Buscar

ProcessualCivil 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1 
 
Curso: Semestral Semanal OAB 
Disciplina: Direito Processual Civil 
Professor: Georgios Alexandridis 
Data: 24.02.2011 
Anotadora: Yoanna 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O processo é um instrumento para efetivar o direito material assegurado em nosso ordenamento. A 
resolução de conflitos de interesse dá-se através do Poder Judiciário, que tem jurisdição para tanto. 
Nesse sentido, o princípio que deve ser ressaltado é o da inafastabilidade do Poder Judiciário, 
previsto no artigo 5º, XXV, da Constituição Federal: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito”. 
 
1.1 Meios alternativos de solução de conflitos 
 
Doutra banda, há métodos alternativos de resolução de conflitos, quais sejam: 
 
a-) Autotutela: trata-se da tutela promovida pela própria parte afetada. Em regra não se pode assim 
agir, sob pena de enquadramento no crime de exercício arbitrário das próprias razões, a menos que o faça nas 
hipóteses permitidas expressamente por lei, a exemplo da defesa da posse por meio do desforço imediato, 
resolução esta que é extrajudicial. Deve-se repelir a injusta agressão de forma desproporcional, sob pena de o 
agente responder pelos excessos. 
 
b-) Autocomposição: as próprias partes interessadas de alguma forma resolvem o conflito, 
eliminando-se, por consequência, a presença do Poder Judiciário. Nessa oportunidade, as partes 
transacionarão de forma extrajudicial. É possível que, no decorrer de um processo, as partes optem pelo dito 
acordo que será homologado por sentença, a qual extinguirá o processo com resolução de mérito, nos termos 
do artigo 269 do Código de Processo Civil (faz coisa julgada material). 
O autor pode renunciar seu direito, o que se difere da desistência. Nessa o autor desiste do 
processo, do meio pelo qual havia optado para dirimir o conflito existente, mas não de seu direito, conforme 
permite o artigo 267 do Código de Processo Civil. É possível, nesse caso, seja reproposta a ação. Naquela, 
afasta-se o direito por meio de uma sentença nos moldes do artigo 269 do Código de Processo Civil. 
É possível que o réu reconheça juridicamente o pedido do autor, o que permite a prolação de uma 
sentença com resolução de mérito, com a formação da coisa julgada material. 
 
c-) Arbitragem: a arbitragem é regida pela Lei 9.307/96 e, nessa, as partes podem afastar o Poder 
Judiciário para que um árbitro solucione a questão. Para que se instaure a arbitragem deve-se preencher 
requisitos, tais quais: pessoa capaz (seja pessoa física ou jurídica); e versar sobre direitos disponíveis. As 
formas existentes de instauração: cláusula compromissória disposta em contrato previamente firmado, antes 
que surja a divergência; e por meio do compromisso arbitral, que será firmado após o nascimento do conflito. 
Ao final da arbitragem será proferida uma sentença arbitral, que não comporta recursos. Entretanto, as partes, 
no prazo de cinco dias contados da intimação, poderão utilizar-se de um meio para afastar omissões, 
obscuridades, contradições e dúvidas, semelhante aos Embargos de Declaração existente no Código de 
Processo Civil. Muito embora o árbitro não faça parte do Poder Judiciário, a sentença é um título executivo 
judicial, como preconiza o artigo 475-N, IV, do Código de Processo Civil, fato que permite a fase do 
chamado cumprimento de sentença. 
O juiz não pode reconhecer a arbitragem de ofício. Para que conheça da arbitragem deve, portanto, 
sê-la arguida pelo réu em preliminar de Contestação. O magistrado, ante o ocorrido, deve prolatar sentença, 
com base no artigo 267, VII, do Código de Processo Civil. 
O Código de Defesa do Consumidor, levando em conta a sua hipossuficiência, dispõe que não pode 
2 
 
rá a arbitragem ser imposta, sob pena de nulidade, conforme o artigo 51 da mesma Lei. 
 
2. APLICABILIDADE DAS NORMAS PROCESSUAIS NO TEMPO E NO ESPAÇO 
 
É de competência da União legislar a respeito da lei processual, sendo, portanto, válida em todo 
território nacional. Em relação ao tempo, vale ressaltar que a lei aplicada será aquela vigente à época do fato 
ou ato, atingindo os processos em curso. 
A exemplo temos a Lei 12.322/2010, que alterou a disposição atinente ao Agravo de Despacho 
Denegatório ante a decisão que negava seguimento ao REsp ou RE. Atualmente, com a nova redação do 
artigo 544 do Código de Processo Civil, tem-se a figura do Agravo nos próprios autos. Se proposto aquele 
Agravo antes da vigência da nova lei, produzirá efeitos também depois desse momento, já que se iniciou o 
ato antes, a que se dá o nome de hiperatividade da lei processual. 
O artigo 13 do LINDB sustenta que poderá ser aplicada a lei processual estrangeira com relação às 
provas e ao seu ônus, se atos ou fatos ocorreram fora do Brasil 
 
3. CONDIÇÕES DA AÇÃO 
 
Direito de a parte levar ao Poder Judiciário a sua pretensão para que seja prestada a tutela 
jurisdicional. Para tanto a ação deve preencher requisitos que são imprescindíveis à apreciação do mérito, a 
saber: 
 
a-) Legitimidade de parte: pertinência subjetiva para ação. É analisada pelo pólo ativo ou pólo 
passivo. Pode ser ordinária ou extraordinária, de maneira que a primeira trata da tutela de direito próprio em 
nome próprio (artigo 6º do Código de Processo Civil) e, a segunda, da tutela de direito alheio em nome 
próprio, a exemplo do que fazem os sindicatos em nome de seus membros. 
 
b-) Interesse de agir: trata do binômio necessidade e adequação. Necessidade de que o conflito de 
interesse seja dirimido pelo Poder Judiciário por meio do mais adequado procedimento para tutelar o direito 
a ser alegado. O processo pode ser dividido em: processo de conhecimento (com objetivo declaratório, 
condenatório etc.), seja pelo procedimento ordinário, sumário ou especial; o processo cautelar, preparatório 
ou incidental, busca garantir a efetividade de outro processo. Podem ser nominadas ou inominadas; e o da 
execução, a fim de executar o direito já existente, do qual não há dúvidas. O título pode ser judicial (fase do 
cumprimento de sentença) ou extrajudicial (ação de execução). Nesse contexto a adequação, a exemplo: o 
cheque, se ainda dentro do prazo, poderá ser proposta a execução. Se prescrito, poderá o interessado intentar 
ação de cobrança ou ação monitória. 
 
c-) Possibilidade jurídica do pedido: analisada pela causa de pedir e pedido. Assim sendo, o 
pedido deve ser lícito. 
 
A ausência de qualquer dos requisitos da condição da ação acarretará o indeferimento da petição 
inicial, com base no artigo 295 do Código de Processo Civil, fato que ensejará a extinção do processo sem 
resolução de mérito. Com a carência da ação, ou seja, verificada a ausência de qualquer das condições da 
ação no decorrer do processo, ter-se-á a mesma conseqüência no que tange à extinção do processo. 
 
 
4. ELEMENTOS DA AÇÃO 
 
 
a-) Partes 
 
b-) Causa de pedir: fatos (causa de pedir remota) e fundamentos jurídicos (causa de pedir 
próxima). 
c-) Pedido: o pedido imediato é feito do autor ao juiz; o pedido mediato é aquele que possui 
natureza material, momento no qual o autor requer ao juiz a condenação do réu, por exemplo. 
 
 
3 
 
 
4.1 Consequências dos elementos da ação: 
 
� Litispendência: duas ações idênticas em andamento, assim sendo, as mesmas partes, mesmas 
causas de pedir e mesmos pedidos. Verifica-se a litispendência com a citação válida, vide artigo 219 do 
Código de Processo Civil. 
 
� Coisa julgada: gera a imutabilidade da decisão. Há a coisa julgada material no momento em 
que se julga adentrando ao mérito, decisão esta não mais passível de recurso; a coisa julgada formal, sem 
resolução de mérito, permite a nova propositura da ação. 
 
� Perempção: decorre da inércia do autor pelo abandono da ação por três vezes, o que faz coisa 
julgada material. Não se confundecom a preempção do Direito Civil, que é o direito de preferência.

Continue navegando