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Dim_lig_modulo2.pdf EAD - CBCA Módulo2 Curso de Dimensionamento de Estruturas de Aço - Ligações em Aço 2.1 Valores máximos da relação largura-espessura página 3 2.2 Flambagem local (largura efetiva) página 4 2.3. Deslocamentos página 5 2.4. Efeito “shear lag” página 6 2.5 Dimensionamento de barras submetidas à tração página 6 2.6 Dimensionamento de barras submetidas à compressão centrada página 7 2.6.1 Para perfis simétricos tem-se: página 7 2.6.2 Para perfis monossimétricos tem-se: página 8 2.6.3 Flambagem distorcional página 9 2.7 Dimensionamento de barras submetidas à momento fletor página 9 2.7.1 Início de escoamento da seção efetiva página 9 2.7.2 Flambagem lateral por torção (calculado entre seções contidas lateralmente) página 10 2.7.3 Flambagem distorcional página 11 2.8 Dimensionamento de barras submetidas à força cortante página 11 2.9 Dimensionamento de barras submetidas à momentos fletores e força cortante simultaneamente página 12 Sumário Módulo 2 DIMENSIONAMENTO DE PERFIS DE CHAPA DOBRADA Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA 3 2.1. Valores máximos da relação largura-espessura Video 2 - Perfis de Chapa Dobrada assista on-line Como sabemos os perfis de chapa dobrada são obtidos pelo dobramento de chapas planas em máquinas especiais chamadas dobradeiras. Devido a esse processo, e visando não alterar substancialmente as características do material, as chapas utilizadas na conformação desses perfis são chapas finas o que faz com que esses perfis sejam utilizados para obras de pequeno e médio porte. Os perfis de chapa dobrada apresentam algumas especificidades que diferenciam os critérios para seu dimensionamento daqueles usados para perfis laminados e de chapas soldadas. Isso ocorre principalmente devido às dobras e esbeltez desses perfis. Devido a essas especificidades esses perfis são regidos por uma Norma especial, a NBR 14762:2010. O primeiro critério se refere a questão da esbeltez das partes que compõem o perfil. Neste critério é exigido um valor máximo da relação entre largura e espessura das partes que compõem o perfil. Esses valores são dados na tabela 3 da Norma, e para usá-la é necessário conceituar inicialmente o que são elementos AA e AL das partes que compõe o perfil. AA são elementos que apresentam dobras em suas duas extremidades, e são chamados de elementos com bordas vinculadas. Os elementos AL são aqueles que apresentam uma das extremidades sem dobras e são denominados elementos de borda livre. Legenda: AA - elemento com bordas vinculadas AL - elemento com borda livre Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA 4 2.2. Flambagem local (largura efetiva) Para verificação da resistência de perfis de chapa dobrada deve-se considerar uma redução na área real do perfil, denominada área efetiva. Para perfis abertos e tubulares não circulares, a resistência deve ser verificada pela área efetiva do perfil dada pela largura efetiva dos elementos componentes do perfil. Para isso deve-se levar em conta a possibilidade de flambagem local que provoca a diminuição das dimensões da secção do perfil A largura efetiva é um valor reduzido da largura real. A largura efetiva depende da distribuição das tensões de compressão na região comprimida do perfil; depende, também do tipo de elemento, se AA ou AL. Seja tenção mínima tenção máxima Os valores acima são definidos no item 7.2.1.1 da NBR 14762. Elementos AA e AL com Figura 12 - Valores máximos da relação largura-espessura Fonte: NBR 14762: 2001 - TABELA 3, p.12 Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA 5 Elementos AL com = índice de esbeltez reduzido = = largura da região comprimida do elemento = coeficiente de flambagem local calculado conforme as tabelas 4 e 5 da NBR14762 = módulo de elasticidade do aço = máxima tensão de compressão, podendo ser seu estado-limite último de escoamento da seção , ou seu estado-limite de instabilidade da barra Para , a largura efetiva é a própria largura do elemento SUGESTÃO: quando possível adotar , para elementos AA , para elementos AL Assim a largura efetiva será a própria largura do elemento 2.3. Deslocamentos O cálculo dos deslocamentos é feito por aproximação sucessiva, substituindo-se por , que é dado por: Onde é a máxima tensão normal de compressão, calculada com a seção transversal efetiva. Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA 6 2.4. Efeito “shear lag” Para evitar o efeito “shear lag”, o que aumentaria o já trabalhoso processo manual de cálculo recomenda- se que se adote a relação entre vão e largura livre da mesa (distância entre a face da alma e a borda livre), igual a: Ex: uma viga de 6 m deve ter largura máxima de 30 cm, pois 2.5. Dimensionamento de barras submetidas à tração O cálculo da força de tração resistente de cálculo é dada pela seguinte relação: = área bruta = área líquida fora da região da ligação, decorrente de furos e reduções = área líquida na região da ligação = dimensão do furo = quantidade de furos = espaçamento dos furos na direção da solicitação = espaçamento dos furos na direção perpendicular à solicitação = espessura Para ligações parafusadas: Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA 7 Para ligações soldadas: (no caso de soldas transversais de topo, só deverá ser considerada a área bruta das partes conectadas) = coeficiente de redução da área líquida (ver NBR14762) Para aceitação da seção deve-se ter , usando o menor valor de calculados acima. 2.6. Dimensionamento de barras submetidas à compressão centrada O cálculo da força de compressão resistente de cálculo é dada pela seguinte relação: é calculada com os critérios do ítem 0. é o fator de redução associado a flambagem calculado pela relação abaixo ou pode ser encontrado, já calculado, na Tabela 8 NBR14762. Para Para = índice de esbeltez reduzido para barras comprimidas e é dado por: = depende do tipo do perfil (simétricos, mono-simétricos ou assimétricos) 2.6.1. Para perfis simétricos tem-se: a) Flambagem por flexão (em relação ao eixo x e y) b) Flambagem por torção Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA 8 = módulo de elasticidade = momento de inércia a torção Adotar = raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de torção = coordenadas do centro de torção em relação ao centro Onde: = constante de empenamento da seção = módulo de elasticidade 2.6.2. Para perfis monossimétricos tem-se: a) Para flambagem por flexão Figura 13 b) Para flambagem por flexo-torção Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA 9 = são as forças normais de flambagem elástica dos perfis simétricos, dado x o eixo de simetria Atenção: usar o menor valor para o cálculo de para posterior cálculo de A seção é aceita quando c) Limitação para barras comprimidas A Norma ainda exige que as barras comprimidas tenham uma esbeltez mínima dada por: Onde é o comprimento de flambagem da barra e o raio de giração da seção. 2.6.3. Flambagem distorcional Perfis U simples estão dispensados de verificação, exceto os que sejam também submetidos à flexão tendo sua mesa comprimida livre e sua mesa tracionada conectada a um painel. Para perfis U enrijecido e Z enrijecido estarão livres de verificação se for atendida a relação mínima dada na tabela 11 pag43 da NBR 14762:2010. 2.7. Dimensionamento de barras submetidas à momento fletor O momento fletor resistente de cálculo é o menor valor dos calculados pelos itens abaixo: 2.7.1. Início de escoamento da seção efetiva = módulo de resistência elástico para a seção calculado com as dimensões efetivas, com e Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA 10 2.7.2. Flambagem lateral por torção (calculado entre seções contidas lateralmente) = módulo de resistência elástico da seção efetiva em relação à fibra comprimida, com Onde: = módulo de resistência elástico da seção bruta em relação à fibra comprimida - para seção simétricas ou mono-simétricas com flexão em torno do eixo x de simetria - para seção caixão Adotar a favor da se- Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA 11 2.7.3. Flambagem distorcional Perfis U simples estão dispensados de verificação, exceto os que sejam também submetidos à flexão tendo sua mesa comprimida livre e sua mesa tracionada conectada a um painel. Para perfis U enrijecido e Z enrijecido estão livres de verificação se for atendida a relação mínima dada na tabela 14 pag50 da NBR 14762:2010. Para que a seção seja aceita, deve-se ter 2.8. Dimensionamento de barras submetidas à força cortante Para simplicidade de cálculo adotar Onde = espessura da alma = altura da parte plana da alma = coeficiente de flambagem local por cisalhamento Para alma sem enrijecedores transversais, que é o caso mais comum, Considerando essas simplificações pode-se calcular a força cortante resistente de cálculo conforme A seção pode ser aceita quando: Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA 12 2.9. Dimensionamento de barras submetidas à momentos fletores e força cortante simultaneamente Para facilidade de cálculo e por ser a situação mais comum, usar barras sem enrijecedores transversais o que leva diretamente à fórmula de interação Onde os valores são os calculados nos itens 2.7 e 2.8.
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