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PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Profa. Dra. Nara Braga e Profa. Ms Fátima Marrocos Aulas 2 e 3 TEMAS DA AULA • Habilidades gerenciais • Comunicação: conceitos • Comunicação aplicada às organizações COMUNICAÇÃO QUAL A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA GESTÃO DE PESSOAS? COMUNICAÇÃO • Comunicar-se constitui habilidade requerida de todos os profissionais, sobretudo dos que exercem funções gerenciais. COMUNICAÇÃO • Segundo Chiavenato, Comunicação é o processo de transmissão de uma informação de uma pessoa para outra então compartilhada por ambas. • Para que haja comunicação, é necessário que o destinatário da informação a receba e a compreenda. • A informação simplesmente transmitida, mas não recebida, não foi comunicada”. PROCESSO DE COMUNICAÇÃO • Podemos defini-lo como a troca de informação entre um emissor e um receptor, e a percepção de significado que procede dessa troca de informação. Desta forma, existem quatro componentes que definem comunicação: PROCESSO DE COMUNICAÇÃO • Desta forma, existem quatro componentes que definem comunicação: PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Categorias de Mensagem SIMBOLOS COMPORTAMENTOS Palavras, escritas, códigos, desenhos Gestos, contato visual e linguagem corporal Categorias de Mensagem PROCESSO DE COMUNICAÇÃO ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO EMISSOR: é o que emite a mensagem, elaborando sua ideia e transformando-a em código, a fim de ser enviada ao receptor. RECEPTOR OU DESTINATÁRIO: é quem recebe a mensagem, realizando o processo de decodificação. É comum recomendar ao receptor o conhecimento adequado do código utilizado na comunicação e uma abertura para a recepção plena da mensagem. A recepção da mensagem não garante sua compreensão, por isso o receptor deverá compartilhar do mesmo referencial no qual a mensagem do emissor está baseada. PROCESSO DE COMUNICAÇÃO MENSAGEM: é o objeto da comunicação, ou seja, refere-se ao conteúdo das informações veiculadas. CANAL: é o meio de circulação das mensagens, possibilitando algum tipo de contato entre o emissor e o receptor. CÓDIGO: constitui-se num conjunto de signos, representa a base na qual a mensagem foi elaborada. REFERENTE: é o contexto, a situação, o ambiente, os fatos ou os objetos aos quais a mensagem remete. Caso haja diferença entre o referente e o do emissor, a decodificação sofrerá prejuízos. BARREIRAS À COMUNICAÇÃO RUÍDOS DECORRENTES DO EMISSOR FALTA DE CLAREZA NAS IDÉIAS: vaga idéia do que pretende comunicar COMUNICAÇÃO MÚLTIPLA: nem sempre a comunicação verbal coincide com a comunicação produzida pelo corpo PROBLEMAS DE CODIFICAÇÃO: tomar cuidado com a tonalidade, a altura, o timbre e a velocidade de sua voz para evitar ruídos BARREIRAS À COMUNICAÇÃO SUPOSIÇÃO ACERCA DO RECEPTOR: inicia a conversa supondo que a outra pessoa pensa ou sabe. HÁBITOS DE LOCUÇÃO: repetição excessiva de palavras, uso de palavras em comum, palavras carregadas de emoção BLOQUEIO EMOCIONAL: vergonha, o receio de falar errado ou o medo de ser mal interpretado podem prejudicar a comunicação RUÍDOS DECORRENTES DO EMISSOR BARREIRAS À COMUNICAÇÃO RUÍDOS DECORRENTES DO RECEPTOR AVALIAÇÃO PREMATURA: uma pessoa ouve atentamente o início de uma mensagem e acredita estar em condições de avaliá-la globalmente. DESINTERESSE: os assuntos abordados nas conversam nem sempre são de interesse das pessoas. AUDIÇÃO SELETIVA: as pessoas concentram-se no que é importante. Porém o que se julga pouco importante muitas vezes é fundamental para o entendimento da mensagem. BARREIRAS À COMUNICAÇÃO RUÍDOS DECORRENTES DO RECEPTOR REAÇÃO AO EMISSOR: o sotaque, a maneira de vestir, a gesticulação relacionados a pessoa que fala, são capazes de provocar desagrado nos ouvintes. CRENÇAS E ATITUDES: quando as pessoas tendem a volorizar certos tipos de comportamentos e quando crenças mais arraigadas são objetos de críticas. PREOCUPAÇÃO COM A RESPOSTA: por estarem mais preocupadas com a própria resposta, deixam de prestar atenção a certas partes da mensagem. BARREIRAS À COMUNICAÇÃO RUÍDOS DECORRENTES DO RECEPTOR PRECONCEITOS E ESTERIÓTIPOS: preconceitos impendem de dar a outra pessoa oportunidade de falar. ATRIBUIÇÕES DE INTENSÕES: ler nas “entrelinhas” a mensagem que lhe é passada, corre o risco de atribuir intenções falsas ao emissor. COMPORTAMENTO DEFENSIVO: quando o receptor encara as afirmações do emissor como acusações ou críticas. BARREIRAS À COMUNICAÇÃO EXERCÍCIO - COMUNICAÇÃO Reúnam-se em subgrupos (30 minutos) Tendo como referencia a realidade de vocês e a experiência de cada membro do grupo, discutam e compartilhem boas práticas de comunicação na empresa em que atuam, apontando os ganhos com sua implementação. Apresentem, em plenária, os resultados do grupo, debatendo-os com os demais. (5 minutos). Dinâmica https://www.youtube.com/watch?v=ZNXGdOFblXA Telefone sem fio O QUE É A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL? A comunicação entre pessoas é um processo interativo onde os indivíduos trocam símbolos verbais e não verbais que contém significados e expectativas alimentadas por suas experiências de vida Relações Humanas podem ser entendidas como: O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL PODERÁ OCORRER ENTRE: • Uma pessoa e outra: o marido e mulher, o vendedor e comprador, o professor e aluno. • Entre membros de um grupo: o pai, mãe e filhos, no lar; o professor e alunos, numa classe; o empregados e chefes, numa empresa. • Entre grupos numa organização: o os grupos de estudo numa classe; o os grupos de trabalho numa firma. CINCO FUNÇÕES BÁSICAS DA COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL: Controle: estabelecer autoridade e responsabilidade, fixar padrões e esclarecer deveres. Informação: dar base para a tomada de decisão Motivação: influenciar pessoas a se comprometerem à cooperação e a atingir metas e objetivos. Emoção: expressar sentimentos e emoções. Desenvolvimento: compartilhamento e aprendizagem. COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL EFICAZ AUTOIMAGEM (Autoconceito) FEEDBACK ASSERTIVIDADE PESSOAL CLAREZA DE EXPRESSÃO SABER OUVIR (Significados) SABER OUVIR: TOM - GESTOS - EXPRESSÃO 1. SOM – Distinguir as palavras 2. COMPREENDER – Ouvir com atenção, escutar 3. DISTINGUIR fatos de opiniões 4. ESCUTAR com empatia 5. ESCUTAR observando APRENDER A OUVIR • 80% do sucesso da comunicação depende de como ouvimos o outro. • Bons ouvintes fazem três coisas: 1. Pensam antes de falar 2. Escutam com respeito 3. Ponderam suas respostas perguntando-se: será que vale a pena? • Pergunte-se: - o que ganho com o que falo? - o que perco com o que deixo de falar? • Nossa audição é seletiva. • A comunicação não é aquilo que eu digo e sim aquilo que o outro entende. • As Relações Humanas ou Interpessoais são eventos (acontecimentos) que se verificam no lar, na Universidade, na empresa. • Quando há conflito no relacionamento interpessoal, diz- se que há problemas de Relações Humanas. A B C A B C O gestor eficiente tem de ser capaz de compreender e de lidar com os problemas econômicos e técnicos, mas precisa também ser capaz de compreender e de lidar com as pessoas (comportamento interpessoal). SER GESTOR • Asserção, do latim afirmare, tornar firme, confirmar e declarar com firmeza. • Envolve a expressão direta pela pessoa, das suas necessidadesou preferências, emoções e opiniões sem que, ao fazê-lo, gere ansiedade indevida nem hostilidade para o interlocutor. Permite defender os próprios direitos sem violar os direitos dos outros. • É assumir uma atitude firme para defender seus direitos, colocar seus limites, manifestar sua vontade de forma educada, respeitando o outro. ASSERTIVIDADE LINGUAGEM ASSERTIVA “SOU CONFUNDIDO” com... “SOU PERCEBIDO” como... Você deve TENTAR Você precisa FAZER Ao invés de dizer “EU ACHO” Exponha “DADOS e FATOS” Substitua o “MAS” Por “E”, quando indicado Cuidado com o “NÃO” Fale no “POSITIVO” Você precisa MELHORAR o seu desempenho NÃO USE palavras com muitos sentidos “PREOCUPE-SE” com... “OCUPE-SE” com... LINGUAGEM DESTRUTIVA Isso não funciona... Não tenho tempo... Vamos pensar no caso... Já temos muitos projetos... Tudo isso já foi tentado... Na prática, as coisas são diferentes... Em outra oportunidade, volto a pensar e falar sobre isso... Não se mexe em time que está ganhando... Não vejo onde está o problema.... Boa ideia, mas... GANHOS DO COMPORTAMENTO ASSERTIVO Transparência e clareza na expressão do que pensa e sente. Melhoria na performance e desempenho das pessoas ao seu redor. Ambiente de trabalho saudável e produtivo. Relação de confiança ampliada. Bem-estar, autorrespeito e respeito ao outro. Outros... • É a capacidade de uma pessoa em expressar, de forma clara, direta e respeitosa, a sua percepção sobre a atuação do outro e de como essa se reflete no ambiente. • O feedback pode ser dado num contexto de reconhecimento de uma atuação adequada ou para sinalizar um aspecto a ser desenvolvido. FEEDBACK Feedback SÓ É UMA CONVERSA DIFÍCIL QUANDO... ...o que eu estou pensando e sentindo ...daquilo que eu estou dizendo DIFERENTE FEEDBACK – HABILIDADES REQUERIDAS Parabenizar diante do acerto Dar feedback ELOGIE e dê feedback corretivo diante do erro, sugerindo melhorias para evitá-lo – postura positiva. FEEDBACK A necessidade essencial do ser humano é se justificar diante do outro. Tendemos a atribuir ao outro a responsabilidade por aquilo que não ‘deu certo’. Atribuir ao outro é isentar-se da responsabilidade DIRETRIZES PARA FEEDBACK • Planeje o que vai dizer e como vai dizer. • Administre sua própria emoção: esteja atento a seu estado emocional todo o tempo. • Seja paciente – o fato de você saber como fazer a tarefa não significa que o colaborador a fará da mesma maneira. • Contextualize o feedback – seja específico, não generalista. Dizer, por exemplo, para o colaborador ter mais foco no cliente é muito vago. Mostre-lhe o que ele deixou de fazer, que indica pouco foco no cliente. DIRETRIZES PARA FEEDBACK • Dê foco no comportamento que pode ser mudado; • Estimule o colaborador a responder a você – disponibilize o tempo e o espaço de que ele precisa para explicar por que fez o trabalho do modo que fez. PERCEPÇÃO SOCIAL: Formamos impressões sobre as pessoas, por meio das nossas experiências com elas. O comportamento das pessoas é que nos leva a percebê-las e julgá-las. Percepção correta = rel. Interpessoal boa Percepção errônea = rel. Interpessoal precária É importante lembrar que temos: “pontos cegos”, ou “atalhos no modo de pensar”. INDÍCIOS DE PERCEPÇÃO DIRETOS: palavras, gestos, expressões fisionômicas, atitudes e comportamentos específicos. INDIRETOS: Comentários, fofocas, cartas de referência, elogios e críticas. QUANDO AS PESSOAS NÃO PRATICAM AS RELAÇÕES HUMANAS LEGÍTIMAS: – Não ouvem tão bem quanto falam. – Interrompem os outros quando falam. – São agressivas. – Gostam de impor suas ideias. – Não compreendem as outras pessoas além do seu ângulo de visão. • COMPREENDER O OUTRO: É A APTIDÃO PARA SENTIR O QUE O OUTRO PENSA E SENTE = SENSIBILIDADE SOCIAL OU EMPATIA. • FLEXIBILIDADE DE COMPORTAMENTO: TER UM REPERTÓRIO DE CONDUTAS QUE VARIA, CONFORME A SITUAÇÃO E A PESSOA. Tendo melhor conhecimento de si próprio. Tendo melhor compreensão dos outros Tendo melhor convivência em grupo Desenvolvendo aptidões para um relacionamento mais eficiente para com os outros. COMO SE DESENVOLVE SENSIBILIDADE SOCIAL E FLEXIBILIDADE DE COMPORTAMENTO? Na percepção social temos de considerar três aspectos: PERCEBEDOR PERCEBIDO SITUAÇÃO Empatia (ou sensibilidade social) é a extensão com a qual conseguimos compreender realmente os outros. • Percebedor – É a pessoa que está olhando e tentando compreender o outro. • Percebido – É a pessoa que está sendo olhada e percebida. • Situação – É a soma das forças que atuam no meio, no momento de perceber Percepções https://www.youtube.com/watch?v=0zyRtT0nlTs https://www.youtube.com/watch?v=kDaE3I3S8qY ESTEREÓTIPO COMPORTAMENTO RÍGIDO, CRISTALIZADO Você pode passar a ver e a julgar outras pessoas pelos seus estereótipos. Comportamentos • Ex: pessoa que fuma e acha que todos deveriam fumar, e que quem não fuma não vive a vida. • O indivíduo que é agressivo acredita que todo o mundo vive provocando-o. As nossas primeiras impressões de uma pessoa podem estar alicerçadas em estereótipos (“pré- conceitos”) – Ah! é mulher... não sabe dirigir. – É latino-americano, então é sentimental. – Ora, é cabelo de fogo... cuidado com ele. – É loira, só podia... por isso é volúvel. Você convive em grupo na família, na escola, no trabalho e no ambiente social: Vários papéis são desempenhados nesses grupos: papel de pai, de mãe, de filho; de aluno, professor, diretor, servente, secretário; de chefe, de coordenador de equipe, etc. RELAÇÕES HUMANAS NA CONVIVÊNCIA EM GRUPO • Poderá perceber também os chamados papéis funcionais e bloqueadores num grupo. • Os papéis funcionais, num grupo, podem ser percebidos no líder, no facilitador, no informador, naquele que incentiva ou ajuda. • Os papéis bloqueadores poderão ser percebidos naquele que conta piadas, interrompe os outros com frequência, no agressor, no inoportuno, no adulador. São papéis que bloqueiam o desenvolvimento normal de um trabalho. RELAÇÕES HUMANAS – UMA CIÊNCIA DO COMPORTAMENTO HUMANO • Num processo de grupo, durante o seu desenvolvimento, você poderá notar comportamentos, tais como: – Expressões fisionômicas que traduzem ansiedade – Pouco caso – Indiferença – Agressividade – Formação de panelinhas – Conversas paralelas – Bloqueio do grupo – Bloqueio a determinados elementos do grupo – Esnobismo Prática Represente situações onde aconteceram comportamentos representando Papéis Funcionais e Papéis Bloqueadores • Percebendo os tipos de comportamentos e sabendo como tratá-los, o gestor terá maior controle dos resultados. • Desenvolvendo Sensibilidade Social, o gestor levará o grupo a procedimentos mais funcionais e relações mais amistosas. – Como ouvir? – Como dialogar? – Como informar? – Como avaliar? – Como elogiar? – Todo indivíduo tem seu sistema conceitual próprio, que age como um filtro, de modo a condicionar a aceitação e o processamento de qualquer informação. – Esse filtro seleciona e rejeita toda informação não ajustada a esse sistema ou que possa ameaçá-lo. – Há umacodificação perceptiva (percepção seletiva) que atua como uma defesa, bloqueando informações não desejadas ou não relevantes. (só escuta o que quer...) O Gestor se Conhecendo – Cada pessoa desenvolve seu próprio conjunto de conceitos para interpretar seu ambiente externo e interno e para organizar suas múltiplas experiências da vida cotidiana (seus paradigmas). – A forma como ela se vê, nem sempre corresponde a forma como os outros a vêem. FEEDBACK DE AJUDA É uma das maneiras de ajudar outra pessoa (ou grupo) a considerar a aceitar mudanças em seu comportamento. Um feedback de ajuda eficaz leva a uma melhor performance, pois se torna um processo de aprendizagem que coloca o indivíduo na rota adequada para atingir seus objetivos. Descrever a situação completa Explicar os efeitos sobre mim Parar e ouvir para esclarecer dúvidas Dar sugestões ou reconhecimento / estimulo Reconhecer o ponto de vista da outra pessoa Checar entendimento Evitar discutir e ficar na defensiva Ouvir sem interromper Pensar se / como o feedback se aplica a você Quem Dá Quem Recebe A ESCADA DO FEEDBACK Ao dar feedback: - Seja descritivo - Não rotule - Não faça julgamentos - Fale em seu próprio nome - Expresse a questão como uma declaração - Limite seu feedback aquilo que você tem certeza Ao receber feedback: - Respire fundo - Ouça cuidadosamente - Faça perguntas para obter entendimento - Reconheça os pontos positivos e a melhorar - Organize com calma o que você ouviu - Não se justifique FEEDBACK Uma prática desenvolvida por gestores de alta performance REFERÊNCIAS – CHIAVENATO. I. GESTÃO DE PESSOAS : O NOVO PAPEL DOS RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZACOES. RIO DE JANEIRO, BR : CAMPUS, 2005. – GIL, A.C. GESTÃO DE PESSOAS : ENFOQUE NOS PÁPEIS PROFISSIONAIS. São Paulo: Atlas: 2001. – PSICOLOGIA APLICADA À ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS (CECILIA WHITAKER BERGAMINI) – COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL (EDUARDO SOTO) – MOTIVAÇÃO ( HERDER & BIRC)
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