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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
CAMPUS PETROLINA
LUCINEIDE CAVALCANTI DIAS
A INFLUÊNCIA DOS JOGOS DIDÁTICOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
PETROLINA-PE
2018
LUCINEIDE CAVALCANTI DIAS
A INFLUÊNCIA DOS JOGOS DIDÁTICOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Artigo apresentado à UPE- Universidade de Pernambuco – Campus Petrolina, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em gestão e coordenação.
Orientadora: (Ms.) Gilvani Alves Pilé Torres
PETROLINA-PE
2018
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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
CAMPUS PETROLINA
LUCINEIDE CAVALCANTI DIAS
Artigo apresentado à UPE- Universidade de Pernambuco – Campus Petrolina, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em gestão e coordenação.
Orientadora: Profa. (Ms.) Gilvani Alves Pilé Torres
Banca Examinadora: 
Nota: 
 
Dedico este artigo exclusivamente à minha família, pelo incentivo e pela a realização da conclusão de mais uma etapa em minha vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus que manteve firme até aqui.
Minha mãe, filhas e irmãs que sempre estiveram ao meu lado me incentivando.
Em especial a professora Gilvani Alves Pilé Torres, pois foi por sua indicação e incentivo que pude decidir com precisão por este tema.
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.
Paulo Freire 
A INFLUÊNCIA DOS JOGOS DIDÁTICOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Lucineide Cavalcanti Dias*
Essa investigação é fruto do trabalho de conclusão de curso para obtenção do grau especialização em Gestão e Coordenação pela Universidade de Pernambuco. O presente trabalho teve por objetivo analisar a importância do lúdico no processo ensino aprendizagem, através de jogos e brincadeiras na educação infantil. A pesquisa configura-se como qualitativa, com utilização do estudo de caso tomando por base autores como Vygotsky (1984), Piaget (1972), Kishimoto (1994), entre outros. Para a coleta de dados optou-se por realizar entrevista com 4 perguntas abertas aos professores de educação infantil, como também observações da infraestrutura física. Utilizamos como campo de pesquisa a Escola Municipal Mundo Infantil, situada no município de Afrânio-PE. Os professores entrevistados apontaram como importante a utilização de jogos e brincadeiras na educação infantil, no entanto, a falta de espaço físico e recursos pedagógicos dificulta atividades mais lúdicas. A qualidade de oportunidades oferecidas à criança por meio de brincadeiras e brinquedos garante que suas potencialidades e sua afetividade se harmonizem. Na brincadeira, manifestam-se suas habilidades e o professor, observando-as, pode enriquecer sua aprendizagem, fornecendo intervenções adequadas no momento certo.
Palavras-chave: Educação Infantil. Técnicas Lúdicas. Aprendizagem das Crianças. Formação da Identidade.
ABSTRACT 
This research is the result of the work of completing a course to obtain a specialization degree in Management and Coordination from the University of Pernambuco. The present work had the objective of analyzing the importance of the playful in the learning teaching process, through games and games in early childhood education. The research is configured as qualitative, using the case study based on authors such as Vygotsky (1984), Piaget (1972), Kishimoto (1994), among others. For the data collection, it was decided to conduct an interview with 4 questions open to the teachers of early childhood education, as well as observations of the physical infrastructure. We used as a field of research the Municipal Children's School, located in the city of Afranio-PE. The teachers interviewed pointed out how important the use of games and games in early childhood education, however, the lack of physical space and pedagogical resources makes difficult activities more playful. The quality of opportunities offered to children through play and toys ensures that their potentialities and affectivity harmonize. In play, their skills are manifested and the teacher, observing them, can enrich their learning by providing appropriate interventions at the right time.
Keywords: Early Childhood Education. Lúdicas Techniques. Children's Learning. Formation of Identity.	
 
1 INTRODUÇÃO
	A ludicidade, apresentada por jogos e brincadeiras, pode desenvolver o aprendizado da criança dentro da sala de aula. Diante das questões que norteiam a educação, em especial a Educação Infantil, percebe-se que uma das questões altamente discutidas na atualidade é o uso dos jogos e brincadeiras como meios de enriquecimento do processo de aprendizagem.
Em qualquer época da nossa vida as brincadeiras devem estar presentes, sejamos crianças, adolescentes ou até mesmo adultos. Ao contrário do que muitos pensam, brincar não é apenas para crianças, pelas brincadeiras entramos em contato com um mundo imaginário, cheio de novas possibilidades, nos remetendo a uma fantasia nossa, do outro ou pode ser vivida tanto por uma criança quanto por um adulto.
	Surge então a necessidade das escolas e em especial, a do ensino infantil, passar a aprimorar suas atividades lúdicas e utilizar como maior frequência os jogos e brincadeiras, como forma de aprendizagem e compreensão do mundo a sua volta.
	A brincadeira dentro do seu contexto informal pode tornar-se uma maneira de desenvolvimento da criança, tanto na aprendizagem quanto na afetividade, pois é por meio dessas que muitos conseguem demonstrar sentimentos como amor, carinho e amizade. Para tanto, a pergunta-problema de pesquisa que norteou essa investigação foi: Será que as escolas e professores estão preparados para utilizar jogos e brincadeiras no processo de ensino-aprendizagem?
	Trabalhar com jogos educativos tem por objetivo de incentivar o raciocínio lógico, cooperação, coordenação motora, entre outros aspectos, portanto a escola, na pessoa do professor, deve desenvolver atividades lúdicas, criando espaço de lazer atrativo, saudável e que estimule o pleno desenvolvimento da criança, onde através da ludicidade, possa explorar a criatividade das crianças. 
	O presente trabalho teve como objetivo geral: analisar a importância do lúdico no processo do ensino-aprendizagem, através de jogos e brincadeiras na educação infantil e objetivos específicos identificar limites e possibilidades da utilização de jogos e brincadeiras no processo de ensino-aprendizagem; verificar possíveis estratégias de aprendizagem por meio de jogos educativos e brincadeiras, possibilitando ao aluno desenvolver suas habilidades, curiosidades e descobertas. 
Para o desenvolvimento desse artigo apresentamos o tema em tópico e subtópicos tornando evidente que a brincadeira amplia os horizontes, aguça a curiosidade, a confiança, a participação na resolução de problemas, necessário para a apropriação do mundo, da cultura e por causar prazer, a aprendizagem se realiza. A qualidade de oportunidades oferecidas à criança por meio de brincadeiras e brinquedos garante que suas potencialidades e sua afetividade se harmonizem. Na brincadeira, manifestam-se suas habilidades e o professor, observando-as, pode enriquecer sua aprendizagem, fornecendo intervenções adequadas no momento certo.
Portanto, esperamos contribuir com professores que tenham interesse pelo tema e estão em busca de aprimorar a sua prática através do trabalho com jogos, brinquedos e brincadeiras.
2. A importância do lúdico na Educação Infantil
	O direito de brincar é reconhecido internacionalmente desde 1959 comoconsta na Declaração Universal dos Direitos da Criança, que prevê o brincar como uma vertente do direito à liberdade de meninos e meninas. Neste contexto, pode-se perceber que a presença do lúdico na sala de aula é um direito do aluno, na garantia deste, é favorecido o estímulo ao aprendizado, possibilitando resultados satisfatórios no processo ensino aprendizagem. 
	
A palavra ludicidade tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo". Se achasse confinada a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogo, ao brincar, ao movimento espontâneo, mas passou a ser reconhecido como traço essencialmente psicofisiológico, ou seja, uma necessidade básica da personalidade do corpo e da mente no comportamento humano, as implicações das necessidades lúdicas extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo de modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão (ALMEIDA, 2009, p. 01).
O ato de brincar vai além de uma simples ação de lazer, sendo uma espécie de prática norteadora para o mundo ao redor da criança. Assim, pode-se considerar que são muitas as possibilidades de crescimento da criança através da brincadeira e do brinquedo. O lúdico é um fator importante no desenvolvimento da criança, ao brincar a criança sempre se comporta além do comportamento habitual, o desejo de brincar é natural e espontâneo sem preferência do que brincar, a escolha vem depois, o importante para eles, é o brincar; que seja através de jogos ou por meio de imaginação. 
	O lúdico é parte integrante do mundo infantil da vida de todo ser humano. Os jogos e brinquedos fazem parte da infância, onde a realidade e o faz de conta intercalam-se. O olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, mas sim, de grande importância no processo de ensino-aprendizagem principalmente na fase da infância.
(...) as crianças aprendem através do brincar: admirável instrumento para promover a educação, o jogo é um artifício que a natureza encontrou para envolver a criança numa atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. "A criança que joga acaba desenvolvendo suas percepções, sua inteligência, suas tendências à experimentação, seus instintos sociais" (PIAGET, 1972, p. 156).
	
	Para Kishimoto (2001), existe uma diferença do brinquedo educativo para o material pedagógico baseado na natureza dos objetivos da ação educativa:
Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, à função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança. Neste sentido, qualquer jogo empregado na escola, desde que respeite a natureza do ato lúdico, apresenta caráter educativo e pode receber também a denominação geral de jogo educativo (KISHIMOTO, 2001, p.83).
	Vygotsky (1984) ressalta o brincar com caráter educativo ao afirmar que
(...) a ação na esfera imaginária, numa situação das intenções voluntárias e a formação dos planos de vidas, reais motivações volitivas, tudo aparece no brinquedo, que se constitui no mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar (p.117).
	No início do período da Educação Infantil o desenvolvimento da criança é notório, há várias mudanças em suas atividades. Algumas atividades nessa fase de desenvolvimento possuem métodos utilizados para estimular, para satisfazer a necessidade da criança.
	A pedagogia Montessoriana consiste em harmonizar corpo, inteligência e vontade, se baseia na educação da vontade e da atenção, em que as crianças têm liberdade para escolher seus materiais e onde querem trabalhar com eles em sala, além de proporcionar a cooperação entre as mesmas. Desse modo, as crianças são livres para agir espontaneamente, desde que não incomodem os demais colegas. Essa pedagogia mudou os rumos da educação tradicional, dando-lhe um sentido vivo e ativo. Em 1907, Montessori criou a primeira "Casa dei Bambini", ou “Casas das Crianças”, instituição de educação que não visava somente à instrução, mas à educação de vida, ou seja, a educação completa da criança. 
Nessa casa, Montessori teve a oportunidade de aplicar com crianças normais os seus métodos. Ela utilizou o mesmo material sensorial que havia usado com as crianças deficientes e deu continuidade, criando outros. As crianças aprenderam a ler e a escrever rapidamente. Assim sendo, uma das atividades importantes para o aprendizado dessa criança que está em fase de desenvolvimento do seu próprio mundo é a “brincadeira”. A brincadeira da criança não é instintiva, e sim humana, esse recurso pode servir de base para construir a percepção que a criança tem do mundo e dos seres humanos. E, é dessa forma, que se pode determinar o quanto é importante trabalhar as atividades de forma lúdica, pois para elas, nesse nível de desenvolvimento físico e de conhecimento dos objetos, não há ainda atividades teóricas e abstratas, e a consciência das coisas emerge primeiramente sob forma de ação.
Uma criança que domina o mundo que a cerca é de fato uma criança que se esforça para agir nesse mundo, tentado integrar-se a uma relação ativa, não só apensa com as coisas que são diretamente acessíveis a ela, mas também com o mundo de forma mais ampla, ou seja, ela se esforça para agir como um adulto.
 O mundo infantil difere de uma maneira qualitativamente do mundo adulto, nele há fantasia, faz de conta, o sonhar e o descobrir. Por meio das brincadeiras, ação mais comum da infância, que a criança terá oportunidade de se conhecer e constituir-se socialmente. Através da espontaneidade do brincar a criança poderá explicitar as diferentes percepções concebidas dentro do seu contexto familiar e social.
	Jean Piaget (apud ANTUNES, 2005, p.25) “relata que os jogos não são apenas uma forma de entretenimento para gastar a energia da criança, mas meio que enriquecem o desenvolvimento intelectual”.
	O desenvolvimento da criança depende do respeito e da compreensão do adulto, assim, elas terão a possibilidade de construir e exercer sua autonomia, tanto no convívio familiar, quanto no convívio escolar e social. 
Através de uma brincadeira de criança, podemos compreender como ela vê e constrói o mundo- o que ela gostaria que ele fosse, quais suas preocupações e que problemas a estão assediando. Pela brincadeira, ela expressa o que teria dificuldade de colocar em palavras. Nenhuma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha é motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. O que está acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a entendemos (BETTELHEIM, citado por ZACHARIAS, 2008, p. 04).
Pelas brincadeiras, pelos jogos, as crianças têm a possibilidade de se reportar a um mundo imaginário, desvinculado das ações que seriam comuns na vida real. Elas exploram os objetos que os cercam, melhoram sua agilidade física, experimentam seus sentidos e desenvolvem seu pensamento. O brincar na educação deve ser visto como um importante recurso pedagógico para a construção da identidade da criança.
2.1 A construção da identidade da criança a partir de atividades lúdicas
	A palavra escola deriva do grego sholé que originalmente significa lugar de ócio, aquele em que o lazer é empregado”, ou seja, a escola assume o desafio de um lugar onde o lazer torna-se um meio de transformação social.
	A ludicidade na educação e principalmente no ensino infantil, representa uma ferramenta pedagógica que promove novos métodos de aprendizado, valorizando a cultura, valores e costumes e sobre tudo garantindo o desenvolvimento educacional e social do aluno, como aborda Modesto:
Brincadeiras fazem parte do patrimônio cultural, traduzindo valores, costumes, forma de pensamentos e gerando aprendizagem, para isso o educador deve traçar objetivo e metas a serem alcançados, assim como regras a serem respeitadas. Os jogos e as brincadeiras fornecemà criança a possibilidade de ser um sujeito ativo, construtor do seu próprio conhecimento, tornando-o autônomo progressivamente diante dos estímulos de seu ambiente. (2014, p. 04)
	Alcançar a transformação e construção da identidade dos educandos, tem sido um grande desafio para as escolas contemporâneas, visto que o papel social da escola é formar o cidadão conhecedor e munido de informações de seus direitos e deveres, tornando um ser reflexivo, critico e social. Para o alcance desse objetivo social a escola poderá utilizar jogos e brincadeiras educativas, onde através destas técnicas, os alunos desenvolverão diversas habilidades, como diz Grassi:
Brincando, a criança vai elaborando teorias sobre o mundo, sobre suas relações, sua vida. Ela vai se desenvolvendo, aprendendo e construindo conhecimentos. Age no mundo, interage com outras crianças, com os adultos e com os objetos, explora, movimenta-se, pensa, sente, imita, experimenta o novo e reinventa o que já conhece e domina. (2008, p. 33) 
	Para isso é preciso muito desempenho do corpo institucional escolar, pais e comunidade, trabalhando e ensinando com o lúdico através dos brinquedos, dos jogos e brincadeiras educativas e sociais. 
2.2 Importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil 
A brincadeira é um instrumento que serve de ponte entre a realidade e a fantasia. Na medida em que vão crescendo, as crianças passam a trazer para suas brincadeiras o que veem, escutam e experimentam, ou seja, a brincadeira propicia o melhor manejo das frustrações, melhora a socialização, o desenvolvimento moral, o exercício do desenvolvimento em grupo, o desenvolvimento da imaginação, da linguagem, da escrita, auxilia as crianças a assimilarem melhor o mundo do qual fazem parte.
No desenvolvimento da criança, o brincar a afetividade e a inteligência estão sempre interligados. Brincar é natural da criança, é como uma necessidade básica, a saúde, a habitação e a educação.
Vygotsky (1994) deixa claro que nos primeiros anos de vida a brincadeira é a atividade predominante e constitui fonte do desenvolvimento ao criar Zona de Desenvolvimento Proximal.
A Zona de Desenvolvimento Proximal se refere ao percurso da criança até o desenvolver funções que estão em processo de amadurecimento, e que se tornarão funções consideradas importantes no nível de desenvolvimento real. Maluf (2004, p.48), procurando explicar a teoria de Vygotsky quanto ao brincar, relatando que:
Quando a criança consegue separar o significado da ação real ela está estabelecendo conceitos e isso ela só consegue brincando, pois, ao realizar uma brincadeira imaginária ela define regras e assimila conceitos referentes àquela fantasia.
É no lúdico que a criança desenvolve sua inteligência e cria seus próprios conceitos. Nesse sentido, Maluf (2004, p.20) destaca: a “brincadeira constrói na criança uma imagem do mundo real, ela adquire novas experiências e este aprendizado será útil na formação por toda a sua vida”. Neste sentido, o brincar é um recurso fundamental para o desenvolvimento e formação cidadã da criança, fazendo com que esta desenvolva a iniciativa, expresse seus desejos e internalize as regras sociais.
Para realizar essas atividades, a criança utiliza seu equipamento sensório-motor, pois o corpo é acionado e o pensamento também, enquanto é desafiada a desenvolver habilidades operatórias que envolvem a identificação, observação, comparação, análise, síntese e generalização, vai conhecendo suas possibilidades e potencialidades, desenvolvendo cada vez mais a autoconfiança, permitindo o indivíduo realizar seus anseios. De acordo com a visão de Kirinus (1998, p.44 e 45):
A criança, à maneira do poeta, cria um mundo próprio um mundo suprareal, onde investe energia criativa na construção, extensão e realização aos seus desejos. Ela tem consciência do seu “faz de conta”, sabe diferenciar o real do imaginário, mas transita naturalmente entre os dois, valendo-se do “pensamento por complexos”, unindo não apenas as impressões subjetivas dos objetos isolados, mas também entendendo e associando as relações existentes entre esses objetos, dotando-o de uma animicidade significativa. [...] A criança, dentro da escala hierárquica familiar, ocupa o último lugar. No jogo, ela manipula seu objeto-brinquedo com ampla liberdade.
Na escola o professor é o principal responsável para intermediar a brincadeira com o objetivo de estimular a criança, fazendo com que ela ultrapasse os limites da Zona de Desenvolvimento Proximal, e adquira avanços que provavelmente não conseguiria sozinha. Nesse momento, é fundamental que o professor ofereça situações desafiadoras que motivem diferentes respostas, estimulando a criatividade e a redescoberta.
É válido ressaltar, que a criança constrói seu conhecimento também em brincadeiras e atividades prazerosas que podem ser utilizadas na Educação Infantil como meio auxiliar para construção de conhecimento, aprimorando o conhecimento físico, conhecimento de tempo e espaço, social e a representação (sinal, símbolo e signo); jogos de construção, pintura, atividades artísticas, adivinhação, ouvir histórias, criar animais e plantas, cantar e tocar instrumentos musicais.
3 Metodologia 
Esta pesquisa desenvolveu-se numa escola da Rede Pública do Munícipio de Afrânio onde atende estudantes da Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais.
 O presente trabalho é um estudo de caso descritivo de caráter qualitativo, tendo por base a pesquisa bibliográfica. Para coleta das informações foi realizado entrevista semiestruturada com 10 (dez) professores da educação Infantil que trabalham com crianças na faixa etária de 3 a 5 anos.	
Em um primeiro momento, foi feita uma conversação com os professores no período de recreação, onde cada questionamento feito em uma folha a parte era escrito as respostas obtidas, almejando alcançar o objetivo da problematização da pesquisa acadêmica.
	Num segundo momento, foram feitas as observações necessárias, anotando-as em um diário de campo, onde pude colher dados tipo: espaço físico, tipos de brincadeiras, brinquedos, materiais educativos, tipos de jogos, se coletivos, duplas, trios ou individuais, se trabalha o esforço físico, mental e corporal etc. 
	Esta pesquisa bibliográfica possibilitou análise de forma flexível como acontece a ludicidade na escola campo de observação, quais os benefícios que o lúdico vem trazendo aos alunos, como esse trabalho é realizado, resultando-se em uma reflexão mais acadêmica e sistemática para o assunto pesquisado. 
4. aNÁLISE DOS RESULTADOS 
Analisando os dados da pesquisa, e a amostragem levantada, pode-se destacar a importância da ludicidade no desenvolvimento da aprendizagem do aluno da educação infantil. 
As professoras entrevistadas responderam as quatro perguntas lançadas, onde foram primordiais para o desenvolvimento desta pesquisa abaixo de cada pergunta será apresentado um gráfico e em seguida serão feitos comentários necessários sobre cada questionamento e a respectiva resposta.
Gráfico 1. Você se acha um profissional qualificado para trabalhar com jogos em sala de aula?
O gráfico 1 mostra que sete dos professores entrevistados se acham qualificados para usar os jogos em sala de aula e dois afirmam não usar sempre porque dá muito trabalho. Observa-se assim que muitas vezes o professor não planeja situações que visem suprir as necessidades de aprendizagem dos alunos, buscando a interação nas atividades e conteúdos propostos. Para tanto, o educador necessita conhecer a realidade dos discentes, suas expectativas, além do contexto social no qual os aprendizes encontram-se inseridos.
Gráfico 2. Você acha interessante, aulas com jogos e brincadeiras?
O gráfico 2 mostra que 90% reconhece a necessidade de utilizar o lúdico como ferramenta pedagógica possibilitando ao estudante aprender e interagir como sujeito no processo de ensino/aprendizagem, motivando-o a participar dosjogos e brincadeiras propostos em sala de aula. Pois, com o uso do lúdico os conteúdos tornam-se mais fáceis de serem assimilados pelos alunos, devido à aprendizagem ocorrer de forma significativa.
Gráfico 3. O professor deve usar os jogos lúdicos somente em alguma modalidade específica?
O gráfico 3 mostra a opinião dos professores quanto ao uso de jogos em modalidades ou níveis específicos de ensino, dois responderam que os jogos lúdicos devem ser usados somente até o 3° ano do ensino fundamental, um diz que apenas na educação infantil, seis responderam que deve ser usado em todos os níveis de ensino desde o pré-escolar até o 5° ano do ensino fundamental I. 
Nesse sentido, faz-se necessário o uso do lúdico como ferramenta que possibilita ao aluno aprender e interagir como sujeito no processo de ensino/aprendizagem, motivando-o a participar dos jogos e brincadeiras propostos em sala de aula. Pois, com o uso do lúdico os conteúdos tornam-se mais fáceis de serem assimilados pelos alunos, devendo à aprendizagem ocorrer de forma significativa.
Gráfico 4. Quais as principais dificuldades que você enfrenta dentro da sala de aula para trabalhar com atividades lúdicas?
Ante as dificuldades encontradas na escola para o desenvolvimento da ludicidade, 7 (sete) responderam que o espaço físico na escola é bem limitado dificultando a realização assim algumas brincadeiras e jogos, 3 falaram sobre a falta de recursos nas escolas e que muitas vezes usavam sucata. No sentido da brincadeira educativa, o papel do professor é planejar uma aula atrativa, com atividades lúdicas interessantes, relacionadas ao conteúdo e ainda direcionar e coordenar as atividades sem intervir.
Quando o professor planeja uma aula com jogos e brincadeiras, deve providenciar o material necessário para tal atividade, por isso, a importância do professor não trabalhar de forma isolada, mas em parceria com todos os segmentos da escola.
Quanto aos professores que ainda não têm experiência em desenvolver atividades lúdicas, é aconselhável ter coragem de arriscar sem medo de se tornar ridículo, mesmo que não tenha sucesso imediato, com persistência poderá ter experiência interessantes na sua prática pedagógica.
	Ao observarmos o espaço físico da escola, verificamos que a área para lazer, onde acontecem os jogos e brincadeiras, ainda se encontra defasado. Precisa-se de um espaço mais amplo, com parquinho infantil, e mais os recursos como jogos e brinquedos disponíveis para as crianças. O ambiente adequado e construído para atividades lúdicas propicia o maior desenvolvimento do aluno, pois o brincar é o meio de expressão e sociabilidade, desenvolvendo a aprendizagem e a formação cidadã do aluno, como diz Ribeiro:
Brincar é meio de expressão, é forma de integrar-se ao ambiente que o cerca. Através das atividades lúdicas a criança assimila valores, adquire comportamentos, desenvolve diversas áreas de conhecimento, exercita-se fisicamente e aprimora habilidades motoras. No convívio com outras crianças aprende a dar e receber ordens, a esperar sua vez de brincar, a emprestar e tomar como empréstimo o seu brinquedo, a compartilhar momentos bons e ruins, a fazer amigos, a ter tolerância e respeito, enfim, a criança desenvolve a sociabilidade. ( 2002, p. 56)
	Neste sentido, compreendemos que o ser humano nasceu para aprender, para descobrir. Os professores, ao trabalharem de forma lúdica, aproveitando a imaginação das crianças e oferecendo momentos em aula para os jogos de faz-de-conta, estão proporcionando uma aprendizagem prazerosa, pois a ludicidade é indispensável para o desenvolvimento físico, emocional e intelectual sadio das crianças.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	 Através dos estudos aqui realizados, podemos refletir sobre o papel do professor na vida acadêmica e social de seus alunos. Somos conhecedores da importância das brincadeiras e jogos na sala de aula, porém tem sido um grande desafio para as escolas e professores desenvolverem atividades lúdicas, através de jogos e brincadeiras, pois os recursos ainda são mínimos, dificultando essa parceria entre a brincadeira e o conhecimento, restando como muitas vezes a opção do uso exclusivo do livro didático. 
	Mesmo diante das dificuldades, os jogos e brincadeiras devem fazer parte do planejamento do professor, pois trará a suas aulas dinamismo, facilitando todo o processo de formação dos alunos. 
	O momento das brincadeiras pelas crianças possibilita que o professor analise as habilidades dos seus alunos, como também reflita sobre sua prática, verificando minuciosamente quais os avanços e necessidades de cada criança, buscando métodos de reorganização e replanejamentos eficazes para o alcance dos objetivos traçados. 
	A brincadeira e ludicidade são vistas para as crianças como um momento de lazer e divertimento, sendo interligado ao ensino, pode ser um aliado eficaz no processo de aprendizagem da criança. Como observado, além da aprendizagem eficaz, o jogos e brincadeiras contribuem na formação da identidade da criança.
Contudo, o professor tem um papel fundamental, pois nesse processo ele oferece a criança, meios para que ele possa atuar como um sujeito ativo dentro do processo de aprendizagem, criando e recriando formas de promover uma aprendizagem muito mais significativa.
	Porém essa não é tarefa apenas da escola, grande é a responsabilidade e importância do trabalho conjunto entre escola e família, garantindo a formação do cidadão, compreendemos assim que, de fato, a escola deve trabalhar com métodos lúdicos e dinâmicos mas cabe a família dar continuidade a essa garantia, o lazer – como direito garantido pela Constituição Federal.
Constatamos assim que a prática de jogos é enriquecedora e produz resultados satisfatórios na aprendizagem. Verificou-se que os jogos podem ser muito significativos para as crianças, pois através deles ela pode desenvolver habilidades importantes como criatividade, cooperação que são fatores fundamentais na sua formação cidadã.
REFERÊNCIAS
 
ALMEIDA, Ana. Ludicidade como Instrumento Pedagógico. 2009, p. 01. Disponível em: <http://www.cdof.com.br>. Acesso em Out. 2014.
CUNHA, N. H. S. A Brinquedoteca Brasileira. In: SANTOS. Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. 7ª Edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. 
GRASSI, T. M. Oficinas psicopedagógicas. 2ª ed. rev. e atual. Curitiba: IBPEX, 2008..
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O Jogo e a Educação Infantil. Petrópolis: Pioneira, 
1994.
KISHIMOTO, Tizuco M. (Org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 5ª Edição. São Paulo: Cortez,2001.
KIRINUS, G. Criança e poesia na pedagogia Freinet. São Paulo: Paulinas, 1998
___________. Brinquedo e Brincadeira – usos e significações dentro de contextos culturais. In: SANTOS. Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. 7ª Edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002
MODESTO, Monica Cristina. A Importância da Ludicidade na Construção do Conhecimento. Revista Eletrônica Saberes da Educação – Volume 5 – nº 1 – 2014.
MALUF, A.C.M. Brincar prazer e aprendizado. 4ª ed. Petrópolis: 2003
PIAGET, J. Psicologia e pedagogia. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense, 1972,p.156
RIBEIRO, Paula Simon. Jogos e brinquedos tradicionais. In: SANTOS. Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. 7ª Edição. Petrópolis, RJ:Vozes, 2002.
 
SANTOS, Santana Marli Pires dos, Brinquedoteca: Sucata vira Brinquedo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 
VYGOTSKY. L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO …...............................................................................................	8
2 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL …................................................................. ......................................................102.1 1 A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DA CRIANÇA A PARTIR DE ATIVIDADES LÚDICAS...........................................................................….....................................132.2 IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL …............................................................................................................................... 14
3 METODOLOGIA .....................................................................................................16
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................................................17
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS …................................................................................21
REFERÊNCIAS …................................................................................................23	
* Especialização em Gestão e Coordenação, Polo Afrânio – (EAD/ UPE). E-mail: � HYPERLINK "mailto:lucineide.cavalcanti@gmail.com" �lucineide.cavalcanti@gmail.com�
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O professor deve usar os jogos lúdicos somente em alguma modalidade específica?
Plan1
				O professor deve usar os jogos lúdicos somente em alguma modalidade específica?		Série 2		Série 3
						2.4		2
		Só até o 3° ano		2		4.4		2
		Somente na Educação Infantil		1		1.8		3
		Em todos os níveis de ensino desde o pré até o 5° ano do ensino fundamental		6		2.8		5
		
		
				Para redimensionar o intervalo de dados do gráfico, arraste o canto inferior direito do intervalo.
_1584383711.xls
_1584968589.xls
_1584383064.xls
Gráfico1
		
		7
		0
		2
Você se acha um profissional qualificado para trabalhar com jogos em sala de aula?
Plan1
				Você se acha um profissional qualificado para trabalhar com jogos em sala de aula?		Série 2		Série 3
						2.4		2
		sim		7		4.4		2
		não		0		1.8		3
		prefiro não usar sempre dá muito trabalho		2		2.8		5
		
		
				Para redimensionar o intervalo de dados do gráfico, arraste o canto inferior direito do intervalo.

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