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LIVRO I

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DIREITO CIVIL I
LIVRO I
DAS PESSOAS
TÍTULO I
DAS PESSOAS NATURAIS
CAPÍTULO I
		DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
PERSONALIDADE JURÍDICA: Aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil.
- O conceito de personalidade está umbilicalmente ligado ao de pessoa. Todo aquele que nasce com vida torna-se pessoa, ou seja, adquire personalidade.
- É, portanto, qualidade ou atributo do ser humano.
CAPACIDADE JURÍDICA E LEGITIMAÇÃO:
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
- O art. 1º do CC entrosa o conceito de capacidade com o de personalidade. Afirmar que o homem tem personalidade é o mesmo que dizer que ele tem capacidade para ser titular de direitos.
CAPACIDADE: É a medida da personalidade, pois para uns ela é plena e, para outros, limitada.
OBS: Personalidade e capacidade completam-se: de nada valeria a personalidade sem a capacidade jurídica, que se ajusta assim ao conteúdo da personalidade, na mesma e certa medida em que a utilização do direito integra a ideia de ser alguém titular dele.
CAPACIDADE DE DIREITO/DE GOZO/DE AQUISIÇÃO DE DIREITOS: É a que todos têm, e adquirem ao nascer com vida. Essa espécie de capacidade é reconhecida a todo ser humano, sem qualquer distinção.
CAPACIDADE DE FATO/CAPACIDADE DE EXERCÍCIO OU DE AÇÃO: É a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil.
Por faltarem a certas pessoas alguns requisitos materiais, como maioridade, saúde, desenvolvimento mental... a lei, com o intuito de protegê-las exige sempre a participação de outra pessoa que as represente ou assiste.
CAPACIDADE PLENA: A tem quem possui as duas espécies descritas acima.
 
OBS: Quem ostenta só a direito, tem capacidade limitada e necessita como visto, de outra pessoa que substitua ou complete a sua vontade (incapazes).
EX: A lei permite a qualquer pessoa a titularidade de bens, assim, um recém-nascido ou alguém mentalmente incapaz, poderá ser proprietário de um apartamento, mas falece-lhe condição para administrar o imóvel por si mesmo. Ambos possuem capacidade de direito, todavia são incapazes de fato.
OBS: Capacidade não se confunde com legitimação. Legitimação consiste em se averiguar se uma pessoa, perante determinada situação jurídica, tem ou não capacidade para estabelecê-la.
 
DAS PESSOAS COMO SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA
OS SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA: Como o direito regula a vida em sociedade e esta é composta de pessoas, o estudo do direito deve começar por elas, que são os sujeitos das relações jurídicas.
- Código Civil: Pessoas como sujeitos de direitos.
- Os contratos, por exemplo, criam um vínculo obrigacional que confere ao credor (sujeito ativo) exigir ao devedor (sujeito passivo) uma determinada prestação.
RELAÇÃO JURÍDICA: É toda relação da vida social regulada pelo direito. Estabelece-se entre indivíduos, porque o direito tem por escopo regular os interesses humanos. Portanto, o sujeito da relação jurídica é sempre o ser humano, na condição de ente social.
PESSOA: É sinônimo de sujeito de direito ou sujeito de relação jurídica. A ordem jurídica reconhece duas espécies de pessoas: Pessoa natural e a Pessoa jurídica.
CONCEITO DE PESSOA NATURAL: É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações. Para qualquer pessoa ser assim designada, basta nascer com vida e, desse modo, adquirir personalidade.
COMEÇO DA PERSONALIDADE NATURAL:
Art. 2o  A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
- Tem–se o nascimento com vida como o marco inicial da personalidade
NASCITURO: Que ou aquele que há de nascer. A concepção (fertilização) é o início da gravidez, quando um óvulo é fertilizado por um espermatozoide.
- O código civil de 2002 optou pela teoria natalista: início da personalidade a partir do nascimento com vida, resguardando os direitos do ser em formação.
DAS INCAPACIDADES
CONCEITO e ESPÉCIES:
- As pessoas portadoras da capacidade de direito/aquisição de direitos, mas não possuidoras da de fato ou de ação, têm capacidade limitada e são chamadas de INCAPAZES.
- Com o intuito de protegê-las, a lei não lhes permite o exercício pessoal de direitos, exigindo que sejam representados ou assistidos nos atos jurídicos em geral.
- No direito brasileiro não existe incapacidade de direito, porque todos se tornam, ao nascer, capazes de adquirir direitos. Há, portanto, somente incapacidade de fato ou de exercício.
INCAPACIDADE: É a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil, imposta pela lei somente aos que, excepcionalmente, necessitam de proteção, pois a capacidade é a regra.
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES: A incapacidade absoluta acarreta a proibição total do exercício, por si só, do direito. O ato somente poderá ser praticado pelo representante legal do absolutamente incapaz.
 Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
RELATIVAMENTE INCAPAZES: A incapacidade relativa permite que o incapaz pratique atos da vida civil, desde que assistido por seu representante legal, sob pena de anulabilidade. Certos atos, porém, pode praticar sem a assistência de seu representante legal.
Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
IV - os pródigos.
Parágrafo único.  A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. 
- Estão em uma situação intermediária entre a capacidade plena e a incapacidade total.
OS MAIORES DE DEZESSEIS E MENORES DE DEZOITO ANOS:
- Os negócios jurídicos praticados pelos relativamente incapazes sem a participação de quem lhes assiste são considerados anuláveis.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
OS ÉBRIOS HABITUAIS E OS VICIADOS EM TÓXICO:
- A lei civil distingue os ébrios habituais e os viciados em tóxicos daqueles que eventualmente se embriagam ou usam drogas.
- Os que eventualmente bebem e se embriagam ou são usuários de drogas, mas sem vício, desde que não se encontrem sob efeito da droga ou do álcool, são plenamente capazes para a prática dos atos da vida jurídica.
- Fora do efeito do álcool ou das drogas o ébrio habitual e os viciados em tóxicos são relativamente incapazes. Em seus momentos de lucidez, podem praticar atos da vida jurídica, desde que assistidos por seu curador.
AQUELES QUE, POR CAUSA TRANSITÓRIA OU PERMANENTE, NÃO PUDEREM EXPRIMIR SUA VONTADE.
EX: Pessoa temporariamente impedida de manifestação por motivo de saúde.
OS PRÓDIGOS:
- Pessoas que, por irreprimível impulso, desfazem de seus bens, mediante gastos injustificáveis, compras ou vendas desastrosas, esbanjando o seu patrimônio.
- Possuem legitimidade para requerer a interdição: pais ou tutores, cônjuge, qualquer parente ou até mesmo a própria pessoa.
A SITUAÇÃO JURÍDICA DOS ÍNDIOS:
- O código civil não dispõe sobre índios, deixando a disciplina para a legislação específica.
- Os índios, em geral, se acham sob regime tutelar exercido pela FUNAI.
QUANTO AOS EFEITOS – ABSOLUTA E RELATIVAMENTE INCAPAZ:
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária de negócio anulável, nos termos dos arts. 172 a 174 importa a extinção de todas as ações, ou exceções, de que contra ele dispusesse o devedor.
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE: Cessa a incapacidade desaparecendoos motivos que a determinaram.
Ex: Quando a causa é a menoridade, desaparece pela maioridade e pela emancipação. 
MAIORIDADE: A maioridade começa aos 18 anos completos, tornando-se a pessoa apta para as atividades da vida civil que não exigirem limite especial, como as de natureza política. Cessa a menoridade no primeiro momento do dia em que o indivíduo perfaz os 18 anos.
EMANCIPAÇÃO: É a aquisição da capacidade civil antes da idade legal. Pode decorrer de concessão dos pais ou de sentença do juiz, bem como de determinados fatos a que a lei atribui esse efeito.
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE NATURAL
MODOS DE EXTINÇÃO: 
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
- Somente com a morte real termina a existência da pessoa natural, que pode ser também simultânea (comoriência). Pode-se falar em morte real, morte simultânea/comoriência e morte presumida.
MORTE REAL:
- A morte real é apontada no ART. 6º do CC como responsável pelo término da existência da pessoa natural. A sua prova faz-se pelo atestado de óbito, ação declaratória de morte presumida, justificação de óbito.
- A morte real ocorre com o diagnóstico de paralisação da atividade encefálica. Ela extingue a capacidade e dissolve tudo, não sendo mais o morto sujeito de direitos e obrigações. Acarreta a extinção do poder familiar, a dissolução do vínculo matrimonial, a abertura da sucessão, a extinção dos contratos personalíssimos, a extinção da obrigação de pagar alimentos, que se transfere aos herdeiros do devedor.
MORTE SIMULTÂNEA OU COMORIÊNCIA: 
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
- O principal efeito da presunção de morte simultânea/comoriente é que, não tendo havido tempo ou oportunidade para a transferência de bens e direitos entre os comorientes.
MORTE PRESUMIDA:
- A morte presumida pode se com ou sem declaração de ausência. Presume-se a morte, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucessão definitiva.
- A declaração de ausência, ou seja, de que o ausente desapareceu de seu domicílio sem dar notícia de seu paradeiro e sem deixar representante, produz efeitos patrimoniais, permitindo a abertura da sucessão provisória e, depois, a definitiva.
- Sem decretação de ausência: 
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
- Com decretação de ausência:
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. 
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
- O princípio básico do qual derivam todos os direitos da personalidade é o relativo do direito à vida.
- Os direitos de personalidade, constituem direitos subjetivos.
- Os direitos da personalidade são intransmissíveis, irrenunciáveis, imprescritíveis e absolutos.
CINCO CLASSES DE DIREITOS SUBJETIVOS PROTEGIDOS
TUTELA FÍSICA: 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
TUTELA MISTA OU CONCOMINANTE:
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
TUTELA DO NOME E PSEUDÔNIMO:
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
TUTELA DA HONRA:
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
TUTELA DA PRIVACIDADE:
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.
DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL
CONCEITO: Lugar onde a pessoa natural, de modo definitivo, estabelece a sua residência e o centro principal da sua atividade.
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.
PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS:
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
DOMICÍLIO PROFISSIONAL:
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
PESSOA SEM RESIDÊNCIA HABITUAL:
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.
DOMICÍLIO NECESSÁRIO:
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
DIREITO CIVIL I
LIVRO I
DAS PESSOAS
TÍTULO II
DAS PESSOAS JURÍDICAS
CONCEITO: Consiste num conjunto de pessoas ou de bens, dotado de personalidade jurídica própria e constituído na forma de lei, para a consecução de fins comuns.
- Pessoas jurídicas são entidades a que a lei confere personalidade, capacitando-as a serem sujeitos de direitos e obrigações.
COMEÇO DA EXISTÊNCIA LEGAL: A pessoa jurídica depende da vontade humana, sem necessidade de qualquer ato administrativo de autorização.
Contrato social: É a convenção por meio da qual duas ou mais pessoas se obrigam reciprocamente a conjugar esforços, contribuindo, com bens ou serviços, para a consecução de fim comum mediante o exercício de atividade econômica, e a partilhar, entre si, os resultados.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
REQUISITOS DO REGISTRO:
Art. 46. O registro declarará:
I - a denominação, osfins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
OBRIGAÇÃO DOS ADMINISTRADORES:
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.
- A responsabilidade do administrador de sociedade alcança os aspectos: responsabilidade civil, societária, tributária, trabalhista e criminal.
- A sociedade será obrigada a responder, perante terceiros, pelos atos praticados por seu administrador, restando à sociedade, porém, o direito de agir regressivamente contra o administrador, para reaver as perdas e danos sofridos pela sociedade.
- Responsabilidade por prejuízos causados com culpa: os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS:
- As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
- As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;   
V - os partidos políticos.      
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.  
ASSOCIAÇÕES: Não têm fins lucrativos, mas religiosos, morais, culturais, assistenciais, desportivos ou recreativos.
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.
SOCIEDADES: Têm fins econômicos, e visam lucro, que deve ser distribuído entre os sócios.
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
FUNDAÇÕES: Constituem um acervo de bens, que recebe personalidade para a realização de fins determinados. Compõem-se de dois elementos: o patrimônio e o fim (estabelecido pelo instituidor e não lucrativo).
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
AS ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS:
ART.44.
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.  
PARTIDOS POLÍTICOS: Têm eles natureza própria, seus fins são políticos.
ART. 44.
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
- A doutrina desenvolvida pelos tribunais norte-americanos, da qual partiu o Prof. Rolf Serick para compará-la com a moderna jurisprudência dos tribunais alemães, visa impedir a fraude ou abuso através o uso da personalidade jurídica;
- Em termos de legislação, é o Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/90, que, pela primeira vez, de forma expressa, abordou a temática no seu art. 28.
- Permite tal teoria que o juiz, em casos de fraude e de má-fé, desconsidere o princípio de que as pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros e os efeitos dessa autonomia, para atingir e vincular os bens particulares dos sócios à satisfação das dívidas da sociedade;
- É apurado abuso, fraude ou má-fé quando parte devedora, pessoa jurídica, desvia, ilicitamente, seu patrimônio para a pessoa física, operando em exclusivo proveito do sócio, com intuito de se esquivar de sua obrigação.
- A Teoria não visa a anular a personalidade jurídica, mas somente objetiva desconsiderar no caso concreto, dentro de seus limites, a pessoa jurídica, em relação às pessoas ou bens que atrás dela se escondem.
- Segundo Rodolfo Pamplona Filho e Pablo Stolze Gagliano, tanto no desvio de finalidade, quanto na confusão de patrimônio “faz-se imprescindível a ocorrência de prejuízo – Individual ou social -, justificador da suspensão temporária da personalidade jurídica da sociedade”
 
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PESSOA JURÍDICA:
- A desconsideração inversa da personalidade jurídica passou a ser reconhecida primeiramente pela doutrina e pela jurisprudência e, somente com a entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil;
- A diferença é que, na Teoria Pura, os bens dos sócios é que são atingidos com intuito de solver as obrigações assumidas, inicialmente, pela pessoa jurídica, desconsiderando sua personalidade jurídica para tanto.
- Na Teoria da Desconsideração Inversa da Personalidade Jurídica, os bens da pessoa jurídica é que são alvos de seu emprego para saldar as dívidas contraídas pela pessoa do sócio ou do administrador.
- Fábio Ulhoa Coelho define como sendo “o afastamento do princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica para responsabilizar a sociedade por obrigação do sócio”.
DIREITO CIVIL I
LIVRO II
DOS BENS
OBJETO DA RELAÇÃO JURÍDICA: Toda direito tem o seu objeto. Objeto da relação jurídica é tudo o que se pode submeter ao poder dos sujeitos de direito, como instrumento de realização de suas finalidades jurídicas.
DOS BENS:
- Bens são valores materiais ou imateriais, que servem de objeto a uma relação jurídica.
- Bens são coisas materiais, concretas, úteis aos homens e de expressão econômica, suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial economicamente apreciáveis.
- Toda utilidade física ou ideal que seja objeto de um direito subjetivo.
BEM E COISA:
- Confusão doutrinária 
- Juridicamente falando, o conceito de coisas corresponde ao de bens, mas nem sempre há perfeita sincronização entre as duas expressões (Às vezes, coisas são gênero e bens, a espécie, outras vezes o inverso). 
- As coisas são sempre corpóreas (Teixeira de Freitas)
BENS CORPÓREOS E INCORPÓREOS:
PATRIMÔNIO: 
 
DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS:
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS:
 
 BENS CONSIDERADOS EM SI MESMO:
 BENS MÓVEIS E BENS IMÓVEIS:
 BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS:
 
 BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS:
 BENS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS:
 BENS SINGULARES E COLETIVOS:
 BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS:
 BENS PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS:
 AS DIVERSAS CLASSES DE BENS ACESSÓRIOS:
 OS PRODUTOS:
 
 OS FRUTOS:
 AS PERTENÇAS:
 ASBENFEITORIAS:
BENS QUANTO AO TITULAR DO DOMÍNIO: PÚBLICOS E PARTICULARES:
BENS DE USO COMUM DO POVO:
BENS DE USO ESPECIAL:
BENS DOMINICAIS:
 
BENS QUANTO À POSSIBILIDADE DE SEREM OU NÃO COMERCIALIZADOS: BENS FORA DO COMÉRCIO E BEM DE FAMÍLIA

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