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ROSELI SOUZA FIGUEIREDO SILVA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PEDAGOGIA - LICENTIATURA JARU 2017 LUCIMAR MARTINS O LÚDICO: A Importância do Lúdico na Vida Escolar Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciatura em pedagogia. Orientadora: Tutora Eletrônica: MARTINS+ LucimarO Lúdico: A importância do lúdico na vida escola páginas. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia). Universidade Norte do Paraná, Jaru/Ro, 2017. RESUMO JARU 2017 As vantagens da ludicidade na educação, é um assunto que vem sendo discutido pelos pesquisadores da educação, pois o educando e principalmente a criança aprende brincando, participando, compartilhando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes e escolhendo procedimentos para atingir objetivos dentro desse contexto. O professor deve estar determinado a atingir e retirar do aluno o seu desejo de aprender, com isso tornando-os comprometido com o futuro. Percebe-se que as atividades lúdicas dentro de sala de aula, e no âmbito da educação, visto que as mesmas reforçam e facilitam no desenvolvimento do educando e da criança, nos diferentes aspectos ( cognitivo, físico, motor, social e psicológico). Confirma-se que o lúdico é um fator positivo na construção de conhecimento do aluno, desenvolvendo neles a criatividade, a imaginação, raciocínio e espontaneidade na produção do sistema de representação a (leitura e escrita). Portanto, é fundamental a reflexão do docente no dia-a-dia das instituições de ensino, a fim de modifica-las, no que se refere ao lúdico, introduzindo nas metodologias jogos, brinquedos e brincadeiras. Palavras-chave: Lúdico. Aprendizagem. Desenvolvimento e Brincar. SUMÁRIO INTRODUÇÃO.........................................................................................................05 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA…..............................................................................07 2.1 O LUDICO A Importância do Lúdico na Vida Escolar………….............07 3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO.................22 3.1 JUSTIFICATIVA.................................................................................................23 3.2 PROBLEMATIZAÇÃO......................................................................................23 3.3 OBJETIVOS.......................................................................................................23 3.3.1 Geral................................................................................................................25 3.3.2 Específicos.....................................................................................................25 3.4 CONTEÚDOS..................................................................................................25 3.5 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO...........................................................27 3.6 TEMPO DE REALIZAÇÂO DO PROJETO.....................................................27 3.7 AVALIAÇÃO......................................................................................................28 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................31 5 REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO................................................................. ...31 INTRODUÇÃO O lúdico é tão indispensável para o desenvolvimento do educando e da criança, que merece atenção por parte de todos os educadores. Cada aluno é um ser único, com anseios, experiências e dificuldades diferentes. Sendo assim, nem sempre um método de ensino atinge a todos com o mesmo êxito. Para poder afirmar o sucesso do processo ensino-aprendizagem o professor deve utilizar-se os mais variados métodos de ensino, entre eles as atividades lúdicas. Tais como atividades que estimulam o interesse, a criatividade, a interação, a capacidade de observar, experimentar, inventar e relacionar conteúdos e conceitos. O professor deve-se refrear apenas a sugerir, estimular e explicar, sem impor, a sua própria forma de agir, para que o educando aprenda descobrindo e compreendendo, e não por imitação. O espaço para a realização das atividades, deve ser um ambiente amplo e agradável, e que os alunos possam se sentir descontraídos e confiantes. O presente trabalho acadêmico, apresenta identificar a importância do lúdico no ambiente escolar. E para que haja melhor compreensão sobre o Projeto de Conclusão de Curso, fica esclarecido que o mesmo será composto da seguinte forma: O conhecimento prévio da história do lúdico no Brasil, a sua integração e a sua importância na educação e no desenvolvimento da criança, o entendimento do trabalho lúdico no contexto educacional, bem como sua associação com jogos brinquedos e brincadeiras. Iniciou-se o trabalho com uma breve apresentação sobre o Lúdico no Brasil, logo em seguida abordará um pouco sobre o trabalho de ludicidade na educação em sala, trará também questionamentos sobre as brincadeiras e jogos na educação. Em seguida, apresentará os processos de desenvolvimento do projeto. Depois da exibição dos procedimentos, apresentará o passo a passo para o desenvolvimento do mesmo, bem como as condições de produção da pesquisa, também será exposto o processo metodológico utilizado para a obtenção do conhecimento científico e os passos para atingir os objetivos indicados no mesmo. Juntamente, será apresentado o cronograma para o desempenho do projeto e, por fim, as considerações finais. Contudo é possível provar que o lúdico é uma ferramenta pedagógica que os professores podem utilizar em sala de aula como técnicas metodológicas na aprendizagem, visto que através da ludicidade os alunos poderão aprender de forma mais prazerosa, concreta e, consecutivamente, mais significativa, alcançando uma educação de qualidade. Entretanto, o ponto que gerou essa análise foi precisamente a não utilização do lúdico na sala de aula, pela maioria dos professores, desenvolvendo situações e práticas pedagógicas tradicionais e sem dinamismo. A escola é um ambiente de contradições e diferenças, é o espaço privilegiado de produção e socialização do saber e se encontra organizada por meio de ações educativas que propõe a formação de sujeitos concretos: éticos, participativos, criativos e críticos. Por essa razão, investigar e estudar sobre este tema é primordial para apresentar que o lúdico é um método que contribui para que o educando se desenvolva, pois, é através do brincar que ele descobre, inventa, ensina regras, experimenta e desenvolve habilidades. Com esta pesquisa iremos também validar ao educador, a da importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista que o brincar é prazeroso. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 CONHECIMENTO PRÉVIO SOBRE A HISTÓRIA DO LÚDICO NO BRASIL: Na visão cultural e educacional, os últimos séculos, com a mistura de várias etnias no Brasil, cada uma com suas culturas, crenças e educação, faz nosso país mais rico culturalmente. A característica lúdica dos índios tinha como objetivo ensinar seus filhos a caçar, pescar, brincar, dançar, tendo um aprendizado diferente, assim seus filhos conseguiam construir seus próprios brinquedos com materiais extraídos da natureza. Os negros da mesma forma trouxeram seus costumes muito semelhantes ao dos índios, desenvolvidos de forma criativa e lúdica, e ao mesmo tempo é uma forma de aprendizagem. Os filhos dos portuguesesquando vieram para o Brasil, não tinham contato com a ludicidade como ato de educar, e sim simplesmente como lazer. Os seus costumes trazidos de Portugal eram diferentes dos existentes no Brasil dos índios e dos trazidos pelos negros, em suas bagagens. Os índios, os portugueses e os negros foram os precursores dos atuais modelos e maneiras de desenvolvimento do lúdico que mantemos até hoje, no Brasil. Como nos últimos séculos o Brasil passou por uma mistura de povos e raças, com suas crenças, religiões, cultura e educação, e com toda essa diferença veio também as diversas maneiras de se desenvolver a ludicidade. E para Kishimoto “A criança é um ser em pleno processo de apropriação da cultura, precisando participar dos jogos de uma forma espontânea e criativa”. O que é ludicidade?. Há muitas definições para ludicidade, algumas contradições e até confusões. A palavra lúdico se origina do latim ludus que significa “brincar”, mas vale ressaltar que para Feijó (1992), o lúdico é uma necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente. Sendo assim, a ludicidade são atividades essências para dinâmica humana e que não são somente atividades para diversão. As brincadeiras e os jogos que hoje temos são primitivo dessa miscigenação que ocorreu nesse período, mas é incerto afirmar de qual povo exatamente seriam suas origens. Mas o que devemos ressaltar é justamente que, o que temos é um material importante trazido como herança dos nossos antepassados e que devem ser preservados, valorizados e utilizados para o ensino dos nossos alunos, sempre estimulando o resgate histórico que merece cada um deles. Pois qualquer atividade lúdica produz estímulos nas pessoas, pesquisando seus sentidos vitais, operatórios e psicomotores, possibilitando o desenvolvimento completo das suas funções cognitivas. Conforme KISHIMOTO afirma que: (...) Se quisermos aproveitar o potencial do jogo como recurso para o desenvolvimento infantil, não poderemos contrariar sua natureza, que requer a busca do prazer, a alegria, a exploração livre e o não-constrangimento. (Kishimoto, 1995) . Na atualidade temos a tecnologia que nos auxilia e nos ministra oportunidades para conduzirmos da melhor maneira possível. Com a diversidade étnica que existe hoje no Brasil, com as diversas culturas e costumes, temos variedades de como desenvolver uma boa aprendizagem. Veremos também a posição da igreja católica em relação a esse assunto, pois os jogos na educação não era bem visto por ela, era denominado como algo profano. Uma ação muito importante que aconteceu foi a Revolução de 1930 que trouxe benefícios para a educação, valorizando o ensino, gerando assim o Ministério da Educação e Saúde Pública, tendo como primeiro ministro Francisco Campos. Também iremos ver neste capítulo onde e como foram criadas as primeiras escolas e qual eram as suas metodologias, sendo que com a criação das creches, vieram também as salas pré-primárias que trabalhavam juntas com as escolas primárias, esse procedimento das crianças menores de 06 (seis) anos na escola foi se estendendo lentamente, se estabelecendo somente nos anos 70. . As atividades lúdicas que envolvem o brincar pedagógico estimulam a criança no desenvolvimento do pensar e do agir, fazendo com que ela se torne futuramente capaz de resolver situações e problemas que surgirão. A criança cria e recria o mundo ao seu entorno por meio da brincadeira, deste modo o brincar é uma das formas de linguagem que a criança utiliza para interagir consigo, com os outros e para entender o mundo que a cerca, de fato pode-se dizer que o jogo e uma atividade natural do ser humano. De acordo com Vygotsky (1991): O brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento. Sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento (VYGOTSKY, 1991, p.117) A realidade do brincar desenvolve e proporciona nas crianças diversas aprendizagens, bem como favorece a autoestima, auxilia a criança superar suas aquisições de forma criativa, estimula a curiosidade, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção no âmbito escolar e na sociedade. De acordo com Oliveira (2000,p.23) afirma que: Uma situação lúdica pode ser vista, assim, como um excelente meio de reconhecimento individual e grupal de características pessoais e grupais, quer sociais, morais ou intelectuais em suas múltiplas combinações. Por outro lado, de forma complementar, aponta dificuldades e pontos mal desenvolvidos, levando a criança a buscar melhorá-los para preservar sua imagem perante os outros. (OLIVEIRA, 2000, p.23) Segundo Negrine (1994,p.20) diz que quando a criança chega á escola, traz consigo uma pré-história, construída à partir de suas vivências, grande parte delas através das atividade lúdica. Em conformidade com esse autor o professor deve ter um conhecimento sobre o saber que a criança construiu ao lado do seu ambiente familiar, para que ela possa elaborar sua proposta pedagógica a partir daí. Segundo Cerisara (2008,p.130) Quando a criança brinca, ela cria uma situação imaginária, sendo esta uma característica definidora do brinquedo em geral. Nesta situação imaginária, ao assumir um papel a criança inicialmente imita o comportamento do adulto tal como ele observa em seu contexto (CERISARA, 2008, p.130) Para melhor compreendermos esta relação de pensamentos e imaginação de ação, temos o seguinte exemplo: quando a criança, ao tentar imitar sua professora, ela faz um exercício mental e defini por pensamento o que quer imitar, quem quer imitar, e qual a melhor forma de imitar, perante esse exemplo podemos compreender que a encenação da criança no jogo de faz de conta ocorre em seguida a todas essas decisões mentais, sendo possíveis somente através da ação lúdica. No decorrer das brincadeiras livres praticadas por seus alunos, o professor deve ficar atento e observar quanto á forma de interação que seus alunos estão tendo com os brinquedos, com a situação lúdica e com seus colegas. Através das brincadeiras o professor pode marcar algumas ações lúdicas através da observação, do registro, da análise, e do tratamento a ser observado. Percebendo maneiras como as diferentes crianças brincam e as possíveis maneiras de usar os brinquedos e o jeito de como as crianças os organizam, e refletem sobre sua realidade social e a sua visão individual do mundo. Verificando a afirmação de Kishimoto (2005), podemos relatar que muito além de uma réplica os objetos dos adultos, facilita a concentração, a atenção, o engajamento, a imaginação, o raciocínio lógico, a aceitação de regras e a socialização, e como consequência a criança fica mais calma, relaxada e aprende a pensar, estimulando sua inteligência. De acordo com Almeida (1994,p.41), afirma que: A educação lúdica, na sua essência, além de contribuir e influenciar na formação da criança e do adolescente, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integra-se ao mais alto espírito de uma prática democrática enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio (ALMEIDA, 1994, p.41) 2.2 UM POUCO SOBRE A LÚDICIDADE NA EDUCAÇÃO E de acordo com a Constituição Federal de 1988: Art. 227 – É dever da família, dasociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão. Perante essa realidade são poucas as vezes que encontramos no planejamento do professor atividades lúdicas, como atividades educativas ao ar livre, o uso das aulas para inserção de uma metodologia lúdica, onde eles podem brincar, aprender e refletir. Mas além de tudo, as crianças “precisam de tempo e tranquilidade para se concentrar nas brincadeiras, e de oportunidade e incentivo para ir em frente por seus próprios meios” (BETTELHEIM, 1989, p.171). E perante essa realidade, são os professores que se recusam a brincar com seus alunos, pois as suas metodologias se aplicam somente nas teorias e não na inserção de atividades lúdicas como meio de aprendizagem. Bazílio e Kramer afirmam que: Se o direito à brincadeira como experiência de cultura é hoje claramente postulado e hegemonicamente aceito entre aqueles que atuam na pesquisa, na gestão e na prática com crianças em creches e pré-escolas, tudo passa como se, ao entrar na escola fundamental, deixassem de ser crianças, tornando-se adultos. Questões relativas à arte, à formação cultural, ao papel e à concepção de infância desaparecem ou são desconsideradas como coisa menor ou não pertinente (2003, p.15). Contudo, essa inclusão da criança em ambientes escolares formais nem sempre ocorreu, uma vez que segundo Pereira (2011), existem dois pontos principais para regatar o lúdico em sala de aula. Relativo ao primeiro princípio, o autor diz que o professor que dispõe-se a utilizar o lúdico com as crianças deve restaurar inicialmente o seu lúdico interno, reestruturando seu gosto pelo brincar recordando brincadeiras e brinquedos íntimos e especiais de sua infância. Agora o segundo princípio é que o professor ao enxergar a criança a sua frente não projete seus desejos na criança, uma vez que lidamos com a criança real, que é bem diferente das crianças existentes em nossas fantasias. E Bettelheim afirma que: Do mesmo modo que o adulto criativo precisa brincar com as idéias, a criança, para formar suas idéias, precisa de brinquedos – e de muita tranqüilidade e liberdade de ação para brincar com eles como quiser, e não do jeito que os adultos acham apropriado. É por isso que precisamos dar-lhe essa liberdade, para que sua brincadeira seja bem sucedida e proveitosa (BETTELHEIM, 1989, p.172). A ludicidade na Educação ainda e um grande desafio que consiste na disponibilização de instrução formal aos educandos e principalmente crianças na primeira infância. Trazendo em consideração que não existe mais só a presença do cuidador, mas sim a do professor. Expõe-se dizer que o lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, principalmente no ato de brincar da criança, na época atual muito sendo declarado sobre o direito da criança de brincar. E por meio desse direito já conseguiu espaços na legislação brasileira, quando citado na Constituição Brasileira, de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional_LDB 9394/96, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil de 1988 e no Plano Nacional de Educação de 2001. A natureza do jogo é algumas vezes ignorada, na relação de como é jogado e as regras que o definem. No procedimento do jogar a estrutura não e tão importante quanto suas regras na sugestão de defini-lo como cooperativo ou competitivo. Dessa maneira, o educador deverá estar preparado para ter condições de intervir e proporcionar com maior intensidade o desenvolvimento da criança, sabendo que ela é como todo mundo, uma mistura extremamente completa de capacidades e limitações. Nesse seguimento notamos que o professor terá o importante papel de destacar a utilidade de sua dupla compreensão e do estabelecimento das regras do jogo. Sendo assim o professor é o mediador, para intervir na prazerosa interação e aprendizagem dos alunos. O verdadeiro educador não entende as regras apenas como sendo os elementos que torna o jogo passível de ser executado mas como uma lição de ética e moral, e assim sendo, cumprir seu objetivo educacional. O jogo pode ensinar, aprimorar as relações interpessoais e promover alegria, prazer, motivação, no entanto o único que pode converte-lo em tal é o professor lembrando-se dos ganhos cognitivos e sociais sem perder de vista seu carácter de prazer e alegria. ANTUNES(2005, p 33). O aceitamento da utilização de jogos e brincadeiras como uma estratégia no processo de ensinar e de aprender têm ganhado força entre os educadores e pesquisadores nesses últimos anos, por examinarem, em sua grande maioria uma modo de trabalho pedagógico que estimula o raciocínio e favorece a vivência de conteúdos e a relação com situações do cotidiano. E para Vygotsky (1998), o educador poderá fazer o uso de jogos, brincadeiras, histórias e outros, para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar e resolver situações problemáticas, para que imite e recrie regras utilizadas pelo adulto. Porém Antunes (2005, p 33), relata que: E com o passar do tempo temos visto a importância e os benefícios do brincar para as crianças, e a partir do século XVll, e com as implicações da infância o jogo passa a construir o cenário das “Pedagogias da Infância” , apontadas por Jean Piaget, Oliveira, Kishimoto, Bettelhim, Vygotsky entre outros, destaca-se que esses teóricos, ao argumentar seus pensamentos, enfatizaram o jogo como frequência marcante na vida da crianças e a importância em desfruta-lo na educação. Segundo Friedmann (1990, p.30): “O jogo é a nossa maior fonte de criatividade [...] as crianças jogam com ideias enquanto se envolvem nas experiências do seu divertimento”. Para esse fim é necessário compreender suas brincadeiras e, então entender o significado delas na vida das crianças. Pois este quadro pode ser confirmado nas palavras de Piaget (1962 e 1976) (Apud, AGUIAR, 1999 p.37), diz que: A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável à pratica educativa. É pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a aprendizagem das crianças que em todo lugar onde se consegue transformar em jogo a iniciação à leitura, ao 46 cálculo ou a ortografia, observa-se que as crianças se apaixonam por essas ocupações, geralmente tidas como maçantes. PIAGET (1962 e 1976) (Apud, AGUIAR, 1999 p.37). O indispensável documento pedagógico orientado para a educação infantil no Brasil é o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Criado em três volumes no ano de 1998, o documento propõe dar mais base pedagógicas à educação infantil e menos assistencialista. Com esses recursos podem se constituir em ferramentas pedagógicas ao professor. Diante desses aspectos, Independência e autonomia, respeito à diversidade, alfabetização e escrita, Identidade de gênero, Interações, jogos e brincadeiras e cuidados especiais, estão entre as principais coordenações pedagógicos. Seguidamente dá-se uma série de orientações para os principais blocos ou eixos, como: artes visuais, comunicação oral e escrita, natureza e sociedade, matemática, tudo isso idealizado num contexto de jogos e brincadeiras. Então podemos presenciar uma orientação de imersão no mundo da criança, sem, perder o caráter pedagógico ou educativo. De acordo com as orientações do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p.27): “No ato de brincar, os sinais, os gestos, os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparenta ser. Aobrincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhe deram origem, sabendo que estão brincando”. Segundo Piaget (1973, p.160), afirma que: O jogo é, portanto, sob suas duas formas essenciais de exercício sensório- motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, e métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente a fim de que jogando elas cheguem a assimilar às necessidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores a inteligência infantil (PIAGET, 1973, p.160). Como desperta-los, se não envolver nos processos pelos quais são construídas as aprendizagens e formas de se organizar os relacionamentos?. Nesta meta o presente trabalho está desenvolvido em quatro capítulos, onde o primeiro tem como objetivo obter o conhecimento prévio da história do lúdico no Brasil, e como tudo começou, tendo como principais teóricos Negrine (1994), Vygotsky (1991), Oliveira (2000) e Piaget (1973). Fundamentado nas tais comprovações, o presente trabalho compõe-se em quatro capítulos, tendo o objetivo de esclarecer, questionar, e refletir sobre o conjunto de questões com a realidade do lúdico na vida escolar e no desenvolvimento da criança, que está fundamentado na abordagem acadêmica envolvendo discussões teóricas sobre a importância do lúdico na vida escolar e o papel que o educador em frente a mesma situação. Como diz Celso Antunes (2001, p.55). Nesse seguimento o lúdico na educação demonstra o desafio de alcançar a riqueza do mundo infantil. Isso solicita a expansão sobre as concepções da criança, onde todos as entendam em suas originais, distintas e variadas linguagens. Com isso o educador, deve ampliar sua identidade de desenvolvimento das mesmas, entendendo que o desafio é grande, conhecendo e enxergando as crianças como seres únicos, que sentem, pensam, criam, imaginam o mundo da sua própria maneira, e que tem o desejo de aprender e descobrir coisas novas, uma vez que eles tem uma vasta eficiência de se comunicar, indagar e de buscar compreender as coisas que as cercam no mundo e o lúdico facilita muito a construção da reflexão sobre esse meio. E de acordo com o RCNEI (1998): As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o mundo em que vivem.(RCNEI, 1998). Seguindo esse princípio para realizar as mudanças significativas nas práticas educacionais, esse trabalho apresenta elaborar algumas considerações sobre a importância do lúdico na vida escolar para o desenvolvimento das do educando, onde os professores possam considerar continuamente o seguinte conjunto de questões: Quais é o nosso ponto de vista sobre as crianças? - O que nós educadores compreendemos sobre a ludicidade no mundo da educação? – A importância dos jogos e no desenvolvimento das crianças? – E qual a compreensão de jogo, brinquedo e a brincadeira?. Essas questões contribuirão para o processo educativo, pois, é muito importante entender como trabalhar com crianças, se não de que maneira compreender suas misteriosas, subjetivas e fascinantes linguagens. “Um professor que adora o que faz, que se empolga com o que ensina, que se mostra sedutor em relação aos saberes de sua disciplina, que apresenta seu tema sempre em situações de desafios, estimulantes, intrigantes, sempre possui chances maiores de obter reciprocidade do que quem a desenvolve com inevitável tédio da vida, da profissão, das relações humanas, da turma…”. Antunes (2001, p.55). Diante de tal pensamento a educação tem como objetivo de criar cidadãos críticos e criativos com disposição para inventar e ser capazes de construir cada vez mais novos conhecimentos. Como o método de Ensino/Aprendizagem está continuo desenvolvimento para a melhoria da educação. E o lúdico é um desses métodos que está sendo trabalhado na educação, auxiliando no aprendizado do aluno, através de aulas dinâmicas fazendo com que o aluno interaja mais em sala de aula, aumentando em si a vontade de aprender, estimulando-o a ser pensador, questionador e não um repetidor de informações. 2.3 A INTEGRAÇÃO DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO: A implementação do lúdico na educação, como caráter recreativo e didático se faz presente na maioria das escolas, revelando que os educadores reconhecem a importância do lúdico no desenvolvimento dos alunos, devemos dar bastante importância nas atividades lúdicas como mediadora da inclusão de crianças sendo portadora de alguma deficiência ou não, e por meio das estratégias metodológicas desenvolvidas, consegue-se constituir valiosas informações a respeito das diferentes brincadeiras realizadas no contexto escolar e acerca da importância de cada um delas no processo de inclusão escolar. O lúdico compõe-se em uma prática socioeducativa utilizada com diversas funções, e segundo Teles (1999), resume-se em uma importante metodologia que contribui para diminuição dos índices de fracasso escolar e evasão dos alunos nas escolas, já que a prática do brincar, além de ser divertida, é uma atividade que amplia a criatividade nos alunos, e coopera para tornar a sala de aula um ambiente agradável e favorável ao aprendizado. E conforme Miranda( 2003, p.17), diz que: A democratização do ensino será possível partir do momento em que os espaços físicos, as metodologias e os materiais didáticos e, sobretudo, a capacitação dos docentes, estiverem beneficiando e proporcionando uma educação efetivamente de qualidade para todos. (MIRANDA, 2003, p.17). E através das analises apresentadas, acredita-se que o presente estudo possa conceder consideráveis informações para o planejamento e reflexão do professor na educação. Portanto o lúdico valoriza o âmbito escolar, mediante ao resgate de brincadeiras, brinquedos e jogos.Nas palavras de Barros(2002, p.12): A escola deve considerar imprescindível, sobretudo na infância a ocupação do tempo livre das crianças com a construção de jogos e brincadeiras de sucata, com atividades prazerosas e desejantes. Principalmente, neste processo de urbanização, em que se vive hoje, em que à criança é levada ao consumismo e à alienação no seu modo de vida. (BARROS, 2002, p. 12) A motivação como instrumento de aprendizagem através do lúdico, é muito relevante pela realidade de existir falta de interesse escolar dos alunos, o alto nível de repetência, abandono escolar, indisciplina entre outros. Por fim, a falta de estímulos no ambiente escolar faz com que muitos alunos menospreze a escola, dentre tantos outros fatores de natureza sócio histórica. E Conforme Bzuneck (2000, p. 9) “a motivação, ou a razão, é aquilo que ativa uma pessoa ou que a põe em ação ou a faz mudar de curso”. A motivação é essencial para a aprendizagem, uma vez que, desenvolvida pelo professor nas aulas, garante ao aluno incentivo alcançar seus objetivos propostos pela escola de maneira significativa, essencialmente com atividades lúdicas. As práticas lúdicas apresenta relevâncias plausíveis, já que assegura discussões importantes à docência no que refere-se ao aprender com sentido para o aluno e o educador. Almeida (1995, p.41) ressalta que: A educação lúdica contribui e influência na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação sociale tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio. ALMEIDA (1995, p. 41). Motivação quer dizer exposição de motivos ou causas; animação; entusiasmo. Através dessas definições, pode-se constatar que estiver motivado é estar animado, entusiasmado. Para isso, é necessário ter motivos para se chegar a esse estado. Portanto, o educador precisa buscar recursos didáticos que possibilitem motivar suas aulas, pois entendemos que a motivação parte do educador já que necessita de estratégias em sua prática pedagógica. Silveira Bueno (1999). Diversas vantagens, possibilidades e oportunidades são trazidas através do trabalho do lúdico na educação, pois proporciona para o aluno diversas descobertas a cada dia com uma nova atividade, metodologia, com o inserção de jogos, brinquedos e brincadeiras, sendo ao mesmo tempo prazerosa e educativa, fazendo com que os alunos aprendam a lidar com o mundo atual. O relacionar-se dos seres humanos é a todo momento uma troca de saberes, afetos, e por meio de tudo isso e muito mais é que vai surgindo vínculos pessoais entre todos e a autoconfiança também é despertada. A partir do momento que a criança é inserida no ambiente escolar, ela passa por mudanças, e é desde esse momento que ela vai conviver com outras pessoas que vão fazer parte do seu cotidiano, essencialmente com educadores que procuram a sua melhor capacidade de aprender e o seu rendimento, através do lúdico no processo de ensino aprendizagem. Conforme o dicionário Silveira Bueno (1999): Ao trabalhar a motivação no texto escolar, devem ser levados em consideração todos os envolvidos nessa rede, essencialmente o envolvimento daquele que está em contato direto com o aluno, que neste caso é o professor. E são os inúmeros os motivos que os alunos variam seu desejo de aprender. Pois a motivação é a força para a aprendizagem, ou seja, o convívio entre professor e aluno na instituição escolar pode trazer a animação, a alegria em meio à construção do conhecimento. E o jogo é o método de aprendizado mais eficaz para a construção do conhecimento, independente da idade do aluno. De acordo com Gil ( 2008, p. 86), diz que: Mas quando se procura entender o significado original do conceito, percebe- se sua inadequação. Motivação vem do latim movere, que significa mover motivação constitui a força que nos move para alcançar determinado objetivo. É a “mola propulsora da ação”. Assim, estudante que está motivado para aprender é o que tem motivo para isso. GIL (2008, p. 86). O processo educacional, atualmente vem sofrendo grandes modificações, e o ato motivacional por parte dos professores é essencial para a aprendizagem dos alunos, pois possibilita ao aluno alcançar os objetivos oferecidos pela escola de maneira significativa, principalmente com atividades lúdicas. As práticas lúdicas apresenta relevâncias plausíveis, pois promove discussões importantes à docência no que refere-se ao aprender, dando sentido para o educando e o educador. Sendo assim, o educador precisa buscar recursos didáticos que garantem motivar suas aulas, visto que entendemos que a motivação parte do educador já que necessita de estratégias em sua prática pedagógica, já que motivar é um desafio para o professor contemporâneo. 2.4 A IMPORTÂNCIA DE JOGOS NA EDUCAÇÃO E NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA: Através de jogos, brincadeiras e brinquedos a criança de desenvolve socialmente e culturalmente, e é muito importante resgatar o ato de brincar no ambiente da educação. A utilização de jogos e brincadeiras, em uma visão pedagógica estimula o desenvolvimento psicomotor, emocional, afetivo, cognitivo entre outras áreas da aprendizagem, mas é indispensável que se identifiquem as necessidades individuais de cada aluno para que possa estabelecer uma estratégia que completa dessas carências. E deve-se entender melhor as necessidades e dificuldades mais imediatas do sujeito e utilizar as atividades lúdicas justamente na busca de possibilidades de aprendizagem e compreensão não só de conteúdos mas também de valores. Por isso é importante que as metodologias das escolas resgatam em seu currículo as brincadeiras tradicionais como: Esconde-esconde, amarelinha, passa o anel, as cantigas de rodas e entre outras. Visto que com essa época digital as crianças se envolvem mais com eletrônicos, deixando de lado as brincadeiras tradicionais. E conforme kishimoto (1996, p. 31): A brincadeira desde o nascimento se constitui como um elemento que transmite ações sensório-motoras, responsável pela estruturação dos primeiros conhecimentos constituídos a partir do saber-fazer. O recém- nascido aprende a brincar de se movimentar, de sorrir, de olhar, de falar existindo inicialmente o uso livre desses atos, mas que gradativamente a criança é submetida a um projeto intencional do meio em que esta inserida. Circunstancialmente o sujeito com o qual a criança se relaciona, irá estabelecendo pré-conceitos, hábitos e até mesmos interesses pessoais. KISHIMOTO (1996, p.31). O lidar com jogos inclui o planejamento de uma sequencia didática e exige uma série de intervenções do professor, para que além do jogar e do brincar, haja aprendizagem. Já que devamos pensar como e quando o jogo será proposto e quais possíveis explorações ele permitirá para que os alunos aprendam. E uma das propostas do lúdico é a interação entre os alunos. E para Kishimoto (1999, p.38): A utilização dos jogos e brincadeiras potencializam a exploração e a construção do conhecimento, por contar com a motivação, típica do lúdico, mas o trabalho pedagógico requer a oferta de estímulos externos e a influência de parceiros, bem como, da sistematização de conceitos em outras situações. KISHIMOTO (1999, p.38). Por intermédio de jogos e brincadeiras, é permitido trabalhar todas as disciplinas, voltadas para o lúdico, dessa forma, a criança brinca e aprende ao mesmo tempo, não estando presa em conteúdos de sala de aula, ela forma conceitos, ideias, e aumenta as habilidades e o mais importante, se socializa. A convivência de maneira lúdica é prazerosa em relação, com que a aprendizagem proporciona à criança em estabelecer relações cognitivas com as experiências vivenciadas, através dos jogos e das brincadeiras. E segundo, Vygotsky (1989) comenta que é enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. Por intermédio da brincadeira, a criança identifica o real do imaginário; o brinquedo motiva na criança uma zona de desenvolvimento proximal, comportando-se além do natural de sua idade. Para Friedman (1996, p. 56): trazer o jogo para dentro da escola, é uma possibilidade, de pensar na educação numa perspectiva criadora, autônoma, consciente. Através do jogo, não somente abre-se uma porta para o mundo social e para a cultura infantil, como se encontra uma rica possibilidade de incentivar o seu desenvolvimento. FRIEDDMAN (1996, P. 56). Contudo o brincar é naturalmente da criança, é importante no processo psicológico, e no seu desenvolvimento e aprendizagem, e inclui relações de experiências; da memória e da imaginação; da realidade e da fantasia. Do modo que a criança possa modificar e criar novos sentidos. Sobre isso Kishimoto (1994, p. 13), diz: O jogo como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento, passa a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que colocar o aluno diante de situações lúdicas como jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola. KISHIMOTO (1994 p. 13). 3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO: 3.1TEMA E LINHA DE PESQUISA: O mencionado projeto: “O lúdico: A importância do lúdico na vida escolar”, irá debater sobre a importância da lúdicidade para alunos na instituição de Ensino.Nesta exploração, compreendemos ‘lúdico’, como funções agradáveis ligadas a jogos e brincadeiras no contexto escolar e que só se realizam com base no desejo do aluno, que deve ser estimulado e motivado pelo professor ao propor atividades lúdicas como um meio metodológico. Afinal, sabe-se que é de indispensável importância trabalhar o lúdico no contexto educacional, a respeito do método de aprendizagem na Educação Infantil. Compreende-se que o lúdico é de fundamental importância, deste modo, como instrumento de socializão e auxilio com as crianças, buscando sempre com o trabalho das brincadeiras, o desenvolvimento bem como a coordenação motora, a expressão corporal e a verbal, interação com movimentos, e o auxilio dos educandos a formar conceitos, relacionar ideias, desenvolver a expressão oral, reforçar as habilidades sociais, explorar e construir seu natural conhecimento, encontra-se no papel dos jogos: favorável no desenvolvimento da criança composta de historicidade e tradição. 3.2 JUSTIFICATIVA: O brincar causa emoções e sensações de bem estar, liberta das angústias e joga para fora as emoções ruins de tristeza e desânimo, possibilitando a criança a entender seus sentimentos negativos que estão no seu dia a dia infantil. As crianças sentem-se feliz brincando, desde acompanhadas e até mesmo sozinhas, a criança é um ser sincero e a brincadeira deve estar sendo aplicada dentro dessa sinceridade, pois, a criança brinca por prazer e porque sente vontade de brincar, com isso ela expressa seus sentimentos e desejos. E por essa razão que se associa o brincar a dinâmica. Verifica-se que na Educação Infantil, o lúdico deve propor para as crianças às mesmas alegrias que sentem ao brincar fora da escola. Podemos dizer que para isso acontecer, é preciso que a criança seja incentivada a descobrir, experimentar e criar, mediante ao lúdico. A brincadeira pode influênciar e reforçar as mais variadas áreas do desenvolvimento cognitivo da educação, pois, é uma linguagem que se traduz em formas capazes de comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de organização e relacionamento expressivo. Seguramente, por se referir aos sentidos, e por esse entendimento esta ligada a percepção e vem representando um papel fundamental no desenvolvimento do ser humano. E ao brincar a criança conhece a si própria e aos outros, e desempenha a dura tarefa de compreender seus limites e possibilidades e de inserir-se em seu grupo. Daí se aprende e internaliza as normas sociais de comportamentos e hábitos fixados pela cultura, pela ética e pela moral. Na escola a ludicidade tem a propósito de ampliar e facilitar a aprendizagem do educando, pois ensina o aluno a se soltar, ouvir, respeitar, e melhorar o desenvolvimento e integração com os demais, o autocontrole, a confiança, antes e depois, posição, direção, orientação espacial e temporal, lateralidade, formas geométricas, coordenação motora, gestos, expressão facial e corporal de maneira ativa e refletida, além de ser uma ferramenta no processo de aprendizagem. Expõe-se ainda que a ludicidade, representa uma importante fonte de estímulos, equilíbrio, felicidade e autoestima para o individuo, através de seu poder produtivo, torna-se um poderoso recurso educativo a ser usada na educação. Desta maneira, é fundamental a utilização das brincadeiras e dos jogos no processo ensino pedagógico, diante dos conteúdos que podem ser ensinados através de atividades lúdicas em que a criança fica em contato com diferentes atividades, manipulando vários materiais, tais como jogos educativos, os didáticos, os jogos de construção e os apoios de expressão. 3.3 PROBLEMATIZAÇÃO O lúdico deve ser visto como uma abordagem metodológica que propicia no educando o processo de construção de conhecimentos, através do que lhe é real julgando que é melhor para si, e para o que rodeia. Os argumentos desenvolvidos neste projeto têm em vista a interação, com a construção de conhecimento e atitudes, com o desenvolvimento das áreas psicomotoras e com as características e especialidades do universo da educação. Nesta viabilidade, as brincadeiras, espontâneas ou dirigidas, o uso de materiais diversos, a música, o jogo, a dança, as cantigas de roda, e as diversas formas e comunicação de expressão, de criação e de movimento descrevem as várias condutas de promover o desenvolvimento e as conquistas individuais e coletivas do educando. O método como são organizados esses conteúdos, girando em torno de um tema, ou projeto, privilegia-se sempre o contexto do lúdico, reconhecendo que as crianças são seres únicos e capazes, que aprendem a aprender, a fazer, a ser e a conviver consigo mesma, com os outros e com o meio ambiente de forma integrada. 3.4 OBJETIVOS: 3.4.1 GERAL: ● Oferecer através dos jogos e brincadeiras, a formação completa do aluno, resgatando os valores culturais e proporcionando a sociabilidade e a expressividade aos mesmos, inserindo o sentido de parceria e cooperação, por meio do desenvolvimento motor de cada educando. Expondo a importância da aplicação dos jogos e brincadeiras como técnicas mediadoras na organização do trabalho incluindo a ludicidade. 3.4.2 ESPECÍFICO(S): ● Instigar a capacidade do lúdico nas crianças, através do desenvolvimento de atividades com brincadeiras, jogos e brinquedos. ● Propor e oportunizar a interação de todos no processo de aprendizagem, que é a inserção no lúdico nas atividades. ● A obtenção de um melhor desempenho da aprendizagem, obtida por meio da ludicidade. ● Mostrar as mais variadas fontes de trabalhar o lúdico com eles e eles aprendendo brincando. ● A oportunidade para a formação e convivência com grupos sociais. ● Aprender de forma lúdica brincando e possibilitando a construção do conhecimento. ● Explorar aos jogos, as brincadeira e o brinquedo nos mais variados sentidos. 3.5 CONTEÚDOS: ● Jogos, brincadeiras e brinquedos. ● Manifestar o lúdico através das brincadeiras. ● Socialização e interação. ● Dança representativa e jogos. ● Construção de brinquedos confeccionados em oficinas por meio de objetos reciclados. 3.6 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO Entendemos que é impossível produzir uma argumentação eficiente sem o respaldo de teorias especializadas. O presente trabalho é fundamentado por autores que nos ajudam a entender a importância do lúdico na educação. Nesse projeto tem como fundamentação autores como Kishimoto, Piaget, Vygotsky, Negrine, Santos, Oliveira entre outros. Sendo assim, a aprendizagem dos alunos obterá sucesso através do uso de aulas explicativas, expositivas e praticas: brincadeira ao ar livre com bolas, brinquedos diversos para promover a interação e socialização com a turma, jogos pedagógicos, brincadeiras através de cantigas. O exposto Projeto de Conclusão de Curso procura conceituar o lúdico, e demonstrar sua importância no desenvolvimento do educando e conceitualizar que o lúdico, é uma ferramenta que pode dar mais vida e prazer ao processo de ensino- aprendizagem. E a realização das atividades serão desenvolvidas de forma individual, em grupos com a interação do educando, e principalmente dos alunos. 3.7 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO: CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES: ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDAS: SEGUNDA-FEIRA Jogos e brincadeiras 45 minutos. Sala de aula, folha sulfite, canetinha, lápis e etc. TERÇA-FEIRA Jogos e brinquedos. 1 hora. Brinquedos pedagógicos. QUARTA-FEIRA Jogos e brincadeiras 45 minutos. Jogos pedagógicos. QUINTA-FEIRA Brincadeiras e danças 45 minutos. Aparelho de som e CDs. SEXTA-FEIRA Oficina pedagógica 1 hora e 30 minutos.Materiais recicláveis, tesoura e etc. 3.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS - Recursos Humanos e Materiais: ● Jogos pedagógicos ● Espaço amplo, como quadra e pátio da escola, que permita a disposição dos alunos em círculo e facilita a circulação de todos pelo espaço; ● Pen drivers e DVDs com gravação de cantigas variadas; ● Brinquedos de acordo com o número dos alunos, (exemplo: petecas, bonecas carrinhos, pipas, maracás etc.), confeccionados na oficina pedagógicaTesoura, cola, retalhos de pano, caixa de leite vazia, pistola de cola quente, canetão, régua, papel de seda, varetas, fita crepe, linha, garrafa pet e tinta guache, folha sulfite, lápis de cor, lápis, e canetinha. ● 3.9 AVALIAÇÃO Durante muito tempo, a avaliação foi usada como instrumento para classificar e rotular o nível de desempenho do aluno. E através do conhecimento da ludicidade, pode-se auxiliar a criança a obter um melhor desempenho na sua aprendizagem. São muitos os benefício de se trabalhar o lúdico, bem como: o aperfeiçoamento da capacidade cognitiva da criança, a potencialização da sua capacidade psicomotora, bem como, da sua capacidade de relacionar-se com o meio que vive. Por meio desses procedimentos, pretendemos mostrar que o lúdico na educação poderá tornar uma ferramenta muito importante para a aprendizagem dos educando, mais dinâmica, interessante e eficiente. Ao praticar as atividades propostas, serão sucedidas conversas com os alunos, para saber o que acharam, como se sentiram, se o que foi proposto contribuiu para seu aprendizado, se tiveram dificuldades ao desenvolver cada atividade proposta no projeto. Sabe-se que a educação hoje, é conhecida pela importância que tem no desenvolvimento da individuo, ajudando-o a desenvolver a própria personalidade, a respeitar os ritmos diferentes de desenvolvimento de cada colega tanto no campo social, intelectual, físico ou emocional. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho, apresentou um pouco sobre a importância do lúdico na vida escolar e no desenvolvimento do aluno da atividade lúdica no desenvolvimento educacional da criança. A ludicidade é de extrema relevância para o crescimento integral do educando, pois é brincado que eles aprendem. E é importante que o educador "coloque para fora" a criança que há dentro de si, porque assim ele poderá se interagir ensinando e ao mesmo tempo sentindo prazer no brincar juntamente com seus alunos. Nesse caso, a brincadeira favorece o desenvolvimento individual cada aluno, ajuda a integrar as normas sociais e a assumir comportamentos mais avançados que aqueles vivenciados no cotidiano, aprofundando o seu conhecimento sobre as dimensões da vida social. O lúdico fornece à criança um desenvolvimento sadio e harmonioso. Ao brincar, a criança aumenta sua autoestima e independência; estimula sua sensibilidade visual e auditiva. A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, mas principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas como diversão, mas com objetivo de desenvolver as potencialidades da criança, visto que o conhecimento é construído pelas relações interpessoais e trocas importantes que se determinam durante toda a formação integral da criança. Portanto, a introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido à influencia que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem. Esse projeto permitiu compreender, como o lúdico é significativo para a educação e principalmente no desenvolver da criança e do aluno, visto que o lúdico concede à criança um desenvolvimento harmonioso e sadio. Sabendo-se que através do lúdico, não só a criança mais o adolescente o adulto pode conhecer, compreender e construir seus conhecimentos, tornando-se cidadão mais abrangente neste mundo. Do ponto de vista pedagógico, percebemos que as brincadeiras auxiliam aos alunos a formar conceitos, relacionar idéias, estabelecer relações lógicas, desenvolver a expressão oral, reforçar as habilidades sociais e construir seu próprio conhecimento, sendo o papel dos jogos: auxiliar no desenvolvimento da mesma. O lúdico traz consigo várias contribuições para a educação, por isso devemos saber como trabalhar e como aplicar os métodos, trazendo além do aprendizado uma atividade divertida. O elementar é que as crianças encontrem durante o processo de aprendizagem, a autoconfiança para pular os baixos obstáculos impostos pela vida, e ao mesmo tempo voltar seus olhos para as altas barreiras, sem perder a alegria e o contentamento, e ajudá-los a compreender que o aprendizado não termina no final do dia. Os educadores, de modo geral, sentem dificuldade para transmitir muitos conhecimentos, que poderiam ser facilmente transmitidos, se o usasse brincadeiras, brinquedos e jogos lúdicos para este fim. Aprender de forma lúdica pode proporcionar muitos benefícios para os educandos. As brincadeiras direcionadas concedem às crianças um ambiente agradável e interessante; possibilitando assim, o aprendizado de várias habilidades úteis a sua vida social e afetiva. A atividade lúdica deve ser encarada como uma ferramenta didática a mais nas mãos do professor como forma de tornar a aprendizagem mais prazerosa e eficaz. O lúdico é uma das formas mais eficientes para envolver o aluno no aprendizado nas atividades escolares, principalmente as crianças, já que a brincadeira é porque a brincadeira é característico da própria criança. Sendo que o lúdico da ao professor a oportunidade de compreender os significados das brincadeiras para a educação. O instigar do lúdico na forma de educar do educador, faz com que o mesmo tenha consciência das vantagens de se educar brincando. A vida sem alegria se torna monótona, triste, chata; com relação a educação não é diferente. A educação sem o emprego do lúdico, pode se tornar insignificante, desestimulante; tornando assim a aula ruim tanto para o professor, quanto para o aluno. É de essencial importância o uso de jogos e brincadeiras, no percurso pedagógico porque os conteúdos podem ser ministrados de forma agradável e envolvente. Este trabalho visou conceituar o lúdico, e transparecer sua relevância para o desenvolvimento do educando, e revelando sua importância metodológica para dar mais significado ao ato de educar. Foram usados renomados estudiosos da educação como Negrine (1994), Vygotsky (1984), Santos (1999), Kishimoto (1990), Piaget (1975), entre outros, que tratam da importância do lúdico no desenvolvimento dos pequenos e na educação. Esta pesquisa tem como objetivo auxiliar os professores a terem o lúdico como parceiro e utilizá-lo extensamente na educação, considerando que a infância e o brincar, como a fase mais importante do desenvolvimento humano. REFERÊNCIAS ________. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, v. 3. Conhecimento de Mundo. MEC/SEF, 1998. ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica. São Paulo: Loyola, 1994 BARROS, João Luiz da Costa. A valorização da ludicidade enquanto elemento construtivo do modo de vida das crianças em nossos dias. 2002. BAZÍLIO, Luiz Cavalieri; KRAMER, Sonia. Infância, Educação e Direitos Humanos. São Paulo: Cortez, 2003. 136 p. BETTELHEIM, Bruno. Uma vida para seu filho. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1988. 355p. BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. 40 ed. São Paulo: Saraiva, 2007. BRASIL. 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