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* DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Profa. Amparo Lima * Retrospectiva Histórica Surge em 1856, com Florence Nightingale; Resurge em 1920, quando HARMER sugere o uso do Método científico pelos enfermeiros; Em 1950, McMANUS especifica o termo Diagnóstico como atividade de enfermagem; Em 1953, VERA FRY faz a primeira referencia sobre diagnóstico na literatura; * Retrospectiva Histórica Em 1960, o interesse é evidenciado com publicações de artigos causando polêmicas; Em 1967, LEVINE, sugeriu a palavra TROPHICOGNOSIS para substituir o termo diagnostico; Em 1970, cresce o interesse nos D.E. associado a custos de procedimentos; Em 1973, foi realizado a Iª Conferencia do grupo Norte Americano para Classificação dos D.E.; * Retrospectiva Histórica Em 1982, a NANDA foi formalmente organizada; Em 1986, a NANDA e a ANA enviam à OMS um esquema de Classificação dos D.E. para ser incluído no CID-10; Em 1989, foi publicada a TAXONOMIA I revisada pela NANDA; Em 1990, na 9ª Conferencia da NANDA foi apresentada a TAXONOMIA II. E aprovada a DEFINIÇÃO para D.E.; Em 1991, o ICN iniciou o projeto para a Classificação Internacional da Prática de Enfermagem - CIPE * DEFINIÇÕES DE DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Segundo o Conselho Internacional de Enfermagem: “São problemas que podem ser prevenidos, resolvidos ou reduzidos através de intervenções independentes de enfermagem” * DEFINIÇÕES DE DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Segundo a NANDA: “Diagnóstico de enfermagem, é o Julgamento Clínico das respostas do indivíduo, da família ou da comunidade aos processos vitais ou aos problemas de saúde atuais ou potenciais, os quais fornecem a base para a seleção das intervenções de enfermagem, para atingir resultados, pelos quais o enfermeiro é responsável”. * TIPOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Diagnóstico de enfermagem ATUAL ou REAL; Diagnóstico de enfermagem de RISCO ou ALTO RISCO Diagnóstico de enfermagem de PROMOÇÃOÀ SAÚDE Diagnóstico de enfermagem de BEM-ESTAR; Diagnóstico de enfermagem de SÍNDROME; Possíveis diagnósticos de enfermagem. * TIPOS DE DIAGNÓSTICOS ATUALIZADOS NANDA 2015 Diagnóstico com foco em problema: Julgamento clínico de uma resposta humana indesejável a uma condição de saúde/processo de vida. Diagnóstico de risco: Julgamento clínico de vulnerabilidade de indivíduo, família, grupo ou comunidade para o desenvolvimento de uma resposta humana indesejável a condição de saúde/processos de vida. Diagnóstico de promoção da saúde: Julgamento clínico a respeito da motivação e do desejo de aumentar o bem estar e alcançar o potencial humano de saúde. * Domínios em que são distribuídos os diagnósticos de enfermagem * Componentes dos Diagnósticos TÍTULO: Fornece um nome para o diagnóstico. DEFINIÇÃO: proporciona uma descrição clara e precisa do diagnóstico, delineando seu significado e diferenciando-o de todos os outros diagnósticos * Componentes dos Diagnósticos 3. CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS: São indicadores clínicos que se agrupam como manifestações clínicas dos D.E., que descrevem os componentes exatos ou os sinais e sintomas que representam um título diagnóstico; Podem ser separadas em características maiores ou críticas ou características menores. * Componentes dos Diagnósticos 4. FATORES RELACIONADOS: São condições ou circunstâncias que podem causar ou contribuir para o desenvolvimento do diagnóstico. Podem ser de ordem FISIOPATOLÓGICAS, RELACIONADO A TRATAMENTOS, SITUACIONAIS (AMBIENTAL E PESSOAL) ou de MATURAÇÃO. 5. FATORES DE RISCO: São situações que aumentam a vulnerabilidade do cliente ou grupo a um problema. * Componentes de cada tipo de Diagnósticos DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM ATUAL OU REAL: Representa um estado que está clinicamente validado pela identificação de CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS. Este diagnóstico apresenta 4 componentes: TÍTULO: sempre que possível usa qualificadores como: “alterado”, “déficit”, “ineficaz” ou “disfuncional”. DEFINIÇÃO CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS FATORES RELACIONADOS. * Componentes de cada tipo de Diagnósticos 2. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DE RISCO OU ALTO RISCO: É um julgamento clínico sobre a vulnerabilidade que um indivíduo, família ou comunidade apresenta para desenvolver um problema. É identificado através da causa e não tem sinais e sintomas. Apresenta 3 componentes: TÍTULO: vem precedido pelo termo: “risco para” ou “alto risco para”. DEFINIÇÃO FATORES DE RISCO: são situações que aumentam a vulnerabilidade do cliente ou o grupo. * Componentes de cada tipo de Diagnósticos DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM POSSÍVEIS: Após a coleta adicional de dados, o enfermeiro pode tomar uma entre as três direções seguintes: Confirmar a presença de sinais e sintomas maiores denominando assim um diagnóstico atual ou real; Confirmar a presença de fatores de risco; Excluir a presença de um diagnóstico no momento. * TIPOS DE ENUNCIADOS DE DIAGNÓSTICO O enunciado do diagnóstico pode ser de uma, duas ou três partes: De uma parte: contém somente o título; De duas partes: contém o título e os fatores que contribuem ou podem contribuir para mudança no estado de saúde, como nos diagnósticos de risco; De três partes: contém o título, os fatores relacionados e as características definidoras, é o caso dos diagnósticos atuais ou reais. * TIPOS DE ENUNCIADOS DE DIAGNÓSTICO Modelo de GORDOM: PES = Problema, Etiologia e Sintomas TÍTULO DO DIAGNÓSTICO FATORES RELACIONADOS CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS PROBLEMA ETIOLOGIA SINTOMAS RELACINADO A EVIDENCIADO POR * EXEMPLO: TÍTULO DO DIAGNÓSTICO: Integridade de pele prejudicada DEFINIÇÃO: Epiderme / ou derme alteradas FATORES RELACIONADOS: - Fatores mecânicos (externos) - Estado nutricional alterado (intrínseco) CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS: - Destruição da camadas de pele - Invasão de estruturas do corpo * EXEMPLO: Integridade de pele prejudicada, relacionada a estado nutricional alterado, evidenciado por destruição de camadas de pele * Exemplo de Diagnóstico de Enfermagem na Taxonomia da NANDA CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS: Incontinência Urgência Nictúria Hesitação Freqüência Disúria Retenção FATORES RELACIONADOS: Infecção no trato urinário Obstrução anatômica Múltiplas causas Dano senóriomotor TÍTULO DO DIAGNÓSTICO: Eliminação urinária prejudicada DEFINIÇÃO: distúrbio na eliminação da urina * Exemplo: caso clínico 1. IDENTIFICAÇAÕ: J.C.A., 75 anos, viúva, reside com uma “secretária” há mais de 20 anos, mãe de 5 filhos todos casados e tem 8 netos. 2. PERCEPÇÕES E EXPECTATIVAS (QUEIXA PRINCIPAL: Deu entrada na emergência com “cansaço”. JCA relata que a uma semana começou a apresentar coriza e respiração ruidosa. Procurou assistência médica, tendo sido diagnosticado quadro gripal, onde foi orientada a tomar antotérmico e hidratar-se com maior freqüência. Hoje por volta das 05h00min, a cliente encontrava-se taquipnéica, torporosa, com 40°C de temperatura, sendo trazida ao HPS por um de seus filhos. * 3. ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES BÁSICAS: JCA, reside em casa própria, não tem um bom padrão de sono, pois relata dormir mais ou menos 5 horas por noite, acordando varias vezes para ir ao banheiro, e tendo dificuldade para voltar a conciliar o sono. Alimenta-se bem, pois consome frutas, pão e café com leite pela manhã, toma um suco no lanche, no almoço consome legumes, verduras feijão, arroz, macarrão, carne ou galinha, refere não gostar de peixe e ter alergia a crustáceos, a tarde costuma lanchar bolo, pão doce e refrigerante e no jantar costuma tomar sopa e comer pão ou cuzcuz e tomar café. Não pratica nenhuma atividade física, diz não ter mais idade pra isto e como diversão além de assistir televisão, as vezes vai à Missa com uma das filhas. Aos domingos todos os filhos e netos vão almoçar na sua casa, mesmo que ela não queira, pois nemsempre está disposta a ter tanta gente dentro de casa e meninos correndo e gritando, mas não sabe como dizer aos filhos que eles estão lhe cansando, e que seria melhor eles levarem ela pra passear ( neste momento sorrir, um pouco desconfortável).Refere tomar banho diariamente e escovar os dentes e a prótese duas vezes ao dia. * 4. HÁBITOS DE SAÚDE: Refere ter fumado durante 20 anos de sua vida, ser alérgica a crustáceos e poeiras, é hipertensa e diabética e faz uso de medicamento, diz ter tomado a vacina contra gripe há três anos atrás mas não viu diferença por isto não tomou mais * 5. EXAME FÍSICO: Altura: 1,60m, peso: 82Kg. Estado geral torporosa, com cianose de extremidades, anictérica, hipocorada, taquidispnéica (FR: 55 irm.), taquicárdica ( FC:132 bpm) e com batimento de asa de nariz, febril (39°C) e hipotensa (PA: 80x50mmHg).Higiene corporal e bucal adequadas, mucosa ocular e oral ressecadas. Tórax simétricos, tiragem intercostais,sistema respiratório apresenta roncos bilaterais difusos, murmúrios vesiculares diminuídos no ápice do pulmão direito, expectorando secreção traqueal de aspecto purulento. Sistema cardiovascular com bulhas normorrítmicas e normofonéticas, pulso filiforme e rítimico. Abdome normotenso, ruídos hidroaéreos presentes, timpanismo presente, referindo três dias sem evacuar. Sistema urinário apresentando oligúria e urina concentrada. Membros superiores e inferiores com cianose de extremidade, perfusão capilar diminuída, acesso venoso periférico no membro superior direito (MSD) * 6. DADOS DE INTERESSE PARA A ENFERMAGEM: Exames laboratoriais: Evidenciada alteração nos leucócito: 18.300/mm3 Glicemia em jejum: 250 ml/dl ___________________________ Enfermeira – COREn-Nº Recife, ___/ ___/ _____ * DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM: OBS: Em negrito estão os títulos dos diagnósticos, em itálico os fatores relacionados ou fatores de risco e sublinhadas as características de finidoras. 1. Padrão respiratório ineficaz relacionado a processo infeccioso evidenciado por taquidispnéia, tiragem intercostais e batimento de asa de nariz. 2. Desobstrução ineficaz de vias aéreas relacionada a secreções retidas evidenciadas por roncos bilaterais difusos e expectoração de secreção purulenta 3. Debito cardíaco diminuído relacionado a vasodilatação evidenciado por pulso filiforme, taquicardia, ressecamento das mucosas oral e ocular, hipotensão, cianose nas extremidades, perfusão capilar diminuída, urina concentrada, oligúria, hipocoloração da pele. * 4. Perfusão tissular cerebral e renal ineficaz relacionado a vasodilatação evidenciado por torpor, oligúria e urina com aspecto concentrado. 5. Padrão de sono perturbado relacionado a dificuldade respiratória evidenciado por relato de dificuldade para dormir. 6. Mucosa oral prejudicada relacionado a respiração acelerada e difícil evidenciado por ressecamento da mucosa oral. 7. Proteção ineficaz relacionado ao processo infeccioso evidenciado por febre, leucocitose, imagem de condensação no ápice do pulmão direito e secreção traqueal de aspecto purulento. 8. Hipertermia relacionado ao processo infeccioso evidenciado por temperatura acima de 39ºC. 9. Constipação relacionado a diminuição do metabolismo evidenciado por ausência de evacuações há três dias. 10. Risco de integridade de pele prejudicada relacionado à idade avançada, obesidade e mobilidade física diminuída. 11. Risco de infecção relacionado à presença de acesso venoso periférico no MSD. * PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM * PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PLANEJAMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS PRESCRIÇÃO / IMPLEMENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM * PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA Constitui a terceira etapa do Processo de enfermagem e consiste nos seguintes passos: O estabelecimento de prioridades para os problemas diagnósticos; A fixação dos resultados com o cliente, a fim de corrigir, minimizar ou evitar problemas; O registro escrito de diagnósticos, dos resultados esperados e das prescrições de enfermagem de modo organizado * PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA Para Bachion (2002), o planejamento da assistência de enfermagem consiste em um plano de ações para se alcançarem resultados em relação a um diagnóstico de enfermagem. * PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA Essa fase de planejamento da assistência ou mesmo de elaboração de um plano de cuidados por escrito é importante por: Promover a comunicação entre os cuidadores; Direcionar o cuidado e a documentação; Criar um registro que pode ser usado mais tarde em avaliações, em pesquisas e em situações legais; Fornecer a documentação das necessidades de atendimento de saúde. * PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA A fase de planejamento que faz parte dos planos de cuidados, possibilita que os profissionais enfermeiros mantenham uma comunicação a partir do estabelecimento de Resultados Esperados para cada necessidade (diagnóstico de enfermagem) levantada durante a anamnese e o exame físico dos clientes. * RESULTADOS ESPERADOS * RESULTADOS ESPERADOS Os resultados esperados constituem um componente essencial na fase de planejamento; Ao avaliar o alcance dos resultados o enfermeiro poderá definir posteriormente se o diagnóstico de enfermagem foi minimizado ou solucionado; Avalia se as prescrições de enfermagem foram minimizadas. * RESULTADOS ESPERADOS Os resultados esperados devem estar relacionados com a reação humana identificada no enunciado (título) do diagnóstico; Centrados no cliente, não no enfermeiro; Ser claros e concisos; Descrever um comportamento mensurável; Ser realista (atingíveis em relação aos recursos disponíveis) e determinado junto com o cliente; Representar um limite de tempo para o seu alcance; Proporcione uma direção para a continuidade do atendimento. * Itens necessários para os resultados esperados Ser claro E conciso Ser centrado No cliente Estar relacionado Ao título do D.E Ser alcançável Conter limite de tempo Ser mensurável * Para escrever/determinar os Resultados esperados, deve-se observar a primeira metade do enunciado do diagnóstico (título); E perguntar-se: que resultado se espera que o cliente alcance? Para escrevê-lo pense na frase: “o cliente irá...” Para cada diagnóstico deverá haver um resultado esperado * Exemplos: Déficit no autocuidado para banho/higiene, relacionada a sedação instituída, evidenciado por sujidades no couro cabeludo e cavidade oral com presença de halitose. Resultado Esperado: “O cliente irá adquirir capacidade de cuidar de si mesmo e de sua higiene corporal e bucal em até 30 dias”, OU “O cliente apresentará a higienização corporal e bucal realizada adequadamente pela equipe de enfermagem em até 6 horas” * Implementação da assistência de enfermagem * Implementação da assistência de enfermagem A implementação da assistência de enfermagem, são as ações prescritas e necessárias à obtenção dos resultados esperados, definidos durante o estágio de planejamento, que envolve também a comunicação do plano de cuidados a todos os participantes do atendimento ao cliente. * Implementação da assistência de enfermagem As prescrições são ações realizadas nesta etapa do Processo de Enfermagem e documentados pelo enfermeiro, visando: monitorar o estado de saúde, a fim de minimizar riscos, resolver ou controlar um problema (Diagnóstico de Enfermagem), auxiliar nas atividades da vida diária e promover a saúde. * Implementação da assistência de enfermagem As prescrições de enfermagem baseiam-se no fator relacionado e nas características definidoras identificados no enunciado do diagnóstico de enfermagem; As atividades de enfermagem definirão os cuidados necessários para se eliminarem os fatores que irão contribuir para o aparecimento da reação humana; * Implementação da assistência de enfermagem Asprescrições devem incluir: a data em que foram redigidas; a ação a ser realizada (verbo no infinitivo) quem deve realizá-la; conter a frase descritiva ( o que, como, quando, onde, com que freqüência, por quanto tempo ou quanto fazer); Assinatura do enfermeiro . * Itens necessários em uma prescrição de enfermagem Prescrições devem ser completas e objetivas O que Fazer Como Fazer Quando Fazer Onde Fazer Com que Freqüência fazer Por quanto Tempo fazer ou quanto fazer O enfermeiro deve prescrever cuidados que além de estarem completos e bem redigidos, devem causar impacto na assistência prestada e despertar o interesse da equipe de enfermagem por ler, realizar e refletir sobre o que é prescrito pelo enfermeiro * Prescrição de enfermagem Os enfermeiros prescrevem cuidados para as reações das condições clínicas; Os enfermeiros devem centrar suas atenções na prescrições dos cuidados; As prescrições de enfermagem podem ser dependentes, interdependentes ou independentes * Prescrição de enfermagem Prescrição Dependente: é a ação concluída segundo solicitação médica, mas que requer julgamento ou tomada de decisão da enfermagem. Prescrição Independente: são aquelas que podem resolver os problemas do cliente, sem consulta ou colaboração médica. Prescrição Interdependente: são as ações realizadas com participação mútua e com a colaboração de outros membros da equipe de saúde. * Prescrição de enfermagem O cuidado prescrito beneficiará o cliente ou a família de maneira previsível; A prescrição tem a intenção de individualizar o cuidado pelo atendimento da necessidade específica do cliente; As prescrições devem incorporar os potenciais identificados do cliente; * Prescrição de enfermagem A enfermagem geralmente pode vir a: realizar as atividades para o cliente ou a família quando estes demonstram déficit total em realizá-las, auxiliá-los quando têm dificuldade de cumpri-las sozinhos, ensiná-los e aconselhá-los, ajudando-os a obter novos conhecimentos. É importante ressaltar que: Para cada D.E. deve haver um resultado esperado(R.E) Para alcançar cada R.E. o enfermeiro deverá prescrever cuidados de enfermagem * Prescrição de enfermagem Ao colocar em prática as prescrições, o enfermeiro deverá estar constantemente investigando e reinvestigando as respostas e o desempenho do paciente, pois o ser humano é imprevisível e precisa ser monitorado cuidadosamente. As prescrições devem ser redigidas de maneira completa e clara, a fim de evitar que quem as leia fique com dúvidas a respeito das atividades a executar. * Exemplos: ERRADO: Aspirar vias aéreas CORRETO: Aspirar secreção de naso e orofaringe (nesta ordem) quando perceber roncos durante ausculta pulmonar. Hiperoxigenar o cliente aumentando a Fio2 para 100% antes da aspiração. Anotar aspecto e quantidade estimada a cada aspiração. Atentar para queda de saturação, (se baixar de 92%, interromper a aspiração e retornar o cliente para a ventilação mecânica).(Executado pelo Enfermeiro). * Prescrição de enfermagem Diagnostico de enfermagem: Integridade tissular prejudicada, relacionada a imobilização física e circulação alterada, evidenciada por ferida com área de solapamento (8cm) na área trocantérica D. Resultado esperado: O cliente apresentará melhora no aspecto da lesão da região trocantérica D com redução da área de solapamento em até 30 dias. * EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM * Evolução de Enfermagem É o registro diário do enfermeiro após avaliação do estado de saúde e assistência prestada ao indivíduo (CARVALHO, 2001). É o estudo ou consideração contínua e progressiva das respostas do cliente, família e comunidade ao cuidado prestado (DANIEL, 1981). * Evolução de Enfermagem É o acompanhamento realizado pelo enfermeiro para avaliar as intervenções e verificar se os resultados obtidos foram satisfatórios e subsidiar o replanejamento das ações quando for necessário (MAZZA,2001). É a última etapa do processo de enfermagem e determina a resposta do paciente em relação ao plano de cuidados executados (SMELTZER, 1999). * Evolução de Enfermagem É o elo entre as demais etapas do processo de enfermagem, servindo de subsídio e retroalimentação e estimula a sua preservação, bem como os reajustes que se fizerem necessários na metodologia da assistência (CARRARO, 1999). É verificada a qualidade da assistência prestada no setor de saúde e a instituição deve ser responsável e ter crédito quanto à evolução e ao melhoramento da qualidade de enfermagem e de outros serviços de cuidado que estão sendo prestados para o cliente ( POTTER,1993). * Objetivo Direcionar o planejamento da assistência Informar os resultados das condutas implementadas Avaliar a assistência prestada Observar se os problemas diagnosticados aumentaram, agravaram ou melhoraram Facilitar a comunicação entre os profissionais de enfermagem * PASSOS DO PROCESSO DE EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Avaliação global do plano de assistência Avaliação dos dados objetivos e subjetivos, através do exame clínico/físico Avaliar a presença de novos problemas e se estão incluídos nos diagnósticos anteriores Avaliar a eliminação dos problemas e consequentemente de diagnósticos * Para o máximo do potencial do prontuário é de fundamental importância que ele seja: Simples Objetivo Contenha dados imprescindível à boa caracterização da história clínica e da conduta indicada ao paciente * É IMPORTANTE: Clareza e legibilidade do texto Qualidade da escrita Uso inadequado de abreviatura Evitar uso de corretivos Exatidão Base concreta Totalidade, organização e descrição * Para efetuar a documentação de enfermagem é necessário o conhecimento técnico-científico do que anotar, quando, onde, como, para quê e quem deve anotar * O QUE ANOTAR? As informações subjetivas e objetivas, problemas do paciente, sinais e sintomas, eventos ou mudanças significativas do estado de saúde, cuidados prestados, ação e efeito das intervenções de enfermagem * QUANDO ANOTAR? Sempre que as ações forem executadas, mantendo o planejamento de enfermagem sempre atualizado * ONDE ANOTAR? Anotar sempre em impressos próprios, de acordo com o serviço da instituição * COMO ANOTAR? Deve ser feito de forma clara e objetiva, com data e horário específico, com a identificação: Nome COREN Assinatura e carimbo * POR QUÊ ANOTAR? Para historiar e mapear o cuidado prestado, facilitar o rastreamento das ocorrências com o paciente a qualquer momento e reforçar a responsabilidade do profissional envolvido no processo de assistência de enfermagem. * QUEM DEVE ANOTAR? Enfermeiros Técnicos Auxiliares de enfermagem (BRASIL-COREN-SP). * Sequência da Evolução Estado geral Estado mental Características dos SSVV Sono e repouso Exame físico suscinto Alimentação Ingesta de líquido Eliminações Cuidados prestados Encaminhamentos * Estado geral: bom, regular ou grave Estado mental: consciente e orientado no tempo e no espaço Características dos SSVV Sono e repouso: dormindo a noite toda, se não dorme porque? Exame físico sucinto: céfalo-podálico, passando por todos os seguimentos e usando a propedêutica do exame físico Alimentação: aceitação, desconforto Ingesta de líquido: quantidade, aceitação Eliminações: urina: quantidade, aspecto. Fezes: quantidade, consistencia, desconfortos Cuidados prestados: de acordo com a SAE: prescrição de enfermagem (avaliação). Encaminhamentos: para exames, consultas... * 08/11/2016 – 10h. Paciente com estado geral regular, consciente e orientada quanto a tempo e espaço. Hipertensa (PA 150 x 100 mmHg), dispneica (R 23 mov/min), normosfigmico (P 98 bat/min)pulso filiforme e ritmico. Referiu ter dormido a noite toda, levantando duas vezes para ir ao banheiro. mantendo cateter venoso periférico com tala para soroterapia e medicação.Apresenta-se descorada e chorosa. Mãe orientada sobre as rotinas na enfermaria, uso dos sanitários, permissão de acompanhante 24h e horários de visita. Às 11h10 apresentou temperatura de 39,2°C e foi medicada com antitérmico e encaminhada para um banho morno. Às 12h aceitou 50 ml de suco e toda gelatina; recusou a refeição. Às 13h apresentou vômito em média quantidade com coloração da gelatina; a enfermeira Michele foi informada. Assinatura e carimbo. *
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