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Tomate Apostila

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TOMATE (Lycopersicum esculentun)
Professor Germano Güttler CAV-UDESC Lages
	O tomate é a segunda hortaliça mais consumida no mundo, com uma produção em torno de 125 milhões de toneladas ao ano (2009 FAO), perdendo somente para a batata. China e EUA são os maiores produtores mundiais. O Brasil produziu na safra de 2008, cerca de 3,9 milhões de toneladas (tabela 1), colocando-se entre os 10 maiores produtores mundiais e apresentou a terceira maior produtividade mundial. Goiás é o maior produtor desta hortaliça (802 mil toneladas) e também apresenta a maior produtividade de 81,6 toneladas por hectare (tabela 2).
Tabela 1) Produção de Tomate no Brasil
	PRODUÇÃO DE TOMATE NO BRASIL
	
	Região
	Área (ha)
	Produção (t)
	Rendimento médio (t/ha)
	
	Norte
	584
	6.966
	12,2
	
	Nordeste
	13.265
	567.335
	42,9
	
	Sudeste
	23.074
	1.561.887
	67,7
	
	Sul
	9.341
	518.096
	55,5
	
	Centro-oeste
	15.462
	1.276.921
	82,6
	
	Total
	61.726
	3.931.205
	63,7
	
	Fonte IBGE 2009 (safra 2008)
	
Tabela 2) Situação do Tomate no Brasil e Estados em 2007
	 Situação do Tomate no Brasil e Estados, 2007
	Estado
	Produção (t)
	Área (ha)
	Produtividade (t/ha)
	Goiás
	802.128
	9.830
	81,6
	São Paulo
	713.483
	11.340
	62,92
	Minas Gerais
	421.765
	6.858
	61,5
	Paraná
	310.418
	4.723
	65,72
	Bahia
	219.735
	5.506
	39,91
	Rio de Janeiro
	195.065
	2.543
	76,71
	Pernambuco
	165.428
	4.025
	41,1
	Santa Catarina
	136.764
	2.308
	59,26
	Espírito Santo
	112.467
	1.701
	66,12
	Rio Grande do Sul
	104.979
	2.409
	43,58
	Ceará
	97.295
	1.962
	49,59
	Distrito Federal
	26.563
	396
	67,08
	Paraíba
	16.596
	536
	30,96
	Rio Grande do Norte
	8.553
	310
	27,59
	Roraima
	5.268
	439
	12
	Maranhão
	5.138
	253
	20,31
	Sergipe
	4.708
	286
	16,46
	Mato Grosso do Sul
	3.979
	73
	54,51
	Mato Grosso
	3.318
	187
	17,74
	Amazonas
	2.806
	590
	4,76
	Brasil
	3.356.456
	56.275
	59,6
	 Fonte: IBGE - Levantamento Sistemático da Produção, 2008
Tab. 3) Evolução da área plantada, produção e rendimento médio no Brasil (1996 – 2006)
	Safra
	Área Plantada (ha)
	Produção (t)
	Rendimento (kg/ha)
	1997
	66.162
	2.717.965
	41.781
	1998
	64.709
	2.784.111
	43.569
	1999
	66.112
	3.305.053
	50.356
	2000
	56.866
	3.004.797
	52.976
	2001
	57.660
	3.103.293
	53.982
	2002
	62.647
	3.652.923
	58.428
	2003
	63.611
	3.708.602
	58.423
	2004
	60.365
	3.515.567
	58.445
	2005
	60.001
	3.431.428
	57.234
	2006 (*)
	55.792
	3.229.651
	57.908
Fonte: IBGE (maio 2006).
Tabela 4) Comparativo das safras de Tomate em 2008, 2009 e 2010 no Brasil
	Ano
	Área Plantada (1.000ha)
	Produção (1.000t)
	2008
	61
	3.867,70
	2009
	66
	4.204,60
	2010
	59,7
	3.607,20
Fonte: IBGE, LSPA (novembro/2009 e novembro/2010)
Tabela 5) Comparativo das safras de Tomate em 2008, 2009 e 2010
	Ano
	Posição SC na Prod. BR
	Part. SC/BR (%)
	2008
	9º
	3,00
	2009
	7º
	4,30
	2010
	7º
	5,20
	Fonte: IBGE, LSPA (novembro/2009 e novembro/2010)
Nos últimos 20 anos a produção total mundial duplicou e a produção per capita aumentou 36 % no mesmo período, segundo dados da FAO. 
Historicamente o consumo de tomate, em larga escala, é bastante recente. Até o século XIX era considerado venenoso em quase toda a Europa. Somente na Turquia e na Itália esta hortaliça era consumida normalmente. Esta característica é bastante comum em solanáceas, pois muitas espécies desta família possuem característica de planta tóxica. Como exemplo pode-se citar o mata-cavalo (S. aculeatissimum Jacq.) que ao ser consumido por animais causa timpanismo, devido a acidez dos tecidos desta planta.
ORIGEM
	A região de origem do tomateiro estende-se pelos Andes do Peru, Equador e Bolívia, em planaltos com cerca de 2000 metros de altitude. Esta região apresenta invernos frios e verões com temperaturas máximas de 28o C durante o dia, e abaixo de 18 a 20o C durante a noite. A precipitação e a umidade relativa do ar são consideradas baixas. Em função do baixo intemperismo, os solos são muito férteis, com elevados teores de pH e nutrientes.
	Estas características da região de origem permitiram uma evolução genética peculiar para esta espécie. O ambiente é muito desfavorável à sobrevivência de fungos ou bactérias fitopatogênicas, em função da baixa umidade relativa e baixa precipitação. Portanto, o tomateiro não possui uma genética que ofereça resistência a várias doenças. O tomateiro é considerado a espécie mais suscetível à ocorrência de doenças dentre todas as plantas cultivadas.
	Entretanto, condições ambientais desfavoráveis à ocorrência de doenças e solos com alta fertilidade, permitiram que o tomateiro se tornasse a hortaliça de maior produtividade. Trabalhos de pesquisa a campo em nosso Estado, na região de Caçador, resultam em produtividades próximas a 200 toneladas por hectare. Ensaios de laboratório, com controle total do ambiente, em regime de hidroponia, proporcionaram produtividades acima de 60 kg/m2, ou 600 t/ha, em um período de 365 dias.
BOTÂNICA
	O gênero Lycopersicum engloba dois sub-gêneros : Eulycopersicum, que apresenta frutos coloridos, e Euriopersicum, que apresenta frutos verdes. 
	Espécies que apresentam frutos verdes foram utilizadas em melhoramento para produção de cultivares que apresentam maior “vida de prateleira” nos frutos. Estas cultivares são chamadas de “longa vida” e permitem que um fruto maduro apresente boas condições de comercialização, desde que com baixa presença de danos mecânicos, por períodos superiores a 10 dias. Os frutos tradicionais, quando maduros, perdem a capacidade de comercialização após 4 ou 5 dias, mesmo sendo muito bem manejados em pós-colheita.
	As cultivares longa vida forma introduzidas no Brasil em meados da década de 1990, na mesma época que surgiram as primeiras cultivares longa vida obtidas por transgenia. Porém, o plantio comercial deste material foi, e ainda é proibido no Brasil.
	As flores são hermafroditas, a planta é autógama, apresentando entre 1 a 47 % de cruzamento na sua origem. As cultivares comerciais apresentam de 2 a 3 % de cruzamentos. A polinização é dependente da movimentação das flores. Em ambientes muito fechados, com pouco vento, pode haver dificuldade do grão de pólen cair sobre o estigma. Este problema pode ocorrer com mais freqüência em abrigos, em função da barreira criada pelo plástico agrícola. Nestas condições faz-se necessário que, durante a florada, as flores sejam sacudidas manualmente, forçando a queda do grão de pólen sobre o estigma.
	Esta solanácea herbácea apresenta comportamento anual ou semi-perene. Em locais onde não há inverno rigoroso e a umidade do ambiente é baixa, a planta pode vegetar por dois ou três anos. Neste tipo de clima não há condições propícias para que ocorram doenças, e a planta pode sobreviver. Porém, em climas úmidos, como o sul do Brasil, é pouco provável que um tomateiro sobreviva mais do que sete meses em condições naturais.
	O caule herbáceo faz com que a planta seja prostrada no solo, formando um pequeno arbusto. As folhas e os frutos se desenvolvem muito próximo ao solo. Esta característica faz com que em ambientes úmidos a planta seja obrigatoriamente tutorada.
A CULTURA EM SANTA CATARINA.
	Até a década de 1970, esta hortaliça era quase que totalmente oriunda de plantações do Estado de São Paulo. Nos vinte anos compreendidos entre 1970 e 1990, a produção em SC foi incrementada em 206 %, a produtividade aumentou 66 % e a área de plantio aumentou 80 %. O principal fator que permitiu estes incrementos foi a definição de materiais genéticos a serem cultivados em cada região. Ensaios realizados com diversas cultivares e híbridos, definiram quais são os materiais mais adaptados às condições deSC. Apesar da grande sensibilidade a pragas e doenças, atualmente estão disponíveis técnicas de cultivo que garantem produtividades elevadas com retorno financeiro compensador.
	Existem três regiões consideradas grandes produtoras de tomate em SC: Caçador, Urubici, Grande Florianópolis (principalmente Santo Amaro da Imperatriz). A região de Caçador e Lebon Régis é a principal região produtora do Estado e é uma das principais regiões produtoras do Brasil. O cultivo do tomate é realizado na primavera-verão, iniciando a produção de mudas em setembro e outubro e o término da colheita ocorre em março-abril. A finalização da lavoura ocorre por excesso de doenças, reduzindo drasticamente a área foliar, ou pela chegada da primeira onda de frio. O microclima desta região é ótimo para o tomate, pois apresenta bom termoperiodismo, além de alta luminosidade (ausência de neblina) durante a primavera e verão. Somente no município de Caçador cerca de 1400 famílias estão envolvidas com a produção de tomate. Para maioria destes produtores o tomate é a maior fonte de renda da propriedade e a única hortaliça cultivada. Encontramos desde pequenos produtores, de 0,5 ha, até grandes produtores com mais de 20 ha nesta região. O inconveniente climático desta região é a precipitação elevada durante a primavera e o verão, induzindo os agricultores a utilizarem grandes quantidades de agrotóxicos (entre 40 a 60 pulverizações durante o ciclo da planta). 
	A região de Urubici cultiva esta hortaliça na mesma época que a região de Caçador. Apresenta temperaturas similares a primeira região, porém é uma região mais úmida e com mais nebulosidade. As produtividades são menores e a aplicação de agrotóxicos tende a ser maior. As áreas cultivadas em cada propriedade são menores do que em Caçador, e na maioria das vezes, fazem parte de hortas intensivas onde o tomate é somente mais uma entre diversas hortaliças cultivadas.
	A região de Santo Amaro da Imperatriz cultiva o tomateiro nos meses de outono e inverno. A produção das mudas se inicia em fevereiro-março e a colheita pode se estender até os meses de agosto-setembro. A finalização da colheita se deve pelas altas temperaturas, acima de 28 o C, que iniciam nesta época. Entretanto, em função dos melhores preços pagos ao produtor e pela necessidade do plantio mais cedo do milho verde, o ciclo do tomate se encerra nos meses de junho e julho nesta região. A produtividade média das lavouras é menor do que nas duas regiões anteriores, principalmente porque as condições climáticas (temperatura e luminosidade) neste período não são ideais para a cultura. A maior vantagem do cultivo neste período do ano é o preço do produto, que geralmente alcança maiores cotações no inverno.
Tabela 6) Preços Médios de tomate longa vida extra “AA” recebidos pelos agricultores, segundo as principais praças de Santa Catarina - CX 20 a 23 Kg - Julho de 2009 a Dezembro de 2010 (R$)
	
jul/09
ago/09
set/09
out/09
nov/09
dez/09
16,3
21,77
...
...
31,03
23,04
jan/10
fev/10
mar/10
ab/2010
mai/10
jun/10
23,04
23,04
33,17
28,11
23,5
...
jul/10
ago/10
set/10
out/10
nov/10
dez/10
...
...
...
...
17,89
12,5
Fonte: Epagri-Cepa 
 
 
	
Tabela 7) Preço Tomate e % de Variação (11/03/2011)
	Ceasas
	Preço Médio - R$
	Variação (%)
	Ceasa/Campinas- SP
	***
	***
	Longa Vida/Carmem Extra
	2,80/Kg
	47,37
	Longa Vida/Débora Extra
	3,30/Kg
	50
	Ceasa/Belo Horizonte-MG
	***
	***
	Longa Vida/ExtraA
	
	35,00/Cx. 22 kg
	25
	Santa Cruz/Extra A
	
	35,00/Cx. 22 kg
	25
	Ceagesp/São Paulo-SP
	***
	***
	Maduro Extra A
	
	2,79/Kg
	23,45
	Salada Extra A
	
	2,83/Kg
	31,02
	 Fonte: Ceasa Campinas/Belo Horizonte/Ceagesp
O Tomate “Graúdo” possui diâmetro maior ou igual a 70mm, e recebe a denominação “Extra AA” na cotação de preços da CEAGESP.
O Tomate “Médio” possui diâmetro maior ou igual a 50mm e menor que 69mm, e recebe a denominação “Extra A” na cotação de preços da CEAGESP.
O Tomate “Miúdo” possui diâmetro maior que 40mm e menor que 49mm, e recebe a denominação “Extra” na cotação de preços da CEAGESP. 
As tabela 8 e 9 demonstram a participação dos municípios de Santa Catarina na produção do tomate e os valores médios recebidos pelos produtores.
Tab. 8) Participação dos principais municípios na área e na oferta do produto em Santa Catarina - safra 2002 
	Principais municípios produtores 
	Participação na área (%) 
	Participação na produção (%) 
	Caçador 
	27,7 
	27,6 
	Santo Amaro da Imperatriz 
	7,9 
	10,7 
	Palhoça 
	9,9 
	8,2 
	Águas Mornas 
	7,9 
	7,4 
	Urubici 
	4,7 
	5,9 
	Anitápolis 
	5,5 
	5,2 
	Rancho Queimado 
	4,0 
	3,7 
	Angelina 
	3,2 
	2,6 
	São Ludgero 
	1,8 
	2,6 
	Indaial 
	2,4 
	2,0 
FONTE: IBGE.
Tab. 9) Preços médios pagos aos produtores de tomate de Santa Catarina (2001-2002)
CLIMA PARA O TOMATEIRO
	A temperatura é o principal fator climático na produção desta hortaliça. Na tabela 5 encontramos os principais processos fisiológicos do tomateiro relacionados com a temperatura. As temperaturas ideais para crescimento vegetativo estão entre 20 a 26o C. Para que ocorra eficiente translocação de fotoassimilados, as temperaturas noturnas devem estar entre 17 e 20o C. Esta eficiência depende de uma baixa taxa respiratória noturna, ou seja, depende de um reduzido uso da energia que foi fotossintetizada durante o dia. Portanto, o clima da região deve apresentar uma diferença mínima de 6o C, sendo o ideal de 8 a 9o C, entre a temperatura do dia e da noite. Esta diferença de temperatura entre o dia e a noite, dentro de um período de 24 h, é denominada de termoperíodo. A reação fisiológica que a planta pode apresentar em resposta as variações do termoperíodo, chama-se termoperiodismo. 
	Na mesma tabela podemos observar que a elongação radicular é elevada em temperaturas altas à noite. Normalmente o crescimento radicular é mais exigente em temperaturas, pois é um processo de divisão celular. 
Tab. 10) Relação entre processos fisiológicos do tomateiro e temperatura. As notas variam de zero a 5, correspondendo respectivamente a 0 e 100 % de eficiência do processo fisiológico. O símbolo (---) caracteriza a não ocorrência do processo .
	Processo fisiológico
	
	Dia
	
	
	Noite
	
	
	8o C
	18o C
	25o C
	8o C
	18o C
	25o C
	Fotossíntese
	2
	4
	5
	---
	---
	---
	Translocação
	---
	---
	---
	5
	4
	2
	Elongamento radicular
	---
	---
	---
	0
	2
	4
	Crescimento de frutos
	0
	4
	4
	0
	5
	2
Considerando que os melhores climas para a produção de tomate apresentam temperaturas noturnas abaixo de 20o C, é possível que sistemas de manejo do solo, que conservem as temperaturas noturnas internas do solo mais elevadas, podem aumentar o crescimento radicular e consequentemente a produtividade. Devemos também considerar que o solo muda de temperatura mais lentamente que o ar, mantendo a temperatura interna mais elevada do que a temperatura do ar, durante a noite.
	O crescimento dos frutos está diretamente relacionado com a baixa taxa respiratória noturna e a grande translocação de fotoassimilidados também durante a noite. Nota-se que a taxa de crescimento é máxima durante a noite a uma temperatura de 18o C. Nesta condição ocorre grande translocação. O crescimento dos frutos durante o dia se deve a entrada de água nos frutos, pois durante o dia praticamente não ocorre translocação dos fotoassimilados.
	O crescimento dos frutos é considerado o principal fator de produção do tomateiro. As variações na temperatura são pouco eficientes na formação de um número maior de flores. Porém, as variações na temperatura podem alterar significativamente o peso dos frutos, como pode ser visualizado na tabela6.
Tab. 11) Número e tamanho de frutos em tomateiro, em função da temperatura do ar.
	As principais diferenças entre produtividade de lavouras diferentes se devem essencialmente as diferenças na temperatura de cada região. Como foi anteriormente citado, um bom termoperiodo é uma exigência básica para se obter altas produtividades. O termoperiodismo não está associado somente com processos fisiológicos, como respiração e translocação. Está também associado ao aumento da absorção dos nutrientes P, K, Mg, Ca, Fe e Mn.
	A seguir são apresentadas as faixas ideais de temperatura para alguns estágios do tomateiro :
	Germinação :		ideal entre 20 a 24 o C, mínimo 12 o C
	Florescimento :	ideal entre 21 a 27 o C, mínimo 17 o C
	Frutificação :		ideal entre 21 a 22 o C, mínimo 18 o C
	Maturação :		ideal entre 23 a 27 o C, mínimo 18 o C
	A temperatura basal fisiológica para o tomateiro é de 6 o C. É uma hortaliça que suporta temperaturas baixas por curtos períodos de tempo. Já foi constatado que a ocorrência de frio no início do ciclo aumenta a área foliar da planta. Porém ocorre a morte dos tecidos em geadas.
	A temperatura noturna influencia também a velocidade de crescimento das plantas. Temperaturas noturnas mais baixas aceleram o crescimento das plantas. As cultivares de origem norte americana apresentam crescimento mais lento do que as cultivares de origem inglesa. Isto se deve ao fato de que as cultivares de origem inglesa foram desenvolvidas em climas com temperatura noturna mais baixa do que o clima onde foi desenvolvido as cultivares de origem norte americana.
	Os locais onde o tomateiro é cultivado no mundo, apresentam principalmente os climas subtropical de altitude, temperado (seco ou próximo de seco) e tropical (somente nas estações frias).
LUZ
	O tomateiro não apresenta sensibilidade ao fotoperíodo. Porém, não tolera luz contínua, acima de 16 horas diárias de luz. Até este nível de luz contínua os frutos apresentam aumento de sólidos solúveis totais (SST).
	A maior importância da luz para esta hortaliça está na qualidade desta luz, e não na quantidade. Alta intensidade luminosa, desde que não ultrapasse 16 horas de luz por dia, provocam o aumento do número de flores na planta. Portanto, ausência de nuvens, neblina, chuva ou qualquer outro tipo de sombreamento, mesmo que somente durante 11, 12 ou 13 horas por dia, é essencial para que a planta produza o máximo possível de flores e também é essencial para a polinização e fixação dos frutos.
	Quando a intensidade luminosa aumenta em função do aumento do número de horas de luz por dia (aumento quantitativo), as plantas tendem a aumentar o número de folhas, não acarretando em qualquer aumento de produtividade.
	Por este motivo a região de Caçador é considerada como um ótimo microclima para a produção de tomates. Nos meses de primavera e verão praticamente não há neblina no período da manhã, oferecendo excelentes condições para formação de flores e frutos.
ÁGUA
	O tomateiro é uma planta herbácea com grande área foliar, portanto é uma planta que murcha com facilidade. A maior necessidade de água da planta é durante as florações e imediatamente após estas (fixação e crescimento dos frutos).
	O efeito do murchamento é irreversível. Enquanto a planta está com déficit hídrico, a fixação de CO2 é muito baixa, quase nula. Neste momento os estômatos se fecham e a planta reduz drasticamente a absorção de nutrientes. Após a irrigação a planta alcança rapidamente a sua taxa elevada de fixação de CO2, porém, o CO2 que não foi fixado durante o estresse hídrico, não será recuperado. Considerando que o tomateiro é uma planta que floresce freqüentemente e apresenta frutos em crescimento por um longo período de tempo, qualquer período de estresse hídrico pode resultar em redução na produtividade. 
	Sistemas de transplante de mudas que causam muitos danos as raízes, formam sistemas radiculares mais fasciculadas. Mudas transplantadas com raiz nua causam o máximo de danos às raízes, formando um sistema radicular exclusivamente fasciculado. Uma lavoura formada por plantas deste tipo deve ser irrigada em turnos mais freqüentes, com menor volume de água. 
	Lavouras formadas com semeadura direta no campo (sem transplante) podem ser irrigadas com menor freqüência e com maior volume de água por turno de rega. Estas plantas apresentam um sistema radicular com uma raiz pivotante bem característica.
	O sistema de produção de mudas em bandejas de isopor, utilizado para produzir quase 100 % das mudas de tomate de SC, produz um sistema radicular intermediário, entre pivotante e fasciculado.
IRRIGAÇÃO
	Dois sistemas são os mais utilizados pelos produtores : inundação por sulcos e gotejamento. O sistema de aspersão é pouquíssimo utilizado, pois cria um ambiente muito favorável a doenças. Este tipo de irrigação só poderia ser utilizado em locais muito secos, como ocorre com o tomate indústria no centro-oeste e nordeste do Brasil, ou em algumas lavouras de tomate agroecológico, onde o ambiente é manejado para produzir plantas que sejam mais resistentes a doenças.
	A irrigação por sulcos é a mais barata, porém exige muita mão-de-obra e há um grande desperdício de água (acima de 80 % de perdas da água de irrigação). Sempre haverá um excesso de água no solo no início dos sulcos. Em função da grande quantidade de água no solo, a umidade relativa do ar, em torno das plantas, aumenta muito, principalmente em dias quentes de forte insolação. Analisando-se sob o aspecto fitossanitário, não é um bom sistema de irrigação.
	A irrigação por gotejamento é bem mais cara, mas oferece uma série de vantagens. A eficiência do uso de água é a maior de todos os sistemas de irrigação conhecidos (acima de 90 %). Todas as plantas recebem a mesma quantidade de água. Há possibilidade de realizar fertilização conjuntamente com irrigação.
VARIEDADES DE TOMATE CONFORME O HÁBITO DE CRECIMENTO DO CAULE
	As cultivares e híbridos de tomate podem ser divididas em quatro grupos conforme o hábito de crescimento da planta.
Crescimento indeterminado normal : A planta apresenta cachos florais a cada 3 internódios. O crescimento é contínuo. Não há um momento fisiológico específico que determine o final do crescimento da planta. A gema apical da planta será sempre uma gema vegetativa. Constantemente surgem brotos nas axilas das folhas.
Crescimento indeterminado anão : A planta apresenta cachos florais a cada 3 internódios, porém estes são bem mais curtos. O crescimento não ultrapassa 60 cm. Apesar da gema apical da planta ser sempre uma gema vegetativa, o crescimento paralisa quando a planta ainda é pequena.
Crescimento determinado normal : Os cachos florais surgem em espaços menores do que 3 internódios. Em um determinado, no ápice da planta, surge uma gema reprodutiva e a planta paralisa o crescimento. Esta gema reprodutiva no ápice da planta é que determina o final do crescimento da planta. A planta apresenta poucos brotos nas axilas das folhas.
Crescimento determinado anão : É uma planta similar a anterior, porém os internódios são mais curtos e não há formação de brotos nas axilas das folhas. A planta não ultrapassa 40 com de altura.
As cultivares utilizadas para consumo in natura são oriundas, na grande maioria, de plantas de hábito indeterminado normal. São plantas grandes, que ultrapassam 1,60 m de altura. Em abrigos podem passar de 2,30 m de altura. Apresentam várias floradas sucessivas, na forma de cachos de flores com 4 a 10 flores. Podem ser colhidos até mais de 15 cachos de frutos em uma planta quando conduzidas em duas hastes de produção. Colhe-se por um longo período de tempo (acima de 50 dias), característica esta vantajosa para o produtor, pois obtém o produto para venda por um maior período de tempo. Os frutos apresentam “ombro verde”, ou seja, a maturação do fruto começa do ápice para a base. Estas plantas devem ser tutoradas, pois crescem muito, produzem muitos frutos, e não seriapossível permitir que ficassem prostradas no solo. Problemas fitossanitários seriam inevitáveis e os frutos teriam péssima aparência. Considerando que estes frutos irão para o mercado, e não para a indústria, a aparência é de fundamental importância.
As cultivares de hábito de crescimento determinado são utilizadas principalmente para produção de tomate destinado a industrialização. Estas plantas apresentam características que as diferenciam das cultivares para consumo in natura. As plantas apresentam poucas ramificações, formando uma planta mais compacta. O florescimento ocorre quase que simultaneamente em toda a planta. A maturação dos frutos é bastante homogênea. A colheita pode ser realizada uma única vez. Na colheita a grande maioria dos frutos se apresentam totalmente maduros. Desta forma a indústria economiza em mão-de-obra e pode mecanizar a colheita. Os frutos destas cultivares para indústria não apresentam o ombro verde. A maturação ocorre simultaneamente em todo o fruto. O ombro verde é uma desvantagem para frutos destinados a industrialização, pois esta porção verde do fruto vai tornar o produto final menos vermelho, diminuindo o valor de mercado. É bom lembrar que existe uma forte tendência do mercado, de produtos manufaturados de tomate, utilizar embalagens de vidro transparente, objetivando atrair o consumidor que considera um produto vermelho mais atraente. A indústria também está consciente que não basta colocar um corante para tornar o produto mais atraente, pois esta é uma estratégia que tem causado crescente rejeição pelo consumidor. Por outro lado, frutos verdes contém altos teores de amido que não foram convertidos em açúcares. Este amido, quando cozido e misturado com os tomates maduros, formará uma pasta mais firme, mais viscosa, devido as características agregantes do amido. Por este motivo, a indústria utiliza cerca de 6 % de tomates verdes na fabricação de todos os seus produtos.
As cultivares também podem ser divididas conforme o tipo de fruto:
a) Grupo Santa Cruz : Este nome surgiu em função deste tipo de tomate ter sido utilizado inicialmente na colônia japonesa de Santa Cruz, no estado do Rio de Janeiro, no período entre 1935 a 1940. Os agricultores optaram por este tipo de tomate por ser mais resistente ao manuseio. Os frutos são vermelhos, a polpa é espessa e rija, o formato é oblongo, é bilocular (apresenta duas cavidades internas) e apresenta “ombro verde”. Também apresentam suscetibilidade para rachaduras, mas com baixo índice de ocamento, lóculo aberto e podridão apical. Podem ser consumidos in natura ou industrializados. As plantas apresentam hábito indeterminado, alcançando facilmente 2,0 m de altura, com grande brotação nas gemas axilares.
Este tipo de tomate foi mais consumido no Brasil até a década de 1990. Era o único país do mundo onde este tipo de fruto era o preferido pêlos consumidores. Atualmente os frutos do tipo “salada” são os mais consumidos no Brasil.
b) Grupo Indústria : Dentro deste grupo encontramos duas cultivares pioneiras
b.1) Roma ou Piriforme : Esta cultivar surgiu o início da década de 1970 e foi a primeira cultivar com finalidade exclusiva para uso industrial. Nos anos 70 houve um grande aumento no consumo de tomate indultrializado (molhos e extratos), e as cultivares do grupo Santa Cruz já não ofereciam condições de cultivo e retorno financeiro satisfatório para industrialização do tomate. 
As plantas são de hábito determinado, com porte menor que o grupo anterior, compacto e pouco ramificado. A planta e os frutos apresentam as características exigidas para uma cultivar destina a industrialização da produção. Os frutos são alongados, apresentando de 2 a 3 lóculos.
b.2) Quadrado : Esta cultivar surgiu no final da década de 1970. É destinada exclusivamente para a indústria. As plantas são de hábito determinado, com porte menor que o Roma. Este tipo de planta permite um maior adensamento na lavoura, tornando esta cultivar mais produtiva que a anterior. O nome “Quadrado” se originou da característica do fruto, que é mais alongado e anguloso.
c) Grupo Caqui, Salada, Maçã ou Gaúcho : O termo mais utilizado é “Salada”. As cultivares e híbridos deste grupo são as mais consumidas no mundo na forma in natura. Os frutos são pluriloculares, com 5 a 10 lóculos. Apresentam polpa mais macia e de melhor sabor, além de melhor aparência, quando comparados aos frutos do grupo Santa Cruz. Porém são mais sensíveis a danos mecânicos exigindo melhor manejo na pós-colheita. Até a década de 1990 eram pouco consumidos no Brasil. As cultivares disponíveis naquela época eram menos produtivas e mais suscetíveis a pragas e doenças do que as cultivares do grupo Santa Cruz. Por serem plantas muito sensíveis, eram cultivadas somente em abrigos, elevando muito o custo de produção. Atualmente estas cultivares estão sendo cultivadas em todas regiões produtoras do país, e quase não se encontram no mercado frutos do grupo Santa Cruz. São as únicas cultivares que podem apresentar lóculo aberto, que é uma anomalia fisiológica da formação dos frutos (apresenta carpelos abertos, deixando exposta a placenta).
d) Grupo Cereja : Este grupo de cultivares é representado por pequenos frutos de até 25 g. São biloculares, com coloração vermelho brilhante. As plantas apresentam cachos com até 40 frutos e demonstram grande rusticidade, raramente sendo atacadas por doenças ou pragas. São considerados uma iguaria e são comercializados a valores bem superiores aos tomates do grupo Salada. O sabor é diferenciado, considerado excelente pela maioria dos consumidores. Entretanto, muitas cultivares deste grupo apresentam sabor muito ácido. Os frutos são muito sensíveis ao manuseio, exigindo maiores cuidados no manejo pós-colheita. A comercialização é freqüentemente realizada em pequenas caixas de plástico. São utilizados para consumo in natura, especialmente para enfeitar saladas.
O mercado Brasileiro passou por uma substituição dos frutos tipo Santa Cruz para os frutos do tipo Salada. O consumidor brasileiro sempre apresentou uma preferência por frutos oblongos (Santa Cruz) e posteriormente frutos arredondados (Salada). Tentativas já foram realizadas para comercialização de frutos alongados ou periformes, porém com pouca aceitação pelo consumidor. Estas tentativas foram feitas com o objetivo de utilizar algumas características das cultivares de tomate indústria para comércio in natura. Algumas destas cultivares apresentam características desejáveis para uma considerável fatia de mercado tais como polpa mais espessa e firme e sabor mais forte.
Atualmente estão surgindo cultivares de hábito indeterminado com frutos alongados que apresentam esta característica. Estas cultivares estão sendo comercializadas principalmente para restaurantes e para preparo caseiro de molhos. Este tipo de consumidor exige que os frutos apresentem um melhor sabor, uma polpa mais consistente, sem se importar com o formato dos frutos.
PROPAGAÇÃO
O tomateiro pode ser propagado por mudas ou semeadura direta no campo, adaptando-se bem aos dois sistemas.
O sistema de semeadura direta no campo é utilizado somente para tomate indústria, entretanto muitas empresas do setor usam exclusivamente mudas. Os produtores de tomate destinado ao mercado trabalham somente com uso de mudas.
O tomateiro possui uma alta capacidade de regeneração de raízes novas, porém as mudas produzidas em canteiros no solo (mudas de raiz nua) são pouco utilizadas, até mesmo por pequenos produtores. Este tipo de muda apresenta muitos problemas fitossanitários relacionados com doenças que permanecem no solo. Há uma grande dificuldade de encontrar áreas onde o solo não esteja contaminado com algum tipo de patógeno. A contaminação de uma muda por um patógeno é, potencialmente um dos problemas fitossanitários mais sérios que pode acontecer no tomateiro. Nestes casos a contaminação estará acontecendo no início do ciclo da planta, prejudicando em todas as fases de desenvolvimento do tomateiro.
Agrande maioria das mudas utilizadas é produzida em bandejas de isopor. Atualmente este é considerado o sistema mais econômico, sanitariamente o mais seguro e com o maior rendimento de mão-de-obra utilizada. As mudas são menores do que aquelas produzidas em canteiros no solo, mas esta diferença não influencia no crescimento e produtividade das plantas. Porém, este tipo de muda é mais homogênea, permitindo um uso mais racional da mão-de-obra. 
Os altos custos com sementes dos híbridos disponíveis no mercado (acima de R$ 0,25 por semente, ou R$ 80.000,00 por kg) tem forçado os agricultores a utilizar um sistema alternativo de produção de mudas: mudas produzidas a partir de brotos das axilas das folhas. Uma planta com cerca de 40 a 50 dias de idade pode produzir 4 ou 5 brotos, ou seja, a partir de uma semente pode-se produzir 5 ou 6 mudas (uma por semente e mais 4 ou 5 retirando-se os brotos). Em plantas mais velhas pode-se retirar até mais de 10 brotos por planta. Para produzir estas mudas utiliza-se a mesma tecnologia de produção em bandejas de isopor. Os brotos devem ser coletados com 2 a 4 cm de tamanho. Enterra-se cerca de 50 % deste broto no substrato e a muda estará pronta em duas semanas. Este material utilizado como propagação é muito tenro, com elevado teor de água. Aconselha-se colocar as bandejas em sistema flutuante. O enraizamento destes brotos é eficiente e rápido, com “pegamento” próximo a 100 %.
 
DENSIDADE DE PLANTAS
Os espaçamentos podem variar de 1,00 a 1,40 m entre linhas e de 0,30 a 0,70 entre plantas em lavouras com tutoramento. Nestas lavouras as densidades variam entre 12 a 20 mil plantas por hectare. Em plantas rasteiras utilizam-se até 10 plantas por metro quadrado, com 1,00 metro entre linhas e 0,20 m entre cada duas plantas na linha, alcançando 100 mil plantas por hectare.
A densidade de plantas pode ser limitada em função do sistema de tutoramento. O sistema tradicional de tutoramento permite utilizar uma menor distância entre filas (1,00 a 1,10m) mas exige uma maior distância entre plantas (0,70m), resultando em cerca de 13 mil plantas por hectare. O sistema de tutoramento vertical exige um maior espaçamento entre filas (1,40 m), mas permite um maior adensamento entre plantas na linha (0,50 m), em função da maior aeração e luminosidade recebida pelas plantas. Nestas condições a densidade final será de 14,2 mil plantas por hectare.
Na região de Caçador, a partir de meados da década de 1990, os agricultores optaram por uma diminuição na densidade de plantas na tentativa de diminuir a ocorrência de doenças. A distância de 0,50 m entre plantas foi aumentada para 0,70 m.
Em certas regiões do sul do Brasil (Santa Maria-RS) estão sendo usadas cultivares de hábito determinado de crescimento, com porte baixo e ciclo curto, permitindo o adensamento de até 0,30 m entre plantas, mas mantendo um mínimo de 1,00 m entre filas de plantas (30 mil plantas/ha).
SISTEMAS DE CONDUÇÃO DO TOMATEIRO
1) Sistema livre : Este sistema é utilizado somente para tomate indústria, porém existem relatos de produtores agroecológicos que utilizam um sistema semelhante para diminuir custos. Nas cultivares para industrialização as plantas crescem livremente, prostradas no solo (decumbentes). Este sistema foi idealizado para que haja uma grande redução nos custos com práticas culturais e uso de mão de obra, além de eliminar o custo com o sistema de tutoramento. Esta redução se faz necessária em função do baixo valor do tomate indústria, quando comparado com o tomate vendido no mercado. Algumas lavouras deste tipo são totalmente mecanizadas, desde o plantio até a colheita. As plantas não são podadas ou conduzidas.
2) Sistema tutorado : O sistema tutorado é representado por três tipos de tutor : Convencional, Alternativo e Vertical.
2.1) O sistema convencional consiste em um tutor construído com palanques, fios de arame, taquaras ou bambus. Os palanques são os mestres, ou esticadores do fio de arame. Devem ter cerca de 2,40 m de comprimento, com 12 a 15 cm de diâmetro. São enterrados a cerca de 0,50 a 0,60 m de profundidade, distanciados em torno de 15 metros. Na parte superior, entre 1,70 a 1,90 m de altura, fixa-se um fio de arame bem esticado. O alinhamento deste fio deverá passar exatamente pelo centro de duas filas de plantas (distanciadas em 1,00 m a 1,10 m), que serão suportadas pela estrutura. Ou seja, cada linha de tutor suportará duas linhas de plantas. Após a construção desta estrutura, faz-se o plantio das mudas, normalmente espaçadas em 0,70 m. Para cada muda é colocada uma taquara (ou bambu). A ponta inferior é fixada no solo ao lado da muda, e a ponta superior é fixada no arame, formando cerca de 70o de inclinação em relação ao solo e 90o em relação a linha de plantas. A medida que a planta cresce, deve ser amarrada na taquara para que não caia ao solo. As mudas são plantadas simetricamente nas duas filas, ou seja, para cada planta em crescimento, sempre haverá uma outra planta crescendo na posição oposta, na fila ao lado. Este arranjo faz com que haja um ambiente escuro e muito úmido entre as duas filas de plantas que crescem sobre o mesmo tutor. Quanto maior for o crescimento das plantas, maior será a umidade deste ambiente e menor a luminosidade. Este ambiente se torna altamente favorável a ocorrência de doenças fúngicas de parte aérea, especialmente requeima e pinte preta. Quando as plantas atingem cerca de 1,20 m de altura, não é mais possível pulverizar na parte de dentro das linhas.
2.2) O sistema alternativo foi idealizado para aumentar a circulação de ar e permitir maior entrada de luz entre a duas linhas de um mesmo tutor. Desta forma se torna possível a redução de doenças. Apresenta poucas diferenças em relação ao sistema convencional. A estrutura do tutor é a mesma, mudando-se somente o arranjo de plantas nas duas filas sustentadas pelo tutor, bem como a colocação das taquaras. No sistema anterior uma muda é plantada a cada 0,70 m. Neste sistema plantam-se duas mudas a cada 1,40 m. São colocadas duas taquaras (uma para cada muda) e são dispostas inclinadas cerca de 45o em relação a linha de plantio e cerca de 70o em relação ao solo. Na linha oposta as mudas são plantadas alternadamente. Desta forma, não haverá uma planta crescendo exatamente na frente da outra, criando aberturas ( em forma de ( ou () para entrada de ar e luz. É possível, por um período de tempo maior do que no sistema convencional, pulverizar a parte interna das plantas. Este sistema já foi testado em Santa Catarina e a redução de doenças foi facilmente verificada.
A densidade de plantas, bem como os gastos com materiais e mão-de-obra, são iguais ao sistema convencional.
2.3) O sistema vertical, ou espaldeira, apresenta grandes diferenças em relação aos dois sistemas anteriores. Foi idealizado para que todas as plantas recebam insolação dos dois lados da linha, durante todo o ciclo de cultivo. A estrutura de palanques e fios é a mesma do dois sistemas anteriores, mas somente uma fila de plantas é tutorada em cada fila de tutor. As taquaras serão colocadas na vertical, e não em uma inclinação de 70o. A condução das plantas e os amarrios são realizados da mesma forma que os sistemas anteriores. Neste sistema as plantas estão constantemente arejadas e recebendo luz dos dois lados da fila, permitindo pulverizar todas as folhas da planta até o final do ciclo. A incidência de doenças é menor do que nos dois sistemas anteriores. O número de palanques, bem como a quantidade de fios utilizados neste sistema é o dobro dos sistemas anteriores. Porém, pode-se substituir as taquaras por fios de polietileno. A densidade de plantas é alterada, pois faz-se necessário aumentar a distância entre filas, e pode-se reduzir a distância entre plantas. Apesar de ser um sitema mais caro do que o convencional, pode ser mais econômico por permitir redução nos custos com agrotóxicos, principalmente a partir do momento em que as plantas estão adultas, com o máximo de enfolhamento.MANEJO DO SOLO E ADUBAÇÃO DO TOMATEIRO.
	A quantidade de adubo utilizado em lavouras de tomate é provavelmente a maior adubação que se realiza em uma lavoura no Brasil. Na região de Caçador usa-se em média 8 toneladas de adubo de origem mineral em cada hectare (cerca de 700 kg de N, 1500 kg de P2O5, e 1000 Kg de K2O) . Normalmente esta quantidade é parcelada em quatro vezes durante o ciclo da cultura. Considerando-se que ocorre uma grande lixiviação de alguns nutrientes, frequentemente ocorrem desequilíbrios nutricionais que incentivam a ocorrência de doenças, exigindo aplicações constantes de agrotóxicos. Também se verifica um grande desperdício de água no sistema de irrigação por inundação. Desta forma, pode-se afirmar que as lavouras de tomate são as maiores causadoras de impacto ambiental negativo por unidade de área.
	Preocupados com esta situação, pesquisadores da Estação Experimental da EPAGRI de Caçador (FAYAD et al., 2000), definiram a curva de absorção de nutrientes, crescimento e produção de tomate, cultivado no sistema de plantio direto. Este trabalho foi realizado a partir de 1998 e tem demonstrado vários resultados positivos para os produtores da região. Os objetivos deste trabalho foram os seguintes ;
Definir a curva de absorção de macro e micro nutrientes ,
Fornecer para as plantas os nutrientes que necessita para cada estágio fenológico,
Utilização da fertirrigação,
Reduzir a ocorrência de doenças em função de uma nutrição mais equilibrada
Viabilizar o plantio direto para esta cultura,
Redução geral de custos e aumento da rentabilidade do produtor,
A extração de nutrientes, a cada 7 dias, pelo tomateiro pode ser verificada na tabela 7. Com estes dados é possível definir uma curva de absorção de nutrientes. Baseando-se no comportamento desta curva, foi possível recomendar um programa de fertirrigação com 36 aplicações de nutrientes. Este trabalho resultou em uma redução de 8 para 3 mil quilos de adubo utilizado por hectare. As plantas mostraram um crescimento inicial menor, com o caule mais fino, com uma área foliar menor e sem redução na produtividade. O excesso de nutrientes colocados no solo, antes do plantio das mudas, faz com que a planta apresente um crescimento exagerado e desnecessário, não resultando em aumentos na produtividade. 
Pode-se observar que para a maioria dos nutrientes há um crescimento da absorção até 63 a 84 dias de vida das plantas, decrescendo após este período. Também podemos observar na tabela 7 que a absorção máxima de um nutriente, em um período de uma semana, é de 11 % do total absorvido durante o ciclo da planta. Este comportamento, em uma planta com um ciclo de 4 meses ou mais, exige que o fornecimento de nutrientes seja devidamente parcelado. O fornecimento de nutrientes concentrado em quatro aplicações, como vem sendo realizado no sistema convencional, é visivelmente equivocado.
Tab. 12) Consumo de nutrientes, em percentagem, em relação ao conteúdo total, ao longo do ciclo da cultura.
	
	
	
	
	Nutrientes(%)
	
	
	
	
	
	Dias
	N
	P
	K
	Ca
	Mg
	Fe
	Mn
	Zn
	Cu
	7
	4.4
	4.1
	3.3
	4.1
	5.6
	7.2
	3.4
	5.3
	1.4
	14
	1.7
	1.8
	1.6
	1.4
	1.9
	1.6
	1.8
	1.8
	0.7
	21
	2.2
	2.5
	2.3
	1.9
	2.5
	2.0
	2.6
	2.3
	1.0
	28
	2.9
	3.5
	3.2
	2.5
	3.2
	2.4
	3.7
	3.0
	1.5
	35
	3.9
	4.7
	4.5
	3.3
	4.1
	2.9
	5.2
	3.8
	2.1
	42
	4.6
	6.0
	6.0
	4.2
	5.1
	6.4
	3.9
	4.8
	3.0
	49
	6.0
	7.5
	7.7
	5.2
	6.1
	4.0
	8.7
	5.8
	4.1
	56
	7.3
	8.8
	9.2
	6.3
	7.2
	4.7
	10.2
	6.8
	5.6
	63
	8.2
	9.7
	10.3
	7.4
	8.0
	5.4
	11.0
	7.7
	7.2
	70
	9.0
	10.0
	10.6
	8.3
	8.6
	6.2
	10.8
	8.4
	8.9
	77
	9.3
	9.6
	10.1
	8.9
	8.7
	6.9
	9.7
	8.8
	10.3
	84
	9.0
	8.6
	8.9
	9.2
	8.5
	7.6
	8.0
	8.7
	11.1
	91
	8.3
	7.2
	7.3
	9.0
	7.9
	8.3
	6.2
	8.3
	11.1
	98
	7.3
	5.7
	5.6
	8.4
	7.0
	8.8
	4.6
	7.5
	10.2
	105
	6.2
	4.4
	4.2
	7.5
	6.0
	9.1
	3.2
	6.5
	8.8
	112
	5.0
	3.3
	3.0
	6.4
	5.0
	9.2
	2.2
	5.2
	7.1
	120
	4.4
	2.7
	2.3
	6.0
	4.5
	10.4
	1.7
	5.1
	5.2
A utilização deste sistema permitiu a redução na ocorrência de doenças, diminuiu em mais de 50 % o número de aplicações com agrotóxicos. Devemos também considerar que os agrotóxicos utilizados neste sistema (calda bordaleza, sulfato de cobre) são mais baratos, reduzindo em até 80 % o custo das pulverizações. Alguns produtores familiares desta região (áreas com menos de 15 a 20 mil plantas) conseguiram completar o ciclo da cultura com menos de 10 pulverizações, utilizando apenas os dois agrotóxicos já citados para controle de doenças fúngicas, reduzindo em mais de 90 % o custo com agrotóxicos.
Passou-se a não recomendar a colheita de mais de cinco cachos de frutos por planta. Nas lavouras convencionais colhem-se de 10 a 13 cachos de frutos por planta. A partir do quinto cacho há um aumento no custo de cada fruto produzido, pois as folhas começam a envelhecer e a planta se torna mais suscetível a doenças, exigindo maior aplicação de agrotóxicos. Recomenda-se colher o quinto cacho e encerrar o ciclo da planta, eliminando a lavoura. Porém, esta recomendação dificilmente será seguida quando o preço do tomate estiver elevado, pois as plantas têm condições de continuar produzindo a partir do quinto cacho.
Para que o agricultor possa ter uma colheita contínua, recomenda-se o escalonamento de plantio. Por exemplo, ao invés de plantar 15 mil mudas simultaneamente em uma mesma lavoura, plantam-se 5 mil mudas em períodos espaçados de duas a três semanas. Desta foram o período de colheita pode ser de até três meses, permitindo um maior período de comercialização. Este escalonamento de plantio também favorece a multiplicação das plantas com o uso dos brotos, pois a partir do primeiro plantio de mudas pode-se extrair uma grande quantidade de brotos.
A produtividade passa a ser menor neste sistema, porém a rentabilidade aumenta. Uma lavoura tradicional bem conduzida pode ultrapassar 500 caixas (22 a 24 kg) por mil pés de tomate com um custo próximo de R$ 7,00 a caixa (safra 2001-2002). O sistema proposto produz até 360 caixas por mil pés com um custo inferior a R$ 2,00 a caixa. Para cada mil pés, considerando-se um valor de venda de R$ 10,00 a caixa, o sistema convencional proporcionará uma lucratividade de R$ 1.500,00, enquanto que no sistema proposto a lucratividade será de R$ 2.850,00. Se o valor da caixa estiver em R$ 6,00, a lucratividade para cada mil pés será de R$ - 500,00 no convencional e R$ 1.440,00 no sistema proposto.
Nesta proposta recomenda-se que o sistema de tutoramento seja o vertical. Isto se deve as vantagens que este sistema oferece para o controle de doenças. Vantagens estas que já foram citadas anteriormente. Este tutoramento aumenta os custos com moirões, fios de arame e mão-de-obra. É mais caro, porém mais econômico, com uma excelente relação custo benefício.
PODAS REALIZADAS NO TOMATEIRO.
Cinco tipos diferentes de podas podem ser realizadas no tomateiro. Nem todas são obrigatórias, e cada uma depende de determinadas condições para ser realizada. As possíveis podas são: a) Formação, b) Desbrota, c) Ponteiro, d) Folhas, e) Frutos.
A poda de formação somente é realizada quando se deseja conduzir a planta com duas hastes (dois caules). Este tipo de poda não deve ser realizada em cultivares que apresentam pouco vigor vegetativo. A planta deve ser podada quando estiver com cerca de 0,40 m de altura. Corta-se o ápice da planta, forçando a formação de brotos laterais. Escolhem-se dois brotos e estes são conduzidos pelo tutor. Esta poda tem a vantagem de economizar mudas, pois pode-se manter 30 mil hastes produzindo em um hectare com apenas 15 mil mudas. Porém, sabe-se que a segunda haste sempre é menos vigorosa e mais tardia do que a primeira que se formou. Criam-se duas estruturas com vigor diferenciado, logo as práticas culturais serão realizadas em momentosdiferentes, aumentando a mão-de-obra necessária. A produtividade da segunda haste tende a ser menor. Porém , esta tem sido a prática mais utilizada pelos produtores.
A desbrota é a retirada dos brotos que surgem nas axilas das folhas. O tomateiro emite estes brotos constantemente. Cada broto tem condição de formar uma estrutura igual a planta mãe. Caso não sejam retirados, a planta se tornará um emaranhado de folhas e ramos, impedindo qualquer manejo da planta. Cada axila de folha lança somente um broto que, quando retirado, não emite nova brotação. Os brotos devem ser retirados quando estão pequenos, com um a dois centímetros de comprimento. Recomenda-se que esta atividade seja realizada uma vez por semana, no mínimo. Quanto mais tarde forem retirados, maior será o prejuízo para a planta, tanto pelo gasto na produção do broto, como pela lesão causada pela retirada. O broto deve ser quebrado usando-se os dedos, sem cortar com as unhas. A região do corte secreta seiva, que não deve entrar em contato com os dedos ou unhas, ou com qualquer outro material cortante (tesoura, canivete) pois permitiria a transmissão de viroses de uma planta para outra. As cultivares de crescimento indeterminado são as que mais emitem brotos. Nas cultivares de crescimento determinado a emissão é pequena e o manejo destas plantas, mesmo que para produção de frutos para o mercado, é realizado sem a necessidade de desbrotas.
A poda do ponteiro da planta é realizada somente em plantas de hábito indeterminado de crescimento. É realizada a fim de paralisar o crescimento da planta em uma determinada altura, geralmente entre 1,60 a 2,50 m de altura. Caso isto não seja feito o tomateiro continuará crescendo até quando as condições climáticas permitirem. Nas lavouras de verão, nas regiões altas do sul do Brasil, as baixas temperaturas, que deverão ocorrer no final de março ou começo de abril, irão finalizar o ciclo da planta. No litoral o calor de outubro também vai forçar a planta a finalizar seu ciclo. No momento que este ciclo termina, é possível que haja uma última penca de frutos, na parte superior da planta, não totalmente formados. A poda do ponteiro é realizada para se evitar a perda destes frutos. Retirando-se o ponteiro, retira-se a dominância apical (produção de auxina), e como conseqüência teremos a aceleração de todos os processos fisiológicos situados abaixo do corte, incluindo a maturação dos frutos.
A poda das folhas é realizada com objetivo fitossanitário. Após a colheita de todos os frutos de um cacho, as folhas situadas abaixo deste cacho não teriam mais função, pois elas estariam ali somente para nutrir os frutos já colhidos. Portanto estas folhas poderiam ser retiradas, pois são as mais suscetíveis a doenças, por serem mais velhas, podendo transmitir doenças para as demais folhas da planta. A retirada destas folhas baixeiras também favorece a circular de ar na superfície do solo. A umidade do solo em muito contribui para aumento do Período de Molhamento Foliar (PMF). A redução desta umidade poderia diminuir a ocorrência de doenças. Porém, não existe um consenso em relação ao fato de que estas folhas não estariam nutrindo frutos situados mais acima dos frutos já colhidos. Portanto, a recomendação que se faz para esta técnica é a seguinte: podar as folhas somente se elas apresentarem sintomas iniciais de doenças ou perda da cor verde (não estariam mais fotossinteticamente ativas).
A poda de frutos é realizada somente em algumas poucas cultivares que apresentam muitos frutos em um mesmo cacho e a competição entre frutos produziria frutos pequenos, de baixo valor comercial. Nestes casos a pode deve ser realizada logo após a floração, quando a planta define quantos frutos serão produzidos em cada cacho, e cada fruto apresenta-se com menos de um cm de diâmetro.
DOENÇAS e PRAGAS
	O tomateiro é considerado como uma planta muito sensível a doenças e pragas. As doenças mais importantes para as regiões produtoras do sul do Brasil são a requeima, a pinta preta, as bacterioses e o vírus “vira-cabeça”. A traça do tomateiro (Tuta absoluta), em climas secos e quentes, e a broca pequena do tomateiro (Neuleucinodes elegantalis) são consideradas como as pragas mais importantes desta hortaliça. Na principal região produtora do país, no Planalto Central em Goiás e Minas Gerais, também podem ser considerados como problemas potencialmente graves a septoriose, e as geminiviroses.
O Vira-cabeça (tospovirose) é formado por um grupo de vírus conhecidos pelas siglas: TSWV, TCSV, GRSV E CSNV. A doença é muito grave em regiões quentes, geralmente com grande presença de vetores e de hospedeiros (encontrados em mais de 90 famílias botânicas).
A requeima (Phythophthora infestans) causa manchas encharcadas, grandes e escuras nas folhas. Na face inferior geralmente observa-se a esporulação do fungo (mofo pulverulento e esbranquiçado). Nos frutos causa uma mancha escura de consistência dura. Este fungo necessita de temperaturas noturnas amenas (11 a 23o C), acima de 8 horas de PMF ou umidade relativa do ar acima de 90%. Irrigação em excesso, regiões úmidas e frias, favorecem a ocorrência desta doença. O período de primavera é bastante favorável a este fungo nas regiões altas de Santa Catarina.
A pinta preta (Alternaria solani) pode afetar toda a parte aérea da planta, iniciando seu ataque nas folhas mais velhas, e provocando grande desfolha. Formam manchas escuras com anéis concêntricos inclusive na base do caule, com aparência de cancros. Nos frutos as manchas são podridões deprimidas em volta do pedúnculo.
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