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CONAR: História e Missão
 O CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), é uma ONG que surgiu em 1978 após a eminência de uma lei a ser sancionada pelo governo federal que previa censura prévia à propaganda, ou seja, nenhuma propaganda poderia ser veiculada sem antes ser aprovada pelo governo, através de um departamento de controle que seria criado para essa função. 
 Diante da ameaça à liberdade de expressão, surgiu a ideia de se criar o código brasileiro pelo qual os próprios publicitários poderiam se guiar, assegurando tanto seus interesses quanto os do consumidor. Como outros países já tinham seu código de regulamentação publicitária, se usou como inspiração o código americano.
 Após um paciente processo de reconhecimento do código pelas autoridades federais, o projeto de lei foi engavetado e em poucos meses anunciantes e veículos subordinaram suas peças a ele, instaurado em definitivo em 1980 na cidade de São Paulo com a criação da sede do CONAR.
 Os preceitos básicos que definem a ética publicitária são:
- todo anúncio deve ser honesto e verdadeiro e respeitar as leis do país, 
- deve ser preparado com o devido senso de responsabilidade social, evitando acentuar diferenciações sociais,
- deve ter presente a responsabilidade da cadeia de produção junto ao consumidor, 
- deve respeitar o princípio da leal concorrência e
- deve respeitar a atividade publicitária e não desmerecer a confiança do público nos serviços que a publicidade presta.
 A censura prévia das propagandas foi então derrotada uma vez que são analisadas somente propagandas que já estão veiculadas, de forma que a liberdade de expressão esteja assegurada, mas com controle: através de denúncias dos consumidores, associados e dos próprios integrantes, o Conar julga o acusado garantindo seu direito de defesa. Caso a denúncia tenha procedência, recomenda-se a suspensão da peça nos veículos e possíveis correções a serem feitas.
 As denúncias não podem ser anônimas e devem ser feitas por escrito, através de carta manuscrita, faz ou e-mail, valendo lembrar que o CONAR se ocupa exclusivamente da publicidade. Em casos de mau atendimento, problemas com entregas, entre outros que não se correlacionam com uma propaganda específica, o consumidor deve recorrer ao Procon. 
 O rito processual do CONAR foi projetado para ser rápido a fim de assegurar o denunciante e o próprio código. Depois de formulada a denuncia e verificada sua procedência, é sorteado pela diretoria um relator do Conselho de Ética do CONAR. O anunciante é informado da denúncia e pode enviar defesa por escrito. O Conselho de Ética reúne-se para examinar os processos éticos. As partes envolvidas podem comparecer às reuniões e apresentar seus argumentos perante os conselheiros. Encerrado os debates, o relator anuncia seu parecer, que é levado à votação dentro do conselho. A decisão é imediatamente comunicada às partes e, se for o caso, aos veículos de comunicação. Há duas instâncias de recursos.
O Conselho de Ética do Conar está atualmente dividido em oito Câmaras, sediadas em São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre e Recife, e é formado por 180 conselheiros, entre efetivos e suplentes, recrutados entre profissionais de publicidade de todas as áreas e representantes da sociedade civil, que trabalham em regime voluntário.
Uma curiosidade observada: a diretoria do Conar é constituída apenas por homens, um reflexo da profissão nos anos 80? 
Sua logomarca foi criação da agência Almapbbdo. 
Alguns cases:
COMERCIAL "RÁDIO COMPADRE" - BOM NEGÓCIO, CLASSIFICADOS GRÁTIS!
A maioria das denúncias foi de mulheres que acham o termo “ordinária” ofensivo, mas na verdade no dicionário, ordinária significa comum. A decisão pela alteração foi escolhida por unanimidade.
BRAHMA SELEÇÃO ESPECIAL GRANJA COMARY 
Um consumidor se sentiu enganado pela propaganda da edição especial da cerveja Brahma e entrou com uma queixa no Conar. A publicidade da Ambev, dona da marca Brahma, diz que a edição especial da cerveja tem cevada plantada na Granja Comary, centro de treinamento da Seleção Brasileira de Futebol. O Conselho pode julgar a reclamação improcedente, pedir a alteração da publicidade ou determinar a sua suspensão.
SADIA – “LUIS AUGUSTO”
Uso de nome próprio em presunto de baixa qualidade gerou protestos.
Para pessoas que se chamam 'Luis Augusto,' comercial estimula o bullying.
A audiência no Conar destacou que os consumidores relatavam brincadeiras e bullying inclusive contra crianças. Entretanto, a anunciante e agência enviaram uma defesa ao Conar em que diziam que usaram de descontração e bom humor na criação do comercial, semelhante a outras campanhas de produtos da BRF, que contam com personagens chamados Juvenal e Isabel.
NEXTEL
Conar suspende comercial da Nextel após a empresa satirizar seus concorrentes.

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