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Aristóteles e a Justiça na Política

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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE- UNIVILLE
CUROS DE DIREITO 
DIREITO CONSTITUCIONAL
IVANIA GOMES
Aristóteles 
Para Aristóteles cada ser tinha uma razão no mundo, uma razão pré-determinada quando ele diz que: “o homem é o melhor dos animais... o homem é o mais impiedoso e selvagem dos animais, e o pior em relação ao sexo e à gula" na verdade está confirmando que esta é a razão de ser do homem, ele foi criado para isso – ser selvagem. Por esse motivo o homem precisa estar cercado de leis para se manter vivo, caso não estivesse cercado de leis duras o homem acabaria com a própria espécie. Por outro norte todo líder precisa ser vigiado, é necessário a criação de normas para vigiar os líderes de cada sociedade, pois, sendo o ser “o pior em relação ao sexo e à gula” é evidente que o líder faria leis para se beneficiar, com isso Aristóteles visualizou em 340 a.c o sistema de freios de contrapesos. Hodiernamente, no Brasil, o sistema de Freios e Contrapesos é evidenciado pela divisão dos poderes, mas isso não impede injustiças sociais. 
Segundo seus ensinamentos Aristóteles trabalha com conceitos declarados de que a “justiça é a virtude total e o oposto a injustiça o mal”, justificando assim o motivo pelo qual a política deve ser baseada na justiça. Tal consideração é utilizada em nosso ordenamento jurídico como argumento de que as leis estão sendo criadas com base na virtude e que apenas o bem está dentro dos artigos de lei positivados, mas, é conhecido de que algumas leis são criadas em benefício da classe social mais alta em detrimento de outras, como por exemplo, o conhecido IGF, imposto sobre grandes fortunas, (CF, art. 153, inciso VII) que desde 1988 tramita no congresso nacional esperando aprovação.
Aristóteles também argumenta que a justiça está pura dentro da política, alegando que a lei deveria regular a totalidade da vida humana e assim manter a felicidade dos povos. O ordenamento jurídico brasileiro é um dos mais complexos, com uma das constituições mais extensas e positivadas do mundo, adotando ainda diversas leis comuns e ordinárias, e nem por isso o povo é feliz em plenitude.
Considerando os argumentos de Aristóteles vislumbra-se que ele está distante da realidade e que o direito positivado encontra séria dificuldade em fazer uma política de igualdade absoluta. Assim pode-se verificar que os conceitos de felicidade e plenitude são mutáveis e dependem do meio no qual o ser vive; Diante disso não se pode afirmar que estejamos vivendo o “Regime político ideal” arquitetado por Aristóteles.
						São Bento do Sul, 30 de março de 2015.

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