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CONVULSÃO REATIVA não há lesão encefálica, causas tóxicas e metabólicas SINTOMATICA: secundária a doença ativa ou lesão estrutural, trauma encefálico agudo, infecções, neoplasia IDIOPATICA: sem explicação EVENTO UNICO: uma convulsão isolada OU AGRUPADA: (cluster), duas ou mais convulsões num intervalo de 24 horas, com ou sem total recuperação do paciente ESTADO EPILETICO: (status epilepticus) uma convulsão que dure mais de 30 minutos, uma convulsão que dure mais de 5 minutos, duas ou mais convulsões num intervalo de 30 minutos, sem total recuperação do paciente EPLEPSIA: convulsões recorrentes não provocadas e intercaladas por um período de normalidade, por definição só pode ser: sintomática ou secundária, sequela de alguma lesão estrutural, trauma antigo, foco pós-encefalite ou AVC, “criptogênica”, idiopática verdadeira ou hereditária, TRATAR: regra: mais de 2 convulsões em 6 meses, histórico de status epilepticus, histórico de convulsões agrupadas (cluster) FASES DA CONVULSÃO: - PRODOMICA: pode ocorrer dias, horas ou minutos que antecedem uma convulsão (40% dos cães) - PRE-ICTUS (aura):foco primário ou inicial da convulsão - ICTAL: convulsão propriamente dita - PÓS-ICTUS: período de recuperação TIPOS DE CONV: - PARCIAL E PARCIAL COMPLEXA: restrita a um grupo de neurônios - PARCIAL COM GENERALIZAÇÃO: inicia-se num grupo de neurônios e então se distribui para todo córtex GENERALIZADA: foco primário em uma via direta com o tálamo e se espalha pela via tálamo-cortical GRANDE MAL: generalizada, movimentos tônicos, clônicos ou tônicos- clônicos, perda da consciência, pode ocorrer sintomas autonômicos como: relaxamento de esfíncteres, salivação, midríase PEQUENO MAL: parcial complexa, não é sinônimo de convulsão parcial ou focal, síndrome de ausência, pouco relatada em cão (EEG) PSICOMOTORA: (lobo temporal e/ou occipital), parcial simples ou complexa, não há perda de consciência, alteração de comportamento ou alucinação ABORDAGEM: - SIMPLISTA: Fenobarbital (Gardenal), Silimarina (Legalon), Prednisona (Meticorten) - COMPLICADA: hemograma, uréia, creatinina, ALT, FA, líquor, US, ECG e ecocardiograma, TC; Fenobarbital (Gardenal), Silimarina (Legalon), Prednisona (Meticorten) VASCULAR: 40 cães com infarto cerebral confirmado por ressonância magnética, média 8,4 anos (1,5 - 15 anos), 18 cerebelo, apenas 1 apresentou convulsão imediata, 2 tardiamente (10 e 31 semanas) “ataque isquêmico transitório”, encefalopatia isquêmica felina (20%), uso profilático de AC não reduz o risco INFECCIOSA viral, protozoário, fungo, alga INFLAMATORIA: meningoencefalites, geralmente: jovens (qualquer idade), progressivo, multifocal (focal), convulsão em cerca de 10% dos casos TRAUMATICA risco desconhecido em cães e gatos, relacionado a gravidade do trauma, uso profilático de AC não reduz o risco TOXICAS: (toxinas exógenas) histórico compatível, organofosforados / carbamatos, piretróides em felinos ANIMALA (mal formação congênita e/ou hereditária), hidrocefalia, lisencefalia, geralmente: filhotes e jovens < 1 ano, progressivo ou não, focal (multifocal) METABOLICA: hipoglicemia (insulinoma), encefalopatia hepática (anastomose PS), encefalopatia urêmica, hiperlipidemia (schnauzer), geralmente: qualquer idade associada a sintomas sistêmicos, apatia, PD / PU (anúria) não apresenta lesão estrutural (?) IDIOPATICA: genético (?), sem alteração no exame físico, laboratorial e imagem, hemograma, bioquímica sérica, eletrólitos e líquor, sorologia negativa para as principais doenças, ausência de alteração pela RM, exclusão de outras causas NEOPLASIA primária, metastática, geralmente: animal idoso, focal e progressivo, em cães: convulsão em cerca de 50% dos casos, em gatos: convulsão em 23% (14/61) DEGENERATIVA relacionadas com alterações genéticas de metabolismo, leucoencefalomalácia, filhotes ou jovens: (pug, maltês, yorkshire), doenças de estocagem, deposição de proteínas no SN, idosos: amiloidose, corpúsculos de Láfora TRATAMENTO (quando não iniciar AC?) - doenças metabólicas: hipoglicemia, encefalopatia hepática - preventivamente: AVC, neoplasia, trauma, inflamatórias / infecciosas - tóxicas: injetável e por curto período - convulsões sintomáticas: AVC, neoplasia, trauma, inflamatórias / infecciosas - epilepsia: precocemente, tardiamente, regra: mais de 2 convulsões em 6 meses, histórico de status epilepticus, histórico de convulsões agrupadas (cluster) TRATAMENTO ANTICONVULSIVANTE: droga de primeira escolha fenobarbital (exceção aos hepatopatas), droga de segunda escolha brometo de potássio aviar em solução a 20% (calcule o volume para 100 dias de tratamento) TRATAMENTO SINTOMATICO Quando iniciar o BrK? mal controle com dosagem sérica de fenobarbital entre 30-35mg/dl, “dose alta” de fenobarbital (> 4- 5 mg/kg, q12h), suspeita de hepatopatia; Recomendações: não diminuir a dose do fenobarbital, inicialmente: sempre após a alimentação, iniciar uma vez ao dia e à noite, ajustar a dose de acordo com o paciente, aumentar a dose diária ou passar para cada 12 horas, sonolência excessiva diminuir o fenobarbital EFEITO COLATERAL: fenobarbital: hepatotoxicidade?; brometo de potássio: pancreatite CASOS COMPLICADOS: associar ao fenobarbital e BrK: gabapentina (10-20 mg/kg, q8h), zonisamida (5-10 mg/kg, q12 ou 24h), levetiracetam (5-30mg/kg, q8 ou 12h), evitar o uso: primidona, difenil-hidantoína (Hidantal®), carbamazepina (Tegretol®) TRATANDO ESTADO EPLETICO: fenobarbital, se voltar a convulsionar ? diazepan 0,25 a 0,5 mg/kg/IV, podendo repetir até 3 vezes, se não tiver um acesso venoso diazepan 1 mg/kg intraretal ou intranasal, diazepan e fenobarbital sempre SE NÃO CONTROLAR: infusão contínua de diazepan, 0,5 a 2 mg/kg/hora, infusão contínua de fenobarbital 2 a 16 mg / hora (a dose depende do paciente), propofol indicado nos casos refratários 1 a 3 mg/kg em bolus ou 0,1 a 0,3 mg/kg/ minuto SE NÃO CONTROLAR EM INF CONTINUA: pentobarbital dose de 3 a 15 mg / kg, iniciar com dose baixa e aumentar gradativamente, não induzir coma barbitúrico ou plano anestésico profundo, indicado nos casos refratários, cuidado com a apnéia e hipotensão! SE MESMO ASSIM NÃO FUNCIONAR: anestesia inalatória, preferencialmente isoflurano, última linha de tratamento, caro e inviável na maioria dos casos
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