso, a troca aberta de informações entre o gerente e o candidato é tão importante (Chiavenato, 1999, p.233). O gerente requisitante da vaga é quem deve determinar as características necessárias para o cargo em questão. Para determinar essas características, o gerente deve levar em consideração os principais aspectos referentes à tarefa que será executada, como a sua execução em si, e a interdependência da tarefa com outras tarefas e outras pessoas (Chiavenato, 2000, p.236). Para a etapa da seleção propriamente dita do pessoal é muito importante que o gerente atue mais efetivamente no processo, até mais que a área de RH, para que possa haver a verificação da presença ou ausência de conexão do candidato com o gerente e com a vaga. A área de RH aqui é muito mais uma área de suporte do que uma área atuante. Seu papel é mais o de ensinar o gestor como realizar as fases da seleção, como as características devem ser analisadas e procuradas e ajudar o gestor a tentar entender as atitudes de cada candidato. A etapa de seleção pode se iniciar com os testes de avaliação. Depois destes testes podem ser realizadas dinâmicas de grupo. Nesta fase o candidato estará sendo observado nos mínimos detalhes, inclusive nos possíveis intervalos, por todos os participantes da dinâmica que já estão na empresa. Esses participantes são os requisitantes do cargo, pessoas que trabalharão diretamente com os candidatos, gestores de RH, possivelmente um psicólogo (que pode ser o condutor da dinâmica) e o diretor da área em questão, dependendo do cargo. A dinâmica de grupo procura colocar os candidatos em situações próximas das que acontecerão no real ambiente de trabalho, e os participantes têm como tarefa verificar o desempenho do candidato, e relacioná‐la com as características e habilidades buscadas para a vaga. Depois da dinâmica de grupo são realizadas as entrevistas individuais. Pode ser que o pessoal de RH realize estas entrevistas, mas isso é cada vez mais raro, dada a importância desta fase e ao papel que o gestor requisitante da vaga desempenha para a escolha adequada do candidato. Pode ser inclusive que o candidato realize mais de uma entrevista, com mais de uma pessoa, de diferentes cargos e com diferentes funções dentro da organização. Durante todo o processo os candidatos estarão sendo observados e avaliados pelos participantes do processo de R&S. Estes participantes estarão avaliando as características classificadas como CHAOS (conhecimento, habilidade, aptidão e outras características pessoais), (Spector, 2000). É muito importante que todo o processo seja realizado com muita seriedade e responsabilidade dentro da organização. Este processo deve lidar com mudanças que irão provocar desajustes, tanto na maneira como a empresa escolhe e seleciona seu pessoal, como na adequação das pessoas já escolhidas aos cargos que desempenhavam (Chiavenato, 1999). As pessoas que trabalham na empresa são o seu principal diferencial competitivo. Cada vez que um profissional sai de uma organização, esta perde muito dinheiro, pois houve um grande investimento nesta pessoa, desde o seu recrutamento e seleção, até os benefícios acumulados, os cursos e as viagens realizadas. Além disso, há o custo adicional do recrutamento, seleção e contrataçãode um novo profissional para ocupar o seu lugar. Por isso, quanto mais sinergia houver entre o candidato e a empresa, entre o candidato e o gerente, entre o candidato e colegas de trabalho, maior será a chance da relação profissional–organização dar certo (Megginson, Mosley, Pietri, 1998, p.80). ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS O preenchimento de vagas é, portanto um aspecto muito importante da administração: planejamento das necessidades de pessoal, recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento de empregados capacitados, colocando‐os em ambientes produtivos, e recompensados pelo desempenho. É isso que almeja, e que tenta alcançar a área de Recrutamento e Seleção das empresas. Administração de Recursos Humanos Apesar de ser denominado Recursos Humanos (RH), o setor onde são realizadas as atividades possui maiores características do Departamento Pessoal (DP). O Departamento Pessoal é um subsistema do RH e, segundo Marras (2002, p. 189). “Tem por objetivo efetivar todos os registros legais e necessários para a administração burocrática exigida pelas práticas administrativas e pelas legislações que regem a relação ‘capital e trabalho’”. Em contrapartida, a administração de Recursos Humanos possui uma “gestão mais dinâmica e focada no Desenvolvimento e na motivação das pessoas. Preocupa‐se com os interesses dos colaboradores” (KNAPIK, 2006, p. 41). Como exemplo temos a CODESAVI realiza todas as funções do DP, tais como: admissões e demissões de empregados, registros legais em controles diversos, aplicação e manutenção das leis trabalhistas e previdenciárias, Folha de Pagamento (férias, 13º salário etc.) e normas disciplinares (norma de horas extras, faltas, atrasos etc.). Contudo, a organização também aplica, parcialmente, o uso da Administração de Recursos Humanos Tradicional através dos subsistemas de recrutamento e seleção, remuneração, benefícios, treinamento (mais voltado aos setores administrativos e financeiros), departamento pessoal, higiene e segurança do trabalho, relações trabalhistas (representado pelo setor jurídico) e contencioso trabalhista e assistência social. A fim de realizar com eficiência e eficácia as tarefas demandadas, a equipe de RH é composta por um supervisor, quatro encarregados, um estagiário e dois aprendizes. O controle através do ponto eletrônico inicia‐se com a coleta (por meio de leitura de pen drive) de registros de ponto que são importados para o Sistema utilizado pela empresa. As inconsistências (horários não registrados ou apontados em duplicidade etc.) são verificadas,impressas e entregues aos colaboradores para que os mesmos justifiquem as marcações imparciais. Com as justificativas (declarações, atestados médicos etc) em prontidão e ciência do supervisor, transportam‐se as horas extras, atrasos e faltas ao programa de gestão de pessoas para que sejam calculados. Os espelhos de ponto são impressos e encaminhados aos funcionários para que cada um confirme, através da assinatura, o ponto registrado. Essa atividade está relacionada às disciplinas Legislação Social e Trabalhista, Administração de Recursos Humanos e Introdução ao Direito Público e Privado. Folha de pagamento, por envolver o salário dos funcionários, tal tarefa exige muita atenção e responsabilidade. MODELOS DE GESTÃO MAIS UTILIZADOS NO RH A folha de pagamento, conforme Marras (2002): “É um processo contábil de entrada e saída, de crédito e débito, onde por um lado entra a remuneração do empregado (salário mais todas as verbas de crédito como horas extras, adicionais, bônus, gratificações etc.) e de outro os descontos legais (INSS, IR etc.) e os descontos eventuais como vale‐refeição, vales, faltas e atrasos etc.”. (MARRAS, 2002, p. 193). As verbas do Sistema podem ser informadas (manuais, como por exemplo, hora extra, diferença de função, atraso, desconto de telefone) ou geradas (automáticas / fixas, tais verbas são visualizadas após o cálculo da folha de pagamento). Após o lançamento das verbas informadas, calcula‐se a folha e verifica‐se a exatidão dos resultados obtidos. “Em diversas áreas da empresa eventuais pendências irregularidades na situação do empregado demitido ou demissionário. Por exemplo: empréstimos realizados pela área de benefícios, ferramentas em seu poder, material retirado do almoxarifado etc, com o objetivo de registrar os descontos devidos em sua quitação” (MARRAS, 2002, p. 190). Gestão de Pessoas, segundo CHIAVENATO, 1999 é uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. “BOSI, 1996 define como sendo o conjunto de técnicas e instrumentos que permitem às organizações atrair, manter e desenvolver os talentos humanos”. Segundo MENICUCCI, 2000 os gestores tem que ficar atentos às conversas informais, pois neste tipo de conversa pode ocorrer uma entrevista com um futuro funcionário seu A Gestão de Pessoas é contingencial e situacional, pois dependem de vários aspectos como a cultura que existe em cada organização, a estrutura organizacional adotada, as características do contexto ambiental, o negócio da organização, a tecnologia utilizada, os processos internos e uma infinidade de outras variáveis importantes. Sendo assim as empresas possuem a capacidade de influenciar os seus colaboradores. As pessoas constituem o principal ativo da organização. Desta forma os gestores devem ficar atentos aos elevados índices de rotatividade, de absenteísmo e de acidentes de trabalho, problemas com qualidade dos produtos, retrabalho, desperdício de materiais, baixos salários, condições de trabalho inadequadas e relações de trabalho insatisfatórias são fatores que estão diretamente relacionados à administração de recursos humanos, que, na maioria das empresas, é limitada ao cumprimento, apenas, dos aspectos legais da relação governo x empresa x empregado. Daí a necessidade de tornar as organizações mais conscientes e atentas a seus funcionários Segundo CHIAVENATO, 1996 os processos de provisões estão deixando de serem uma atividade da ARH (Administração de Recursos Humanos) para se tornar uma função do pessoal de linha, e este baseado em três princípios genéricos como: 1. Investimento de tempo dos gestores e de suas equipes na escolha das pessoas. 2. O pessoal de linha é quem dirige o processo de seleção desde o seu início. 3. Definição clara e sem meandros das características e qualidades que se busca nos candidatos. Segundo CHIAVENATO, 1999, as pessoas são vistas como parceiros. Segundo MENICUCCI, 2000 os indivíduos alcança no trabalho varias formas de satisfação de necessidades, entre elas as necessidades físicas, necessidades sociais e necessidades ditas egoísticas; as principais necessidades são: DINHEIRO, SEGURANÇA Todo processo produtivo somente se realiza com a participação conjunta de diversos parceiros, cada qual contribuindo com algum recurso; Os fornecedores contribuem com matérias‐primas, insumos básicos, serviços e tecnologias. Os acionistas e investidores contribuem com capital e investimentos que permitem o aporte financeiro para a aquisição de recursos. Os empregados contribuem com seus conhecimentos, capacidades e habilidades, proporcionando decisões e ações que dinamizam a organização. Os clientes e consumidores contribuem para a organização, adquirindo seus bens ou serviços colocados no mercado. Cada um dos parceiros da organização contribui com algo na expectativa de obter um retornopela sua contribuição, estando disposto a continuar investindo seus recursos na medida em que obtém retornos e resultados satisfatórios de seus investimentos CHIAVENATO, 1999. Dentro deste contexto, o gestor tem que ter o bom senso e escolher entre tratar as pessoas como recursos organizacionais ou como parceiros da organização. Segundo BATITUCCI, 2000 . Um dos mais importantes instrumentos gerenciais/administrativos que estão à nossa disposição, em qualquer atividade empresarial, é o acompanhamento e a avaliação, especialmente se forem utilizados para fins de replanejamento e de redirecionamento de eventuais disfunções que possam estar ocorrendo nas diversas etapas do processo laborativo, e estes processos utilizados em unidades de saúde podem auxiliar os gestores em atingir mais facilmente seus objetivos Ainda segundo CHIAVENATO, 1999 as organizações e os gestores podem tratar os empregados como recursos produtivos da organização: os chamados recursos humanos, nesta opção à necessidade de administrar os recursos humanos para obter deles o máximo rendimento possível, ou como parceiros da organização, como tais, eles são fornecedores de conhecimento, habilidade, capacidade e sobretudo, o mais importante a inteligência, que proporciona decisões racionais e imprime o significado e rumo aos objetivos globais. As organizações bem‐ sucedidas se deram conta disso e tratam seus funcionários como parceiros do negócio e não mais como simples empregados contratados De acordo com CHIAVENATO, 1999 a gestão de pessoas se baseia em três aspectos fundamentais: I. As pessoas como seres humanos: dotados de personalidade própria, profundamente diferente entre si, com uma história particular e diferenciada, possuidores de conhecimentos, habilidades, destrezas e capacidades indispensáveis à adequada gestão dos recursos organizacionais. Pessoas como pessoas e não como meros recursos da organização II. As pessoas como ativadores inteligentes de recursos organizacionais: como elementos impulsionadores da organização e capazes de dotá‐la de inteligência, talento e aprendizados indispensáveis à sua constante renovação e competitividade em um mundo de mudanças e desafios. As pessoas como fonte de impulso próprio que dinamiza a organização e não como agentes passivos, inertes e estáticos III. As pessoas como parceiras da organização: capazes de conduzi‐la a excelência e ao sucesso. Como parceiros, as pessoas fazem investimentos na organização – como esforço, dedicação, responsabilidade, comprometimento, riscos etc. – na expectativa de colher retornos desses investimentos – como salários, incentivos financeiros, crescimento profissional, carreira etc. Qualquer investimento somente se justifica quando traz um retorno razoável. Na medida em que o retorno é bom e sustentado, a tendência certamente será a manutenção ou aumento do investimento. Daí o caráter de reciprocidade na interação entre pessoas e organizações. As organizações bem‐sucedidas estão percebendo que somente podem crescer, prosperas e manter sua continuidade se forem capazes de otimizar o retorno sobre os investimentos de todos os parceiros, principalmente o dos empregados. Segundo MENICUCCI, 2000 há dois tipos de liderança: 1. Orientado para tarefa (OT). O líder dirige seu esforço e o de seus subordinados com a finalidade de alcançar o objetivo proposto pelo grupo.2. Orientado para as Relações Humanas (OR). O líder estabelece relações pessoais no trabalho e propõe‐se a ouvir, a confiar e a encorajar MENICUCCI, 2000 classifica os líderes em1. Dedicado. Pensa muito na tarefa e pouco nos liderados 2. Relacionado. Pensa muito nos subordinados e pouco na tarefa 3. Integrado. Preocupa‐se não só com a tare, como também com os subordinados 4. Separado. É desligado das obrigações da tarefa e das relações interpessoais. 5. Segundo MENICUCCI, 2000 os gestores tem que ficar atentos para não exigirem muito de seus colaboradores, pois estes são seres humanos e não maquinas, tem problemas pessoais e dificuldades que afetam no seu dia‐a‐dia e conseqüentemente no seu desempenho no trabalho Os objetivos da gestão de pessoas são variados. Segundo MARRAS, 2000 as organizações tem que dar mais atenção às necessidades dos funcionários, pois estes ficam submetidos a um stress elevadíssimo para atender às necessidades da organização, nas entidades de saúde a realidade é a mesma, o gestor tem que ficar atento a sinais de sobrecarga de trabalho, entre outros que os funcionários possam transmitir. Deve ficar bem claro para o funcionário, os valores da organização, pois na realidade a organização e o funcionário têm objetivos totalmente diferentes, enquanto o funcionário quer ganhar muito a organização quer pagar o mínimo possível, sendo assim o gestor tem que mediar esta queda de braço MARRAS, 2000. Segundo MARRAS, 2000 os gestores podem utilizar a seu favor a teoria de Maslow; mas nas entidades de saúde o gestor tem que ficar atento às necessidades reais de seus funcionários, que em sua maioria acredita‐se que já tenha suprido as necessidades de fatores higiênicos, mas que ainda não tenham atendido as suas necessidades motivacionais. Segundo BATITUCCI, 2000 As áreas de Recursos Humanos das Organizações que, por definição funcional, deveriam estar promovendo e/ou se inserindo nesses projetos de avaliação e acompanhamento muitas vezes são resistentes e não se dispõem a receber avaliações e feedbacks de seus clientes, parceiros ou superiores. Segundo BATITUCCI, 2000 os gestores tem que ficar atentos para não serem atraídos aos modismos que ocorrem no meio gerencial como: ISO 9000, reengenharia, downsizing, outsourcing, etc., e sim a técnicas que estejam totalmente ligadas a sua real necessidade. A Administração de Recursos Humanos (ARH) deve contribuir para a eficácia organizacional através dos seguintes meios: Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão, proporcionar competitividade à organização. Proporcionar à organização empregada bem treinada e bem motivada. Aumentar a auto‐ atualização e a satisfação dos empregados no trabalho. . Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho. Administrar a mudança.I. Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável. Segundo BOSI, 1996 fica claro, portanto nesse cenário que o diferencial hoje é o talento humano. De acordo com CHIAVENATO, 1999 cada administrador – seja ele, um diretor, gerente, chefe ou supervisor – desempenha as quatro funções administrativas que constituem o processo administrativo: planejar, organizar, dirigir e controlar. Segundo MILKOVICH, BOUDREAU, 2000 Sem pessoas eficazes, é simplesmente impossível para qualquer empresa atingir seus objetivos. A ARH refere‐se às políticas e práticas necessárias para se administrar o trabalho das pessoas, a saber. I. Analise e descrição de cargos II. Desenho de cargos III. Recrutamento e seleção de pessoal. IV. Admissão de candidatos selecionados. V. Orientação e integração de novos funcionários VI. Administração de cargos e salários. VII. Incentivos salariais e benefícios sociais VIII. Avaliação do desempenho dos funcionários. IX. Comunicação aos funcionários X. Treinamento. XI. Desenvolvimento organizacional. XII. Higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho. XIII. Relações com empregados e relações sindicais. Há também os seis processos básicos da gestão de pessoas, que são os seguintes:Todos esses processos estão intimamente relacionados entre si, de tal maneira que se interpenetram e se influenciam reciprocamente. Cada processo tende a favorecer ou prejudicar os demais, quando bem ou mal utilizados. Segundo BOSI, 1996 é necessário administrar Gestão de Pessoas de forma ampla, mas para isso precisamos conhecer alguns conceitos. Descrição dos Cargos. Segundo BOSI, 1996 descrever um cargo consiste em enumerar todas as tarefas e responsabilidades atribuídas ao seu ocupante. Vale ressaltar, que quando vamos descrever um cargo, não podemos levar em consideração a pessoa que ocupa atualmente, e sim o que esse cargo deve realizar, quais são as suas atribuiçõesAdministração de Salários Segundo BOSI, 1996 Adm. De Salários é o conjunto de normas e procedimentos que visam estabelecer e/ou manter estruturas de salários eqüitativas e justas na organização. Em uma organização, cada cargo tem o seu valor individual. Outro fator importante, é que seja baseado em um sistema lógico de comparações internas e externas dos cargos e de seus respectivos salários. Recrutamento Segundo BOSI, 1996 é o conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos na organização. Esse processo de busca dos candidatos pode ser realizado dentro ou fora da empresa BOSI, 1996. Define as etapas do recrutamento: a) Planejamento – analisar e programar o quadro de pessoal, considerando a quantidade de vagas, níveis de responsabilidade e de atuação, faixas salariais, etc. b) Execução – as empresas podem ter um profissional responsável ou terceirizar essa atividade. A decisão deve levar em conta o custo, a agilidade e a qualidade do recrutamento c) Fontes de recrutamento – são os locais onde buscamos os candidatos para preenchimento das vagas nas empresas. Podem ser internas ou externas. Seleção é o processo que visa escolher, entre os candidatos recrutados, os mais qualificados ou que se identificam mais com as características da vaga (escolher os mais aptos), visando manter ou aumentar a eficácia e o desempenho do pessoal, bem como a eficácia da organização Segundo BOSI, 1996 a seleção constitui a escolha da pessoa certa para o lugar certo RECURSOS GUMANOS E SUAS ATUAÇÕES ESTRATÉGICAS, TÁTICA E OPERACIONAL a) Entrevistas de seleção É o momento que vamos coletar informações complementar e conhecer o estilo de cada candidato, observando conhecimentos, habilidades e atitudes que interferem em seu comportamento e conduta, procurando identificar características profissionais, sociais, intelectuais e pessoais. b) Testes de seleção têm como objetivo medir aspectos intelectuais, de personalidade ou técnicos relativos à cada profissão ou cargo. Os testes devem ser preparados considerando o cargo e as características dos mesmos, assim como os aspectos pessoais envolvidos em cada função Existem dois tipos de testes: Conhecimento – verificam o real conhecimento dos candidatos, mas devem ser preparados de acordo com a realidade de cada empresa e de cada função. Psicológicos – é um complemento para o processo de seleção, que possibilita visualizar ou constatar características de comportamento pessoal, social ou cognitivas dos candidatosc) Técnicas de simulação ou dinâmicas de grupo são atividades em grupo, conduzidas por profissionais qualificados, que visam simular situações ou casos específicos, onde os participantes vivenciam e participam com suas opiniões e sua visão pessoal sobre as mesmasContratação/Registro Segundo BOSI, 1996 após todas essas análises, a empresa terá o candidato apto para assumir o cargo Integração do Novo Empregado Feita a contratação e antes de se dedicar ao trabalho, o funcionário deverá passar por um processo de integração à empresa, como objetivo de facilitar a sua adaptação. Neste processo, o empregado vem a ter uma visão global da empresa, de sua história, de seus objetivos, de sua sistemática de trabalho. Segundo BOSI, 1996 as organizações deverão informar os direitos e deveres do funcionário na empresa, datas de pagamentos, adiantamentos, entre outros Treinamento e Desenvolvimento Segundo BOSI, 1996 Nem sempre as pessoas sabem exatamente o que fazer no seu trabalho. As organizações precisam treinar seus empregados a executar as suas tarefas da maneira como elas desejam e como a consideram correta. As pessoas motivadas apresentam uma enorme aptidão para o desenvolvimento, que é o potencial para aprender novas habilidades, obter novos conhecimentos, modificar atitudes/comportamentos e liberar sua criatividade Avaliação de Desempenho Segundo BOSI, 1996 são técnicas utilizadas com a finalidade de obter informações sobre o comportamento profissional do funcionário, face ao posto de trabalho que ocupa na empresa. Mas na realidade o empregado é avaliado a todo o momento, desde o momento em que entra até o momento em que sai. As pessoas como agentes pró-ativos e empreendedoras. São pessoas que gerem e fortalecem a inovação e que produzem, vendem, servem ao cliente, tomam decisões, lideram, motivam , comunicam, supervisionam e dirigem o negócio da empresa. Chivenato (1999:27) As pessoas que participam do processo de gestão estratégica de uma Organização, devem ser consultadas, sobre as mudanças que poderiam ser promovidas, essas pessoas são consideradas o coração da organização. São elas que conhecem realmente os problemas que começam na parte operacional de uma empresa. Por outro lado, além de terem cérebro e coração, as pessoas têm sentimento, o que tem de ser muito respeitado, pois só serão alcançados objetivos estratégicos através de uma ponte que una as metas da organização com os objetivos pessoais de cada uma das pessoas envolvidas no processo. Na implantação de ações estratégicas, é importante levar as pessoas a colaborarem com este processo (pois do contrário elas resistirão), e procurar também perceber o impacto que essa mudança ocasionará na vida de cada uma dela Segundo Chiavenato (2001), a visão estratégica implica pensar e raciocinar em relação ao futuro, destacando metas e objetivos a longo prazo. Trata-se de uma maneira diferente de ver partes internas e externas do mercado, a partir de uma visão do toda uma visão holística, e não apenas das partes integrantes, procurando coordenar ações futuras que solucionem problemas da empresa. A imagem que a organização tem a respeito de si mesma e do seu futuro corresponde à sua visão estratégica. Toda organização deve ter uma visão adequada de si mesma, dos recursos de que dispõe, do tipo de relacionamento que deseja manter com seus clientes e fornecedores, de como irá atingir os seus objetivos organizacionais, das oportunidades e desafios que deve enfrentar. A visão estratégica procura eliminar a improvisação, promovendo um processo de aprendizagem contínua, buscando, desse modo, vantagens competitivas. Esse processo de aprendizagem permite resultados essenciais ao negócio, tais como: • melhor interpretação do ambiente em condição de turbulência; • um tempo de antecipação cada vez mais rápido; • respostas cada vez mais ajustadas. O levantamento de informações relevantes, necessárias e precisas proporcionará novos conhecimentos, que auxiliarão de uma maneira mais adequada as visões e ações estratégicas, objetivando projeções mais seguras dos cenários e ambientes futuros e assegurando melhor posição no mercado. Planejmanto tático representa uma tentativa da organização de integrar o processo decisório e alinhá-loà estratégia adotada, para orientar o nível operacional em suas atividades e tarefas, a fim de atingir os objetivos organizacionais anteriormente propostos (CHIAVENATO, 1994). BIBLIOGRAFIA Humaniza Sus: Política nacional de humanização. Brasília: Ministério da Saúde, 2004 Manual técnica para implantação dos padrões de qualidade do atendimento ao cidadão. 1. Ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.BATITUCCI, Marcio Dayrell. Recursos Humanos 100% A função do RH no terceiro milênio. Rio do Janeiro: Qualitymark, 2000.BOSI, Gelisa de Lara Couto. Administração de recursos Humanos em pequenas empresas. São Paulo:Atlas,1996 CHIAVENATO, Idalberto. Como transformar RH (de um centro de despesas) em um centro de lucro. São Paulo: Makron Books, 1996. CHIAVENATO, Idalberto Gestão de pessoas – O novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. KLINGE, Fontinele Junior. Administração hospitalar. Goiânia: AB Editora, 2004. MALDONADO, Maria Tereza, Canella Paulo. Recursos de Relacionamento Para Profissionais de Saúde. Rio de Janeiro: Reichman & Affonso Editores, 2003. MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 3. Ed. São Paulo: Futura, 2000. MARTINS, Domingos. Custos e orçamentos hospitalares. São Paulo: Atlas, 2000. MINICUCCI, Agostinho. Relações Humanas: Psicologia das relações interpessoais. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2000. NEGRI, Barjas. Manual PNHAH: Programa nacional de humanização da assistência hospitalar. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
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