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Trabalho de doneças infecciosas - FELV

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ
ADRIANA DE MATOS
ANA PAULA RODRIGUES
GABRIELA SCHIILKE
NAYLA DAMARIS SCHMITT
LEUCEMIA FELINA (FELV)
CASCAVEL
2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ
ADRIANA DE MATOS
ANA PAULA RODRIGUES 
GABRIELA SCHIILKE
NAYLA DAMARIS SCHMITT
LEUCEMIA FELINA (FELV)
Trabalho apresentado como requisito parcial de conclusão da disciplina de Doenças Infecciosas Aplicada do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Faculdade Assis Gurgacz.
Prof.: Roberto Torteli.
CASCAVEL
2017
INTRODUÇÃO
	Complexo leucêmico e um termo utilizado para descrever todas as doenças neoplásicas das células hematopoiéticas ou no tecido linfoide (JARRET, HOSIE, 2006). 	
 	A causa do complexo leucêmico felino e um RNA vírus chamado de vírus do tipo C e classificado no gênero do oncornavirus e na família retroviridae o vírus da leucemia felina é um retrovírus de transmissão horizontal que constitui urna causa importante de morbidade e mortalidade em gatos domésticos (JARRET, HOSIE, 2006). 	
 	O vírus da leucemia felina (FeLV) e um significante patógeno dos gatos domésticos que causa uma variedade de desordens neoplásicas e degenerativas incluindo linfomas, sarcomas, imunodeficiência e doenças hematopoiéticas (JARRET, HOSIE, 2006). 	
	
AGENTE ETIOLOGICO
	É um retrovírus da subfamília oncovirus, capaz de se replicar sozinho, o processo de replicação envolve a enzima transcriptase reversa que realiza copias do RNA (ácido ribonuclaico) do FeLV no DNA, o DNA e inserido no cromossomo de células saudáveis como um pro – vírus, o pro - vírus inicia o processo de produção do RNA viral na célula (ROBLE, 2004). 	
 	 Eventualmente, as partículas virais são produzidas na membrana celular infeccionando uma nova célula (ROBLE, 2004). 	
 	 O FeLV é um retrovírus oncogenico envelopado medindo 110 mm de diâmetro composto por uma fila simples de RNA (ROBLE, 2004).
TRANSMISSAO
	A principal via de infecção pelo FeLV é o contato prolongado com a saliva ou as secreções nasais de um gato infectado, fontes comuns de agua ou alimento efetivamente resultam em infecção (ROBLE, 2004). 	
 	Os microrganismos não sobrevivem no meio ambiente, nas fezes ou na urina, de modo que a transmissão por fomintes ou aerossóis e placenta ria, pela lactação ou venérea são menos importantes do que o contato casual (ROBLE, 2004). 	
 	 A incidência é maior nos animais que se situam na faixa etária de um a cinco anos, filhotes de gatos infectados pelo FeLV com menos de quatro meses de idade tem uma maior suscetibilidade ao desenvolvimento de vire mia persistente em comparação com gatos adultos (ROBLE, 2004). 	
 	O reservatório natural do FeLV na natureza é o gato assintomático persistentemente vire mico que pode eliminar até um milhão de partículas virais em cada ml de saliva (ROBLE, 2004). 	
 	 A infecção de outros gatos geralmente exige contato prolongado e íntimo, resultando da obtenção de saliva infecciosa através dos cuidados com os pelos, lutas, contaminação dos recipientes de alimento e agua (ROBLE, 2004). 	
 	Pequenas quantidades de FeLV são eliminadas na urina de gatos persistentemente vire micos, a transmissão transplantaria pode ocorrer em fêmeas matrizes vire micas (ROBLE, 2004). 	
 	 Gatinhos neonatos escapam a infecção via útero mas podem adquirir infecções transmamárias, ou podem ser contaminados com a saliva infecciosa da gata matriz vire mica durante os cuidados da pelagem (ROBLE, 2004). 	
 	A suscetibilidade ao vírus também e dependente da idade, aproximadamente 70% dos filhotes expostos ao vírus antes de 8 semanas de idade vão apresentar vire mia persistente, filhotes de 8 a 12 semanas apresentam 30 a 50% de persistência viral (ROBLE, 2004). 	
 	 Adolescentes e animais adultos são resistentes a infecção com 10 a 20% de infecção persistente após exposição ao vírus, ha quatro subgrupos do vírus da leucemia felina: FeLV-A, FeLV-B,FeLV-C e FeLV -T, estes subgrupos são distinguidos pelos receptores das células (ROBLE, 2004).	
EPIDEMIOLOGIA
	Os estudos epidemiológicos demonstram que o vírus da leucemia felina se encontra disseminado na maioria dos países do mundo e que sua prevalência varia de acordo com as diferentes localizações geográficas (TEIXEIRA, 2005). 	
 	 No Brasil, um estudo clinico realizado com 298 gatos atendidos no Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo revelou 12,5 % positivos pelo teste imune enzimático (TEIXEIRA, 2005). 		
 	Destes a maior parte era sem raça definida sendo, 67,5% machos e a maioria situava-se na faixa etária dos 3 anos, nos gatos infectados pelo FeLV 23% apresentaram anemia infecciosa felina como principal manifestação clínica (TEIXEIRA, 2005). 	
 	 As principais manifestações clinicas observadas foram, linfoma, icterícia e febre, em um estudo realizado com 126 animais, por SOUZA et al (2002) no Rio de Janeiro foram diagnosticados 46% dos felinos positivos para FeLV, neste estudo, entre os 15 gatos doentes para o FeLV a principal manifestação clinica observada foi o linfoma (TEIXEIRA, 2005). 
FISIOPATOLOGIA
	Existem cinco estágios da infecção viral' durante o primeiro estágio há replicação viral nas tonsilas e linfonodos faringianos após exposição nasal (TEIXEIRA, 2005). 	
 	 Este estágio dura de 1 a 4 dias, nesta fase os testes para FeLV resultam negativos; no segundo estágio ocorre infecção dos linfócitos B e monócitos circulantes, esta fase tem duração de 2 a 14 dias (TEIXEIRA, 2005). 	
 	Durante a terceiro estágio há replicação do FeLV nos linfonodos e tecido linfoide associado ao intestino, células epiteliais das criptas intestinais e células precursoras da medula óssea (TEIXEIRA, 2005). 	
 	 Esta fase dura de 3 a 21 dias; no quarto estagio ocorre vire mia periférica, assim que o FeLV tenha sido incorporado aos neutrófilos e plaquetas derivados da medula óssea (TEIXEIRA, 2005). 	
 	 Esta fase tem duração de 14 a 28 dias; durante o quinto estagio, que dura de 28 a 56 dias, há infecção epitelial e glandular disseminada permitindo excreção viral na saliva e na urina (TEIXEIRA, 2005). 	
 	 Logo após a infecção o vírus progride por meio de diversos tecidos, a capacidade do sistema imune em interromper essa progressão determina a desfecho final e influencia os resultados para diversos testes antigênicos, o animal após contagio pode neutralizar vírus, o gato forma uma resposta imune e adquire alguma imunidade tornando-o resistente a infecções por período indeterminado (TEIXEIRA, 2005).
SINAIS CLINICOS
	Os proprietários geralmente apresentam os gatos infectados pelo FeLV para avaliação de sinais inespecíficos como anorexia, perda de peso e depressão (ROBLE, 2004). 	
 	As doenças neoplásicas da FeLV são classificadas como doenças proliferativas e degenerativas, respectivamente, as manifestações neoplásicas incluem:, leucemia, mielofibrose, neoplásicas incluem: síndrome da imunodeficiência adquirida felina, anemias, aplasia ou hipoplásica da medula óssea, linfadenopatia, aborto, natimortos ou infertilidade, glomerulonefrite distúrbios neurológicos (ataxia, tetraparesia, mudanças comportamentais e incontinência urinaria), múltiplas exostoses cartilaginosas, poli artrite (ROBLE, 2004). 	
 	 As manifestações clinicas do FeLV são atribuíveis aos efeitos oncogemicos, imunossupressores do vírus, a neoplasia induzida pelo FeLV pode ser linfoide ou mieloide (ROBLE, 2004). 	
 	Os efeitos degenerativos em várias células incluem as células da medula óssea (anemia, neutropenia e trombocitopenia), (esgotamento de linfócitos T, atrofia linfoide e hiperplasia linfoide), células intestinais (enterite), feto e placenta (aborto e mortalidade) (ROBLE, 2004). 	Os efeitos imunossupressores do FeLV causam imunodeficiência profunda resultando em maior suscetibilidade a infecções oportunistas, além disso, a disfunção imune relacionada ao FeLV pode causar doenças imunomediadas e autoimunes, (ROBLE, 2004).
As infecções pelo FeLV também promovem alterações clinicas oculares, gatos com linfossarcoma ocular podem apresentar sinais de uveíte, incluindo miose, lacrimejamento, devido a infiltração de células tumorais no angulo iridocorneal pode haver glaucoma (ROBLE, 2004). 	
DIAGNOSTICO
	O teste de diagnostico quanto a infecção por FeLV tornou-se um procedimento frequentemente realizado nas clinicas, objetivando triar infecções subclínicas nos gatos apresentados para vacinação contra a FeLV e para identificar e eliminar as infecções por FeLV em gatos (ROBLE, 2004). 	
 	 São mais usados os testes de diagnósticos simples que permitem o teste rápido do sangue, saliva ou lagrimas, os testes de imunofiuoressencia indireta (IFA) identificam o antígeno p27 do FeLV em leucócitos e plaquetas em esfregaço (ROBLE, 2004). 	
 	O resultado positivo indica urna infecção produtiva em células medulares ósseas; 97% dos gatos positivos permanecem persistentemente infectados e vire micos por toda vida (ROBLE, 2004). 	
 	 O antígeno p27 pode ser detectado geralmente quatro semanas após infecção, o método ELISA detecta o antígeno p27 do FeLV solúvel no sangue total, no soro, no plasma, na saliva ou nas lagrimas (ROBLE, 2004). 	
 	A sensibilidade do teste ELISA para detectar o antígeno do FelV na amostra se aproxima de 100 %, um resultado positivo para infecção pelo FelV demonstra que o animal esta infectado, mas não se sabe se já ocorreu a vire mia (ROBLE, 2004). 	
 	 O IFA e um teste que detecta a p27 quando este antígeno viral está associado a célula (neutrófilos e plaquetas) através da f1uorescencia, esse teste e capaz de detectar o vírus após a vire mia (ROBLE, 2004). 	
 	 No caso de resultado positivo significa que o gato esta vire mico e contagioso e que há vire mia persistente originada na medula (ROBLE, 2004). 	
 	 No caso de resultado negativo o vírus pode estar em estado de latência ou ainda não ocorreu vire mia, ou ainda não há infecção, o IFA não será positivo até quatro a seis semanas depois da infecção (ROBLE, 2004). 	
 	Os achados no exame físico são evidências de derrame pleural, mucosas pálidas, anormalidades intraoculares, massas intra-abdominais palpáveis e organomegalia (baço, fígado e rins) (ROBLE, 2004). 	
 	Os sinais variam amplamente, mas frequentemente consistem em dispneia, letargia, anorexia, febre, gengivite, estomatite e abscessos que não curam (ROBLE, 2004). 	
 	 A infecção pelo vírus da leucemia aparentemente promove doenças oculares, exceto no desenvolvimento de linfo sarcoma, o trato uveal e normal mente comprometido com metástases de linfócitos tumorais, gatos com linfo sarcoma intraocular apresentam inicialmente sinais de uveíte, aumento da produção de lagrima, massas abaixo da íris (ROBLE, 2004). 	
 	Com a progressão da doença a íris torna-se opaca e mais fina com infiltração das células tumorais no angulo irido corneal (ROBLE, 2004).
TRATAMENTO
	O tratamento das infeções pelo FeLV é paliativo e sintomático, visto não haver métodos prontamente disponíveis e confiáveis para revisão da viremia persistente (ROBLE, 2004). 		O tratamento de suporte dos gatos infectados visa combater as infecções secundarias e oportunistas como também a desidratação, a anemia e a desnutrição (ROBLE, 2004). 		Os protocolos terapêuticos para gatos infectados pelo FeLV envolvem drogas antivirais que possuem efeito direto sobre o vírus e drogas imunomoduladoras que promovem resposta imunoprotetora através da estimulação dos linfócitos T e da ativação dos macrófagos (ROBLE, 2004). 			
 	 As principais drogas antivirais inibidoras da transcriptase reversa utilizadas em felinos são suramin, zidovudina (AZT) e derivados do nucleotídeo fosfonilmetoxietil (ROBLE, 2004). 	O AZT (retrovir AZT) é o antiviral mais amplamente utilizado, trata-se de um inibidor da enzima viral transcriptase reversa, prevenindo a conversão do RNA viral em DNA (ROBLE, 2004). 	 	
 	A administração do AZT para gatos infectados pelo FeLV ou pelo FIV (vírus da imunodeficiência viral felina) melhora o estado clinico e imunológico, com o aumento da razão de linfócitos CD4/CD8 e da qualidade de vida (ROBLE, 2004). 	
 	A dose utilizada é de 5mg/kg via oral ou subcutânea a cada doze horas, os parâmetros hematológicos e bioquímicos devem ser cuidadosamente monitorados durante o emprego prolongado do AZT, em função da anemia, que pode estar associada à formação de corpúsculos de Heinz e a depressão da medula óssea (ROBLE, 2004). 	 	
 	O tratamento deve ser suspenso por alguns dias quando houver um decréscimo do hematócrito abaixo de 20%. No início da terapia, o hemograma deve ser realizado pelo menos uma vez por semana (ROBLE, 2004). 		
 	Depois uma amostra mensal é suficiente se os valores são estáveis, gatos com supressão da medula óssea ou nefropatia crônica não devem ser tratados devido ao risco de uma anemia fatal (ROBLE, 2004). 	
 	A quimioterapia antiviral não deve ser recomendada em gatos assintomáticos, as drogas imunomoduladoras são largamente usadas em gatos infectados pelo FeLV e pelo FlV (ROBLE, 2004). 	 		
 	 Acredita-se que elas restauram a função imunológica comprometida, permitindo ao paciente controlar a carga viral e se recuperar das síndromes clínicas associadas (ROBLE, 2004). 	
 	Os agentes imunomoduladores incluem o interferon alfa, Staphylococcus proteína, a Propionibacterium acnes, Acemannan e Dietilcarbamazina (ROBLE, 2004). 	 
	O interferon alfa recombinante humano apresenta um efeito antiviral em altas doses e efeito imunomodulador em baixas doses, na imunomodulação ele atua aumentando a atividade dos linfócitos T, macrófagos e células "natural killer" e liberação de citocinas. (ROBLE, 2004). 	O interferon alfa deve ser administrado na dosagem de 15 a 30 ml/gato, via oral a cada 24 horas em semanas alternadas (sete dias sendo administrado e sete dias não, ou diariamente até que o animal esteja clinicamente normal) (ROBLE, 2004). 	
 	Na terapêutica secundária considera-se terapia com interferon oral em doses baixas. Esse fármaco é utilizado na estimulação do sistema imune do gato, resultando em melhora clínica e da qualidade de vida (ROBLE, 2004). 	 	
 	 A transfusão de sangue total pode ser necessária, muitas doenças relacionadas FeLV são acompanhadas por anemia não regenerativa ou síndrome panleucopênica (ROBLE, 2004). 	 A anemia hemolítica pode ser em consequência do vírus, por si só, ou do parasito Haemobartonella felis que responde bem a terapia com doxiciclina; nos gatos com leucemia a resposta ao tratamento não é boa e o prognóstico é desfavorável (ROBLE, 2004). 	 	O tratamento bem-sucedido do linfoma e da anemia não regenerativa resulta em remissão, mas não cura, o VLF permanece viável no organismo do gato; portanto, é comum a ocorrência de futuras remissões e possibilidade de contágio (ROBLE, 2004). 	 	
 	Os protocolos quimioterápicos devem ser instituídos em gatos com infecção pelo FeLV associada a neoplasia, os gatos com linfo sarcoma podem responder bem a quimioterapia, mas o tempo de sobrevida varia baseado na localização do linfo sarcoma e nas respostas individuais (ROBLE, 2004). 		
 	A prednisolona pode produzir estimulação do apetite e redução a curto prazo no tamanho das massas linfomatosas (ROBLE, 2004). 	
 	Os gatos infectados pelo FeLV devem ser mantidos no interior de suas residências, num ambiente limpo e tranquilo, para diminuir a probabilidade de adquirir infecções secundárias (ROBLE, 2004). 	 	
 	Uma dieta rica em nutrientes balanceada e completa é essencial. A avaliação do estado geral deve ser feita semestralmente, as vacinas essenciais (raiva, panleucopenia, calicivirose e rinotraqueite) devem ser administradas aos gatos assintomáticos positivos para FeLV e FIV (ROBLE, 2004). 	 	
 	De preferência uso de vacinas inativadas e sugere-se mudança no protocolo vacinal, após o primeiro reforço anual, as próximas imunizações teriam um intervalo entre 2 ou 3 anos (ROBLE, 2004).
PROGNOSTICO
	Gatos infectados com VLF, mas que não demonstram sinais clínicos podem permanecer assintomáticos
por vários anos, podem estar sadios, mas transmite a doença (TEIXEIRA, 2005). 	Gatos com qualquer doença relacionada ao VLF têm prognostico reservado, se forem submetidos à quimioterapia, gatos com doenças proliferativas tem período médio de sobrevida de seis meses, em bora alguns sobrevivam mais tempo (TEIXEIRA, 2005).
PREVENÇÃO E CONTROLE
	Por se tratar de um vírus envelopado, o FeLV é muito sensível ao meio externo, detergentes e alvejantes podem facilmente eliminá-lo, reduzindo a chance de contaminação de gatos por exposição ao vírus no ambiente (JARRET, HOSIE, 2006). 		
 	A identificação precoce de gatos com resultado positivo permite a implantação de ações para prevenir a disseminação da infecção pela segregação e otimização dos cuidados de saúde dos gatos infectados (JARRET, HOSIE, 2006). 	
 	O método ideal de controle do FeLV consiste em evitar o contato entre os gatos infectados com os não-infectados, e isolar todos os animais virêmicos, sendo o teste repetido a cada 3 meses, até todos se tornarem negativos (JARRET, HOSIE, 2006). 	 	
 	Os gatos infectados pelo FeLV devem ser mantidos domiciliados, sem acesso à rua para evitar a contaminação de outros gatos e a exposição à agentes oportunistas (TEIXEIRA, 2005). 	O controle de pulgas deve ser realizado para se evitar a exposição ao mico plasmas hemotrópicos, aos felinos já infectados pelo vírus, não deve ser permitida a caça ou a alimentação com carnes malcozidas, para se evitar a contaminação por Toxoplasma gondii, Cryptosporidium parvum, Giardia spp; e outros agentes infecciosos transmitidos por carnes (JARRET, HOSIE, 2006). 	
 	As vacinas essenciais (panleucopenia, calicivirose e rinotraqueíte viral felina) e a vacina antirrábica devem ser administradas aos gatos assintomáticos positivos para o FeLV, preferencialmente, devem ser utilizadas as vacinas inativadas (JARRET, HOSIE, 2006). 	Ultimamente sugere-se uma mudança no protocolo vacinal, sendo que após o primeiro reforço anual, as imunizações seguintes devem ter um intervalo de três anos (JARRET, HOSIE, 2006). 	
 	Este intervalo maior entre as revacinações se deve a uma preocupação sobre o excesso de vacinação em animais de companhia, em particular, a ocorrência nos gatos de sarcoma nos locais de aplicação das vacinas (JARRET, HOSIE, 2006). 	
 	 Devido uma potente resposta inflamatória no local da injeção ocorre a predisposição ao desenvolvimento de sarcomas de tecidos moles, causados, principalmente, pelos adjuvantes indutores de marcada resposta inflamatória e imunógenos (JARRET, HOSIE, 2006). 		Nenhuma vacina promove 100% de proteção e nem previne a infecção, mas previne o desenvolvimento de antigenemia persistente, desta forma, os gatos vacinados têm menor risco de desenvolver doenças relacionadas ao FeLV e tem maior sobrevida (JARRET, HOSIE, 2006). 	A indicação é de que filhotes devem receber a 1ª dose a partir da oitava semana de vida e a 2ª após a quarta semana, com reforço anual, a vacinação não é obrigatória e as vacinas não interferem nos testes de diagnóstico (JARRET, HOSIE, 2006). 	
 	Assim, a decisão de vacinar ou não deve ser tomada considerando-se, principalmente, o estilo de vida do animal, se os gatos têm aceso à rua ou os que vivem em abrigos com rotatividade de animais, devem ser vacinados (JARRET, HOSIE, 2006).
CONCLUSÃO
	Este trabalho buscou demonstrar a importância do diagnóstico das retroviroses nos gatos domésticos (ROBLE, 2004). 	
 	São doenças de difícil diagnostico, pois, um paciente pode apresentar sinais clínicos de diversas doenças e ser portador de uma retrovirose (ROBLE, 2004). 	
 	Além disso os sinais de doença clínica podem surgir anos após o contagio, portanto, um animal portador desta patologia pode transmitir a vários animais antes do diagnóstico (ROBLE, 2004). 	Os felinos devido aos seus hábitos de higiene tanto pessoal como da população em que vivem transmitem o vírus facilmente já que basta contato com a lagrima ou saliva contaminada para que ocorra transmissão (ROBLE, 2004). 	
 	A realização deste trabalho ajudou a esclarecer a importância destas doenças no dia a dia da clínica e também a necessidade de um diagnóstico bastante rápido buscando evitar novas contaminações e possibilidade de aumentar a sobrevida de um animal portador, e também o quanto é importante se ter um controle e prevenção, aumentando as chances do animal não pegar esta doença que pode trazer problemas as vezes irreversíveis (ROBLE, 2004). 	
 	Hoje existem kits sorológicos do tipo snap que permitem identificar a positividade de um paciente para as retroviroses utilizando apenas uma gota de sangue ou de soro, ajudando a ter uma confirmação da doença ou não mais rápida, assim se positivo o teste, se inicia um tratamento do animal mais cedo melhorando o estado do animal e a sua qualidade de vida (ROBLE, 2004).
REFERENCIAS
JARRET, O. e HOSIE, M.J. cap.23 in CHANDLER, E. A; GASKELL, C.J; GASKELL, R. M; Clinica e terapêutica em felinos. Edição 3º p.632, 2006.
ROBLE, J. P. Leucemia Viral Felina, revisão de literatura e relato de caso. Curitiba,2004.
TEIXEIRA, B. M. Ocorrência da infecção pelo vírus da imunodeficiência felina e da leucemia felina em gatos de Belo Horizonte. UFMG- Escola Veterinária, 2005.

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