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TCC - Publicidade enganosa e abusiva - Vitória - Versão final

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UNIVERSIDADE FUMEC	
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E DA SAÚDE - FCH
VITÓRIA MADELEINE DE SOUZA MELO
PUBLICIDADE ENGANOSA E ABUSIVA E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Belo Horizonte
2020
VITÓRIA MADELEINE DE SOUZA MELO
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5292363499812948
PUBLICIDADE ENGANOSA E ABUSIVA E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Direito,da UniversidadE FUMEC, como requisito parcial para a Obtenção do grau de Bacharel em Direito.	
Orientador: Professor Paulo Márcio Reis Santos
Belo Horizonte 
2020
Dedico este trabalho a minha família que sempre me apoiou , aos meus amigos, companheiros de jornada e ao meu filho razão da minha vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiro a Deus, por ter me mantido na trilha certa durante este projeto de pesquisa, com saúde e forças para chegar até o final.
Sou grato à minha família, pelo apoio que sempre me deram durante toda a minha vida.
Deixo um agradecimento especial ao meu orientador, pelo incentivo e pela dedicação do seu escasso tempo ao meu projeto de pesquisa.
Também quero agradecer à Universidade Fumec, e a todos os professores do meu curso, pela elevada qualidade do ensino oferecido.
RESUMO
O presente trabalho exposto buscou inicialmente analisar o comportamento da sociedade pós moderna que é marcado por um consumismo exacerbado, e como esse comportamento está intimamente ligado a publicidade abusiva e enganosa. O controle dessas práticas a luz do Código de Defesa do Consumidor. A exibição dos princípios mais importantes que visam proteger a sociedade de consumo, explorando as responsabilidades do CONAR, como principal controlador da ética. A responsabilidade civil dos agentes publicitários, anunciante, agências e veículos de informação. Como marco teórico, tem-se os estudos de Sérgio Cavalieri Filho.
Palavras-chave: Publicidade. Propaganda. Abusiva. Enganosa. Responsabilidade Civil. Consumidor
ABSTRACT
The present research sought a bulletin that analyzes the behavior of post-modern society, which is marked by exacerbated consumerism, and how this behavior is closely linked to abusive and misleading advertising. The control of these practices in the light of the Consumer Protection Code. The exhibition of the most important principles that aim to protect the consumer society, exploring the responsibilities of CONAR, as the main controller of ethics. The civil liability of advertising agents, advertisers, agencies and information vehicles. The studies of Sérgio Cavaliere Filho was used as theoretical framework.
Keywords: Publicity. Advertising. Abusive. Deceptive. Civil responsability. Consumer
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	9
2 A PUBLICIDADE	11
3 CONTROLE DA PUBLICIDADE NO MERCADO DE CONSUMO	15
4 PUBLICIDADE ENGANOSA E PUBLICIDADE ABUSIVA	19
4.1 PUBLICIDADE ENGANOSA	19
4.2 PUBLICIDADE ABUSIVA	22
5 PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DA PUBLICIDADE	24
5.1 PRINCIPIO DA VERACIDADE DA PUBLICIDADE	24
5.2 PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA DA FUNDAMENTAÇÃO	25
5.3 PRINCÍPIO DA IDENTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA DA PUBLICIDADE	26
6 DA RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ENVOLVIDOS	28
6.1 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ANUNCIANTE	29
6.2 A RESPONSABILIDADE DO VEÍCULO E AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO	31
6.3 A RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA	33
7 CONCLUSÃO	35
REFERÊNCIAS	37
	
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho exposto buscou inicialmente analisar o comportamento da sociedade pós moderna que é marcado por um consumismo exacerbado, explorando brevemente a história para que ficasse bem delineado o momento em que se fez necessário o surgimento da publicidade. A pesquisa, se trata de um trabalho sobre a publicidade abusiva e enganosa sobre a perspectiva do Código de Defesa do Consumidor em especial no que toca as formas de controle, e a proteção ao consumidor. Com a finalidade precípua de se alcançar um nível mais elevado sobre a pesquisa, foram apresentadas os tipos de responsabilidade do anunciante, das agências e dos veículos de comunicação no caso de descumprimento aos princípios da publicidade baseando-se no Código de Defesa do Consumidor. O estudo também objetiva limitar a atuação publicitária, condenando as praticas abusivas e enganosas focando no controle das práticas ilícitas e na proteção da sociedade de consumo.
Sob essa ótica, as principais diferenças entre publicidade e propaganda são esclarecidas, a devida diferenciação entre publicidade abusiva e enganosa. A análise da publicidade abusiva e enganosa à luz do Código de Defesa do Consumidor é um dos principais debates presentes , buscando conceituar e apresentando suas principais divergências , priorizando a demonstração da importância da regulamentação e do controle para que os princípios sejam devidamente respeitados, resguardando assim os consumidores. Cabe ressaltar que se trata de um tema extremamente relevante uma vez que os meios de comunicação estão cada vez mais sofisticados e assim alcançando diretamente muito mais consumidores. A publicidade se tornou bem mais convincente e agressiva, gerando uma necessidade de consumo de bens teoricamente dispensáveis.
O presente estudo utiliza-se do método hipotético-dedutivo, e de uma metodologia de pesquisa qualitativa, para que fossem esclarecidas todas as dúvidas abordadas, utilizando-se, ainda, dos estudos de Sérgio Cavalieri Filho como marco teórico. Os meios de pesquisa foram a Constituição Federal, livros, jurisprudências e principalmente o Código de Defesa do Consumidor. 
Enfim, por meio de uma análise doutrinária, bem como artigo científicos, e legislação pertinente, este trabalho aborda sobre a publicidade abusiva e enganosa, apontando suas diferenciações e semelhanças, discorrendo sobre a regulamentação destes institutos na legislação brasileira. 
2
2 A PUBLICIDADE
Para iniciarmos a análise acerca da publicidade e sua implicação social e jurídica se faz necessário um breve estudo acerca de algumas questões que formam o arcabouço desse assunto, sendo indispensável o entendimento do contexto socioeconômico do nosso meio e suas características, para assim delinearmos o que expõe a nossa sociedade às condutas ilícitas praticadas pela comunicação de massa.
A sociedade pós-moderna denominou-se sociedade de consumo, e a razão para que ela fosse assim chamada foi claramente a alta propensão consumista dos indivíduos. Essa fase teve início com o advento da Revolução Industrial, vindo com mais força após a Segunda Guerra Mundial (MACEDO, [201-]). 
As mudanças não se limitaram aos acontecimentos dos séculos passados, o Brasil passou e vem passando por grandes transformações socioeconômicas e isso é reflexo do aumento do poder aquisitivo da população menos afortunada (GUERRA, 2010).
Nos ensinamentos de Renta de Souza Guerra (2010), uma característica muito marcante dessa sociedade pós-moderna é o desejo incessante de consumir, não se limitando a bens indispensáveis para subsistência, mas a iminente necessidade por coisas supérfluas.
Frederic Jamerson (2007, p. 30) caracteriza a história contemporânea como um marco, principalmente pelos laços sociais ditados pelo estilo de vida pós-moderno baseado no consumismo exacerbado. 
Neste sentido, vejamos os dizeres do citado jurista:
O que ocorre é que a produção estética hoje está integrada à produção das mercadorias em geral: a urgência desvairada da economia em produzir novas séries de produtos que cada vez mais pareçam novidades (de roupas a aviões), com um ritmo de turn over cada vez maior, atribui uma posição e uma função estrutural cada vez mais essenciais à inovação estética e ao experimentalismo.
A sociedade do consumo se caracteriza pela cultura do capitalismo, tudo segue à risca valores criados pelo mercado, ele dita forma, estética, conteúdo aparência. O mercado diz sobre o que se deve usar, como se portar e satisfazer desejos. Porém em uma lógica descartável e passageira, pois os produtos já nascem para serem substituídos rapidamente. Essa sociedade é totalmente pautada na busca pela felicidade, porem felicidade esta que está diretamente ligadaa uma ideologia mercadológica, que se baseia no binômio: necessidade x satisfação (RETONDAR, 2008).
A segunda característica basal da sociedade pós-moderna, e que também é instrumento de persuasão dessa sociedade consumista, pós moderna é a comunicação de massa, que por diversos meios se mostra muito eficaz (GUERRA, 2010).
A publicidade tem como meio básico a comunicação, que por sua vez se trata de um processo humano fundamental para a vida em sociedade. Se tratando de comunicação interpessoal como é a de massa, abrange-se a palavra falada, símbolos gestos, imagens, radio fusão, cinema entre tantos se trata de uma vasta gama .
Para que seja assegurada ao consumidor a possibilidade de escolha, saciando assim seus desejos capitalistas. Para isso é necessário, que seja passado um conhecimento prévio sobre os produtos, serviços e experiências que estão disponíveis no mercado, e a tarefa de de apresenta-los da melhor forma possível é da publicidade.
Sendo assim a publicidade não se limita a exposição e informação, mas ela cumpre um papel de persuasão por meio da propaganda.
O objetivo do publicitário, ao veicular um anuncio, não é apenas informar, a respeito da existência, a finalidade principal é vender o que quer que o produto seja.
Para prosseguir aos estudos propostos é preciso conceituar publicidade e propaganda no sentido de diferenciar já que, não se tratam de sinônimos apesar de serem usados como tal.
O termo publicidade significa divulgar, tornar público enquanto a palavra propaganda tem o sentido de implantar uma ideia na mente alheia (MICHAELIS, 2020)
Cabe salientar que o Superior Tribunal de Justiça (STJ), não faz essa distinção e utiliza ambos os termos sem diferenciação (BRASIL, 2011).
Consoante Adriana Figueiredo Fernandes (2005), a publicidade tem um papel de forte influência sobre a vida dos indivíduos, seus padrões de comportamento, seus hábitos idéias e valores. Exerce significativo poder sobre os componentes psicológico e emocional dos seres humanos, não de meros consumidores autômatos.
A título de ilustração foi realizada uma pesquisa na Universidade Federal do Paraná com um grupo de crianças, e o resultado foi o controle pelas marcasa mais fortes e famosas, mesmo quando o produto não tinha o público infantil como alvo (FERNANDES, 2005).
Acerca da referida pesquisa, Adriana Figueiredo Fernandes (2005), discorre:
A pesquisa foi realizada com 50 (cinquenta) crianças de 10 (dez) anos que passaram por 2 (duas) sessões: na 1ª (primeira) sessão (ou pré-teste), elas assistiram a um filme e ao final responderam por escrito questões referentes à preferência sobre produtos qual [sic] lembravam mais (refrigerante, iorgute, cerveja, cigarro, carro e chocolate). 	
Na 2ª (segunda) sessão, apresentaram um novo filme onde foram intercaladas propagandas de TV dos mesmos produtos perguntados anteriormente. No entanto, as marcas dos produtos anunciados durante o segundo vídeo foram aquelas não apareceram citadas na primeira vez pelas crianças. No final, as criançass responderam 2 (dois) tipos de questionários: no 1ª (primeiro) tinham que colocar “a palavra que vinha a cabeça” e o 2º (segundo) questionário incluía perguntas que foram as mesmas da primeira sessão. 	
A pesquisa mostrou que as respostas da primeira sessão estão vinculadas às propagandas de produtos famosos e mais veiculados pela TV. Mostrou ainda que uma exposição a novas propagandas, na segunda sessão, não foi suficiente para alterar significativamente suas respostas.
Conclui-se, assim, que as propagandas das grandes empresas, marcas poderosas, incorporam as vidas dos indivíduos, até mesmo de crianças que nem consomem os produtos ofertados. 
Rafael Sampaio (2003) ensina que a publicidade é uma importante formadora do ambiente cultural e social da nossa geração, atuando sobre os centros sensoriais, emocionais e lógicos do consumidor, e trabalhando na modelação combinação de dados culturais existentes e novos sobre os instintos mais fortes do ser humano, como, por exemplo o medo, a inveja, o fascínio, a insegurança e a necessidade de autorrealização.
Conclui-se, então, nas palavras de José Tadeu Neves Xavier (2012, p. 119), que “a atuação publicatária funciona como um efetivo instrumento de comunicação entre os agente econômicos e os consumidores [...]”. 
Esta comunicação, entretanto, não ocorre na forma de monólogo, mas sim de um diálogo perfeito, sendo que cada mensagem publicitária recebe uma resposta própria, advinda do mercado consumerista, que diversas vezes, de forma despretensiosa, trava esse dialogo sem ter a noção de toda a complexidade que a situação envolve (SILVA, 2013).
Consoante ensina Armando Sant’anna (2002, p. 76) em sua obra, a publicade é: “[...] uma técnica de comunicação de massa, paga com a finalidade precípua de fornecer informações, desenvolver atitudes e provocar ações benéficas para os anunciantes, geralmente para vender produtos e serviços.”.
Feita a competente conceituação sobre o tema, passa-se à uma análise mais profunda do objeto deste trabalho. 
3 CONTROLE DA PUBLICIDADE NO MERCADO DE CONSUMO
Uma vez que a relações de consumo, e os anunciantes possuem total poder de influência no comportamento dos indivíduos, e possuem forte capacidade persuasiva, foi necessária a intervenção jurídica como instrumento de controle e proteção dos mais frágeis na relação de consumo (GUERRA, 2010).
O Direito do Consumidor é um ramo que se encontra entre o direito público e o privado. O sujeito de direitos, antes da Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB/88), comumente era chamado por outros nomes, como “contratante”, “cliente”, “comprador”, denominações que que colocava o indivíduo em uma relação apenas passageira especifica, a relação de consumo, que não conseguia ver sua posição na sociedade como uma parte integrante do grupo com interesses semelhantes, os conhecidos interesses individuais homogêneos, coletivos e difusos (MARQUES, 2012).
O Direito do Consumidor teve seu pensamento jurídico inicial lançada nos Estados Unidos, no discurso do então presidente, John F. Kennedy, em 1962, onde se pode concluir que “todos somos consumidores” e, por consequência possuidores de direitos, um novo desafio para o mercado. Até mesmo a ONU (Organização das Nações Unidas), em 1985, designou os parâmetros para a legislação e a afirmação da ideia de um direito social e econômico, um direito de igualdade material do mais fraco, dos vulneráveis, frente à superioridade dos fornecedores (MARQUES, 2012).
C. L. Marques (2012, p. 30), fazendo referência inicio da elaboração de leis do direito do consumidor, que somente ocorreu no Brasil após o seu desenvolvimento nos Estados Unidos e países europeus, declara que:
[...] o direito do consumidor é direito social típico das sociedades capitalistas industrializadas, onde os riscos do progresso devem ser compensados por uma legislação tutelar (protetiva) e subjetivamente especial (para aquele sujeito ou grupo de sujeitos).
Essa nova área do direito recebeu tratamento diferenciado pela Constituição da República Federativa do Brasil, posto ter sido elevada à categoria de direitos fundamentais. Sendo assim, o Direito do Consumidor passou a integrar os direitos de segunda geração, onde se exige do Estado uma posição proativa, de atuação positiva para a proteção de toda a sociedade (NUNES JÚNIOR; TRETTEL, 2010).
A Constituição Federal de 1988 (CRFB/88), quando trata dos Direitos e Garantias Fundamentais, traz em seu artigo 5º, XXXII, que “[...] o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor” (BRASIL, 1988).
Segundo discorre Leonardo de Medeiros Garcia (2010, p. 3) acerca da defesa do consumidor como direito fundamental, tem-se que ela “[...] vincula o Estado e todos os demais operadores a aplicar e efetivar a defesa deste ente vulnerável, considerado mais fraco na sociedade”.
Sendo assim, a matéria infraconstitucional de defesa do consumidor passou a ser tratada com o prestigio de princípio fundamental da ordem econômica, embasando-se e um microssistema que além de próprio,também é justo e coerente, suas leis e princípios devem se sobrepor aos demais, fazendo valer apenas a Constituição Federal. Inúmeras consequências decorrem dessa nova condição, pois a tutela do consumidor passa a ter um espaço de superioridade no campo prático (NUNES, 2011).
Antes mesmo de acontecer a relação de consumo é coerente dizer que a proteção do consumidor já se iniciou uma vez que são usadas técnicas de estimulação, que geram expectativas de consumo, e a principal método de estímulo é a publicidade. Ao legislador coube a escolha por proteger esse fenômeno que gera impacto inestimável na vida do consumidor (BENJAMIN; MARQUES; BESSA, 2013).
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) não tem como objetivo regulamentar a publicidade, mas tem a finalidade, especialmente, de coibir suas formas ilícitas, que são a publicidade enganosa e abusiva (BRASIL, 1990). 
Antônio Carlos Efing, Laís Gomes Bergstein, Fernanda Mara Gibran (2012, p. 96) salientam que: “ [...] até a edição do CDC, apenas existiam regras éticas sobre o exercício da publicidade, nenhuma das quais oferecia proteção ao consumidor propriamente”.
As normas que regem o direito brasileiro decorrem da junção de dois sistemas, o estatal que somente o Estado poderá intervir nos trabalhos publicitários; e o sistema privado onde se atuam somente entes privados.
Da junção desses sistemas, de forma que os dois se complementam. Leis estatais, como a Constituição Federal (CRFB/88) e o CDC (BRASIL, 1990), mais as normas criadas pelos publicitários como o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária – CBAP (CONAR, 2002) juntos formam um sistema misto de proteção.
A finalidade do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) é complementar às normas estatais, se comprometendo a valores éticos. Ele tem a possibilidade de aplicar sanções administrativas, e fiscalizar a publicidade presente no mercado (CONAR, 2002).
Conclui-se, assim, que “os limites éticos da atividade publicitária estão no respeito ao consumidor” (EFING; BERGSTEIN; GIBRAN, 2012, p. 105).
Marcelo Costa Fadel (2004, p.155) preceitua que:
O CONAR apresenta como finalidade maior zelar pela aplicação do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, recebendo denúncias de consumidores, de autoridades, de associados ou mesmo de sua diretoria, em face de qualquer empresa do mercado publicitário. Se não houver conciliação e a denúncia for julgada procedente, o CONAR aplica sanção administrativa que, embora sem coerção legal, apresenta fortíssima coerção ética.
O surgimento do CONAR aconteceu devido ao consumidor se sentir desconfiado em relação à atividade publicitária, juntamente com uma ameaça do governo federal de sancionar uma lei que criaria um tipo de censura que seria exercida por um próprio departamento de controle e resultaria em um retrocesso na liberdade de expressão (CONAR, [20-?]).
Segundo José Tadeu Neves Xavier (2012, p. 133): “ [...] na seara normativa, o CDC se encarrega de fornecer o arcabouço legal, regulando a atuação da publicidade [...]
É de incumbência do CONAR a função de cuidar da aplicação do CBAP. Porém, essas normas de autorregulamentação não formam uma composição de regras jurídicas, sendo assim não possuem, generalidade, de maneira que,se submetem apenas os que as aderem funcionando apenas no plano normativo interno (GRINOVER et al., 2007)
O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CBAP) traz, em seu art. 16, que as regras de autodisciplina da atividade publicitária têm por objetivo também servir como referência e fonte subsidiária pelo Poder Judiciário na análise de causas que envolvam demandas publicitárias (CONAR, 2002).
Fábio Ulhoa Coelho (2012, p. 379) entende que: “ [...] a autorregulamentação publicitária é, no Brasil, a mais interessante experiência de disciplina de atividade econômica por iniciativa dos próprios agentes nela envolvidos”.
São princípios que regulam os processos instaurados no CONAR: princípios do contraditório, da ampla defesa, da celeridade, da simplicidade e da proibição da censura prévia. A possibilidade de pedido liminar e de instâncias recursais também estão previstas (FADEL, 2004).
Estão inclusos no rol dos princípios do CDC, a observância da boa fé, que é uma regra primordial de boa conduta onde ambas as partes devem agir com honestidade, lealdade e garantindo assim a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva. Se constatados atentados contra esses princípios básicos, a legislação brasileira adota sanções, que visam punir o infrator e coibir os mesmos erros por outros publicitários (EFING; BERGSTEIN; GIBRAN, 2012).
Faz-se mister, assim, ponderar acerca da publicidade enganosa, e da publicidade abusiva, pontuando suas diferenciações e especificidades, o que far-se-á, portanto, no próximo capítulo deste trabalho. 
4 PUBLICIDADE ENGANOSA E PUBLICIDADE ABUSIVA
O art. 37, do Código de Defesa do Consumidor, Lei Federal n. 8.078/1990, expressamente proibe a propaganda que seja enganosa ou que se configure como abusiva, in verbis: “art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.” (BRASIL, 1990).
4.1 PUBLICIDADE ENGANOSA
Na esfera publicitária é evidente que o princípio mais essencial, da publicidade é o da veracidade, que versa que a mensagem a ser veiculada deve conter apenas informações verídicas.
No entanto, é muito corriqueiro que na elaboração de anúncios publicitários contenham dados que não são integralmente verdadeiros, com o objetivo de persuadir o indivíduo a consumir determinado produto ou serviço. O CDC, ciente dessa realidade, proibiu a publicidade enganosa no § 1°, do art. 37 (BRASIL, 1990).
Quando contratada uma agência de publicidade, com a finalidade de promover uma divulgação de um produto ou serviço, o conteúdo que será veiculado, e a consequências que dele podem advir, são de responsabilidade da respectiva agência, sejam essas consequências positivas ou negativas (BRASIL, 1990).
A publicidade enganosa está prevista no art. 37, §1º, do CDC (BRASIL, 1990), dispositivo legal o qual veda qualquer informação falsa ou omissão que induza a erro o consumidor, e possa causar prejuízos.
O art. 37, §1º, do Código de Defesa do Consumidor, versa que:
[...] § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços [...] (BRASIL, 1990).
O principal ponto a ser destacado nesse artigo, é caracterizar a publicidade enganosa, no sentido de que qualquer ação que possa levar o consumidor a erro deve ser considerada enganosa. Apresenta-se o critério finalístico de indução ao erro (CAVALIERI FILHO, 2014, p.146).
No conceito legal também é trazido, a situação de que nem sempre a publicidade enganosa será falsa, quando é dito sobre a publicidade ser inteira ou parcialmente falsa, conforme preceitua Antônio Herman Benjamin (et al., 2013) ao explicar essa diferenciação em sua obra:
Não se confunda publicidade falsa com publicidade enganosa. Aquela não passa de um tipo desta. De fato, uma publicidade pode, por exemplo, ser completamente correra e ainda assim ser enganosa, seja porque informação importante foi deixada de fora, seja porque o seu esquema é tal que vem a fazer com que o consumidor entenda mal aquilo que está, realmente, dizendo. É, em síntese, o conceito de enganosidade, e não a falsidade, que é essencial aqui [...]
Assim, extra-se que a informação trazida na publicidade deve tratar-se de uma inverdade para que haja a caracterização como publicidade enganosa. A informação a ser recebida pelo consumidor deve necessariamente ser uma inverdade seja ela, pelo seu conteúdo, pelo seu contexto eu até mesmo pelo seu público alvo.
Cabe dizer que as fantasias apresentadas em anúncios publicitários são técnicas para atrair a atenção do consumidor, tem como objetivo, sensibilizar suas emoçõese não de prestar informações, portanto a fantasia não caracteriza a publicidade como enganosa (CAVALIERI FILHO, 2014, p.147).
Existem dois tipos de publicidade enganosa, quais sejam, a omissiva e a comissiva.
Na publicidade por comissão, o fornecedor afirmar o que não é, ou seja, traz informação sobre atributos e caracterização que o produto ou serviço, não possui aumentando qualidades de forma que o consumidor apenas perceba quando já os comprou (CAVALIERI FILHO, 2014).
A publicidade enganosa comissiva é aquela que tem elementos ligados diretamente a campanha. O provedor traz uma informação que não condiz à veracidade do produto ou serviço, trazendo ao consumidor uma realidade que não existe, sendo assim o consumidor foi induzido ao erro. Um exemplo a ser citado é o das propagandas publicitárias de bebidas alcoólicas. Elas sempre trazem jovens felizes, saudáveis, confraternizando e consumindo bebidas alcoólicas. Entretanto todos nós temos conhecimento que o consumo excessivo do álcool pode causar dependência, além de incontáveis danos à saúde (CAVALIERI FILHO, 2014).
Conclui-se, assim, que na publicidade enganosa por omissão, o anunciante deixa de afirmar algo relevante e que, por isso mesmo, induz o consumidor em erro, isto é, deixa de dizer algo que é.
Na publicidade enganosa por omissão, o anúncio publicitário deixa de conter informações relevantes para o consumidor e por este motivo o induz ao erro sobre o produto ou serviço, conforme dispõe a doutrina:
Para que tais publicidades sejam consideradas abusivas ou enganosas não é necessária à vontade específica dolosa ou que a aproximação entre fornecedor e consumidor tenha sido com o intuito direto de vender, de comerciar, de concluir contratos – basta a atividade. Basta à atividade de publicidade, como determinação soberana e profissional do fornecedor e sob o risco profissional deste, em caso de falha, erro, ou culpa de terceiro da cadeia organizada ou contratada por ele próprio de fonecedores-auxiliares. (MAZON, 2006, p. 538)
A omissão pode acontecer parcial ou totalmente, como, por exemplo quando a marca deixa de evidenciar se seu produto é produzido com ou sem gordura e açúcar, light ou diet, se possui ou não glúten ou lactose. 
Neste sentido, Antônio Herman Benjamin, Cláudia Lima Marques, e Leonardo Roscoe Bessa (2013, p. 146) ensinam que:
A publicidade enganosa pode, quanto à extensão da enganosidade, ser total ou parcialmente falsa. Naquele caso, as informações, em seu conjunto, são realmente falsas. Neste, ao revés, convivem, a um só tempo, informações falsas e outras verdadeiras. A existência de informações parcialmente correras não faz com a publicidade deixa de ser enganosa [...] 
O CDC conceitua publicidade enganosa em seu art. 37, §3º: “[...] para os efeitos deste Código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço” (BRASIL, 1990).
4.2 PUBLICIDADE ABUSIVA
O legislador assim como na publicidade enganosa conceituou especificamente e separadamente a publicidade abusiva no art. 37, §2º, do CDC, que traz em sua redação:
[...] §2º É abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeite valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança [...] (BRASIL, 1990).
Portanto, a publicidade abusiva se trata de tudo aquilo que não segue os valores da Constituição Federal (CRFB/88), podendo tratar-se de um ato que é por vezes ofensivo, de caráter social, racial ou econômico sendo sempre discriminatório visando na maioria das vezes obter uma vantagem de cunho econômico.
O art. 37, §2º, traz em sua redação um rol exemplificativo, de algumas possibilidades de publicidade abusiva. Fica evidente que em todos os exemplos presentes são ofendidos valores sociais, como por exemplo o respeito à infância, meio ambiente, aos indivíduos menos favorecidos de informações (BENJAMIN; MARQUES; BESSA, 2013, p. 269)
Sumarizando, a publicidade abusiva pode, potencialmente, gerar um constrangimento ou dano ao consumidor.
Quando a publicidade passa a ofender a moral do público-alvo ou passa a induzir a praticar alguma forma de desrespeito contra outros seres humanos ou até mesmo animais, pode ser considerada abusiva, pois passa a ter como foco principal um comportamento inadequado.
Nos dizeres de Luis Antônio Rizzatto Nunes (2012, p. 111), temos que, “O caráter da abusividade não tem necessariamente relação direta com o produto ou serviço oferecido, mas sim com os efeitos da propaganda que possam causar algum mal ou constrangimento ao consumidor”
É de suma importância trazer as diferenças mais marcantes entre a publicidade abusiva e publicidade enganosa. A publicidade abusiva gera uma ima influencia para que o consumidor cometa um erro, a informação trazida é provavelmente verdadeira, mas esta desrespeita a moral, os bons costumes e a ética. Na publicidade enganosa, as informações trazidas são falsas ou se deixa de dar uma informação essencial, induzindo o consumidor ao erro seja por comissão ou omissão.
A publicidade abusiva não está vinculada a prejuízos materiais ligados ao produto ou serviço. Mas se refere a um dano de ordem moral.
Destaca-se, portanto, que a publicidade é abusiva quando existem os seguintes fatores, de acordo com Mirian de Almeida Souza (1996):
a) gera discriminação;
b) provoca violência;
c) explora o medo e a superstição do consumidor;
d) desrespeita valores ambientais;
e) Induz o comportamento prejudicial à saúde e a segurança
Passa-se o presente trabalho, agora, a discorrer sobre os princípios da publicidade. 
5 PRIMORDIAIS PRINCÍPIOS DA PUBLICIDADE
O Código de Defesa do Consumidor traz os princípios pertinentes à publicidade, sendo os princípios fundamentais encontram-se elecandos no art. 36 e art. 37 (BRASIL, 1990), sendo estes o princípio da veracidade da publicidade, princípio da transparência da fundamentação, e, por fim, princípio da identificação obrigatória da publicidade, sobre os quais o presente trabalho tratará a seguir. 
5.1 PRINCIPIO DA VERACIDADE DA PUBLICIDADE
O princípio da veracidade da publicidade é imposto pelo art. 37, do CDC, dispositivo o qual veda a publicidade enganosa ou abusiva. Fica nítido que a finalidade do princípio é a proteção do consumidor de ter acesso a falsas informações, para que o indivíduo possa exercer, suas escolhas de forma livre e consciente (BRASIL, 1990).
De acordo com os estudos de Guy Durandin (1997), o meio mais expressivo usado pela publicidade é a informação e a adulteração da verdade para alcançar seus objetivos, que consistem no induzimento do consumidor a adotar uma conduta. 
Conforme discorre o supracitado autor, neste mesmo sentido, tem-se que: “[...] para induzir alguém ao erro, e modificar assim sua conduta, não é necessário lhe dar uma representação completamente falsa da situação; basta enganá-lo a respeito de um número limitado de pontos.” (DURDIM, 1997, p. 21).
O uso de informações inverídicas nas propagandas ocorre porque o papel imprescindível da publicidade não é expor o produto e informar o consumidor sobre a sua existência, mas sim de persuadi-lo e influenciá-lo a consumir aquele determinado produto.
Jean Baudrillard (1995, p. 155) ensina que:
O problema da veracidade da publicidade deve pôr-se da seguinte maneira: se os publicitários mentissem verdadeiramente, seria fácil desmascará-los – só que não o fazem, não por serem demasiado inteligentes, mas sobretudo porque a arte publicitária consiste principalmente na invenção de enunciados persuasivos, que não sejam nem verdadeiros nem falsos.
O CBAP firma a honestidade e a verdade, em seu art. 23 e art. 27, como princípios norteadores do anúncio publicitário, in verbis:
Artigo 23.	
Os anúncios devem ser realizados de forma a não abusar da confiança do consumidor, não explorar sua falta de experiência ou de conhecimentoe não se beneficiar de sua credulidade. [...] 	
Artigo 27	
O anúncio deve conter uma apresentação verdadeira do produto oferecido, conforme disposto nos artigos seguintes desta Seção, onde estão enumerados alguns aspectos que merecem especial atenção. [...] (CONAR, 2002)
A publicidade não pode apresentar inverdades naquilo que anuncia, seja por omissões ou alegações, ficando proibida também a manipulação de frases, sons e imagens, com o objetivo de ludibriar o consumidor através da dúvida e ambiguidade de suas informações (NUNES, 2012).
A atividade publicitária acontece na maioria vezes à margem do direito e, a consequência gerada é o desrespeito ao consumidor.
5.2 PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA DA FUNDAMENTAÇÃO
O princípio da transparência da fundamentação está previsto no artigo 36, parágrafo único do CDC (BRASIL, 1990). 
O art. 36, do Código De Defesa Do Consumidor, diz que o fornecedor de serviços e produtos terá sobre seu poder os dados, fáticos técnicos e científicos que sustentam a mensagem, para caso que precise ser passada essas informações aos interessados (BRASIL, 1990).
José Geraldo Brito Filomeno (2015), explica que esse princípio tem como foco a obrigação imposta aos publicitários e aos seus veículos de informação, ao demonstrarem alguma característica excepcional de determinado produto ou serviço, ou caso reste alguma dúvida sobre tal, que o anunciante justifique cientificamente.
Antônio Herman Benjamin, Cláudia Lima Marques, e Leonardo Roscoe Bessa (2013) bem apontam que: “O fornecedor tem ampla liberdade para anunciar seus produtos ou serviços. Deve, contudo, fazê-lo sempre com base em elementos fáticos e científicos: é sua fundamentação”.
5.3 PRINCÍPIO DA IDENTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA DA PUBLICIDADE
A legislação brasileira não admite nenhum tipo de publicidade clandestina ou subliminar, a publicidade deve ser reconhecida pelo consumidor.
O art. 36, do Código de Defesa do Consumidor, versa que a publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor identifique facilmente como tal, sendo assim o anuncio deve ser coeso limpo e sem artifícios, independente da forma que ele será veiculado, ou outro meio que será utilizado (BRASIL, 1990).
Este princípio, se espelha no princípio da transparência, e seu principal desdobramento é gerar a obrigação do fornecedor de esclarecer ao consumidor todos os elementos do produto ou serviço, bem como todos os termos do contrato (GARCIA, 2010).
Sendo assim ficam vedadas publicidade clandestina e subliminar, que se tratam de práticas equivocadas de publicidade e ferem o artigo 6º, III, do CDC, que está previsto que a informação adequada é um direito básico do consumidor (BRASIL, 1990).
A publicidade subliminar tem como objetivo atingir o inconsciente do indivíduo, para que ele não perceba que está sendo influenciado. E a publicidade clandestina, é feita de forma ardilosa, escondida, não sendo possível sua caracterização como publicidade e, consequentemente, não deixando que o consumidor tente se defender das influencias publicitárias, apenas os agentes da propaganda sabem da existência dessa (GARCIA, 2010).
Verifica-se, assim, que a publicidade é abarcada, principalmente, pela transparência e honestidade, sendo dever primordial do fornecedor de produtos e serviços informar, claramente, ao consumidor, sobre o produto ofertado.
6 DA RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ENVOLVIDOS
Nos milhares de anúncios publicitários, que são transmitidos pelos mais variados meios de comunicação, uma simples informação pode gerar diversos entendimentos ambíguos ou equivocados, podendo, assim, ofender ou causar um constrangimento para o consumidor sendo ele político, ético social, racial, entre outros, ocasionando um grande desconforto.
Decorrente dessas situações, nos resta questionar de quem é a responsabilidade sobre os elementos publicitários que estão em circulação.
Conceitua-se responsabilidade civil como a ocasião em que alguém se encontra obrigado a ressarcir um prejuízo causado por culpa ou dolo, pela pratica de um ato ilícito (FILOMENO, 2015).
Maria Helena Diniz (2015, p. 257) se manifesta no sentido de que a responsabilidade civil são as medidas que obrigam um indivíduo a reparar um dano moral ou patrimonial, causado a terceiros por ela mesma praticado, ou por alguém que ela responda civilmente.
Uma publicidade que esteja sendo veiculada, independentemente de ser internacional, primordialmente, deve respeitar as leis brasileiras a fim de que nenhum consumidor seja ofendido por uma campanha publicitária, seja por sua raça, classe social, crenças e até mesmo por sua sexualidade.
Assim, o Código de Defesa do Consumidor deixa claro que informações, anúncios ou, ainda, propostas, mesmo as não formais, tem poder vinculante e efeitos contratuais a agregar ao contrato que vier ser celebrado, conforme o seu art. 35:
[...] Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:	
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;	
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente; 	
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos. (BRASIL, 1990).
No que diz respeito a classificação da responsabilidade, esta pode se dividir em dois tipos. 
A primeira espécie é a responsabilidade objetiva, está se refere a atividade de criação e execução publicitária e também a ação de quem promove a publicidade enganosa ou abusiva, ou seja, o responsável pela veiculação. Já no que diz respeito a responsabilidade subjetiva ela pode acontecer por dolo direto quando houve a vontade consciente de quem criou ou promoveu a campanha ilícita ou por culpa o indivíduo agiu por imprudência, imperícia e negligência, caracterizando a culpa, o agente deveria saber, esta não tem previsão (ALMEIDA, 2010).
6.1 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ANUNCIANTE
É indispensável para que se compreenda esse tópico definir e caracterizar o elemento anunciante. Este pode ser uma pessoa física ou jurídica que possui a finalidade de promoção de vendas seja de seu produto ou serviço prestado, e para alcançar este objetivo se utiliza de campanhas publicitárias. Na ocasião de ocorrer uma publicidade enganosa, ou abusiva, o CDC responsabiliza o anunciante (BRASIL, 1990).
Em sua magnitude o Código de Defesa do Consumidor responsabiliza objetivamente o anunciante assim como previsto no seu art. 30, que preceitua: 
[...] toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que o fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. (BRASIL, 1990).
Cita-se um julgado, do c. Superior Tribunal de Justiã (STJ), referente a responsabilização civil de um anunciante. Veja-se:
EMENTA CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇAO DE REPARAÇAO POR DANOS MATERIAIS. PUBLICAÇAO DE ANÚNCIO EM CLASSIFICADOS DE JORNAL. OCORRÊNCIA DE CRIME DE ESTELIONATO PELO ANUNCIANTE. INCIDÊNCIA DO CDC. RESPONSABILIDADE DO JORNAL. O recorrido ajuizou ação de reparação por danos materiais, em face da recorrente (empresa jornalística), pois foi vítima de crime de estelionato praticado por meio de anúncio em classificados de jornal. 2. Nos contratos de compra e venda firmados entre consumidores e anunciantes em jornal, as empresas jornalísticas não se enquadram no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do CDC. 3. A responsabilidade pelo dano decorrente do crime de estelionato não pode ser imputada à empresa jornalística, visto que essa não participou da elaboração do anúncio, tampouco do contrato de compra e venda do veículo. 4. O dano sofrido pelo consumidor deu-se em razão do pagamento por um veículo que não foi entregue pelo anunciante, e não pela compra de um exemplar do jornal. Ou seja: o produto oferecido no anúncio (veículo) não tem relação com o produtooferecido pela recorrente (publicação de anúncios). 5. Assim, a empresa jornalística não pode ser responsabilizada pelos produtos ou serviços oferecidos pelos seus anunciantes, sobretudo quando dos anúncios publicados não se infere qualquer ilicitude. 6. Dessarte, inexiste nexo causal entre a conduta da empresa e o dano sofrido pela vítima do estelionato. 7. Recurso especial conhecido e provido. (STJ –SC - Recurso Especial: RE. Nº 1.046.241 - SC (2008/0074717-6). Relator (a): Ministra Nancy Andrighi, Data do Julgamento: 12/08/2010,T3-Terceira Turma. Data da Publicação: Diário de Justiça do dia 19/08/2010) (BRASIL, 2010)
Portanto, nos termos da citada decisão do c. STJ, quando se comprova o dano e o nexo causal, no caso de denúncia do anunciante, não é necessário que se avaliem os elementos subjetivos, culpa ou dolo, de quem estava anunciando, lhe sendo imputada a responsabilidade civil objetiva, que o obriga a reparar imediatamente os danos causados ao consumidor.
O art. 35, do Código de Defesa do Consumidor, traz e, seus incisos, as medidas a serem tomadas pelo consumidor para que ele se resguarde:
Art.35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:	
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;	
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente; 	
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos. (BRASIL, 1990) (grifa-se)
O Código Civil Brasileiro, em seu art. 186 e art. 927 disciplina que o responsável por causar dano a outrem, ainda que exclusivamente de natureza moral, fica obrigado a repará-lo, independente da origem do referido dano, quer seja por ação ou omissão, ambas em situção onde ocorreram voluntariamente, negligência, imprudência, ou situação onde há violação do direito do indivíduo lesado, sendo que, em todos estes casos, o dano causado importa em ato ilícito pelo agente causador, daí a sua obrigatoriedade em repará-lo (BRASIL, 2002).
Nunes leciona sobre responsabilidade objetiva:
Seguindo a regra geral da Lei 8.078/90, para a averiguação da abusividade do anúncio não há necessidade de exame do dolo ou da culpa do anunciante. Para que fique caracterizada a infração, basta que o anúncio em si comporte abusividade ou que na sua relação real com o produto ou serviço anunciado possa causar dano. Não há que fazer a pergunta a respeito de dolo ou culpa, porque, mesmo que esses elementos não se verifiquem, ainda assim o anúncio será tido como abusivo. A responsabilidade do anunciante, de sua agência e do veículo é objetiva, e como tal será considerada. (NUNES, 2012, p. 239)
6.2 A RESPONSABILIDADE DO VEÍCULO E AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO 
Inicialmente se faz de extrema importância a diferenciação dos elementos agência e veículo de comunicação.
De Acordo com os ensinamentos de Marcela Costa Ribeiro (2014, apud DE OLIVEIRA, 2015, p. 69), agência é quem presta serviços ao anunciante, tem como principal finalidade a promoção de serviços e produtos para os respectivos consumidores, e para isso se utiliza de diversas estratégias publicitárias. Já na conceituação de veículo de comunicação pode se dizer que se trata do dispositivo que irá transmitir a informação que fora a agência incumbida pelo anunciante. Alguns exemplos de veículo de comunicação são: os jornais, a televisão, revistas, rádios.
O art. 37, § 1º, do Código de Defesa do Consumidor traz em sua redação que:
[...] é enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços" (BRASIL, 1990).
Em relação ao presente trabalho, nota-se existir uma divergência no que concerne ao detentor da responsabilidade, o que se pontua a seguir.
Alguns autores entendem que a responsabilidade quanto a publicidade enganosa e abusiva é doas agências e veículos de comunicação, sendo que estes e o anunciante respondem solidariamente, uma vez que todos possuem uma relação direta. A outra corrente doutrinária entende que o anunciante é o único responsável pela publicidade enganosa ou abusiva excluindo assim totalmente a responsabilidade dos veículos e das agências de comunicação (RIBEIRO, 2014, apud DE OLIVEIRA, 2015).
Em concordância com o art. 7º, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor: "[...] tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo" (BRASIL, 1990).
De acordo com o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CBAP) dispõe em seu art. 45, alíneas “b” e “e”:
Artigo 45 - A responsabilidade pela observância das normas de conduta estabelecidas neste Código cabe ao Anunciante e a sua Agência, bem como ao Veículo, ressalvadas no caso deste último as circunstâncias específicas que serão abordadas mais adiante, neste Artigo: [...]	
b) a Agência deve ter o máximo cuidado na elaboração do anúncio, de modo a habilitar o Cliente Anunciante a cumprir sua responsabilidade, com ele respondendo solidariamente pela obediência aos preceitos deste Código; [...] 	
e) a responsabilidade do Veículo será equiparada à do Anunciante sempre que a veiculação do anúncio contrariar os termos de recomendação que lhe tenha sido comunicada oficialmente pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária – CONAR (CONAR, 2002).
Denota-se, portanto, que a responsabilidade objetiva é imputada apenas ao anunciante, ao passo que a agência, ou veículo de comunicação, só poderão ser responsabilizados subjetivamente, e, ainda, após a análise da presença de dolo ou culpa.
6.3 A RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
As sanções administrativas são conjuntamente tratadas pelo CONAR, no CBAP (CONAR, 2002) e o CDC (BRASIL, 1990), também se encarregando de fiscalizar e controlar as campanhas a União, os Estados e Municipios. 
Quando os responsáveis pela propaganda enganosa ou abusiva, estes são penalizados, porquanto, lamentavelmente, o constrangimento passado pelo consumidor é irreversível. Nesta seara, cabe ao Código de Defesa do Consumidor impor uma penalidade administrativa para quem causou esse desconforto (BRASIL, 1990).
Assim, importante ressaltar o comando legal contido no art. 56, inciso XII, do Código de Defesa do Consumidor. Vejamos:
[...] as infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas: [...] XII – imposição de contrapropaganda [...] (BRASIL, 1990).
O principio que rege esse inciso é o da correção do desvio publicitário, o qual parte do fundamento constitucional trazido pelo art. 5 º, inciso XXXII, da Constituição Federal de 1988, que versa que o Estado deve promover, na forma da lei, a defesa do consumidor (SCHWARTZ, 2013, p.194).
A contrapropaganda tem como finalidade basal a retratação, exigindo, assim, o lançamento de uma campanha nos meios de comunicação que objetive anular e desmentir a publicidade que fora ilicitamente veiculada, sendo que esta deve atingir o mesmo público alvo que fora desrespeitado com a informação anterior.
7 CONCLUSÃO
A publicidade enganosa causa uma desfiguração na autonomia de decisão do consumidor, decisão a qual seria melhor tomada acaso possuísse melhor instrução, podendo, inclusive, expressar recusa na obtenção do serviço ou produto ofertado. 
Para que haja o induzimento ao erro, há de ser considerado, também, os consumidores desinformados, não sendo suficientes os bem informados neste ponto. Ocorre que uma publicidade pode ser totalmente verdadeira, porém, ainda assim ser enganosa, acaso haja omissão de alguma informação essencial para o poder de decisãodo indivíduo. É o caso da publicidade enganosa por omissão.
Quando houver múltiplas interpretações para a campanha publicitária, basta que uma delas seja considerada enganosa para que todo o anúncio seja julgado da mesma forma, assim, uma única informação falsa pode corromper todo o anúncio.
Ao se falar sobre a publicidade abusiva, elencada no art. 37, § 2º, do Código de Defesa do Consumidor, sendo abusiva a propaganda que se exponha de forma discriminatória, ou, até mesmo, que motive qualquer forma de violênia, ou que aborde medo ou superstição. O CDC também pontua ser abusiva a publicidade que utilize-se da vulnerabilidade da criança, porquanto esta não possui discernimento suficiente para uma análisa acertada da oferta, bem como situação onde a publicidade converge em sentido contrário à valores ambientais e em sentido prejudicial à saúde e segurança do consumidor. 
Em todas as situações acima elencadas, denota-se, haverem ofensas à valores sociais. O rol presente no CDC referente a publicidade abusiva é meramente exemplificativo. 
É importante ressaltar, assim, quanto às sanções administrativas cabíveis, as atividades de publicidade ilícitas visam coibi-las. Distante da suspensão liminar, há cominação de multa e, o meio principal de controle, a contrapropaganda, que é cabível em situações onde se encontram publicidades ilícitas .
A publicidade tem uma imensa influência em relação ao consumidor, razão pela qual deve ser utilizada de forma responsável, não infringindo as normas e prinípios legalmente impostos.
Publicidade ilícita é crime, e para que quem cometa esses crimes sejam devidamente responsabilizados é de suma importância que todos os consumidores comheçam seus direitos. 
Conclui-se, enfim, que o Código de Defesa do Consumidor não tem como objetivo apenas punir os anunciantes, mas, precipuamente, proteger a parte mais vulnerável da relação de consumo, que é o consumidor, assim, colocando-se todos os polos em patamar de igualdade.
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