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mandado de seguranca coletivo

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AO DOUTO JUÍZO DE DIREITO DA ... VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DO ESTADO ALFA
SINDICATO W, qualificação completa, através do seu advogado devidamente constituído conforme procuração anexa, com fundamento no art. 5º, LXX, b, da CRFB/88 e da Lei nº 12.016/09, vem impetrar:
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face do COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR, qualificação completa, e o ESTADO ALFA, qualificação completa, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir aduzidos.
DOS FATOS
Após anos de defasagem salarial, milhares de trabalhadores que integravam o mesmo segmento profissional reuniram-se na sede do Sindicato W, legalmente constituído e em funcionamento há vinte anos, que representava os interesses da categoria, em assembleia geral convocada especialmente para deliberar a respeito das medidas a serem adotadas pelos sindicalizados. Ao fim de ampla discussão, decidiram que, em vez da greve, que causaria grande prejuízo à população e à economia do país, iriam se encontrar nas praças da capital do Estado Alfa, com o objetivo de debater publicamente os interesses da categoria de forma organizada e ordeira, e ainda fariam passeatas semanais pelas principais ruas da capital. Em situações dessa natureza, a lei dispõe que seria necessária a prévia comunicação ao comandante da Polícia Militar. No mesmo dia em que recebeu a comunicação dos encontros e das passeatas semanais, que teriam início em dez dias, o comandante da Polícia Militar, em decisão formalmente comunicada ao Sindicato W, decidiu indeferi-los, sob o argumento de que atrapalhariam o direito ao lazer nas praças e a tranquilidade das pessoas, os quais são protegidos pela ordem jurídica.
DO DIREITO
O Mandado de Segurança Coletivo, busca proteger direito líquido e certo, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público, nos termos do art. 5º, LXIX, da CRFB/88. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; A legitimidade ativa do Sindicato W decorre do fato de ser uma organização sindical legalmente constituída e em funcionalmente há mais de um ano, estando em defesa de direitos líquidos e certos de parte dos trabalhadores da categoria, conforme é da essência dos sindicatos profissionais, tal qual autorizado pelo Art. 21 da Lei nº 12.016/09 e pelo Art. 5º, inciso LXX, alínea b, da CRFB/88. A legitimidade passiva do comandante da Polícia Militar decorre do fato de ter exarado decisão impedindo a realização das reuniões e das passeatas, o que violaria direito líquido e certo dos trabalhadores sindicalizados, daí a incidência do Art. 1º da Lei nº 12.016/12. A Constituição da República ampara os direitos fundamentais à livre manifestação do pensamento, à liberdade de expressão e à reunião pacífica, nos termos do Art. 5º, incisos IV, IX e XVI, da CRFB, respectivamente. Neste último caso, a comunicação ao Comandante da Polícia Militar visava apenas a evitar a frustração de reunião anteriormente convocada para o mesmo local. Como a reunião independe de autorização, o indeferimento violou direito líquido e certo de parte dos associados do Sindicato W. Como estamos perante direitos coletivos, é cabível a impetração do mandado de segurança coletivo, nos termos do Art. 21, parágrafo único, da Lei nº 12.016/09, sendo certo que há prova pré-constituída, consistente na decisão publicada no diário oficial.
DA TUTELA DE URGÊNCIA 
A medida liminar em mandado de segurança está fundamentada no art. 7º, III, da Lei 12.016/09 e tem natureza de medida cautelar. Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. O fumus boni iuris está configurado no fundamento relevante do direito dos trabalhadores sindicalizados, e o periculum in mora está no risco de ineficácia da medida final se a liminar não for deferida, tendo em vista a urgência da situação, já que as reuniões nas praças e as passeatas começariam em poucos dias, de modo que o seu adiamento esvaziaria a força do movimento, a moda do art. 300 do CPC, vejamos: Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
DOS PEDIDOS
 Ante o exposto, requer:
a) a concessão da liminar, para que a autoridade coatora se abstenha de adotar qualquer medida que impeça a realização das reuniões e das passeatas, nos termos do art. 7º, III, da Lei nº 12.016/09;
 b) ao final, a procedência do pedido, atribuindo-se caráter definitivo à tutela liminar;
 c) que sejam às rés citadas para querendo apresentar contestação no prazo legal com as advertências legais;
d) a condenação do Impetrado em custas processuais, nos termos Art. 82, § 2º c/c art. 84 do CPC/15;
 e) a intimação do Representante do Ministério Público, nos termos do art. 12 da Lei nº 12.016/09;
Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial documental, e demais necessárias para o deslinde da demanda.
Dar-se a demanda o valor de R$ ...
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, data.
ADVOGADA
OAB/UF

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