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MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______ VARA DA FAZENDA PUBLICA DA COMARCA xxxx
DISTRIBUIÇÃO URGENTE
COM PEDIDO DE LIMINAR
SINDICATO XIS, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ nº xxxxx, com sede na Rua xxxx, nº xxxx, Bairro xxx, Cidade xxxx, fone: xxxx, endereço eletrônico xxxx, por seu Advogado xxxxx, devidamente constituído e qualificado no instrumento de procuração (doc. anexo), com endereço profissional onde recebe notificações e intimações, na Rua xxxx, nº xxxx, Bairro xxxx, Cidade xxxx, fone: xxxx, endereço eletrônico xxxx vem em favor de seus associados perante Vossa Excelência, com fulcro nas disposições da lei nº 12.016/2009 c/c art. 5º inciso, LXLX, impetrar o presente:
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO COM PEDIDO DE LIMINAR
Em face de ato praticado do Comandante da Polícia Militar que poderá ser notificada para responder aos termos da impetração no endereço à Rua xxxx, nº xxx Bairro xxxx, Cidade xxx, fone: xxxx, endereço eletrônico xxxx, o qual é vinculado ao ESTADO GAMA, pessoa jurídica de direito público, inscrito no CNPJ nº xxxxx, com sede a Rua xxx, nº xxxx, Bairro xxx, Cidade xxxx, fone: xxxx, endereço eletrônico xxxxx, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
O Sindicato XIS, ora Impetrante, com funcionamento há mais de 20m anos, foi procurado pela classe de trabalhadores que pós anos de defasagem salarial, resolveram se reunir em assembleia geral convocada especialmente para deliberar a respeito das medidas a serem tomadas pelos sindicalizados.
Ao fim de ampla discussão, decidiram que, em vez da greve, que causaria grande prejuízo à população e à economia do país, iriam se encontrar nas praças da capital do Estado Gama, com o objetivo de debater publicamente os interesses da categoria de forma organizada e ordeira, e ainda fariam passeatas semanais pelas principais ruas da capital. Em situações dessa natureza, a lei dispõe que seria necessária a prévia comunicação ao comandante da Polícia Militar.
No mesmo dia em que recebeu a comunicação dos encontros e das passeatas semanais, que teriam início em dez dias, o comandante da Polícia Militar, em decisão formalmente comunicada ao Sindicato XIS, decidiu indeferi-los, sob o argumento de que atrapalhariam o direito ao lazer nas praças e a tranquilidade das pessoas, os quais são protegidos pela ordem jurídica.
DA LEGITIMIDADE ATIVA 
A legitimidade ativa do Sindicato xis decorre do fato de ser uma organização sindical legalmente constituída e em funcionalmente há mais de um ano, estando em defesa de direitos líquidos e certos de parte dos trabalhadores da categoria, conforme é da essência dos sindicatos profissionais, tal qual autorizado pelo Art. 21 da Lei nº 12.016/09 ou pelo Art. 5º, inciso LXX, alínea b, da CRFB/88. 
DA LEGITIMIDADE PASSIVA
A legitimidade passiva do comandante da Polícia Militar decorre do fato de ter exarado decisão impedindo a realização das reuniões e das passeatas, o que violaria direito líquido e certo dos trabalhadores sindicalizados, daí a incidência do Art. 1º da Lei nº 12.016/09.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
 Contudo, é bem claro no artigo 5º, inciso IV da Constituição da República o amparo aos direitos fundamentais à livre manifestação do pensamento, à liberdade de expressão, que está expresso no inciso IX do referido artigo, como também deixa bem claro quando expressa no mesmo dispositivo, inciso XVI à reunião pacífica. Neste último caso, a comunicação ao Comandante da Polícia Militar visava apenas a evitar a frustração de reunião anteriormente convocada para o mesmo local.
 
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
 Ressaltando que, como a reunião independe de autorização, o indeferimento violou direito líquido e certo de parte dos associados do Sindicato XIS. Como estamos perante direitos coletivos, é cabível a impetração do mandado de segurança coletivo, nos termos do Art. 21, parágrafo único, I, da Lei nº 12.016/09, sendo certo que há prova pré-constituída, consistente na decisão publicada no diário oficial.
Lei nº 12.016/09:
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: 
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; 
DA MEDIDA LIMINAR
 A Lei 12.016/09 - que disciplina o Mandado de Segurança, dispõe que a liminar será concedida, estando presentes o relevante fundamento do pedido e a ineficácia da medida, caso não seja deferida de plano.
 Além do fundamento relevante do direito dos trabalhadores sindicalizados, há o risco de ineficácia da medida final se a liminar não for deferida, tendo em vista a urgência da situação, já que as reuniões nas praças e as passeatas começariam em poucos dias, de modo que o seu adiamento esvaziaria a força do movimento. 
DO PEDIDO
Ante o exposto, requer de Vossa Excelência:
1- A concessão da medida liminar, para que a autoridade coatora se abstenha de adotar qualquer medida que impeça a realização das reuniões e das passeatas;
2- A procedência do pedido, com confirmação da concessão da ordem, atribuindo-se caráter definitivo à tutela liminar;
3- A oitiva da autoridade coatora para assim sendo prestar esclarecimentos no prazo de 10 dias nos termos do art. 7º, I, da Lei. 12.016/09;
4- Ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, considerando-se a mesma citada para que ingresse no feito, conforme art. 7º, II, da Lei. 12.016/09;
5- Que seja intimado o Ministério Público, conforme a Lei. 12.016/09;
6- Condenação da impetrada ao pagamento de custas processuais;
7- A Juntada dos documentos anexos.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais)
Nestes Termos, 
Pede deferimento
Local e data
Advogado/OAB

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